Dividida escrita por Aliciana


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores queridos!
desculpem a demora
espero que gostem desse capitulo.
vamos ver quem adivinhou quem pulou em cima do DC hoje...



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Eu não consegui acreditar no que meus olhos viam: meu ex namorado sobre o DC dando socos e mais socos, e não aparecia ninguém para ajudar. Eu escutei um grito e finalmente meu corpo conseguiu sair do estado de choque. Parti para cima dos dois tentando evitar que o Do Contra se machucasse mais. Em vão. Pois os amigos do meu ex me puxaram e me seguravam.

Finalmente eu vi o Cebola e o Franja correndo e separando os dois. Não acreditava que o Marcelo poderia ser tão bruto ao ponto de bater em um garoto que mal conhecesse. Depois que as pessoas se acalmavam e a briga cessou, os meninos me soltaram. A Marina e a Cascuda ajudaram o DC a se levantar e o resto da turma chegou para acalmar os meninos e o Marcelo.

- Mas voce é doido cara? Partir pra cima do menino que não dá nem metade de voce e que mal conhece.

- Como voce pode fazer isso?

- Assustando todos desse jeito e estragando a festa?

Eu só escutava vozes vindas de longe. Meu corpo estava trêmulo e fraco.

- Ele a fez chorar. E eu não permito que ninguém faça a Isa sofrer.

De repente todos silenciaram e olhavam para mim. Não queria acreditar que tudo fora minha culpa. Por que eu estava chorando por causa do Cebola. E o DC não havia feito nada contra mim, pelo contrário.

- Marcelo... – ele me olhou com os olhos cheios de saudade, como se nada tivesse acontecido. Ele veio em minha direção abrindo os braços, esperando que eu o recebesse como um herói. Eu simplesmente levantei minha mão direita e lhe dei uma bofetada.

- O que voce acha que estava fazendo? Voce não sabe mais nada da minha vida. Quem é voce pra decidir com quem eu ando ou deixo de andar? Ele é um grande amigo com quem eu posso contar simplesmente tudo e voce o machuca sem mais nem menos, só por que me viu chorando perto dele. Acha que por ter sido meu primeiro namorado isso te dá o direito de vir batendo em todo mundo que esteja perto de mim enquanto eu choro? Garoto a gente terminou já faz mais de seis meses. Voce nunca me ligou nem mandou noticias suas durante esse tempo todo, e acha que chegando igual a um troglodita vai me conquistar de volta? Por que raios eu deveria me importar com voce agora? Me esquece.

E depois de desabafar eu saí andando sem rumo, procurando o DC. O Cebola veio atrás de mim e me levou á um barzinho em que o DC estava se limpando.

- Nossa, Isa. Voce detonou ele mesmo heim.

- Eu não acredito que fui apaixonada por esse idiota durante dois anos.

- Tá tudo bem meu docinho. O Franja tá conversando com eles. Nada de ruim vai acontecer com voce eu prometo. – nesse instante o Cê me puxou e me abraçou, colocando sua mão em minha nuca, me fazendo deitar em seu peito.

- Mas e o Do Contra?

- As meninas estão ajudando ele, já, já vamos pra fazenda.

Eu escutei essas palavras e fechei meus olhos nos braços do Cebola. Que saudade eu sentia desses braços, desse cheiro que me invadia por inteira. Do seu carinho em minha cabeça... Mas eu não podia ficar assim. Levantei meu rosto e olhei em seus olhos. “Espero que um dia eu possa olhar em seus olhos e dizer sinto sua falta” essa frase do bilhete veio em minha mente e fiquei encarando-o imaginando se poderia ter sido ele que tivesse escrito o bilhete. Escutei de longe a Monica gritando:

- Vamos pessoal. Isa, Cê.

Então fomos embora para a fazenda. Eu decidi ficar com o DC enquanto a turma ia para a festa. Não seria por minha culpa que eles perderiam o show de mágica e os shows na praça. Depois que ele se recuperou, eu fui trocar os curativos dele.

- Desculpa por isso.

- Foi voce quem me bateu?

- Não, mas foi meu ex.

- Então não precisa pedir desculpas. Sabe, Isa, com voce eu não consigo contrariar.

- Sei...

- É sério.

- Quanto mais voce diz isso, mais eu acredito que é mentira.

- Tudo bem então. Mas me conta mais sobre esse cara.

- Ah, a gente namorou por uns três meses antes de eu ir pra São Paulo. Mas eu era apaixonada por ele desde os quatorze anos. Foi em uma festa, igual a que a turma está agora, ele veio dançar comigo e me pediu um beijo. Como eu era apaixonada por ele, não neguei. E aí começamos a namorar. Mas me conta sobre sua tia. Por que ela ficou daquele jeito quando voce disse que ela não gosta de coisas diferentes?

- Bem, ela é muito autoritária, meu avô era militar e exigia muito dos filhos. Quando eles eram mais jovens minha tia era diferente. – eu o olhei espantado – não igual a mim, mas ela vivia pela moda e pelas artes, essas paradas aí. Então meu avô queria expulsá-la de casa, foi uma confusão. Ela saiu de casa e foi morar na Europa, com uns amigos artistas. Quando meu avô morreu ela ficou tão depressiva que decidiu abandonar a vida e tudo que ela gostava para honrá-lo e começou a viver como meu avô sempre queria que ela vivesse.

- Nossa DC, que triste.

- Eu não acho. Ela fez a escolha dela, de abandonar tudo por causa daquele velhote rabugento. E sabe o que mais? Ele disse pra mim poucos dias antes de morrer que gostava dela como ela sempre foi: uma artista. Que ela enfeitava a vida dura que ele tinha e ele se arrepende de ter brigado com ela. Mas eu nunca disse isso à ninguém.

- Senhor Do Contra, voce não pode guardar esse segredo. Ela merece ser feliz.

- Eu não vou contar nunca pra ela isso. Ai. -  ele se mexeu um pouco e seu ombro doeu, o incomodando.

- Tudo bem. Se quiser guardar o segredo, ótimo. Eu não importo mesmo.

- Não adianta Isa, isso eu não vou dizer. Ela precisa descobrir por si só o que o vovô disse.

- Mas havia mais alguém no quarto quando ele disse isso?

- Não.

- Então como ela vai descobrir isso sozinha criatura?

- Eu nunca disse que não posso ter escrito uma carta a pedido dele.

- Interessante seu raciocínio. E onde está?

- A carta?

- Não, a mula manca da minha avó. É claro que é a carta.

- Em um livro no escritório dela,e acho que vai demorar pra ela mexer nele.

Depois dessa conversa, ficamos fazendo gracinhas até a turma chegar. Karol tinha vindo com eles e ela dormiu com a gente. Ficamos a noite inteira fofocando sobre a festa, e sobre a briga que houve de manhã. Quando amanheceu, as meninas estavam tão cansadas que Karol e eu fomos pra cozinha ajudar a preparar o café da manhã.

- Então senhorita Karol, me conta sobre o Nimbus. – eu puxei o assunto quando estávamos sozinhas.

- C-como assim contar so-sobre ele? Ele é seu amigo oras.

- Vai me dizer que voces não deram uma fugidinha e se encontraram atrás do palco ou algo parecido? Hehehehehehe

- Bem, amiga, ele é super fofo comigo. Todo atencioso, até fez uma mágica só pra mim. – ela dizia se lembrando do mágico e suspirando. – Mas não fizemos nada. Ele terminou o show e ficamos conversando a noite toda.

- Que bom que voces se deram bem, eu sou super amiga do irmão dele.

- Voces não estão namorando não?

- Não, o DC inventou isso pra me ajudar em uma confusão que eu passei no colégio. – então eu expliquei tudo a ela, e mostrei o bilhete que havia recebido.

- Nossa amiga, esse cara que mandou o bilhete parece super apaixonado.

- Sim, mas não sei quem mandou.

- Acho que foi o tal do Cenoura.

- Cebola, Karol.

- Que seja. Ele te olha diferente dos outros garotos.

- Sério?

- Sim, eu e as meninas reparamos nisso quando voce tava conversando com o Do Contra, né?

- Até que voce aprendeu os nomes direitinho, amiga. Mas ele tem namorada. – então contei tudo o que houve comigo desde que me mudei pra São Paulo. Como estávamos sozinhas, aproveitei o momento, já que Karol sempre me dava bons conselhos.

- Isadora, isso tudo que aconteceu e voce não me disse nada nas cartas que me mandava.

- Pois é. Eu preferi contar pessoalmente.

- Acho que voce tem que ficar na sua. Deixa o Luca com essa tal nojentinha e se ele gostar mesmo de voce, vai te procurar de novo, como fez no baile.

- E o Cê, o que faço com ele?         

- Se ele gosta mesmo de voce vai terminar com a Monica.

- Mas ela é minha amiga. Ai estou tão confusa quanto a isso. E ainda tem o DC que gosta dela.

- Deixa tudo isso queto. O tempo dá um jeito nas coisas.

- Obrigada Karol. Só voce mesmo pra me entender.

Nesse momento as meninas chegaram para tomar café e depois que todos comeram, fomos ajudar com as coisas na fazenda. Em uma semana iríamos voltar pra São Paulo e eu queria aproveitar minhas férias.

 Xaveco, Cascão, Franja e Nimbus estavam ajudando a Monica e a Cascuda a andarem à cavalo no curral, enquanto a Marina desenhava a casa da fazenda. Do Contra corria de um lado pro outro tentando capturar as galinhas e minha avó gritava com ele para deixá-las em paz. Karol estava montando um cavalo e o Cebola e eu sentamos numa rede e observamos toda a confusão que a turma fazia.

- Isa, acha mesmo que o bilhete que recebeu foi do Luca? – me espantei com a pergunta repentina dele.

- Ai Cê, eu não sei. Pode ter sido outra pessoa, mas ele tem namorada, sabe. Assim como o Luca.

- Voce acredita se eu dissesse que fui eu?


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado
estou muito desanimada com a fic.
Nao tenho mais vontade de escrevê-la mas tento fazer o maximo para nao deixar voces na mao.
espero conseguir terminar logo.
o proximo cap vou postar na quinta feira.
beijos!!



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