Não é o quanto se vai ganhar com as coisas novas, é quanto das velhas você vai perder 

Eu quero matar alguém!

eu sei que esse não é o jeito mais civilizado de começar a minha história, mas é o que eu quero no momento. você provavelmente não estão entendendo nada, certo ? ok, eu explico, vou ter essa paciência, afinal, o que mais eu poderia fazer dentro desse maldito ônibus ?

Eu me chamo Demetria Devonne Lovato, tenho 17 anos e estou a caminho dá roça. ok, isso parece exagerado, mas eu estou indo para um lugar com uma civilização tão antiquada, eu estou indo passar umas "ferias" com a minha avó, não haveria nada demais se estivessemos nas ferias, mas são estamos e eu irei estudar do mesmo jeito. e o porquê de eu está indo pro fim do mundo ? ah claro, eu fui pega devolvendo o cartão de credito  da minha professora de química... explicando melhor, eu e alguns amigos queríamos ir em um daqueles passeios tradicionais com a turma,  ninguém tem culpa se ela deixou a bolsa pra quem quisesse ver e vasculhar, eu sei, eu pareço uma ladra, claro eu levei a fama, mas não é bem assim não,  meus amigos pegaram, usaram e abusaram do cartão dela, eu sempre fui contra a ideia e no final quando era pra jogar o maldito  cartão fora eu tive a brilhante ideia de devolver e fui pega no flagra. eu sei, sou idiota, mas não era justo com ela, acho... e também não era justo com meus amigos entregar eles, ou seja, resultado disso tudo,: eu expulsa, meus pais revoltados, eu indo para o fim do mundo...

No maldito ônibus  minha mente viaja no que eu estava perdendo deixando tudo para trás, agora não haveria mais amigos, nem festas, nem cinema, NEM CINEMA,  quando eu digo fim do mundo, eu quero dizer FIM DO MUNDO, não há nem cinema nessa cidade,e eu ainda teria que trabalhar, trabalhar.  esse é daqueles momentos em que a gente daria tudo para voltar no tempo, mas isso não acontecem,  segundas chances existem, mas não apaga a primeira...

Quando o ônibus parou, eu peguei a minha mochila, havia uma mala mas estava no compartimento do ônibus. eu desci e por mais tempo que havia se passado desde a ultima vez que havíamos nos visto eu ainda podia reconhece-la perfeitamente, minha avó. 

-Nossa. - ele tinha uma expressão boquiaberta - você realmente está diferente. Deus! você tem tatuagens. garota , o que fizeram com a sua mãe? porque a que eu conheço , não deixaria você fazer isso - ela disse sorrindo, o mesmo sorriso da minha mãe. ela poderia ser antiquada a vários pontos, mas acho que lembrava dela legal

 -Ela não deixou. eu apenas... fiz.  - disse pegando a minha  mala

- é bom ver você, mesmo a circunstâncias não sendo as melhores - disse enquanto andávamos em direção ao caro dela

-Eu também - disse jogando a mala no porta-malas, entrando no carro e dando caminho a  nossa viagem , no mais puro silêncio. não que eu fosse fechada e não gostasse de falar, pelo contrario. é só que eu não quero falar  sobre o roubo, sobre como eu odeio esse lugar e como eu quero voltar para casa, para minha casa...

CONTINUA ?