Dividida escrita por Aliciana
Notas iniciais do capítulo
Pessoal me desculpem por nao conseguir postar 1 capitulo por dia.
estou muito dispersa, e agradeço a voce fiel leitor que sempre olha as atualizacoes pra saber se minha historia tem um novo capitulo
obrigada!!!
O vento frio de Junho me fazia tremer por baixo do moletom enquanto eu esperava a turma para irmos á aula. Magali estava indisposta então fui somente com a Monica, Cas e Cebola. Meu coração ainda ficava acelerado toda vez que eu o abraçava, mas estava tão acostumada a fingir que não sentia nada que se tornava involuntária a falsidade dos meus sentimentos.
- Então Isa conta pra gente como é a fazenda da sua família. Nós vamos poder ir mesmo né? Sem grilo? –perguntava Cascão impaciente.
- Claro que voces vão poder ir. Mas teremos que ir de ônibus, porque o carro do meu pai não cabe a sala inteira.
- A sala inteira não né Isa, apenas alguns tantos. Hehehehehe – Monica falou isso e abraçou o braço direito do Cebola. – Que frio que tá fazendo hoje, voce não acha Cê?
- S... sim, clalo.
- Sabe, eu esqueci que tinha que devolver um livro pra biblioteca hoje, vou na frente antes que eu pague multa, vem comigo Cas. - e saí puxando o coitado pela manga do seu moletom.
- Calma ê Isa, que bicho te mordeu, doida?
- Eu não agüento mais esses dois. Sabem que se amam, ficam nesse grude mas não falam nada um pro outro.
- Eu sei Isa, é de dar nos nervos, mas eles são assim mesmo. Mais tímidos que uma porta.
- O ditado é “mais burro que uma porta”. Pelo menos eu aprendi assim. – disse em tom irônico cruzando os braços.
- Mas eu quis mudar o ditado. - ele se fez de ofendido.
- Tá mas o Cebola não ficava tímido comigo, muito menos quando...
- Quando o que?
-Não posso te dizer, o Cê já me disse que voce é um linguarudo Cas.
- Eu era criança e nem era tão linguarudo assim. As palavras simplesmente saíam da minha boca.
- Mas isso que não posso dizer pois pode ter sérias conseqüências.
- Então voce não confia em mim. – ele disse fazendo beicinho de criança mimada – Por favor!
- Eu confio, mas não é isso. Pergunte pra ele depois, só que da minha boca não vai sair uma palavra sobre o beijo. – Droga! Preciso aprender a controlar minha língua.
- Beijo? Então voces? Quando? Como? Onde?
- Que beijo?
Quando eu me virei pra trás vi a Carminha e a Denise lançando olhares curiosos sobre o Cascão. Eu não poderia deixar aquele beijo entre o Cebola e eu chegar aos ouvidos da turma, principalmente delas.
- Não te interessa. - respondi fria.
- Fófis, voce vai esconder esse babado de moi*?
- Voces não tem nada com minha vida, pra que eu vou contar sobre quem eu beijo ou deixo de beijar?
- Olha Isinha, querida... eu só te odiava por que voce fez algum feitiço para prender o MEU Luca, mas já que eu o conquistei de volta, não tem motivo nenhum para andarmos no engalfinhando não e mesmo?
Sabia que ela iria jogar isso na minha cara, e eu percebi que começava a juntar alunos curiosos ao nosso redor. Eu não poderia bater nela porque se não corria o risco de ser expulsa. O clima estava tenso e eu vi de relance o inspetor correndo atrás da diretora. Tinha pouco tempo para escapar dessa. Foi aí que vi minha salvação.
- Mas é claro que não Carminha, com muito prazer te digo quem eu estava beijando. E ele acaba de chegar.
Todos se viraram para a portaria e viram o DC chegando atrasado, e andando tranquilamente, plantando bananeira.
- Nossa, essa é a primeira vez que sou recepcionado por todos me encarando com essa cara de surpresos. Curti! – ele disse, colocando os pés no chão.
- Oi querido! - Eu disse o abraçando e o beijando na frente de todos, que se espantaram mais ainda. Ele inicialmente surpreso com meu beijo, retribuiu sem pestanejar, e suas mãos tocavam minha cintura e nuca respectivamente, me deitando em seus braços, como uma cena de filme romântico antigo.
- Isa, voce... e o Do Contra...
- Sim estamos namorando, Luca. - DC respondeu.
- Bem, tem gosto pra tudo né? - Denise disse dando de ombros.
Como não houve confusão, todos foram andando para suas salas decepcionados. A Carminha veio na minha direção e disse baixinho:
- Já teve seu show, agora pode parar de chamar atenção, Miss Light.
E ela saiu andando com Luca ao seu encalço. Percebi que ele olhou pra mim de uma forma diferente. Durou poucos minutos e só havia o Do Contra e eu no pátio.
- Agora que só tem nos dois voce vai me explicar por que me beijou ou vai deixar eu tentar adivinhar?
- Ah, eu preferiria que voce tentasse adivinhar, é complicado.
- Eu adoro um desafio, mas hoje dispenso, só por que acordei ao avesso.
- Então voce acordou como nós, pobres mortais?
- Sim, morrendo de preguiça.
- Se estivesse com preguiça não teria vindo plantando bananeira.
- Eu sempre venho assim da esquina até o portão.
- O.K.
- Minha casa é longe tá? Eu iria me cansar muito vindo de lá até aqui.
- DC, voce está fazendo algo que não deveria, está se justificando e isso é o comum que as pessoas fazem.
- Voce me faz me contradizer. Droga.
- Hahahahahahahahahahahahahahaha... Bom vou começar pelo beijo.
- O de agora a pouco? Eu gostei. Voce beija bem.
- Eh, obrigada, mas não era esse. Era o que eu e o Cebola tivemos na casa dele. - e eu contei pra ele tudo o que aconteceu até o momento.
Ele não se surpreendeu, como eu pensei que iria ficar. Acabamos matando o primeiro horário enquanto eu contava a historia. Quando entramos na sala todos fizeram gracinhas por que pensavam que tínhamos matado aula para ficarmos aos beijos. E o maluco do DC disse a todos que foi isso que fizemos. A cada dia que passava ele me cumprimentava na frente do portão com um selinho, o que me fazia alvo de fofocas, pelo menos não eram fofocas ruins.
Começamos a brincar com todos dizendo que éramos um casal. E eu percebia o Cebola meio enciumado e o Luca sério quando eu o pegava me encarando.
- Mas como voces estão namorando, amiga?
- Não estamos namorando, é apenas uma brincadeira.
- Nunca vi brincadeira desse tipo. – Magá disse cruzandos o braços.
- Se o DC diz que estão namorando é por que não estão. – Monica diz, analisando a situação.
- Pois é mas deixem de falar de mim, Mô, o seu admirador secreto me disse que quer marcar um encontro.
- Ai meu Deus. Onde?
- No campinho. Sábado a noite.
- O.K. Isa, mas voce e a Magá vão escondidas. Vai que ele é um psicopata ou algo do tipo.
- Eu te garanto que isso ele não é.
Então nos arrumamos no sábado para a Mô encontrar o Cebola. Ela se produziu toda, com um vestido vermelho rodado super feminino, enquanto Magá e eu vestimos jeans e camisetas básicas. Quando chegamos ao campinho, nos escondemos no antigo clubinho dos meninos, para poder espionar o encontro enquanto a Monica esperava encostada em uma árvore.
- E ai Mô, beleza?
- Oi Cebola, tudo jóia, mas eu não posso conversar agora, estou esperando alguém.
- O tal admirador secreto?
- Como voce sabe sobre ele? A Isa que te contou não foi? Ela anda muito fofoqueira ultimamente, acho que é a convivência com o Cas.
- Ela não me disse nada não, eu sei por que... bem...
- Fala logo garoto. – Eu vi a Monica alterando a voz pro Cebola, e fechando os punhos.
- Eu esclevi aquelas caltas, Monica.
- Hahahahahahahahahaha, até parece. Voce não tem capacidade para escrever algo tão romântico como as cartas que recebi.
- Se eu não tivesse a capacidade de esclevê-las, eu não sabelia elas desde a plimeila até a última palavla. – dizendo isso, Cê começou a citar todas as cartas que havia escrito para ela, que ficou chocada com a revelação.
- Eu sabia. – sussurrou a Magali com os olhos cheios de lagrimas.
- Ce... Cebolinha eu...Por que não me disse antes?
- Que eu gostava de voce? Pra que? Voce nunca iria acreditar em mim, só mesmo a Isa pra me ajudar a te conquistar. – quando ele disse isso eu comecei a chorar, sabia que eu o perderia e ainda o tinha ajudado. Ele se aproximou dela, e delicadamente tocou seu queixo (como fez comigo) e a puxou pra perto de si, selando sua declaração com um beijo ardente.
Meus olhos não paravam de sair lágrimas, mas meu coração chorava ainda mais por ver o garoto de quem amava beijando outra: a minha melhor amiga. Eu me virei pois não consegui olhar aquela cena e, com os olhos fechados eu escutei a Magali dizendo:
- Finalmente eles estão juntos. Não é que voce conseguiu amiga?
* Moi:
Pronome Frances que significa mim, me, eu. Procuncia-se Moá.
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espero que tenham gostado tanto quanto eu...
estou adorando fazer a Isa sofrer um pouco...
isso me lembra os meus tempos de colegio...
quando eu era melhor amiga da menina que namorava o garoto que eu gostava, e depois que ela terminou com ele ele ficou meu amigo me pedindo p ajuda-lo a conquistar ela de novo...
minha vida da um livro cheio de drama tbm...
vou demorar um pouco pra postar o proximo cap.