Tamaran escrita por Nightstar


Capítulo 19
Vingança




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“O que foi? Não reconhece mais a sua irmãzinha?” Disse em tom de deboche. A tamaraniana ainda não conseguia acreditar nisso. Estrela Negra era o mandante daquele seqüestro! Foi ela que a torturou, fez seus semelhantes trabalharem como escravos e ainda feriu seus amigos! Mas como? Ela estava presa num planeta altamente protegido e famoso por ser o melhor cárcere daquela galáxia!

 

“Estrela Negra?! Mas como... e quando... ah, cara! Isso é muito estranho!!” Mutano dizia abanando as mãos nervosamente pelo ar.

 

“Fica quieto! Você não tá ajudando!” Ravena exclamou com uma cotovelada nas costas do garoto. Ela também estava surpresa com tal revelação e, por isso, não queria que ele continuasse interrompendo a explicação que a tamaraniana de cabelos negros tinha a dar.

 

“É claro!” Robin estalou os dedos. “Como não percebi isso antes?! O ódio pela irmã,o conhecimento sobre nós, o fato de ser tamaraniana... estava tudo na minha frente e eu nem percebi!!”

 

“Mas... irmã... por quê fez isso?”

 

“Porquê fiz isso?!” Repetiu. “Simples! Eu sou sua irmã mais velha e tinha o direito ao trono de Tamaran. Mas o que aconteceu?? Você nasceu!! Foi esse maldito dia que me fez o que sou hoje!”

 

Estelar estava começando a compreender o que Estrela Negra estava dizendo. Já tinha ouvido essa história antes, de seus pais...

 

“O dia em que você surgiu foi um dia de glória, felicidade entre os tamaranianos. Comigo foi o contrário, a não ser que você não se lembre disso... talvez fosse tão ocupada ao lado dessas pestes que acabou se esquecendo dessa parte da sua vida!”

 

“Sim, mana... eu lembro muito bem...” Respondeu com tristeza e um olhar cabisbaixo. Os demais ainda não entendiam do quê estavam falando.

 

“Como assim? Que história é essa, Estelar?!” Ciborgue questionou.

 

“Eu nasci num dia de comemorações e fui considerada uma verdadeira benção nesse planeta. Mas com ela... *suspiro* Estrela Negra nasceu num dia impróprio, quando ocorreu uma tragédia entre nós...”

 

“Sim, mas não é só isso. Eu herdei uma deficiência e esse fato acabou piorando ainda mais as coisas para mim. Fui praticamente rejeitada entre os demais. Não queriam que eu tomasse o trono algum dia como manda nossa tradição e muito menos queriam que eu existisse. Eu era uma... uma maldição! Uma vergonha para o nosso povo! E quando essa aí surgiu na minha vida as pessoas me esqueceram por completo, até mesmo meus pais. Pelo menos minha deficiência foi superada... mas a questão era que, enquanto Estelar tinha toda a glória e respeito, os tamaranianos me olhavam com escárnio! A gota mesmo foi quando mudaram o testamento e transferiram minha herança para ela. Você, Estelar, é o motivo por toda a minha vida ter se tornado uma desgraça. Por isso o meu desejo é que morra!!”

 

“Não tenho culpa por seu infortúnio, Estrela Negra. Eu nunca lhe desejei mal...”

 

“Ah! Me poupe dessa conversinha inútil!” Disse, cruzando os braços. “Você arruinou minha vida mesmo não tendo intenção alguma! Mas isso não importa mais já que agora eu finalmente terei minha vingança!”

 

Estrela Negra se curvou um pouco e acendeu um par de starbolts. Era possível notar a raiva que sentia, pois seus olhos faiscavam num tom lilás bem forte e ameaçavam atirar um raio a qualquer momento.

 

“Titãs--“

 

“Não!” Estelar interrompeu o menino-prodígio. “Desculpa, Robin, mas isso é entre mim e minha irmã.”

 

“Ora... então está disposta a me desafiar uma segunda vez?” A morena questionou em tom provocante. A irmã apenas a encarou firmemente. “Isso está ficando ainda mais interessante.”

 

Robin sentiu um frio na espinha quando percebeu uma certa seriedade tomar o rosto de Estelar. Estrela Negra estava muito mais forte que da última vez que se encontraram, tanto que quase matou sua amada naquela fortaleza. Tinha medo, medo de que não pudesse salva-la dessa vez caso se ferisse como antes. Medo de que a perdesse para sempre...

 

“Vamos logo com isso!” A ruiva exclamou enquanto um brilho verde tomava os seus olhos por completo.

 

“Bom, foi você quem pediu!...”

 

Assim, ambas deram um forte impulso e decolaram em linha reta. Não parecia haver limites naquele instante, elas voavam paralelamente uma à outra e sem parar, de forma que seus corpos quase desaparecessem da vista dos quatro jovens que observavam atenciosamente. O que antes eram duas garotas agora não passavam de um par de míseros pontinhos no céu.

 

Mutano ia se preparar para se tornar um pássaro, mas Robin, prevendo sua ação, posicionou seu braço esquerdo na frente do garoto como sinal para que não continuasse.

 

“Mas-” Ele ia retrucar o ato do mais velho. Porém, desistiu após receber um olhar sério da titã encapuzada que se colocava bem ao seu lado. Mesmo que tivesse sido por um curto período de tempo, aquilo esclareceu tudo para Mutano. Ele entendeu que Estelar devia estar esperando por aquele dia há muito, muito tempo. Queria provar seu valor. Que era mais forte que a irmã mais velha. Se o garoto se aproximasse para, digamos, dar uma espiada, poderia distrai-la por alguns momentos ou até ser ferido por Estrela Negra...

 

Definitivamente, aquilo não era uma boa idéia.

 

Cada segundo que era contado parecia ser mais um peso posto sobre as costas de cada um dos heróis. A tensão no lugar era insuportável! Principalmente pelo fato de que a única ação das tamaranianas até agora era subir mais e mais. Não pareciam se contentar com a altura.

 

Os pontinhos continuavam se movendo rápido, não mais paralelamente como antes. Agora já tinham começado a se enfrentar com socos que, mesmo estando a centenas de metros acima, chegavam a ecoar fortemente pelo lugar como um trovão e a formar ondas ao redor das irmãs. Tamanha a brutalidade usada por ambas. Se os golpes atingissem qualquer pessoa comum, o mínimo que poderia acontecer a esta seria ter os ossos praticamente reduzidos a pó.

 

Estelar estava indo bem. Seus golpes eram quase certeiros e só eram impedidos pelos braços em forma de “x” que a irmã posicionava em frente ao corpo. Porém, houve um problema durante um dos ataques da ruiva. O “x” se desfez e Estrela Negra, num piscar de olhos, já se encontrava imobilizando o braço esquerdo da alienígena por trás das costas desta própria e cercando seu pescoço com menção de pressiona-lo ainda mais.

 

“Acha mesmo que é melhor do que eu?” A morena indagou, apertando o braço que enforcava a garota. “Idiota. Nem mesmo aquele grupinho de panacas inteiro poderia me vencer!”

 

“*Ugh* Mana...”

 

“‘Mana’ uma ova! Eu prefiro esquecer que faço parte da sua família de uma vez por todas! E sabe qual é o melhor jeito de se fazer isso?” A resposta foi um gemido fraco. “É te matando!!”

 

Estelar sentiu uma lâmina cortar-lhe o braço imobilizado lentamente. Claro, a espada. Estrela Negra ainda tinha parte de sua armadura e, com isso, também tinha aquela arma afiadíssima que restara em uma das luvas. Logo, sangue quente começava a escorrer do membro ferido e a respingar na roupa do agressor. A dor fez a jovem pressionar seus dentes uns contra os outros e fechar os olhos com um gemido sofrido. Mas, diante de tal ato, esta conseguiu reunir forças e segurar os braços da irmã, girando-a por cima e em seguida chutando-lhe as costas.

 

Instintivamente olhou para o estrago causado por ela. Um corte profundo decorava o antebraço quase que por completo e, por sorte, havia parado próximo ao pulso. Se não tivesse reagido àquela agressão, possivelmente teria morrido pela perda de sangue naquela área...

 

Ainda bem que os tamaranianos eram muito resistentes a condições hostis. Estelar ainda estava forte o bastante para prosseguir, mesmo com todo o sangue que tingia o membro inteiro juntamente à luva prateada que sempre usara. Ela podia agüentar a dor. Precisava!

 

Tudo o que fez agora foi ignorar o corte como Robin sempre fizera. Concentrou-se apenas em seu objetivo: a batalha.

 

“Estelar!” A inimiga urrava enquanto voava em sua direção. “Você me paga, sua infeliz!!”

 

A ruiva, vendo a garota se aproximando, praticamente esqueceu da dor que sentia e avançou ao encontro da morena. Seus olhos faiscavam de ódio. Não demorou para que Starbolts começaram a se cruzar no céu.

 

Um deles foi certeiro. Atingiu a pequena espada posicionada na luva esquerda da garota de olhos violetas, quebrando-a na hora. Ao se distrair com a perda da arma, a jovem rebelde recebeu dois fortíssimos socos no abdômen, de forma que parte da armadura restante quebrasse.

 

“Isso é por ter me enganado!” Estelar exclamou. Mas insistiu em prosseguir com os ataques e agarrou o braço de Estrela Negra. “Isso é por colocar meus amigos em perigo!” Após essas palavras, girou o corpo da garota com força e a atirou em direção ao solo.

 

Não houve tempo para reagir, muito menos para se levantar de dentro da cratera provocada por sua queda. Quando deu por si, a tamaraniana rebelde tinha seu pescoço envolto por cinco dedos femininos e estava a quase três palmos da terra em que a ruiva pisava. Esta erguia o braço com punho livre fechado, apontando para o rosto da irmã.

 

“E isso...” Ela dizia, fazendo seus olhos faiscarem novamente. “Isso é por ter traído nosso a todos nós.”

 

Estelar estava decidida a acabar com a garota à sua frente. Não queria que machucasse mais ninguém em nenhum outro planeta, principalmente após sentir na pele do que ela realmente era capaz. Tinha passado do estágio “criminoso” há muito, muito tempo. Talvez logo depois de ter sido presa durante sua tentativa de fuga da Terra.

 

Isso não importava mais, não mesmo. O que importava era que, agora, ela estava num beco sem saída. Sentia o pescoço ser pressionado cada vez mais, retirando o ar pouco a pouco e também, conseqüentemente, sua força. Suas mãos agarravam o braço que a segurava como um apelo por piedade e, ao mesmo tempo, um ato desesperado para retirar a mão que a erguia.

 

Mas, ao perceber que Estelar não estava mesmo brincando e que queria mesmo feri-la, Estrela Negra rapidamente estendeu a mão direita na direção da mais nova e, por impulso, disparou outro raio de starbolt lilás no seu tórax. Não foi um simples disparo, tinha reunido todas as forças que possuía naquele ato e, por isso, Estelar foi jogada para trás logo após dar um gemido de dor.

 

Mesmo depois de quase ser sufocada, Estrela Negra se recuperou em apenas uma questão de segundo. Tinha esgotado o estoque de paciência que mantinha naquela batalha. Agora não pensava mais em torturar a mais nova até que ouvisse seus apelos por piedade ou visse a fraqueza tomar posse de seu corpo. Queria acabar com aquela chatice de uma vez!

 

Pensando nisso, retirou aquela mesma arma com veio avermelhado de antes de sua armadura e a empunhou de forma que tivesse certeza de que a garota a estava vendo.

 

“Chega de joguinhos!” Exclamou. Estelar rapidamente se levantou e começou a ouvir o que a mais velha tinha a dizer. “Está vendo isso aqui?? Esse será o seu fim!!”

 

Logo depois de mencionar estas palavras com firmeza ela levantou vôo e esperou no mesmo lugar onde o confronto teve seu início. Claro que a titã atendeu seu desejo. Não pensou duas vezes para tomar tal decisão! Apenas deu um forte impulso e seguiu a de olhos escuros.

 

Estrela Negra empunhava o objeto como uma jóia, um verdadeiro tesouro, afinal, seria esta mesma navalha que iria realizar seu maior desejo.

 

“É o seguinte, mana...” Ela deu uma ênfase tão forte nessa última palavra que sua voz parecia ter adquirido solidez. “Isso aqui é um brinquedinho novo no meu arsenal. Acho que deve se lembrar muito bem do que passou naquela câmara de tortura, não?”

 

Estelar não respondeu, odiava lembrar daquilo.

 

“Cada arma usada, cada dor... deve ter sido horrível, não?” Zombou. “Mas agora pense em tudo isso formando uma só arma, ou melhor, tudo isso dentro dessa arma. Isso mesmo! Ao entrar na pele da pessoa, a navalha descarrega todos os métodos usados naquela câmara de uma só vez, desde uma forte queimadura até uma descarga elétrica cinco vezes maior que a última! Nem mesmo um tamaraniano resiste a uma coisa dessas, muito menos você!”

 

Estelar engoliu seco e depois fitou a faca um instante. Sua ponta vermelha brilhava de forma oscilante, como se houvesse uma energia muito forte lutando para sair de seu interior, algo que funcionasse como, digamos, uma bateria.

 

Tinha que ficar atenta a partir de agora. Se aquilo a atingisse, ou pelo menos se encostasse a ela, provavelmente não sobreviveria a tal descarga.

 

“Por que não desiste logo? Posso te dar a honra de ser uma das minhas escravas, com direito a torturas diárias e uma cela bem confortável...” Era impossível se manter calmo depois de um deboche desses, principalmente para a titã, que havia passado por tudo isso que fora mencionado.

 

Assim, parando de adiar a situação, ela avançou velozmente e fez menção de dar-lhe um chute, mas a inimiga somente riu. Parecia que Estelar tinha praticamente perdido a noção do perigo. Cometido um verdadeiro suicídio! Enfim, quando a titã fez seu movimento de ataque, a oponente se esquivou mais uma vez com sua agilidade incrível e, em seguida, girou com a navalha em mãos a fim de perfurar as costas da ruiva com força.

 

Porém, mesmo com tamanha agilidade e rapidez, Estrela Negra não a acertou como era previsto. Estelar de alguma forma notou o que ela planejava e passou por baixo da irmã para depois reaparecer por trás da mesma, passando o braço direito ao redor do seu pescoço e imobilizando uma das mãos como ela havia feito antes consigo.

 

Achava que, agora, poderia enforca-la até que Estrela Negra perdesse os sentidos e, assim, seria finalmente presa por seus crimes. Às vezes é incrível como nos iludimos só porque, por breves momentos, estejamos no controle de nossos problemas, o que acontece é que muitas vezes nos distraímos com esses enganos e deixamos que reaja sem que sequer percebamos...

 

Foi isso que aconteceu.

 

Enquanto Estelar se ocupava enlaçando o pescoço da garota com cada vez mais força, essa, com a mão que restara, cravou a navalha no seu antebraço num baque. A titã então foi tomada por uma sensação nunca antes imaginada, como se sua maior dor tivesse sido multiplicada por cem ou mais e injetada em seu corpo de uma só vez, ao mesmo tempo em que um estranho brilho vermelho a rodeava com oscilações ritmadas.

 

Os titãs que assistiam a tudo sem perder um só detalhe agora se apavoraram com os gritos agonizantes que Estelar emitia a cada segundo. A morena, por sua vez, somente ria com sua diversão. Era só uma questão até que a ruiva desse o último suspiro.

 

“Haha! Adeus, Estelar. Foi um prazer meu ter te conhecido!...” Sua voz continha uma dose altíssima de sarcasmo e deboche.

 

Ao ouvir aquilo, a mais nova, ainda no ar, tentou dirigir uma das mãos até o antebraço ferido. Era difícil. No seu estado atual, sua coordenação motora parecia ter sido comprometida devido àquela dor horrível que corria com fúria por todo o corpo. Mas tinha que tentar. Sua vida estava em jogo!

 

Quando conseguiu tocar na navalha ainda presa à sua pele, percebeu que a dor aumentou repentinamente, como se sua alma estivesse a ponto de partir em pedaços. Isso significava que sistema não suportaria mais. Assim, com um último berro alto e doloroso, sua mão agarrou a arma com o máximo de força que possuía e a arrancou do antebraço, deixando uma ferida ainda maior pelo fato de sua lâmina era serrilhada e continha certos ganchos nas laterais. Tinha praticamente arrancado um pedaço da pele.

 

Com os olhos ainda fechados e os músculos implorando por uma trégua, Estelar levou a mão livre para o ombro da outra tamaraniana que, chocada com o que vira, se mantinha imóvel no ar.

 

“Acabou...” Disse com o pouco fôlego que possuía. Estrela Negra inicialmente não entendeu o rumo daquelas palavras fracas e trêmulas que tinham sido liberadas da boca da ruiva à sua frente, porém, tudo logo seria desvendado. Num ato rápido e quase imperceptível, Estelar moveu o punho que mantinha a faca avermelhada e a enterrou no ombro da morena de uma só vez, causando a mesma sensação antes mencionada e fazendo-a gritar em tom ainda mais ensurdecedor.

 

Mas mata-la não era sua intenção. Passados alguns segundos, arrancou a navalha rapidamente do lugar ferido como havia feito a si, espirrando um pouco do sangue inimigo pelo ar. Logo depois, com uma de suas rajadas óticas, atirou a mais velha contra uma grande rocha que se encontrava centenas de metros abaixo. Mais da metade de sua força tinha simplesmente se dissipado com o efeito daquela lâmina, então, ao chocar-se, perdeu a consciência imediatamente e caiu no chão avermelhado, marcando enfim a tão esperada vitória para a jovem.

 

Estelar foi descendo lentamente até que sentisse a consistência arenosa daquele solo ter contato com seus joelhos e, em seguida, com suas mãos. Não parecia ser uma vitória. Senão, o vencedor estaria comemorando e em condições de ao menos se levantar. Justamente o oposto da situação atual da garota.

 

Sua respiração era ofegante, mas estranhamente fraca. Seu corpo inteiro latejava fortemente e alguns pontos, inclusive, mantinham-se trêmulos e ameaçavam ceder a qualquer instante, como era o caso de seus braços que, até o momento, serviam-lhe de apoio. Estelar os encarou rapidamente. O par de luvas, que há alguns minutos preservava seu tom prateado costumeiro, agora adquirira um tom vermelho-vivo e deixava, de vez em quando, uma ou mais gotas de sangue quente escorrerem pelo corte no tecido e gotejarem no chão.

 

Foi então que se lembrou de como aqueles cortes doíam.

 

“Legal, Star! Você ganhou!” Ela não reconheceu a voz inicialmente, mas logo percebeu que era Mutano o seu dono e que o resto do grupo vinha correndo junto a ele. Mas era estranho. Ao invés do tom das vozes aumentar com sua aproximação, parecia que, ao poucos, ia ficando ainda mais fraco, mais... distante.

 

Percebendo isso, Estelar desviou o olhar para a origem dos sons, mas viu apenas quatro borrões se aproximando rapidamente e que pareciam estar prestes a se misturar à paisagem distorcida. Sentiu então sua respiração falhar de repente, causando uma sensação forte de tontura e fazendo-a perder o controle sobre o próprio corpo. Quando deu por si, já estava caída no chão.

 

“Estelar!” Robin gritou ao perceber o que acontecia, mas já era tarde. Sua voz foi a última coisa que ela ouviu pouco antes de tudo à sua volta escurecer...


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