Plaquinha - Taylor York: http://24.media.tumblr.com/tumblr_mbp4773HnM1raq7ibo1_500.jpg

P.O.V. Hayley

Eu parecia estar pisando em nuvens desde o momento em que saí do camarim para que Josh e os meninos se arrumassem. Tudo ao meu redor parecia tão mais bonito, tão mais vivo, colorido... ok , eu tinha me esquecido de como a gente ficava idiota quando está apaixonado.

Cheguei perto do palco e logo avistei o bando todo reunido (com bando quero dizer as meninas e os amigos do Niall), eles pareciam estar se divertindo muito. Quero dizer, se divertir no nosso caso era fazer coisas estranhas.

Demi parecia tão boba quanto eu, mas não tinha certeza se era porque ela estava apaixonada ou porque eu via todo mundo envolto em uma atmosfera de amor e algodão doce. O amor era porque estava tudo muito lindo e o algodão doce... bem, porque algodão doce é muito legal.

-Posso saber o que aconteceu senhorita Hayley Williams?! – perguntou Demi se aproximando de mim enquanto o resto do povo estava em uma discussão sobre sabores de pizza.

-Como assim o que aconteceu? – disse e percebi o quanto minha voz soava ridícula, como se a fofolândia estivesse abrigada dentro de mim.

-Ah, qual é Hay! Se você não fumou alguma coisa, então COM CERTEZA tem alguém envolvido nisso...

-N-não tem ninguém envolvido em nada, é só que... – tentei dizer mas fui interrompida por uma voz vinda das caixas de som no palco.

“É com prazer que apresentamos a primeira atração do festival. Uma banda local que está apenas começando, mas já representa muito bem nossa cidade e hoje irá abrir esse show para muitas outras grandes atrações... recebam a banda Half Noise!”

Era a banda dos meninos, e assim que ele terminou de anuncia-los senti meu coração bater mais forte. Zac começou um solo de bateria e logo os outros entraram. Eles estavam tão felizes, eu estava tão feliz...

P.O.V. Taylor

Eu tinha escapado de dar explicações ao Harry antes, mas agora que o show tinha começado eu não conseguia conter minha alegria ao ver Jeremy lá tocando. Ele estava tão... lindo.

Eles estavam tocando uma música do Foo Fighters e eu simplesmente amava aquela música. Com certeza eu estava parecendo uma daquelas menininhas apaixonadas por astros teen, porque eles mal acabaram a primeira música e Harry começou a fazer comentários sobre a minha reação ao vê-los.

-Nossa, pra uma banda desconhecida até que eles já tem fãs bem apaixonadas... – ele disse olhando para frente de braços cruzados, quase mal-humorado.

-A Harry, não começa com isso, seu ciumento! – disse rindo e tentando fazê-lo perder sua pose mal-humorada.

-Eu não estou com ciúmes, é só que você pareceu muito animada vendo eles.

-Eu já te disse que são amigos meus, será que não posso ficar feliz por eles? – repliquei tentando entender o motivo de tanta implicância.

-Amigos, sei... você está quase comendo aquele loirinho com os olhos... – ele disse ainda emburrado. Vocês não tem ideia de como ele fica fofo fazendo isso.

-Qual é Harry! Dá um tempo... me diz, qual o motivo de tanto ciúmes? – perguntei e no mesmo instante tive medo da resposta.

-O motivo... o motivo é que – ele disse um pouco nervoso olhando em meus olhos – Eu realmente gosto de você Taylor.

Era óbvio que era isso. Eu já tinha percebido antes, mas não era algo muito comum pra mim, então foi um choque. Com “não era algo muito comum” quero dizer que isso NUNCA tinha acontecido comigo. Mas deixemos meu passado fracassado em relacionamentos pra lá, vocês já conhecem bem essa história...

-Harry – comecei após me recuperar do choque de ouvir aquilo – Eu não vou dizer que estou surpresa com isso... mas realmente não sei o que te falar.

-Não precisa falar nada – ele disse se aproximando de mim e levando seu rosto até o meu.

Sabe quando o menino que você não tem certeza se gosta te beija na frente de todos os seus amigos e dos amigos dele (inclusive seu irmão mais velho) na vista do outro garoto que você também não sabe se gosta e por acaso esse é o seu primeiro beijo?! Então, eu sei, e acredite, não é o tipo de experiência que você deseja ter na vida.

Não sei o que senti naquele momento, só sei que tive vontade de sair correndo e me esconder em um buraco muito muito profundo. O beijo foi rápido, mas àquela altura não faria diferença a duração dele, já que minha mente tinha apagado completamente. Talvez uma pane por ter tantas coisas girando ali ao mesmo tempo. Só “acordei” quando ouvi Niall se aproximar gritando com Harry.

-EI! O que você pensa que está FAZENDO Harry???!! – ele disse se aproximando e afastando Harry de mim.

-Eu... é... – ele disse meio confuso tentando se explicar.

-Você o quê?? Resolveu agarrar minha irmã bem na minha frente, é isso?! – a última vez em que eu tinha visto o Niall agir daquele jeito tinha sido quando ele me defendia dos idiotas da nossa antiga escola.

-Calma Niall, eu só...

-CALMA NADA! – Niall respondeu dando um empurrão em Harry.

-Nini, relaxa ok... não foi nada – eu disse afastando-o e tentando acalmá-lo.

-Taylor, ele... ele te agarrou contra a sua vontade, eu vi! – ele disse inconformado apontando para o Harry que parecia estar com medo do que Niall poderia fazer.

-Calma Niall, tá bem? Não foi nada de mais e eu cuido disso, agora por favor se acalme – falei no tom mais convincente e calmo que pude.

-Tá bom então – ele disse ainda com raiva e voltou para perto da Demi, que, assim como os outros, observava a cena de boca aberta.

-Ok ok, o show acabou pessoal, todo mundo de volta às suas vidas – disse Hay me afastando dali e tentando fazer com que o resto do bando saísse do choque da cena anterior.

-Ei Tay, tá tudo bem? – Hay perguntou quando nos afastamos dali e paramos em um canto ao lado direito do palco.

-E-eu, não sei – respondi ainda meio atordoada relembrando o que tinha acabado de acontecer.

-Ok, vamos ao que interessa primeiro... – que tinha seguido conosco até lá. – Você queria que aquilo acontecesse ou o Niall estava certo sobre ele ter te agarrado?

-Bem, eu... – comecei mas acabei olhando para o palco e me lembrei de algo que me deixou ainda mais confusa: Jeremy – Ah não...

-O que foi Tay? O que aconteceu? – Hay perguntou preocupada.

-Nada... quer dizer, esse negócio do Harry me pegou de surpresa e eu... eu ainda to tentando entender tudo isso – disse tentando explicar sobre a cena com Harry mas com minha mente toda voltada para o Jeremy.

-Quer dizer que você não queria aquilo? – Nia perguntou.

-Sinceramente? Eu não sei.

-Mas você... não gosta dele? Pelo menos eu achei que estivesse rolando alguma coisa. – Hay disse e eu acho que esse era o pensamento de todos.

-Eu já disse, ainda não sei se gosto dele, e essa não foi exatamente a melhor forma de descobrir.

-Bem – Nia disse após um tempo – Acho que é melhor a gente dar um tempo por aqui, até as coisas se acalmarem.

-Não não, tá tudo bem – disse olhando na direção em que o grupo estava – O Harry não tá mais lá e eu não quero estragar a diversão de vocês, vamos voltar pra lá.

-Se você acha que está tudo bem...

-Eu tenho certeza... agora vamos.

Voltamos para perto do pessoal, e apesar do clima estranho, pelo menos as coisas não estavam mais tão estranhas. Não que eu estivesse bem om tudo aquilo, mas precisava afastar a cena de minha mente e ficar separada de todo mundo falando sobre aquilo não ia ajudar muito.

O show continuava. Pelo menos o da banda que estava no palco.

P.O.V. Harry

Mas que diabos eu estava pensando?! Agarrar a Taylor daquele jeito... QUAL É O SEU MALDITO PROBLEMA HARRY STYLES?! O pior foi fazer aquilo na frente de todo mundo. Ela com certeza estava com vontade de me matar. Na verdade até eu estava.

Eu sabia que meus amigos (tirando Niall que era irmão dela) não ficaram tão surpresos em ver aquilo, já que eu não tinha uma boa fama se tratando de garotas. Mas a Tay nunca ia me perdoar por aquilo, mesmo que algum dia ela tivesse gostado de mim.

Com esses pensamentos em mente resolvi ir dar uma volta por aí, tentar esfriar a cabeça e pensar em um jeito de me desculpar. Cheguei perto de uma barraca bem afastada de onde estávamos e resolvi me sentar nos fundos.

Me sentei no chão mesmo com a cabeça entre as mãos, e perdido em meus pensamentos não vi que não estava sozinho ali. À minha direita, num ponto escuro ao lado da barraca, um casal estava abraçado e bem, digamos que não estavam SÓ abraçados. Fiquei observando os dois e percebi que ao lado deles o que parecia ser um animal estava aninhado perto do pé da menina. Observei melhor e percebi que era um gato... e eu conhecia aquele gato! Era o gato que eu tinha visto mais cedo, o de gravata borboleta. UM MOMENTO! Se aquele era o gato de gravata e o Lou tinha sumido já fazia um tempo, aqueles dois só podiam ser...

Louis. Eu não sabia mais o que pensar. Ver o Lou com alguém era algo tão... estranho. Quero dizer, ele sempre dizia que ficava com uma ou outra garota, mas eu nunca tinha visto ele com ninguém, nem ficando. Senti algo estranho dentro de mim vendo aquilo, como uma pontada, e isso só piorou o estado em que eu já estava.

Me afastei dali antes que ele me visse e, cabisbaixo, fui aos poucos voltando para perto de meus amigos. Não tive coragem de ficar junto com eles ou de falar com alguém, mas era melhor ficar perto de duas pessoas que queriam me matar do que perto de uma que estava me matando sem perceber.

P.O.V. Jeremy

O show estava sendo incrível e eu mal conseguia identificar o que estava sentido. Tudo parecia maravilhoso e animado, sentia uma corrente de energia passar por mim sempre que terminávamos uma música e eu ouvia o público aplaudir e gritar. Eu só tinha visto a Taylor uma vez, na hora que entramos no palco, mas isso tinha sido o suficiente para me animar.

Era a nossa última música e com certeza a mais especial. Na verdade nós não sabíamos que iríamos tocá-la até Josh nos dizer um pouco antes de entrar no palco. Fazia muito tempo que não a tocávamos, mas eu me lembrava de cada palavra, cada acorde. Havia sido uma das primeiras canções que compomos juntos e era muito importante para todos nós. Acho que era porque quando a fizemos todos estávamos em momentos difíceis de nossas vidas e isso meio que nos uniu mais. Hay também tinha ajudado a fazê-la e até cantou algumas vezes com a gente, claro, antes de tudo acontecer com o Josh.

Antes de tocarmos, Josh disse algumas coisas para o público, agradecendo a atenção e tudo mais. E no final ele completou com algo que realmente me deixou intrigado.

-E por último, antes de encerrarmos com essa música, quero dizer que ela é uma das músicas mais verdadeiras que nós já escrevemos juntos e que, depois de hoje, eu percebi a verdade contida nela. Espero que vocês também percebam, porque as vezes os momentos ruins só vem pra que depois tudo fique muito melhor.

Começamos a música e pude perceber que Josh olhava fixamente para um ponto da plateia, onde por caso estava... Hay.

Resolvi não pensar muito naquilo e só tocar a música, depois perguntaria a ele o que estava acontecendo.

“I scraped my knees while I was praying

And found a demon in my safest haven

Seems like it's getting harder to believe in anything

Than just to get lost in all my selfish thoughts

I wanna know what it'd be like

To find perfection in my pride

To see nothing in the light

Or turn it off, in all my spite

In all my spite, I'll turn it off

And the worst part is

Before it gets any better

We're headed for a cliff

And in the free fall

I will realize I'm better off

When I hit the bottom

The tragedy, it seems unending

I'm watching everyone I looked up to breaking, bending

We're taking shortcuts and false solutions

Just to come out the hero

Well, I can see behind the curtain

(I can see it now)

The wheels are cranking, turning

It's all wrong, the way we're working

Towards a goal that's nonexistent

It's not existent, but we just keep believing

And the worst part is

Before it gets any better

We're headed for a cliff

And in the free fall

I will realize I'm better off

When I hit the bottom

I wanna know what it'd be like

To find perfection in my pride

To see nothing in the light

And turn it off, in all my spite

In all my spite, I'll turn it off

Just turn it off

Again, again,no again...

And the worst part is

Before it gets any better

We're headed for a cliff

And in the free fall

I will realize I'm better off

When I hit the bottom”

Terminamos e eu podia ouvir os aplausos e gritos da plateia ficando mais fortes. Era incrível. Simplesmente incrível.

Nos despedimos e eu realmente não queria sair mais do palco, era a melhor sensação da minha vida. Por fim acabamos tendo de sair para que arrumassem as coisas para as próximas bandas.

Assim que terminamos de arrumar tudo saí quase correndo do camarim para ir me encontrar com as meninas. Os meninos foram logo atrás de mim, e no meio da corrida tenho quase certeza de ouvi uma menina gritar pro Josh dar um autógrafo pra ela. Cara, aquilo era loucura.

Quando chegamos perto das meninas, percebi que elas conversavam com um pessoal diferente, quero dizer, que eu nunca tinha visto antes. Hesitei um pouco em me aproximar deles de uma vez e percebi que os meninos fizeram o mesmo, talvez por vergonha como eu. Mas assim que chegamos lá, sem sequer nos aproximarmos direito, eles todos vieram pra cima de nós (até os que não nos conheciam) e isso me deixou mais feliz do que surpreendido. Lógico, o fato de Tay estar no meio disso tudo me deixou ainda MAIS feliz.

-Ei cara, vocês arrasaram lá! – disse me cumprimentando um garoto loiro que lembrava um pouco a Tay, acho que era o irmão dela.

-Valeu – todos nós fomos dizendo enquanto mais elogios eram ditos.

Ao fim de toda a sessão “parabéns pelo show”, enfim fomos devidamente apresentados.

-Pessoal, esses são Jeremy, Josh, Zac e Taylor – disse Hayley – E meninos, esses são Liam, Dani, Niall, Harry, Louis, Zayn e Ana.

-Bem, é um prazer conhecer vocês. – eu disse já me sentindo menos envergonhado.

Ficamos ali conversando, brincando, fazendo idiotices e assistindo aos shows. Quando finalmente resolvemos ir embora, já eram poucas as pessoas no parque.

Os amigos do Niall e suas respectivas namoradas resolveram sair pra comer em algum lugar, enquanto que o resto de nós foi embora junto pra casa. Hay e Josh andavam na frente e notei que eles não paravam de conversar um minuto. Com certeza alguma coisa tinha acontecido quando ela foi vê-lo no camarim, mas resolvi não falar nada. Na verdade minha atenção estava voltada pra outra pessoa no momento.

-E então Jeremy – disse Tay enquanto caminhávamos um pouco atrás do grupo – Quando você pretende pagar a aposta?!

-Como assim pagar a aposta? Eu não me lembro de ter perdido nada – respondi com uma expressão confusa.

-Ah pode parando – ela falou esbarrando em mim. – Você toca muito bem, portanto eu ganhei!

-Tá bem, tá bem – disse me rendendo àquele sorriso desconcertante – O que você quer que eu faça?!

P.O.V. Taylor

Depois de tudo que tinha acontecido naquela noite, eu não conseguia pensar em nada pra pedir ao Jeremy. Quero dizer, em vista da situação atual, qualquer coisa que eu dissesse poderia causar um beijo inesperado. Não que eu não quisesse, era só que as coisas já estavam confusas o suficiente para complicar mais com isso.

Pensei um pouco enquanto andávamos, e enfim encontrei algo pra dizer a ele.

-Já sei.

-Então, o que é? – ele perguntou curioso, com certa esperança no olhar.

-Quero que você me prometa uma coisa. – eu disse parando de andar e me virando de frente pra ele, fazendo-o fazer o mesmo.

-Pode dizer.

-Okay. Vai soar um pouco estranho, mas quero que você me prometa que, não importa o que aconteça, se por qualquer motivo você for me beijar, por favor, me pergunte antes o que eu acho sobre isso.

-Eu prometo – ele respondeu e percebi que segurava um riso, assim como eu – Me deixa adivinhar, experiência desagradável?

-Não desagradável, só estranha – respondi e ambos rimos.

-Bem – ele disse após pararmos um pouco de rir – Agradeço por você ter me avisado e me feito prometer isso, porque...

-Porque o que? – perguntei após um momento de silêncio.

-Porque eu provavelmente ia fazer isso a qualquer momento. – ele disse e eu confesso que fiquei um pouco constrangida.

Dois meninos querendo me beijar no mesmo dia, aquilo era MUITO estranho. Quero dizer, eu + meninos já não era algo muito normal, então veja só, ter mais de um gostando de mim era ainda menos normal.

Continuamos a conversa, agora um pouco menos aberta, até chegarmos na frente da minha casa. Me despedi de todos e entrei em casa louca pra me enfiar embaixo dos cobertores e entender que diabos estava acontecendo com a minha vida. É lógico que eu não dormi, mas sim fiquei pensando o que faria com os olhos verdes e os olhos azuis...

P.O.V. Nia

Eu estava mudando totalmente a minha visão sobre jogadores de football. Lógico que quando este tocava guitarra as coisas mudavam de figura, mas CARA, o Taylor era muito legal. E tinha um cérebro, o que já era algo considerável.

Nós dois e Zac fomos conversando o caminho todo e a cada sorriso de menino dele eu ficava encantada. Ele era todo tímido e fofo e engraçado... ah meu Deus, o que acontece com você Nia Lovelis??!!

Conforme andamos pelo bairro, o pessoal foi ficando em suas respectivas casas e por fim só sobramos nós dois. Eu com certeza estava parecendo uma idiota perto dele, mais do que o normal.

-Então você... toca bateria né? – ele perguntou depois de um silêncio extremamente constrangedor.

-Sim, e-eu toco – disse olhando para o chão enquanto andava.

-Legal – ele falou também olhando para o show – E-eu g-gostei muito do seu cabelo. – Taylor abriu um sorriso inocente ao dizer aquilo e eu não pude deixar de sorrir também.

-Obrigado. Eu gostei da sua touca – disse por conta da touca vermelha MUITO legal que ele usava.

-Ela combina com seu cabelo haha – ele disse encostando a cabeça na minha e rindo.

-Pois é, combina sim – disse também sorrindo - Eu percebi que nunca te vi direito na escola antes.

-É, eu sou meio quieto. – meu Deus, porque TÃO FOFO?!

-Mas você é do time não é? Quero dizer, achei que atletas fossem “os populares” – disse e achei que soou um pouco rude, mas ele pareceu não notar.

-É, a maioria é – ele respondeu como se não ligasse para aquilo – Mas eu só continuo jogando por causa do meu pai, ele é meio psicótico com esse negócio de esportes e quer que eu seja também, mas na verdade eu nem ligo pra isso tudo.

-Veja só, um jogador com cérebro – disse rindo e ele sorriu também.

-Você deveria se sentir honrada em conhecer um, acho que sou o único que resta.

-Pelo menos na nossa escola... é, eu acho que você é o único – disse e nesse momento chegamos na frente da minha casa.

-Bem, foi um prazer te conhecer Taylor... espero ter ver de novo por aí.

-Você irá, pode ter certeza! – ele respondeu com um brilho diferente no olhar – Boa noite Nia, foi um prazer também.

-Boa noite.

Fui até a porta da frente ainda pisando em nuvens, pensando em como tantas coisas boas tinham acontecido naquela noite. Mas a noite na minha casa tinha apenas começado...