Dividida escrita por Aliciana


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Finalmente terminando a fic...
desculpas ter demorado a escrever, eu nao estava inspirada...
agora nao sei como concluir...
bom sem mais delongas...



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- Carminha, tem visita pra voce. – ele disse e eu entrei, com um vaso de lírios brancos nas mãos. - eu vou esperar aqui fora tá?

- Isa? De todas as pessoas do mundo, voce era a quem eu menos esperava que viria me visitar.

Eu a vi sentada no leito do hospital, com o rosto e o ombro direito enfaixado, e o punho esquerdo coberto por bandagens. Ela havia sido atropelada e batido com a cabeça na calçada, por isso havia muito sangue. Mas o acidente não tinha sido tão grave quanto aparentava.

- Trouxe lírios. O Luca me disse que são suas favoritas.

- Tenho certeza que sim. – ela continuava implicante comigo.

- E onde estão a Denise e a Maria Melo?

- Foram comprar algo decente pra eu comer. Já que essa droga de hospital não tem comida de gente. Por que está aqui? Veio rir da minha cara foi?

- Não, eu vim demonstrar solidariedade. Fiquei preocupada quando te vi no chão toda coberta de sangue, pensava que o seu era verde ou azul.

- Se já terminou de rir as minhas custas pode ir embora.

- Eu estou falando sério, Carminha. Mesmo que voce não goste, eu nunca te desejei mal.

- Vou fingir que acredito.

- Garota, nem quando acontece algo grave voce não se toca não? Dá um tempo com essa sua pose. Eu não gosto de voce e voce não gosta de mim, fim de papo. Mas não precisamos ficar em pé de guerra a vida inteira. E a propósito, foi o sangue da caipira aqui que te salvou quando voce precisou, já que nosso tipo sanguíneo é difícil de encontrar.

- Voce também é O negativo?

- Sim.

Ficamos em silencio durante um tempo. Eu fiquei olhando pela janela, um garotinho e sua mãe andando na calçada, segurando um balão azul. Passou um tempo e eles viraram a esquina. Continuava vendo os carros passando pela rua quando escutei ela dizendo:

- Eu só vou dizer isso uma vez, ok? Desculpa, Isa.

- Eu sei, me desculpa também.

Saí do quarto sem ver seu rosto, pois sabia que seria constrangedor se nos olhássemos naquele momento. Luca me esperava no corredor, eu tinha pedido ele pra que a Carminha e eu tivéssemos uma conversa particular.

- Então, como foi?

- Bem... Amigas nós não seremos, mas ao menos esse clima de guerra entre nós já não vai existir.

- Que bom. Sabe, Isa, depois do acidente ela parece que tá mudada, mais humilde.

- Acho que ela só mostrou humildade com voce. To brincando.

- Eu acho que gosto dela. Dessa nova Carminha.

- Então volta pra ela, Luca.

- Mas...

- Eu ... to com o Cebola.

- Eu desconfiava que voces se gostavam. Fico feliz por voce.

- Por falar no Cebola, eu tenho que ir. Preciso conversar com a Monica.

Cheguei na casa dela, mas a Monica não estava. Tinha ido á casa da Magali, que já estava de oito meses de gravidez. Fui lá, pois precisava falar sobre o Cê e eu, e saber como ela começou a ficar com o DC.

- Monica, Magá, eu queria conversar com voces.

- Oi amiga, veio em boa hora, a Monica acabou de fazer brigadeiro pra gente.

- Eu queria saber como voce começou a ficar com o Do Contra. Me conta tudo.

- Como assim? Voce não me disse nada sua pilantra. Eu também quero saber. – pelo visto a Magá também não sabia de nada.

- Ele que te disse não foi? Ai era pra ser surpresa.

- Sim. Mas o DC só faz o contrário.

- Depois daquele dia, que o Cê tinha terminado comigo, eu fui dar uma volta no campinho e vi o Do Contra sentado em um banco. Ele viu que eu tava mal e tentou fazer de tudo pra me alegrar. Fomos ao shopping, jogamos, tomamos sorvete, lanchamos, fizemos muitas coisas divertidas e eu realmente tinha esquecido o Cebola. Depois de um tempo eu percebi que ele me fazia me sentir bem, feliz, sabe. Ele não se importa com meu jeito ciumento e mandão. Ele até gosta, acho que, com ele, eu não preciso me preocupar em ser eu mesma.

- Eu sei como é sentir isso, que bom amiga.

- Obrigada, Magá. E Voce, amiga, como anda com o Luca?

Fui pega de surpresa com a pergunta. Nem me lembrava mais dele. Tinha chegado a hora de contar pra elas meu namoro com o Cebola.

- Mo, eu queria ter te contado isso antes. Aconteceram muitas coisas esse ano, sabe. Eu pensava que não gostava dele, mas sempre que estávamos juntos rolava uma química muito forte. Eu estou... com o Cê.

- O que? – disseram em coro Magali e Monica.

- Eu era a garota que ele gostava, e por isso ele terminou com voce.

- Isa, eu ... preciso pensar um pouco.

- Tudo bem, depois eu posso ir na sua casa pra gente conversar direito?

- Amanha.

- O.K. então.

Eu saí de lá me sentindo péssima por ter enganado a minha amiga. Ela merecia saber a verdade, mas isso iria acabar com nossa amizade. Ia andando pra casa, mas decidi dar uma volta na pracinha, pra pensar. A Magali ia conversar com ela, e mostrar que não fizemos nada pra magoá-la, espero que ela entenda isso. Enquanto andava, percebia que o clima havia mudado, o céu estava ficando escuro e várias gotas de chuva iam caindo, finas e geladas.

 Eu não me importei com a chuva, até gosto dela. Me lembra minha infância, correndo e brincando na lama, enquanto a chuva caía na fazenda, e meus pais brigando comigo por que eu poderia pegar uma gripe. Eu fechei os olhos e abri os braços, sentindo a água cair no meu rosto, enquanto ouvia as pessoas correndo e fugindo da chuva, dizendo que eu era louca de tomar banho de chuva e me molhar toda. Cabelo, roupa, nada disso me importava naquele momento.

- O que voce tá fazendo? Quer pegar um resfriado por acaso?

Eu me virei e vi o Cebola, correndo em minha direção com um guarda chuva aberto.

- Eu to lavando minha alma.

- Vem pra baixo do guarda chuva.

- Não, obrigada.

- Eu não to pedindo. – ele chegou mais perto e me puxou pela cintura, ficamos nos olhando, sua respiração ofegante, por ter corrido á pouco tempo. Nos beijamos intensamente e eu joguei seu guarda chuva no chão, fazendo ele se molhar todo com a chuva. O que não o impediu de continuar me beijando.

- Sua teimosa, olha o que voce fez. Vamos pra casa, precisamos trocar de roupa antes que esse vento faça a gente pegar um resfriado. Minha casa tá mais perto, vem.

 Ele segurou minha mão e saímos debaixo da chuva, com o guarda chuvas fechado, já que não precisávamos mais dele. Chegamos na casa dele e, surpresa! Não havia ninguém.

- “Cebola, vou fazer feira e chego umas 6 horas. Cuide da casa e vá estudar. A Maria foi brincar na casa da Talita e vai dormir lá hoje. Beijos mamãe.” Ela me trata como criança. Aff.

- Isso quer dizer... que estamos sozinhos?- Disse com receio da resposta.

- Parece que sim. E com essa chuva, voce não vai sair daqui agora não.Ela tá engrossando.

- Eu sei que a chuva tá engrossando. Não sou tola. E não me importo de tomar outro banho de chuva. Vou pra casa.

- Por que voce tá fugindo de mim? – ele disse segurando meu braço.

- Por que senhor Cebola, eu não quero fazer nada disso que voce tá pensando!

- Eu não to pensando em nada. –ele se virou e tirou a camisa.

- O que voce tá fazendo?

- Vou tirar essa roupa molhada, oras.

- Mas vai fazer isso lá no seu quarto.

- Eu já tava indo pra lá. O que tá esperando pra tirar a sua?

- Deixa de ser pervertido, garoto. Me dá uma toalha, vai.

- hehehehehhehe voce fica linda tímida assim. Espera ai.

Ele foi no armário buscar uma toalha pra mim. Eu não acredito que estamos sozinhos aqui, e os pais dele iam demorar a chegar. Oh meu Deus, não posso fazer nada disso. E se ele forçar a barra? Ah mas ele não faria isso. Faria?

- Toma. - Ele jogou a toalha na minha cara.

-Isso é jeito de tratar uma garota?

- Voce tá com muita neura. Isa, relaxa, eu não vou fazer nada. Vamos ver um filme, você fica enfiada nessa toalha e eu vou pegar uma coisa pra gente comer.

Eu me sequei e me sentei no sofá. Ele tinha pegado uma coberta quentinha e me enfiei debaixo dela. Tava tão bom que acabei cochilando, nem vi filme nem comi nada. Só sentia os dedos frios do Cebola entrelaçando em meus cabelos úmidos.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado... ja to sentindo saudades dessa fic... foi quase 1 ano inteirinho escrevendo ela, abandonando, reescrevendo...
o proximo capitulo eu pretendo que seja a conclusao da historia...
só nos finais felizes:: talvez... como essa ~e a primeira historia que escrevo, ela pode ter ficamos meio "conto de fadas"...
bom, reviews pessoal... bjos



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