Três É Demais escrita por Gabrielle


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Fiquei muito feliz com os reviews *-* Espero mais, assim eu vou ter vontade de postar. kkk



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No meu mp3 tocava Agnes Obel, e o silêncio no carro chegava a ser chato. Simone disse que nos levaria de carro para a escola hoje, só para que eu conhecesse o caminho. Bill e Tom estavam no banco de trás também ouvindo musica. Eles desceram duas quadras antes da escola, disseram que queriam caminhar, mas eu sei que era para não ter que chegar comigo. Desci do carro e fui para o pátio principal onde estava o pessoal da direção. Pedi ajuda para encontrar a minha sala de aula e me guiaram até lá.

Quando entrei, todos ficaram meio que me olhando. Eu não me acho feia, porque já vi pessoas bem piores, mas não sou linda. Sentei no meio porque lá tinha um lugar. Os meninos ao fundo ficaram cochichando sobre mim, porque deu pra ouvir “a novata ali” e outras coisas. Quando bateu o sinal para todos entrarem, Bill apareceu na minha sala. Sim, infelizmente seriamos colegas. Ele pareceu bem menos feliz que eu, na verdade ele estava com uma cara de quem queria realmente me matar.

A hora mais tensa foi a da chamada. Porque meu nome é Micaela Kaulitz Vicelli. Estou rezando para que chamem pelo ultimo nome.

Minhas preces não foram de certa forma atendidas, mas saiu melhor que a encomenda. Ela me chamou só de Micaela. Tanto eu quanto o Bill respiramos aliviados.

 Na troca de período todo mundo se levantava e ia conversar com as pessoas do outro lado da sala. Um grupo de garotos veio falar comigo. Eles eram lindos na boa! Pareciam legais, perguntaram da onde eu vim, e aquelas coisas clichês. Convidaram-me até para uma noite na casa de um deles. Eu não sou muito fã de ficar bebendo até cair, mas eles pareciam legais, então... Bora curtir.

- Então Micaela, eu te mando o endereço e as coisas pelo e-mail. A noite é só para o ensino médio, você vai acabar conhecendo várias pessoas legais. Pode ficar conosco hoje no intervalo se quiser.  – sorriu. Ai que sorriso lindo.

- Valeu, eu aceito sim. Não é uma boa ficar sozinha.

- Você parece ser legal, as especiais é bom trazer sempre junto conosco.

Eles voltaram para o fundo quando o professor entrou na sala de aula. Eu já não me senti tão odiada. Na verdade até agora, só os Kaulitz me odiavam, o que é menos mal. As duas aulas passaram rápidas, na hora do intervalo eu saí com os garotos do fundo. Eles eram cinco, eu no meio de cinco garotos? Isso era novidade. Porque nunca fui de me misturar com o sexo oposto.

Já no pátio, nos encontramos com garotos das outras turmas. Eles eram muito engraçados. Vários curtiam as mesmas músicas que eu, seriados e livros. Não tinha como se sentir excluída. Os que eu mais conversei foi Dan, Louis e Gilbert. Eles tinham todo um assunto, rendeu altas risadas. Quando faltava menos de cinco minutos para o sinal tocar, senti meu braço ser puxado. Olhei para trás e era Tom. Ele ia me levar para algum lugar, mas eu não me mexi.

- Anda Micaela, pode vindo! – disse grosso.

- Que droga é essa, Kaulitz?  -Dan fez com que ele me soltasse. – Se perdeu?

- Cala a boca que eu nem falei com você. Eu to falando com ela.

- Mica, tu conhece esse otário? – Gilbert cruzou os braços e ficou me encarando sério. O que vou responder?

- Não. Eu não o conheço. –olhei para Tom que parecia querer me matar. Bill chegou logo atrás e disse para que ele me deixasse, porque eu era uma estranha. Tom não falou nada, só se afastou bravo. – Qual o problema daquele garoto?

- Tom Kaulitz, tanto ele quanto o resto do grupinho dele são ridículos. Acham-se os fodas da escola. Mas nós também somos e acaba tendo uma disputa. Então já aviso agora, se você anda com a gente, não pode chegar perto deles. E vice e versa.

- Entendi... Bom, por mim tudo bem. – dei de ombros.

Ele riu com o meu descaso e fomos de volta para a sala de aula. Felizmente Gilbert e Dan eram meus colegas. O ruim era que Louis não, mas ele disse que vai tentar mudar de turma. As meninas não se interessaram em vir conversar comigo, eu também não fiz muito esforço. Nos outros três períodos de aula não houve nada demais. Como o caminho para casa eu ainda não havia memorizado, Louis disse que me levava até lá. Eu aceitei numa boa. Fomos conversando sobre os países que tínhamos em mente para visitar. Ele era muito esperto, sabia um pouco de cada cultura. Poderia jurar que ele era o nerd do grupo, porque quando entramos no assunto escola, ele me explicou como era tudo na questão das matérias.

Quando eu lembrei que já estávamos perto, eu inventei uma desculpa qualquer e disse que já poderia ir sozinha. Ele até forçou um pouco, mas depois se despediu me dando um beijo no rosto e foi para o lado contrário. Não seria uma boa ideia ele me largar na frente da casa dos Kaulitz. Eu não queria perder a amizade que eu a recém tinha conseguido.

Entrei em casa e estava um silêncio. Simone deixou um bilhete na geladeira dizendo que estava trabalhando e que era para os gêmeos cozinharem. Como eu tenho quase toda a certeza de que eles não vão me oferecer nada, eu mesmo dou um jeito.

Fui ao meu quarto largar as coisas e trocar de roupa. Depois peguei na biblioteca um livro de receitas de comida italiana. Caso meu nome (Vicelli) não tenha afirmado, eu tenho descendência italiana, e adoro comida italiana. E com tantas coisas lá ficou meio difícil escolher uma coisa só, mas não resisti à empada recheada com queijo e frango. Eu aprendo rápido, então segui as regras direitinho para ver se saia melhor. Felizmente a Simone tinha aquelas forminhas de empada, facilitou muito a minha vida. Preparei o recheio que foi a parte mais demorada e depois a massa da empada.

Fiz meus deveres enquanto a comida não ficava pronta. Preparei um suco de uva e arrumei a mesa. Eu tinha feito bastante porque eu não sabia se o Gordon almoçava em casa ou não. E também, eu não ia fazer só pra mim, é egoísmo.

- Eu sou demais! –disse a mim mesma depois que larguei a forma com as empadas na mesa. O cheiro estava ótimo. Limpei tudo antes de almoçar e depois me sentei descansada para comer. Era bom ter a casa vazia, parecia menos ruim ficar aqui.

Mas a felicidade não durou muito, Tom e Bill chegaram largando as mochilas pelo caminho e indo direto para a cozinha. Tom nem me olhou, só leu o bilhete na geladeira e mandou Bill fazer a comida deles. Mas o gêmeo disse que tinha comida sim, porque estava sentindo o cheiro. Foi ai que eu abri a boca.

- A mãe de vocês fez comida sim. Olha ai! –apontei para as empadas.

- Ah. – Tom pegou um prato, se serviu e foi para a sala comer. Bill também se serviu e foi comer com o irmão. Eu não disse que tinha sido que eu fiz, porque eles nunca iriam comer. Mas parece que ficou bom, porque o Tom comeu três. E olha que as empadas eram daquelas bem grandes.

À tarde eu fiquei assistindo filme no quarto, Simone chegou e veio ver como eu estava.

- Tom veio dizer que minhas empadas estavam ótimas. Bem... Eu agradeci, mas eu sei que não fui eu quem cozinhou. –nós duas rimos.

- Não conte a eles.

- Tudo bem, como foi o primeiro dia de aula?

- Ótimo para um primeiro dia. Os garotos da minha turma se ofereceram para passar o recreio comigo e ainda me trouxeram até em casa.

- Que bom! Não querendo abusar de ti querida, mas quando quiser nos agraciar com os teus dotes culinários, estou aceitado. Porque eu fui lá beliscar uma das empadas e estava muito boa!

- Que isso Simone, eu nem sei cozinhar direito.

- Imagina se soubesse!


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Notas finais do capítulo

Desculpe-me os erros! Reviews? Quero reviews u.u