Dividida escrita por Aliciana


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Meus queridos leitores, eu amei escrever esse capitulo.
novos acontecimentos e talvez uma reviravolta na historia...
muita agua vai passar por essa ponte antes da historia ter um fim.
boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219065/chapter/16

Eu tentava disfarçar minha tristeza por ter perdido os dois garotos de quem gostava, mas a Monica e a Magali sabiam que eu estava mal. Elas achavam que eu estava triste pelo Luca ter dado um tempo. O Cebola e eu voltamos a nossa amizade e tudo voltou ao que era antes, as meninas já sabiam de tudo sobre meu plano e a Magali tinha contado aos pais dela sobre a gravidez.

- Você vai parar de vir às aulas?

- Só quando eu estiver muito enjoada, esqueceu que grávida vomita por qualquer coisa?

- Que nojo! Mas isso e só no inicio. Eu não agüento ver minha amiga sofrendo assim. - Monica ficou se lamentando.

- Mas imagine, agora vamos ter um bebezinho pra cuidar. -  Eu disse, toda empolgada.

- Voces vão cuidar do nosso filho enquanto eu cuido do Quim, que tá tão bobo com essa coisa de gravidez. Falta me pegar no colo. Não deixa eu fazer nada.

- É assim mesmo, os meninos ficam desesperados quando acontece algo com a gente. Uma prima minha ficou grávida com 18 anos – eu continuei contando a historia da minha prima até o professor chegar.

Se passaram alguns dias e o Cebola me deixava cada dia mais irritada, me pedindo para entregar cartas pra Monica. Ele escrevia frases e textos românticos mas não assinava e ela também estava me deixando louca.

- Mas quem ele é Isa?

- Eu não posso dizer ainda, mas voce já o conhece.

- Ai meu Deus. Quem é? O DC?

- Não.

- Xaveco?

- Não.

- O Nimbus?

- Não.

- Jeremias?

- Não. Ai Monica chega. Não vou falar até ele me disser que tá preparado.

- O.K. mas eu vou descobrir quem e.

- Boa sorte com isso. – e era essa investigação todos os dias quando voltávamos do colégio, além dos passeios e sessões de cinema na casa das meninas.

Quando eu cheguei em casa depois de ver um filme na casa da Aninha, me deparei com o Cebola, conversando com minha mãe enquanto me esperava.

- Demorou heim? – ele disse abrindo um sorriso enorme e encantador. Minhas bochechas ficaram quentes e com certeza eu parecia um pimentão.

- Pois é, que surpresa senhor Cebola.

- Filha, eu vou trazer um lanchinho enquanto voces conversam. – quando minha mãe saiu, eu me sentei do seu lado.

- Isa, eu quero marcar um encontro com a Monica, o que voce acha?

- Uai Cê, combina. Onde voce quer encontrar com ela? – então ele me contou seu novo “plano infalível”.

Conversamos um pouco e ele percebeu minha tristeza.

- Isa o que voce tem? Tá triste com algo?

- Não, imagina, só um pouco cansada. – cansada de voce falando da Monica sabendo que eu gosto de voce seu idiota, eu pensei.

- Acho que voce tá assim porque ficou sabendo do Luca.

- O que tem ele?

- Voce não sabe? Calácoles... quero dizer, a turma toda já tá sabendo.

- Me conta logo Cebolinha. – disse ficando nervosa.

- Eu não quero ser o que dá noticias ruins, principalmente pro meu docinho, mas já que voce insiste.

- Fala logo, criatura enrolada.

- Eu fiquei sabendo que ele pediu a Carminha em namoro.

- O QUE? – dei um grito e me levantei do sofá. Comecei a andar de um lado pro outro.

- Desculpa por...

- Eu não acredito que ele me pediu um tempo pra ficar com ELA. Aquela víbora. Eu sabia que ele tava andando muito grudado com a Carminha ultimamente mas não pensei que eles estavam ... juntos. Ai mas eu mato aquele desgraçado!!!

- Isa, calma. – Nisso o Cê se levantou e veio na minha direção. Com as suas mãos quentes ele me segurou nos ombros e me fez ficar quieta.

- Cê, quando isso começou?

- Eu acho que voce já sabe. – ele olhou nos meus olhos e eu não resisti. O abracei e chorei, triste por saber que o Luca tinha me trocado. Chorei como nunca havia chorado antes, e percebi que eu amava o garoto que me trocou por uma versão melhor de mim mesma, mais bonita, mais magra, loira, de olhos claros. Infelizmente ele não percebeu que essa nova versão era também mais manipuladora.

Vi minha mãe voltando pra sala com a bandeja com uma jarra de suco e bolo que tinha feito de manha, ela apenas colocou na mesa e saiu, sem falar nada. Minha mãe entendia o que eu estava passando porque ela sabia de tudo. Depois que me acalmei, Cebola foi embora, me deixando sozinha com meus pensamentos.

Alguns dias depois eu já tinha aceitado que o Luca estava com a Carminha, e só queria que as férias chegassem logo, pra eu voltar pra minha cidade, longe de tudo aquilo que me deixava confusa e triste.

Estava sentada vendo a turma jogar vôlei na aula de Educação Física (já que eu sou péssima eu ajudava o professor carregando materiais e outras coisas) quando DC se sentou perto de mim.

- Tchau Isa, o que voce está fazendo?

- Ah... oi Do Contra. Eu não to fazendo nada. - e abri um sorriso falso.

- Pois com essa carinha triste olhando pro Cebola não parece que está se lamentando.

- Não dá pra te enganar ne? Voce percebe tudo o que a gente tenta esconder.

- Eu vejo nas entrelinhas o que os outros só percebem no texto. – Disse ele se sentindo.

- Então, por que não está jogando com a turma?

- O professor disse vôlei mas eu queria jogar críquete.*

- Pra variar.

- E essa carinha triste é por causa das cartas que a Monica tem recebido?

- Sim, elas são do Cê... ele me pediu ajuda para conquistar ela. Sendo que os dois já são apaixonados um pelo outro. Parece até que ele se esqueceu do nosso beijo. – Droga, não deveria ter falado isso, agora ele vai espalhar pra todo mundo. Burra, burra, burra. – DC não conte isso pra ninguém por favor.

- Eu não ia contar mas agora que voce tá pedindo pra eu não fazer isso, o que aconteceria se essa noticia chegasse aos ouvidos da Monica heim?

- Eu arrebento sua cara.

- Era brincadeira, Isa, voce se esquece que eu não faço as coisas que todos estão acostumados a fazer. E fofoca é a coisa mais obvia nessa situação.

- Desculpe eu to péssima com tudo isso. Eu gosto dele, mas não deveria gostar, porque ele é da Mô.

- Ele não é de ninguém e eu te entendo.

- Sério? Nossa pensei que voce não tinha emoções normais, sei lá. Voce não é um alienígena?

- Eu não gosto de seguir regras e nem de fazer as coisas pelo caminho mais fácil. Gosto de desafios e ir contra aqueles que ditam as regras. Não devemos fazer tudo que todos fazem, devemos ser diferentes e contrariando a sociedade e suas leis que dominam a mente e a natureza humana e... espere aonde vai?

-Começou a ficar chato. – sai andando e o escutei correr atrás de mim. Me sentei num banquinho embaixo de uma árvore no pátio, em um canto mais isolado e ele se sentou do meu lado.

- Continuando, eu simplesmente não gosto de fazer o que os outros fazem.

- Eu deveria fazer isso. Já me cansei de fazer as coisas certas e ninguém dar valor.

- Como quando voce beijou o Cebola na frente de todos pra ajudar a Magali e o Luca não entender?

- Tipo isso.

-Eu posso te iniciar na minha filosofia de vida, em busca de aventura e diversidade social.

- Mas não quero saber desses seus discursos meia- boca, O.K?

- hahahahahahahahaha voce é divertida Isa, não sei por que não andávamos juntos antes.

- Nossa, uma coisa que voce não sabe explicar. Estou chocada. Hehehehehehe

Depois desse papo o Do Contra e eu começamos a andar juntos, como se fossemos velhos amigos.

*Criquete:

Guardadas as devidas proporções, joga-se quase da mesma forma que na brincadeira de "taco" ou "bete", praticada por crianças de todo o Brasil. Pouco conhecido por aqui, o críquete é um jogo de tacos e bola muito popular entre os países de colonização britânica. A principal diferença entre ele e o seu "primo" brasuca é que há mais gente em campo - são 11 jogadores tentando derrubar as "casinhas" protegidas pela dupla de rebatedores. Uma partida tradicional pode durar dias, com intervalos para descanso e alimentação. Em competições de maior visibilidade, como a Copa do Mundo, o jogo dura poucas horas. As principais potências do esporte hoje são Austrália - campeã da última Copa do Mundo -, Sri Lanka e África do Sul. No Brasil, há pouco mais de 200 praticantes de críquete, concentrados em São Paulo, Curitiba, Brasília e Fortaleza.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-joga-criquete


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado.
peço desculpas pela demora nos novos capitulos mas a senhora inspiracao esta voltando á mim.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dividida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.