Imprinted Heart escrita por penadinha_x


Capítulo 4
Lendas estúpidas.




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 Mal tinha acordado e a Jullye começou a zombar comigo perguntando se eu tinha sonhado com o Jacob, mandei ela ir se fuder. É claro que eu tinha sonhado com ele, ÓBVIO. Depois de descobrir que você gosta de um menino é impossível não sonhar com ele. Meu sonho foi bem engraçado na verdade, sonhei que nós tínhamos dois filhos lindos, morenos – da mesma cor do Jake – e gordinhos. Nós morávamos na Califórnia – era um sonho, ok -. Nós estávamos na praia e o Jake estava ensinando pra eles como surfar. Que coisa fofa. Mas a Jully não precisava saber disso.

      Fui para casa logo cedo, porque ainda ia visitar a Leah. Isso ia ser uma coisa delicada. A Kim apareceu um pouco depois do horário combinado e ela me disse que não ia ficar na casa da Leah por muito tempo porque ela tinha que sair com Jared. Realmente, ela não ficou mais de 10 minutos lá. Pelo menos eu tinha mais privacidade pra falar com a Leah. Desse quando tinha voltado pra La Push ainda não tinha ido ver ela.

      Foi uma coisa monstruosa, a Leah estava acabada. Parecia um bicho. Eu quase saio correndo de lá. Leah era uma das minhas amigas mais bonitas, somente ela e a Lizzie eram bonitas, eu e a Jullye dava pro gasto. Mas agora ela estava com uma expressão triste, beeeem triste, acho que alguém podia enterrar ela, isso sim. Esse devia ser o momento término de relacionamentos de La Push. A Leah namorava o meu primo Sam Uley – é, eu nome era Natasha Uley, eca. – Eu conheci a Leah através dele, eles eram almas gêmeas, ou pareciam ser. Eles realmente se amavam. Coisa fofa. Mas agora tinha acontecido algo trágico, ele tinha terminado com ela – tsc tsc, não se faz isso com uma pessoa que eu goste – e agora ele tava na minha lista negra, logo atrás do ex da minha mãe. Motivo? Ele era um lobo. Eu conhecia muitas lendas Quileutes, meu pai sempre me contava elas na hora de dormir. Era uma coisa estranha de se contar a uma criança, eu admito, ele não conhecia a Bela Adormecida?

      Nunca achei que elas fossem verdade, porque eram lendas, acho que ninguém achava que elas eram verdadeiras, pelo menos o Sam não achava que fossem. Mas há uns tempos atrás o Sam começou a agir estranho, a Leah tentava não desconfiar dele nem nada. Só que teve uma vez que ele desapareceu, e puf, tudo tinha acontecido. Num momento ele era o Sam namorado apaixonado da Leah, no outro ele era o Sam lobo que teve um imprinting com Emily. E o que era pior, Emily era prima e super amiga de Leah. Isso já fazia um tempo que tinha ocorrido, mas sabe como é, o amor da nossa vida termina com a gente e começar a namorar nossa prima, não é algo fácil de superar. Perto disso o término da minha mãe parecia um conto de fadas. Poucas pessoas tinham ciência dessa história, todos sabiam que o Sam havia deixado Leah para ficar com Emily, mas não sabiam que tudo isso era coisa de lobo.

      – E aí, Leah, quando você vai sair dessa vida hein mulher?

      – Realmente não sei. Mas eu to tentando sair dela e seguir em frente. – Falou a Leah com um sorriso amargurado.

      – É isso aí, não deixa o estúpido do meu primo fazer da sua vida uma merda. - Disse dando uns tapinhas na costa dela.

      – Então, me conte alguma novidade. – Sugeriu ela.

      – Ok. Mas você não pode rir, mas eu sei que você vai rir, é algo que eu acabei de descobrir e ainda não é confirmado. Pronta? – Leah podia saber sobre o Jake.

      – Sempre estou.

      – Então... Acho que gosto do Jacob – Falei com dando um meio sorriso.

      Ela começou a rir. Isso era fato. Acho que a Leah nunca ouviu eu falando que gostava de algum menino.

      – Isso foi realmente muito engraçado. Que Jacob? Jacob Black? – Ela perguntou voltando a rir.

      – Na mosca! Mas agora já chega de rir a minhas custas.

      – Desde quando você gosta de algum menino? – Ela disse meio desconfiada. Ela acha que eu ia brincar com uma coisa dessas? Quem me dera que fosse brincadeira

      – Nossa, você falando assim, parece que eu sou lésbica!

      – Mas desde quando eu conheço você, você nunca me disse que gostava de nenhum menino.

      – Pra tudo existe uma primeira vez. – Ela estava mesmo decidida a rir de mim. Não gostei disso.

      – Aff, que primeira vez mais sem graça. Não tinha nenhum menino melhor não. Jacob Black? Quem quer? – Eu quero, eu quero õ/

      – Eu disse que ainda não ta confirmado, foi a Jullye que me disse ontem que eu tava apaixonada por ele.

      – Ah, foi a Jullye que te disse isso?

      - Aham, mas você sabe como ela acerta nessas coisas. Espero que esse seja o primeiro erro dela.

      – E eu espero que ela nunca erre!

      Fiquei até um pouco antes do jantar, se voltasse mais tarde pra casa Anna ia me matar e me servir na bandeja. Dessa vez eu que fiz o jantar, sanduíches. Meus dotes culinários eram tão ruins quanto a minhas notas em cálculo. No domingo eu passei o dia em casa, tava cansada de vadiar por ai, e meu quarto realmente precisava de uma arrumação.

      Já passava de sete horas, e eu já estava de pijama vendo tevê. Minha mãe estava dormindo – ela fazia a operação coruja agora, dormia durante o dia e chorava à noite, – quando a Jullye apareceu. Desde quando tinha voltado, a Jully e eu nos víamos todos os dias, achava que hoje seria o primeiro dia que não nos veríamos. Eu já até estava gostando da idéia.

      – Nossa! – Disse Jullye toda espantada. – Você já ia dormir? Hoje é domingo querida.

      – Está tudo bem comigo, obrigada por perguntar – Ironizei.

      – Eu ia te chamar para dar uma volta, mas pelo visto... – Ela falou balançando a cabeça negativamente.

      – Eu não ia dormir, estava des-can-san-do. Passei o dia todo arrumando meu quarto. Bem que você ter chegado um pouco antes, assim me ajudava a trabalhar em vez de falar merda.

      – Jamais! Hoje é domingo, eu não trabalho domingo. – Novidade, ela não trabalhava nunca.

      – Pronto. Agora você já viu que eu não vou sair, então tchau.

      – Calma aí, vadia. Eu já desconfiava que você não ia querer sair, então trouxe o kit salva vidas comigo. – Ela falou tirando algo da bolsa. – Titanic e pipoca!

      Titanic é antigo, tipo, relíquia de museu, e não há uma alma que não tenha visto esse filme mais de 10 vezes. Mas era romântico e tinha o Léo Dicaprio.

      – Ok, isso eu topo. – Falei ligando o DVD.

      Enquanto colocava o filme, a Jullye foi fazer a pipoca. Eu corri no meu quarto e busquei uns lencinhos de papel. É triste quando o Jack morre. O Filme é longo, por isso quando acabou, nós duas já tínhamos dormido e minha mãe acordado. Ela ligou pros pais da Jully e disse que ela ia dormir aqui em casa. No dia seguinte fomos atrasadas para a escola, graças à demora da Jullye no banheiro e porque ainda teríamos de passar na casa dela pra buscar suas coisas.

      As semanas passaram tranquilas, eu tentava não demonstrar a minha paixonite pelo Jake quando nós ficávamos juntos. A Jully me perguntava a cada dois minutos se podia contar a ele. LÓGICO QUE NÃO. Mas ela até que se comportou bem, depois que briguei com ela e disse que se ela contasse alguma coisa pro Jacob eu nunca mais olharia na cara dela. Chantagem emocional.

 


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