Dear Califórnia escrita por rawnlu


Capítulo 1
Capítulo 1: Surprise!


Notas iniciais do capítulo

No primeiro capitulo, Charlotte vai morar com seu papis.



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Bom, para começar nada melhor do que começar falando de mim.

Meu nome é Charlotte Kruspe, e tenho medo de altura. Ta, ta, na verdade não é isso, eu sou só uma adolescente normal. Não sou a mais nerd da classe, nem mesmo a cheelander da turma. Sou só uma garota que quer uma aventura, e que adora subir em arvores. Tem um sonho de um trabalho, só pra saber como é ajudar alguém, ou fazer algo e ficar feliz no fim do mês porque recebeu. Eu não costumo ser surpreendida no dia a dia. E quer saber? Nada acontece por aqui em West Wendover, Nevada. Minha vida é igual demais. Moro com minha tia desde a morte da minha mãe a 8 anos atrás. Meu pai sempre morou na Califórnia por causa de seu trabalho, na verdade por causa de seu grande parque lá. O Grade Russino seria o maior parque que já existira lá. E eu ate me lembro vagamente de quando eu morava lá aos 4 anos com minha mãe, ele não era muito grande.. Mas enfim, o que me surpreendeu foi quando cheguei da escola em uma sexta-feira e descobri algo, algo que mais tarde mudaria o rumo da minha vidinha parada:


– Eu preciso saber tia! - disse quase gritando de impaciência. Ela sabia que eu odiava quando escondiam algo de mim. O meu maior defeito era ser a pessoa mais curiosa do mundo!

– Mas você ira saber querida, só espere ate que seu pai ligue..- Ela disse calmamente, como se não fosse nada de importante.

– Eu não quero esperar! Por favor tia!- peguei em suas mão como forma de implorar. – Se eu não souber vou morrer de curiosidade, você sabe que odeio surpresas. – disse alisando sua mão.

Ela retirou sua mão da minha, olhou para o relógio e disse: - Já esta quase na hora querida.- Depois foi para a cozinha, caminhando calmamente.

Minha tia costumava ser calma pra tudo. E eu não entendia o porque. Talvez porque ser uma mulher solteira na idade dela era meio entediante, ou deprimente. As vezes eu a pegava olhando pela janela, ou ate mesmo rezando em frente ao quadro de seu falecido a noite. Mas no geral, ela sempre me recebia as manhãs com um sorriso largo no rosto.

Fiquei esperando ate que o telefone tocasse. Olhei para o relógio como forma de tentar fazer as horas passarem mais rápido. E se eu ficar encarando esse relógio? Será que as horas passariam mais rápido? Puxa, como eu estou curiosa. Acho que isso foi uma coisa que veio da paternidade, não me lembro da minha mãe impaciente para saber como eram minhas notas.

Sentei no sofá em frente ao telefone. E fiquei o observando por alguns minutos pensando o que me reservaria uma ligação do meu pai. Geralmente ele só me ligava para dizer que estava com saudades, e em quando eu poderia ir visitá-lo. E me lembro que o visitei a dois anos atrás. Ele estava o mesmo homem de sempre, com barbas brancas e o cabelo castanho. As mesmas roupas que costumava usar quando eu tinha 4 anos.

Fiquei pensando em Geórgia que disse que havia um trabalho enorme a se fazer para a escola. Mais no momento eu não estava nem ai pra escola. Daí a dois dias seriam as férias! As férias mais esperadas por todos, onde cada garoto trabalharia em algum lugar legal para no final da férias poder sair com os amigos por conta propia. Ah! Doce liberdade. Eu faria tudo para poder trabalhar na lanchonete com Geórgia. Ela dissera que o pai a daria 100 dólares no fim da semana para sair aos finais de semana, e tudo o que ela precisava fazer era por o lixo pra fora e atender alguns clientes.

Triiin, Triiin. Acordei do meu transe pensativo e olhei para o telefone. Peguei o e o atendi:

– Alo?

– Filha? – ouvi a voz de meu pai do outro lado.

– Oi pai! Como vai?- disse com calma para não parecer apressada.

– Aqui vai tudo ótimo! E então a tia Cassandra conversou com você sobre o que eu vou lhe falar? – ele disse indo direto ao ponto.

– Não pai. Ela disse que você iria ligar e me explicar tudo. Mas então, o que é? O que você queria me falar? - disse meio impaciente.

– Então filha, eu sei muito bem que você é louca para ter um emprego, como as garotas daí, emprego de férias... – ele disse pausadamente.

– E?

– E que eu vou lhe dar um trabalho de uma semana nas férias aqui na Califórnia, no meu parque.

– O que? Vai me dar um trabalho pai? – eu disse super animada.

– É. E o melhor de tudo, você vai ficar morando aqui comigo, e no fim da semana eu lhe darei 400 dólares para você gastar na outra semana de férias. Acho que você pode sair com aquela sua antiga amiguinha que você costumava ter aqui, ou com os garotos que trabalham aqui no parque.

– Tem outros adolescentes trabalhando ai? – eu disse mais animada ainda.

– Claro! Eles costumam trabalhar todas as férias de setembro aqui.

– Meu deus! Que demais pai!

– Então, você topa? Vai vir pra cá? - ele disse parecendo surpreso. Acho que meu pai estava mais ansioso do que eu para que eu fosse pra lá. A muito tempo eu não o via, e realmente a nossa relação era tão boa, que me dava saudades de ter meu pai por perto, muitas vezes.

– Sim pai! Eu vou!

– Eu vou pedir sua tia para compras as passagens para amanhã mesmo! Eu vou te buscar no aeroporto. – ele disse.

– Ta.. – Tirei o telefone do ouvido e gritei: - Tia! Meu pai quer falar com você! – voltei com os ouvidos no telefone e disse ao meu pai. – Até mais pai, e eu a-do-rei sua idéia. Mal posso esperar para chegar ate ai! Beijos e se cuida. Te amo. – Entreguei o telefone a minha tia que já estava ao meu lado, me levantei do sofá e fui ate a cozinha. Já estava com fome, e pensei em tomar alguma coisa. Abri a geladeira e peguei um suco que estava na caixa, já no final. Nem me importei em saber o sabor, ou se estava bebendo direto da caixa. Afinal, já estava no fim aquele suco. E a minha sexta-feira também.

Fui direto para o quarto, sem dizer uma palavra com mais ninguém. Eu estava pensativa demais hoje. Tranquei a porta, pequei meu mp3 e deitei na cama, com a intenção de ouvir algumas musicas e depois ligar para Geórgia para contar a novidade.

Depois do banho liguei pra Geórgia. E a nossa conversa não se demorou por muito tempo;

–Sabe trute, eu pensei que nunca iria acontecer entende? - falei para Geórgia durante a conversa.

Ah! As coisas mais legais da vida, vem só depois. Pra você ver o sexo, eu e o Tyler só transamos depois de 1 ano de namoro. - ela disse com convicção.

Afff! Nem me fale disto garota, eu ainda sou virgem! Virgem! – disse desapontada pra ela.

– Ai lott nem grila, isso acontece quando você menos esperar!

– Ér... – eu sabia que quando eu arranjasse um namorado, isso iria acontecer. Eu não tinha pressa. – Então trute, vou desligar. E você passe aqui para me levar ate o aeroporto okay?

– Okay gata!


Naquela noite eu sonhei com possibilidades. Com namoros, saídas, bebidas, dinheiro. Tecnicamente eu esperava pecar muito na Califórnia. Eu tinha que fazer isso pela trute. Ou melhor, eu tinha que fazer isto por mim. Eu nunca me divertia em festas, que alias eu nem ia a quase nenhuma. E tecnicamente eu só havia ficado com 4 garotos em toda a minha vida, e olha que tenho 17 anos!

Eu pensei no meu pai. Pensei no meu cachorrinho Dolly que iria ficar 2 semana sem mim. E pensei na Califórnia. E como pensei. Ah! Estou indo pra Califórnia!

Não é uma Las Vegas da vida, mais é a Califórnia, minha querida Califórnia que eu sonho e sonho a tempos! Desde que minha professora havia dito que existem praias e garotos ricos e bonitos lá, eu me encantei! Ta, o motivo não é so esse, seria fútil demais. Mais eu amo a Califórnia, e amanhã a noite já embarco pra essa queria terra tão sonhada. Minha doce Califórnia!

Na manha de sábado acordei tão animada, e feliz! Pensando somente na minha viajem e em mais nada. Fora que eu iria viajar sozinha e nem tinha notado isto! Puxa, viajar sozinha seria muito melhor do que se tivesse alguém me vigiando. Mas é que não sou do tipo que fica fazendo bagunça em um avião. Se bem que transar em uma cabine com um dos comissários gatos seria bem legal. Puf! Pensamentos idiotas como esse deveriam não existir. Liguei o som bem alto para tomar um banho e eu pudesse ouvir de lá.

Depois do meu banho, passei um pouco de maquiagem, penteei o cabelo e desci. Minha tia que já estava acordada e sentada a sala vendo algum programa de culinária, não quis me deixar comer nada. Ela disse que eu iria me encher de mais e depois não iria almoçar, e apesar de ser a mais pura verdade ainda reclamei. Então fui ate o computador, fuçar em alguma rede social que eu tinha.

Depois de algumas horas minha tia me chamou para almoçar, e nós comemos em silencio durante toda uma hora, ate que:

– Tia.. hm, você comprou as passagens?- disse recolhendo meus pratos.

– Ah, sim querida! – ela disse se levantando e indo ate a estante procurando alguma coisa. – Querida, eu quero que você vá comigo ate a Martin’s comprar algumas coisas para você.

– Mas tia, não preciso de nada..- retruquei enquanto já enxaguava a louça.

– Claro que precisa. Faz um tempo que você não compra roupa, e você vai passar as férias lá. E o clima também é bem diferente. – ela insistiu.

– Tudo bem, tudo bem eu vou.

Sinceramente, eu nem sempre gostava de ir fazer compras. Minha tia gostava de comprar tudo o que via. E eu simplesmente odiava experimentar roupas. Mas seria legal dar uma variada no guarda - roupa, já que eu iria para um lugar novo. E eu aproveitaria para comprar alguma maquiagem, ou alguma bolsa.

Nós fomos de tarde comprar algumas roupas e uma mala pra mim. Na volta pedia a minha tia para passar na casa da Geórgia para que ela fosse ate o aeroporto conosco. Viemos tagarelando todo o caminho. Geórgia era o tipo de amiga com que você sempre tinha um assunto

Quando chegamos em casa eu e Geórgia subimos ate meu quarto. Liguei o som, não prestando atenção alguma para a musica que tocava. E enquanto eu tirava e dobrava roupas, pegava sapatos, e separava milhares de outras coisas para a viajem, Geórgia tagarelava como sempre.

Separei moletons, vestidos, e calças. Peguei praticamente quase tudo que havia no meu closet. Enchi duas malas enormes só de roupas, e não, não sou fútil. Odeio a futilidade. Se bem que duas malas....

Depois ainda tinhas os calçados. Um mais amado que o outro. Não pude deixar nenhum aqui!

Depois de horas arrumando, pedi a Geórgia para ficar mexendo no meu note book enquanto eu tomava banho.

Arrumei-me para o frio, passei rímel e blush. Depois de secar o meu cabelo que eu havia lavado, calcei um calçado baixo e estava pronta. Pronta pra minha viajem.

Chamei Geórgia para descer comigo e lá em baixo já via minha tia passando de um lado para outro.

– Então tia? Estou pronta, vamos?- disse descendo as escadas.

– Ah claro querida! Espere, só vou buscar uma coisa que me esqueci. – disse ela indo ate a estante da sala e tirando algum dinheiro da gaveta.

Ah tia! Não precisava!- disse a ela de modo envergonhado.

– Não, não querida! Você vai precisar. Vai que você fica com fome?- disse ela me estendendo a mão um bolo de dinheiro.

– Mas tia, você já gastou comigo hoje. – Contei o dinheiro. Parecia ter uns 1.000 dólares.- Tia! Aqui tem dinheiro demais! Não vou precisar disso tudo! – peguei o que achava ser 500 e pus o resto de volta a sua mão.

– Querida, você pode precisar de alguma coisa a mais. – ela disse me entregando os 500 de volta.

Respirei fundo e resolvi aceitar o agrado da minha tia.

Então partimos para o aeroporto mais próximo a nós em West Wendover.

Chegando lá esperamos por 2 horas o meu vôo que estava atrasado, e nisso já eram 23:20.

– Primeira chamada para o vôo 147, portão 4.

– É o meu trute! - disse ansiosa.

– É! – disse ela mais parecendo mais animada que eu.

– Bom, eu já comprei alguns lanches para a viajem, e com certeza amanhã já devo estar na Califórnia. – eu disse pegando minha bagagem e andando em direção ao portão 4.

– Bom é isso. – Houve uma longa pausa. Nós nos entreolhamos. - Sentirei sua falta girl! - trute disse me dando um longo abraço.

– E querida, se cuide por lá. Eu sei o juízo que tem, então mande noticias. – disse tia Cassandra me dando um looongo abraço.

Entrei no portão 4. Estava tão confiante desta viagem. Tão feliz por poder ser mais independente. Um trabalho, na Califórnia! Puxa! Eu ainda não estava totalmente crédula.

Procurei um bom lugar, mais na verdade, não se via tantos lugares bons assim.

Sentei-me ao lado de uma garotinha ruiva que me olhava com um olhar de surpresa.

Ignorei tudo ao meu redor e coloquei os meus fones no ouvido, e comecei ouvindo a musica do meu seriado preferido, que aliás, fazia bastante sentido ouvi-la agora. Califórnia, aqui vamos nós. Phantom Planet - Califórnia.

Eu não cantava muito bem pelo que percebi da cara que a garotinha ruiva fez quando eu comecei a cantar o refrão, que convenhamos não estava tão alto assim.

E então eu adormeci. E estava em um sonho tão bonito. Eu não sonhava com a Califórnia como eu deveria estar fazendo. Na verdade o meu sonho foi diferente. Eu sonhei que estava em um navio, e estava rolando um show muito bom lá dentro. E quando eu fui olhar, o show era meu, eu estava cantando. Mais eu não conseguia ouvir.

Fui acordada por uma turbulência que mexeu todo o avião. Eram 2:48 quando olhei para o meu celular. Todos no avião pareciam estar dormindo, inclusive a ruivinha.

Resolvi que estava com fome e abri um pacote de biscoitos da Itália que a minha tia havia comprado no aeroporto.

Não deram alguns minutos e já começaram os avisos de que estava chegando.


Aeroporto na Califórnia 03:41am


Desci o mais rápido possível para tentar avistar meu pai.

Andei por alguns lugares menos movimentados e avistei um homem com uma roupa não tão social, um moletom em mãos, um chapéu delicado.

Era meu pai. E pelo moletom em suas mão, acredito que estivesse fazendo frio lá fora.

Corri ate meu pai e lhe dei um abraço, um abraço muito longo.

Nós fomos ate o carregamento das malas, pegamos as minhas e fomos ate o seu carro, que era simplesmente lindo! Eu não entendo nada de carro, então, não sabia qual era a marca ou qualquer outra coisa, só sabia que era o carro prata mais lindo que eu havia visto.

Na ida pra casa do meu pai, nós conversamos sobre diversas coisas, e ele me explicara como seria o meu trabalho no parque. Eu teria que trabalhar a tarde na segunda, a noite na terça, na manhã da quarta, e quinta e sexta seria o dia todo.

Chegamos à sua casa, e eu não pude deixar de dizer a ele o quão lindo era sua casa. E era divinamente arrumada por fora com um jardim enorme.

Eu nunca havia visto uma casa tão grande assim em lugar nenhum em Nevasca.

Meu pai era rico, disso eu não tinha duvidas.

Nós fomos entrando e meu pai logo foi em mostrando onde eu ficaria.

O quarto era divino! Larguei minhas malas e deitei na cama com a mesma roupa que eu estava. Disse ao meu pai que iria dormir ate o dia seguinte, e ele concordou.



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Notas finais do capítulo

HIIIIIIIIIIIIIIII GUUUUURLS OAISOAISOASIOA! enfim, está é minha primeira de muitas fics postada, então dê sua opinião, sugestões e comente. XoXo, me!



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