Era noite, por volta de dez horas. A delegacia acabara de fechar o caso de um homem que abusou e matou sete inocentes crianças. O caso atingiu muito perto deles, principalmente de Elliot, que identificou cada um suas crianças em cada corpo encontrado. Para ela também não foi fácil. Cada corpo despejado trazia uma tristeza para ela. Tudo que ela queria era filhos, mas ela tinha medo de que algo assim aconteça a eles se ela realmente tivesse.

E agora, ela estava saindo da delegacia, assim como Elliot. "Você quer uma carona?" ele perguntou, pelo fato que ela não tinha um carro, e nunca se preocupou de ter. Para ela, era apenas outro meio de gastar dinheiro sem necessidade, sendo que ela morava a algumas quadras da delegacia, e não custava andar um pouco para chegar ao seu trabalho.

"Não, obrigado. Você mora do outro lado da cidade, e não demorará muito para eu chegar ao meu apartamento" Olivia disse, com um sorriso em seu rosto.

"Você tem certeza?" perguntou novamente Elliot. Ele tinha medo de deixa-la ir para casa sozinha em noites como essa, onde tudo era escuro. Mas ele sabia que quanto mais ele tentasse convence-la, ele apenas iria receber respostas como 'Eu posso me cuidar, El. Eu já sou adulta'. Mas ele se importava com ela, e se mataria se algo acontecesse com ela, por causa de que ela recusou uma carona. Ele não podia ajudar, mas ele a amava.

Olivia deu uma leve risada. "Sim, eu tenho certeza, você não precisa ser tão paranoico" ela sorriu novamente.

"Ok, mas de qualquer jeito, me ligue ao chegar em casa, certo?"

"Certo" Olivia finalizou, e cada um tomou uma direção diferente, Elliot para o estacionamento da delegacia, e Olivia, em direção a sua casa. Mas antes dela andar ao menos três passos, ela pode ouvir Elliot gritando: "Me ligue quando chegar em casa!"

Olivia riu para si mesma. "Eu vou" ela gritou de volta. Ela adorava como ele era protetor sobre ela. Ela nunca acreditou que alguém realmente pudesse se importar com ela, além do mais, nem mesmo sua própria mãe se importou. Ela a desprezava totalmente, e Olívia não a culpava por isso. Claro que a maioria do tempo, quando criança, ela queria fazer parte de outra família, onde ela pudesse ser amada, mas agora ela a entendia. Ela sabia o quão difícil era criar o filho do homem que arruinou sua vida. E isso era o que ela mais admirava em Elliot, o quanto ele havia sido bom para ela depois de seu ataque em Sealview, a preocupação que ele teve quando ela foi esfaqueada por Gitano, e inúmeras outras vezes que algo tinha acontecido à ela. Ela não poderia negar, ela o amava.

E ela caminhou por alguns minutos, em pleno silêncio, apenas escutando os barulhos da cidade ao seu redor. As vezes ela se arrependia de recusar a oferta de Elliot, depois de tudo que ela via durante todos os dias, ela como se ela soubesse que algo podia acontecer com ela, por mais alerta que ela ficasse, e carregasse sua arma consigo.

Detetive Benson estava perto de seu apartamento, apenas para escutar algo vindo do beco ao lado de seu prédio. Caminhando até a fonte do barulho, ela encontra algo...