ANNA'S P.O.V.

- Você vai ao passeio para o Central Park? – Perguntei animada.

- Não sei, Annie. Não estou muito a fim de ir – Jake me respondeu com os olhos baixos.

- Eu sei. Por isso você tem que ir. Eu sei muito bem o motivo. Ou você acha que eu não sei que você está assim por causa da Cindy?

- Não é nada disso, eu... – Ele começou a falar, mas desistiu – É, você me pegou. Você me conhece bem, não é?

- Melhor que você mesmo – Sorri e peguei em sua mão, olhando em seus olhos – Então, vamos?

- Fazer o que, né? – Ele rolou os olhos, mas depois sorriu para mim.

Terminamos de tomar os nossos cafés e saímos da franquia de Starbucks.

Já estava tarde, então fomos para as nossas casas.

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- Ah, finalmente. Nova York – Eu disse com um grande sorriso nos lábios...

- Até o ar daqui parece diferente – Jake complementou e passou o braço por meus ombros. Nossos rostos tão próximos... – Valeu por ter me convencido, Annie. O nosso dia vai ser ótimo.

- Eu sempre tenho razão, eu sou demais – Eu disse sorrindo e ele rolou os olhos.

- Boba.

- Oh! – Arregalei os olhos - Nossa, assim você me ofende – Fui dramática ao extremo, mas somente para zombar dele.

- Idiota – Ele riu.

- Olha quem fala – Rolei os olhos também e andamos um pouco pelo parque.

Lá era lindo. Tudo tão verde, tão limpo, tão alegre... Totalmente diferente do ambiente urbano em que eu estava acostumada a viver. Claro que há uma selva de pedra saindo desse parque, mas ele é tão grande que a gente nem pensa nisso. É como se fosse outro mundo.

- Aqui é lindo – Eu disse, distraída com a paisagem.

- Muito – Ele concordou – Quer tomar um sorvete?

- Claro – Sorri.

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- Gostou do passeio, Jake?

- Eu adorei, Annie. Valeu mesmo.

- Eu falei que iria valeu a pena – Sorri para ele, encarando aqueles grandes olhos castanhos.

- Eu te amo – Ele disse, me abraçando.

Posso jurar que meu coração falha uma batida, cada vez que ele diz isso.

- Eu também te amo – Apertei o abraço – E eu sinto muito.

- Está tudo bem. Um dia eu esqueço – Ele separou o abraço e sorriu de lado.

- Você não acha que nós somos muito novos para sofrer por amor?

- É... Você está sofrendo por amor? – Ele perguntou, parecia um tanto confuso.

Droga. Quase me entreguei.

Vai, Anna... Inventa alguma coisa.

- N-Não. Quando e-eu disse “nós”, eu quis dizer nós todos, pré-adolescentes – Eu disse nervosa.

- Ah, eu devo ter entendido mal – Ele passou um braço por meus ombros – Por que ficou tão nervosa?

- E-Eu n-não fiquei... – Por que ele fazia isso? – Ah, me deixa em paz – Eu ri e ele revirou os olhos, rindo também.

- Está bem. Não está mais aqui quem falou.

Sorri envergonhada, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Ele apenas olhava para mim sorrindo também.

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Andávamos juntos pelo parque. Apreciando a vista e conversando sobre coisas banais, que realmente não eram importantes... Mas eu aproveitava cada segundo daquelas conversa, sentindo o suave tom de sua voz acariciando meus ouvidos e minha mente, enquanto eu sentia tudo o que me era permitido sentir.

- Quer comer alguma coisa? – Ele me perguntou, com um sorriso suave.

- Claro – Devolvi o sorriso – O que você quer comer?

- Que tal um cachorro-quente?

- Pode ser.

Avistei um carrinho de cachorro-quente e andei até ele, com Jake me seguindo. Pedimos dois cachorros-quentes simples e nos sentamos sob uma árvore. Sem parar de conversar um só minuto.

Ele ficou quieto por um momento, encarando a grama. Tive que estalar os dedos para recobrar sua atenção.

- Sabe, Jake... Não fica se torturando por causa disso. E lembre-se, você tem a mim. Eu nunca vou te abandonar. Você sabe disso, não sabe? – Eu disse, olhando em seus olhos.

- Eu sei disso, Bananna – Ele sorriu e passou o braço por meus ombros, aproximando-me dele – E eu sempre vou estar aqui por você também, ok? – Me deu um forte beijo na bochecha e retirou o seu braço – Eu te amo, sabia? Você é perfeita – Ele sorriu. Aquele sorriso que ilumina até os meus dias mais escuros, o motivo da minha tristeza e também o da minha felicidade.

- Eu também te amo, Jake. Mesmo – Lhe dei um leve abraço e levantei, pegando sua mão para ajudá-lo. Andamos mais um pouco e já estava na hora de voltar para casa.

Foi uma boa tarde. Queria que ela durasse para sempre.

Continua...