Três É Demais escrita por Gabrielle


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Eu tinha feito duas opções de capitulo 5, acabei postando esta. Desculpa a demora!



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Após uma semana desacordada, eu voltei para a escola. Ninguém realmente sabia o que havia acontecido, pelo o que entendi. Isso era bom não queria ninguém pensando que eu era uma maluca suicida.

                Simone me levou para a escola com os meninos de manhã cedo. Logo que desci do carro, Gilbert apareceu e pegou meus materiais. Obvio que não era para tanto, mas acho que era uma maneira dele incomodar os Kaulitz. Deixando isso de lado, Louis não veio a aula. O que torna meu dia um pouco mais chato, porque ele é o que “anima” o grupo.

                Uma coisa boa, mas ruim, foi que eu não perdi NADA de interessante da aula. Isso quer dizer que continuará o tédio de sempre. Bill ainda era meu colega de aula, mas nunca havíamos trocado uma palavra se quer, até hoje.

- Preparei um trabalho para vocês, escolhi duplas e vou dar as folhas para cada dupla resolver as questões. – disse a professora.

                Já é bem obvio que com o meu “hiper” nível de sorte, boa coisa não aconteceu. Pois então, ela me botou para sentar com o meu querido irmão Bill Kaulitz. Nem eu nem ele movemos um musculo. Gilbert só fingiu que não ficou incomodado e foi sentar com a dupla dele. Quando a professora chamou minha atenção pela segunda vez, desisti e fui até a mesa do Kaulitz. Puxei uma cadeira que tinha por perto e me sentei ao seu lado.

- Bom... Quer que eu faça tudo? Não tem prob-

- Não, eu tenho que fazer também. – disse calmo. – Você ta bem?

- Hã... Estou eu acho. – ou eu estou muito doente e tendo visões.

- Sobre semana passada... Não precisava ter feito aquilo.

- Não fiz por vocês, fiz por mim. Ando um pouco cansada.

- Minha mãe ficou muito mal, muito mal mesmo. Nunca tinha visto ela daquela maneira, a não ser por mim ou Tom.

- Desculpa. – nós dois falávamos baixinho.

Flashback on (CONTADO PELO BILL)

                Estava um tédio dentro do meu quarto. Mas com certeza, se eu saísse e minha mãe me visse. Ia perguntar o que tinha acontecido com a cara do Tom. Ele provavelmente mentiria, dizendo que fui eu que fiz aquilo. E o pior, eu teria que concordar e dizer que brigamos. Então, para evitar, não pretendo sair daqui tão cedo.

                Liguei a televisão, zapeei por alguns canais e quase caí no sono. Meu corpo estava já cedendo, mas do nada algo me fez sentar rapidamente na cama. Por um momento achei que era loucura minha. Mas era um sentimento ruim, logo pensei em Tom. Vai que aquele idiota fez algo.

                Não pensei duas vezes e saí do quarto correndo, quando parei em frente a porta do quarto dele, o mesmo abriu. Olhamo-nos assustados e surpresos. Ele parecia bem, tirando o olho. Não foi preciso mais do que trinta segundos para que nós dois pensássemos a mesma coisa. Micaela. Foi automático, não cheguei a pensar. Só apressei os passos até o quarto dela, sendo seguido por Tom. Bati na porta uma vez, mas ela não respondeu. Bati mais uma vez e chamei pelo seu nome, mas nada. Quando estava para bater a terceira vez, ouvi passos rápidos de alguém subindo a escada. Georg. O que raios ele fazia aqui?

                Ele me encarou com uma cara assustada, eu olhei para Tom e como nós três deveríamos estar pensando a mesma coisa, abri a porta. Nós três entramos, eu liguei a luz e não entendi bem o que tinha acontecido. Minha cabeça pareceu pesada e minha garganta secou. Olhei para Tom buscando alguma resposta, mas ele estava mais apavorado que eu.

                Visto o nosso “transe”, Georg chegou perto da Micaela e a tocou. A meu ver, ela estava morta. Mortinha, só faltava ser enterrada. Mas pelo o que o Listing tinha dito, ela ainda não estava. Eu saí correndo e peguei o telefone, liguei para a emergência e disse qualquer coisa para a atendente. Em menos de dez minutos a ambulância apareceu. Tom estava  em choque, no chão do quarto dela. Georg caminhava de um lado para o outro como quem tenta pensar em uma saída. Eu? Eu não conseguia pensar. Eu queria a minha mãe e o Gordon para resolver isso, era difícil de pensar depois de ver a cena que eu havia visto.

                Minha mãe foi direto para o hospital quando ligaram para ela. Gordon foi em casa para ver como eu e Tom estávamos. Georg tinha nos acalmado. Sinceramente? Eu não estava preocupado com a garota. Mas nunc na minha vida eu tinha passado por isso. Meu coração ainda batia forte e mesmo com Tom ao meu lado, eu sentia receio de que algo pudesse acontecer com ele. Era aquela coisa de irmão.

                A noite foi perturbadora, mas não foi longa. No outro dia de manhã, minha mãe foi para casa. Ela estava horrível, horrível mesmo. Nunca tinha visto ela daquele jeito. Eu sentia a dor, ela era minha mãe e parte daquilo tudo era culpa minha. Ela não queria muito assunto, nos levou ao hospital para doar sangue. Eu não neguei, até então eu não conseguia nem pensar, quanto mais raciocinar “sim ou não”. Depois disso, as coisas foram voltando ao normal. Micaela ainda não tinha acordado, minha mãe continuava mal, mas eu não tinha muito que fazer. Só aguentar o Gustav tendo surtos e me xingando. Ah esqueci-me de comentar a parte que ele me bateu e bateu em Tom também. Georg assistiu tudo e ainda o ajudou um pouco. Não posso reclamar, acho que mereci.

Flashback Off

(Contado pela Micaela)

- Ainda não aceito muito... Ser algo teu. Mas não quero que pense que te acho um lixo.

- Sim, você acha. – nós dois rimos, mas eu não sei por quê.

- Você não me conhece. – até fiquei curiosa agora.

                Fizemos o trabalho numa boa até a hora do intervalo. Quando bateu para descermos, Bill guardou as coisas e eu voltei para o meu lugar. Esperei Gilbert terminar o trabalho com a dupla dele e depois saímos juntos. Era estranho sem o Louis, era tudo muito tedioso. Sem falar que Dan ficava numa angustia por não ter o parceiro de idiotices para falar sobre mulher com ele.

- Na real, eu vou pra casa. – Dan se levantou.

- Também vou. – Gilbert levantou em seguida. – Vem conosco? – perguntou pra mim.

- Não posso faltar aula por um bom tempo agora. – disse sem graça.

- Ah, verdade. Vemo-nos depois. – me despedi dos dois e continuei na mesa da cantina.

                Agora era eu e mais eu mesma. Era estranho ficar sozinha, muito estranho. Ainda tinha dez minutos de intervalo pela frente, queria ter ficado em casa hoje.


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Notas finais do capítulo

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