Me Perdoa, Vida Minha? escrita por Mayara Rabelo


Capítulo 1
Uma briga... Uma reconciliação!


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amooores!
Eu sonhei com essa fic, do início ao fim! *.*
Espero que gostem do meu xodó!
Beeeijos!



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- Há quanto tempo não nos encontramos?

- Sara... – Grissom tentava de todas as maneiras não se alterar. Já que, ao contrário dele, Sara não ligava para seu tom de voz, demonstrava sem pudor algum o quanto estava chateada com ele.

- Você quer que eu tenha calma. Mas não dá pra ter calma. – Andou de um lado para o outro. – Você faz idéia do quanto sinto sua falta? – Ele se levantou.

- Nos vemos todo dia.

- Ah, então é isso. – Ela parou de frente á ele, totalmente magoada. – Você não sente minha falta, não é? – Ele ficou em silêncio, olhando pro chão. – Griss, quando nós decidimos iniciar esse relacionamento eu estava ciente de que seria uma coisa secreta, algo que teríamos de todas as maneiras sermos discretos. – Encontrou seus olhos, aquela imensidão azul, e sentiu os seus castanhos chocolate marejar. – Imaginei que nos encontraríamos sempre, na sua casa ou na minha... Mas faz um mês que nem isso acontece.

- Estamos ocupados demais, querida. Você sabe. O laboratório... – Sara o interrompeu muito nervosa.

- Esquece essa droga de laboratório, Gilbert! – Uma lágrima já descia em seu rosto, Grissom não sabia o que fazer. – É por causa desse maldito trabalho que você não me dá atenção. Você não vai mais à minha casa. E quando estou na sua, você me fala “bom dia” e se trancafia naquele escritório. Você não me liga mais. E agora quem não quer que você ligue mais sou eu, fique ciente. – Agora ele se irritou.

- Não tem problema, eu não ligo mais pra você! – Falou alto, no mesmo tom de voz que ela. – Desde que me conhece você sabe que sou muito reservado. Entrou em um relacionamento por que quis. Mas sabe que sou assim, tenho defeitos!

- Eu suporto todos os seus defeitos sem reclamar. Eu suportei por mais de um mês sua indiferença, sua distância. Tudo isso porque não quero terminar nosso namoro. Porque eu te amo, seu imbecil! – Agora ela gritava. – Você é um ingrato!

- Você que é uma ingrata! Faço tudo por você! – Ele foi até a instante e pegou dois livros de lá e apontou pra ela. – Pra quem foi que comprei esses livros de física?

- Eu preciso de carinho, não de livros! – Com uma tapa os livros foram ao chão. E suas lágrimas jorravam sem parar.

- E eu preciso de espaço! – Grissom gritou mais alto, que até os visinhos podem ter ouvido. Passou a mão no rosto em sinal de nervosismo e começou a andar de um lado para o outro.

Sara ficou olhando pra ele caminhar e viu que ele não diria mais nada. Simplesmente pegou os livros que derrubou no chão, colocou embaixo do braço e também pegou seu casaco. Ao notar que ela apanhava as coisas, Grissom sente que ela estava indo embora.

- Aonde você vai, Sara?

Ela não respondeu. Colocou a bolsa nas costas e foi até a porta sem ao menos olhar pra trás, sem se despedir.

- Sara... Desculpa meu amor. – Disse indo até ela, completamente arrependido. – Eu não preciso de espaço. Eu te... – Ela bateu a porta com força. Indo embora. – Eu te amo. – Depois dela passar por aquela porta, ele enxergou a burrada que fez.

Não sabia se ia atrás de Sara, não sabia se chorava, se gritava, não sabia o que fazer. Como por impulso, em um momento de pura raiva, raiva de si mesmo, pegou o abajur que se encontrava no criado mudo na sala e o tacou na parede, assustando até Hank que dormia no terraço.

- Imbecil! – Gritou com si mesmo. – Eu sou mesmo um imbecil!

~♥~

Sara entrou no carro e, como já se esperava, foi inevitável não chorar. Quase que no automático as lembranças dos momentos maravilhosos que teve com Grissom vieram á sua mente, a atormentar e a despedaçar seu coração. Porque ele estava assim? Tão distante e tão frio novamente?

Chorou. Chorou tudo que podia.

Entrou em casa como um furacão, pedindo mentalmente que nada a atrapalhe nesse momento. No momento em que deitaria em sua cama e deixaria rolar toda a dor que sentia, toda a angústia que seu coração tentava colocar pra fora pelas lágrimas. E com certeza pegaria no sono e era a única maneira de não se machucar.

Resumindo: Não queria pensar em Grissom.

~♥~

Dois dias se passaram e ainda não se reconciliaram.

Grissom passou a se preocupar com Sara. Nesses dois dias ela não colocou os pés no laboratório. Catherine havia ido a casa dela hoje á tarde e a encontrou desolada, chorando sem controle nenhum.

- Mas porque ela estava chorando? – Ele perguntou, mas já sabia a resposta. Se ela mudou a história para Catherine, saberia agora.

- Disse pra mim algumas coisas da infância. Ela vem tendo alguns sonhos á dois dias atrás e não consegue se livrar deles. – Isso até podia ter um pouco de verdade, mas não completamente. Ela sentia falta dele, essa era a verdade.

E não podia negar também que... Ele sentia muito sua falta.

Daquele cheiro de colônia quando ela saía do banho, do seu sorriso de encontro ao seu olhar, da sua voz, do seu jeito de menina, saudades dela por completo. Sabia que estava errado em querer espaço, mas acontece que naquele tempo Ecklie pegou pesado com ele, colocando muita pressão sobre o trabalho e sobre sua competência.

Foi um mês desgastante, e ele se viu muito cansado. Mas reconhece que isso não era motivo pra deixá-la de lado. Se ela era importante, não podia fazer nada pra perder. E agora estava se sentindo culpado por fazê-la chorar – o que era a última coisa que pensou em fazê-la passar – E ele tinha que se redimir, tinha que pedir perdão.

Descobriu com a distância que é impossível viver sem ela. Agente aprende com os erros, e agora, a última coisa que deseja fazer na sua vida é passar um segundo sem Sara. Ele a amava, e isso era o único e principal motivo de querer tê-la de volta.

Foi pra sua casa e, depois de um banho, resolveu ligar pra ela.

~♥~

Penteava os cabelos de frente ao espelho quando escuta o som de seu telefone. Andou um pouco até a sala e, ainda muito triste, vê o nome na tela do celular, que involuntariamente faz com se seu coração pulse rápido.

- Oi Grissom. – Responde com uma voz chorosa.

- Sara... – Instantaneamente seu coração também pulsa rápido. – Querida, precisamos conversar... Como você está?

- Não temos nada o que conversar, Grissom. – Disse fria.

- Por favor... – Grissom implorou, mas ela ficou em silêncio. – Como você está? – Perguntou novamente, pois na primeira vez não obteve resposta alguma.

- Como você acha que estou? – Grissom ficou em silêncio. Isso era doloroso de se ouvir. Mas não podia deixar pra lá. Ele errou e tinha que se redimir.

- Não agüento mais ficar sem você aqui... – Sara sentiu-se paralisar. – Desculpa por ter sido tão arrogante contigo é que... É que eu sempre vivi sozinho, e é novo pra mim tudo isso de dividir o que faço com outra pessoa, dizer pra onde vou, essas coisas. Além de Ecklie ter pego pesado comigo, você sabe. Mas eu estou disposto a mudar... Mudar por você, baby. – Ele não sabia o que dizer mais. E Sara continuava em silêncio, sem conseguir expressar nada. – Ah, amor, por favor, me perdoa.

- Porque não vem aqui em casa? Por telefone não é bom de conversar. – Ela também queria uma reconciliação, mas tinha que olhá-lo nos olhos.

- Posso mesmo, amor? – Esse jeito de falar, essa voz rouca, esses apelidos carinhosos, ah, tudo estava colaborando pra Sara se render.

- Deixe de rodeios, Grissom. Sabe que sim. Até daqui á pouco. – Desligou. Mas ao colocar o telefone na mesa, suspirou e sorriu de lado. Sabia que o perdoaria. Só dele a olhar seria a redenção.

Ela estava se mantendo forte o suficiente para ser fria com ele. Grissom percebeu. Conhecia Sara, e sabia que estava fazendo-se de forte para não mostrar pra ele sua fraqueza. E Grissom não gostava disso, queria sempre vê-la sorrindo, sem disfarces, sem máscaras.

Só não podia julgá-la agora. Ele sabe que tem total culpa disso tudo.

~♥~

- Entre.

Grissom entrou, ligeiramente envergonhado, com as mãos nos bolsos. Sara suspirou cansada e ele notou que ela havia chorado á alguns instantes. Seu rosto sempre foi corado, mas não como agora. Sentaram-se de frente um para o outro, mas Sara evitou olhá-lo nos olhos porque sabia que, involuntariamente, as lágrimas desceriam. Céus! Como queria ser menos emotiva.

- Porque não olha pra mim? – Grissom perguntou meio tristonho.

- Sabe como eu sou emotiva. – Forçou um sorriso e o olhou de relance. – Ah, eu vou chorar se te olhar. – Ele sorriu de lado, mas ficou novamente sério.

- Não quero que chore. Não mais. – Grissom começou tocando sua mão, e então, Sara aproveitou para ficar fitando suas mãos juntas. Era a melhor maneira de não deixar-se cair aos prantos. – Me perdoa, vida minha? – Sara não reagiu. – Olha amor, eu sei que eu errei, sei que eu fui um idiota querendo espaço. Mas que droga de espaço? De onde tirei isso? – Sorriu da própria idiotice. – Travei uma guerra com minha própria paciência naquele laboratório e acabei descontando na pessoa mais importante da minha vida... – Agora ela o olhou. – Você tem noção do tamanho do meu erro?

- Sei... Claro que sei. – Ela parecia estar se rendendo. Mas alguém aqui ainda duvida de que Sara Sidle adora um drama?

- Vai me perdoar? – Falou acariciando seus dedos entrelaçados.

- Não sei. – Isso foi um sorriso no seu rosto?

- Sara... – Ele abriu um sorriso de felicidade. Estava perdoado. Mesmo que tentasse, Sara não conseguia esconder. – Perdoa seu namorado idiota? – Ela riu.

- Você foi idiota.

- Não sou mais? – Ela negou com a cabeça. – Mas sou um bobo, não é?

- Sim. Muito bobo. – Ela fez bico. – Tão bobo que ainda não reparou a vontade imensa que estou de te beijar... – Agora foi que ele sorriu intensamente.

- Que bom que me perdoou meu anjo... – Grissom se aproximou e a puxou para um beijo. E que beijo... Foi incrível. Um beijo de pura saudade, de um misto de sentimentos. Antes de terminar, eles morderam cada um o lábio do outro, como sempre faziam nos seus momentos de carinho. – Saudade disso...

- Saudade de fazer amor com você... – Falou encarando seus olhos e passando suas delicadas mãos sobre aquele peitoral definido e todo seu.

- Você quer? – Grissom disse tocando suas coxas.

- É um bom pedido de desculpas... Não acha? – Ele riu e começou a beijá-la novamente. Dessa vez com mais força e com os sentimentos ardendo em si. Queria dar o seu melhor, seria capaz de tudo para fazê-la esquecer de toda aquela briga.

Sem largar seus lábios ela o ajuda a tirar seu casaco pesado. Sem perceber já estão deitados, colando seus corpos, queimando em brasas incandescentes de amor. As mãos travavam um luta para saber em qual lugar tocar primeiro. Grissom estava de barba, e quando se dirigia até o pescoço, cheirava, beijava, até mordia, e causava ainda arrepios por conta dos pêlos ásperos. Coisas que enlouquecem, pode apostar.

Quando a saudade bate, todos nós sabemos que é difícil não sentir dor, é difícil sossegar o coração. E na hora de “matar” a saudade, não ousamos ir devagar, ou deixar pra outra hora... Não é verdade?

Nesse caso pior ainda.

Aqui, entre esses dois, não existia lugar, nem hora, muito menos compromisso que os impeça de matarem a saudade. E é nesses momentos que enxergamos a necessidade de um pelo outro.

- Você sentiu mesmo minha falta, querido? – Sara fala enquanto recebe os carinhos de Grissom, ali mesmo no sofá eles estavam se amando.

- Sara... – Ele a olhou, tocando seu rosto, tirando os cabelos que caiam sobre seus olhos. – Você me faz muita falta. Porque acha que voltei e te pedi desculpas? – Ela suspirou e sorriu tímida. – Vamos nos amar, esqueça isso por um instante. – Voltou a beijá-la, mas ela puxa seu rosto pra frente do dela e o segura com as duas mãos.

- Não quero esquecer por um instante. Nunca mais quero me lembrar da sua idiotice. – Ele riu, mas estava envergonhado. – Eu não quero que isso se repita.

- Shiii... – Colocou um dedo sobre seus lábios. – Eu prometo que isso não vai mais se repetir... Agora vamos fazer amor, Sara? – Ela riu.

- Vamos... – Começaram a se beijar, estavam agora somente de roupa intima. Quando Sara novamente para. – Você vai me ligar sempre? É que você disse que não ia ligar mais pra mim... – Ela adora provocar, não é leitores?

- Sara, pelo amor de Deus! – Ela entra numa crise de risos. Ah, ela estava feliz. E quando estamos felizes, rimos á toa. (não é verdade, Dessa? rsrs’) – Eu prometo. Vamos terminar com isso, estou morrendo de saudades, querida.

- Certo, meu bem. Desculpe a tortura. – E novamente começam a se amar. Mas dessa vez é pra valer. Agora era ela que não conseguia deixar pra depois.

“Quando agente ama, não importa o que aconteça. Agente sempre perdoa.” (Mayara Rabelo)

*Fim*


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Notas finais do capítulo

Então?
Gostaram do meu sonho aqui escrito detalhadamente? *.*