American Idiot escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 6
St. Jimmy


Notas iniciais do capítulo

HEY.
(Ho, let's go. Desculpa, eu tive que completar -q)
Olá.
Então... Eu falei que ia postar no sábado. E ESTOU POSTANDO! Nem venham me xingar.
(Apesar disso, vai ter gente que vai me xingar. VOCÊ SABE MUITO BEM QUEM É.)
St. Jimmy: http://www.youtube.com/watch?v=wn9zA5tcp3w
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/218848/chapter/6

Mandei Bob e Ray esperarem naquela parte da cidade mesmo enquanto eu fui de volta ao centro comercial, passei por umas lojas e, sem me importar com a falta de dinheiro, comprei roupas novas e voltei completamente mudado.

O Frank de antigamente não existe mais.

Só existe o St. Jimmy.

Quando voltei para a rua obscura (que ainda não descobri o nome, para ser sincero), choquei Bob e Ray mais do que qualquer outro.

-Deus do céu, o que houve com você, cara?! – disse Bob, franzindo a testa. Ray tinha os olhos arregalados e abriu e fechou a boca diversas vezes, antes de gritar:

-O QUE HOUVE COM VOCÊ, FRANK?!

-Não me chama assim. – rosnei – Esse nome só me lembra das merdas que o meu pai fez. – Ray franziu a testa – Você sabe muito bem por que meu nome é “Frank Iero Jr.”, não se faça de desentendido.

Sentei-me no chão ao lado deles. Eu continuava sendo bem ignorado, é óbvio, afinal, eu tinha acabado de chegar.

Mas isso ia mudar.

Oh sim, ia mudar muito.

-Pra que tudo isso?!

-Porque eu preciso me encaixar! – falei, exasperado – Não posso continuar sendo um total ninguém pelo resto da minha vida, eu preciso fazer alguma coisa!

-E quer se misturar se vestindo feito um idiota?! Olha só pra você: jaqueta preta com espinhos de metal, calça jeans com correntes, tênis novinho em folha... Onde foi parar a camiseta, a calça jeans já desbotada pelo uso e o all-star em estado terminal?! É isso que você é, Frank. Você não é um deles. – disse Ray, se referindo aos outros punks da área – E isso é só o começo! Quero só ver quando você começar a agir feito eles.

-Raymond, não se mete nisso, falou? Eu não quis meter vocês exatamente por isso: pra não ficarem dando opinião em cada movimento meu. Agradeceria mil vezes se fizessem o mesmo. – rosnei.

-Pode fazer o que quiser... – disse Bob – Mas, para nós, você sempre será o Frank.

-Que seja. – bufei e me levantei bruscamente, andando para longe dos dois. Não sabia para onde estava indo (lógico, é só o que eu faço nessa cidade), simplesmente andei entre os grupinhos estranhos que me olhavam, curiosos.

St. Jimmy vem descendo a rua

Pela avenida como uma arma em um desfile

Luz de uma silhueta

Ele é insubordinável

Chegando a você na contagem 1, 2...

1, 2, 3, 4!

-Ei, baixinho! – disse uma menina com um piercing no lábio e mechas verdes em meio aos fios negros de seu cabelo – Qual o seu nome?

-Meu nome é Jimmy e é melhor você não encher o meu saco. – retruquei, com um sorrisinho irônico – Com aquela história de suicídio que sua mãe comentou. Sou o rei dos quarenta ladrões e estou aqui para representar a agulha na veia do estabelecimento.

Ela arqueou as sobrancelhas.

-Claramente, você não é daqui. De onde veio?

-Não importa.

Ela suspirou.

-Meu nome é Cherry e sou meio que encarregada de supervisionar vocês revoltadinhos. Espero que não crie problemas na nossa área, moleque.

-Encarregada? Aqui é um trabalho? – falei, com sarcasmo escorrendo da minha voz.

-Não, mas somos uma comunidade. Todos nós nos ajudamos, já que ninguém lá fora quer fazer isso. Enfim, afinal, quem é você?

-Sou o rei santo da negação, com um rosto angelical e um gostinho pelo suicida.

-Sem metáforas. – retrucou Cherry, já ficando visivelmente irritada.

-Tanto faz. Sou só mais um de vocês. Fui nascido e criado na cidade sob um halo de luzes, o produto da guerra e o medo de sermos vitimados.

Cherry me analisou de baixo para cima, mas pareceu se convencer.

-Ok, só não crie problemas. – dito isso, ela se afastou. Suspirei, aliviado por ter conseguido escapar disso.

Continuei andando entre os grupos de três ou quatro, no máximo cinco pessoas que carregavam olhares tristes ou ressentidos.

Era mais uma coisa na minha lista de “coisas a fazer”: descobrir por que eles eram assim.

De repente, ouvi uma voz atrás de mim:

-Ah, olha só, o playboyzinho comprou roupas novas!

Virei-me e vi o mesmo homem de cabelos espetados que tinha me ameaçado antes, dessa vez, sem sua coleguinha e seu amiguinho do seu lado.

-Tá falando comigo? – rosnei.

-Não, não, imagina! Com mais quem eu estaria falando?

-Vou te dar um motivo pra chorar. – retruquei e parti pra cima dele.

Vamos dizer que...

Hm...

Eu quebrei o nariz dele. E ele me deu uma mancha enorme no rosto.

Mas o que importa é que eu ganhei a briga. Ele saiu correndo feito uma garotinha e, bom, recebi mil atenções.

Aos poucos, as pessoas foram notando o que havia acontecido e foram se aproximando de mim, me dando os parabéns, sorrindo e perguntando como eu havia feito aquilo. Respondi sinceramente, dizendo que só havia quebrado o nariz dele. Não precisava de mais do que isso para as pessoas se surpreenderem. Aparentemente, aquele homem já havia ameaçado várias outras pessoas e nem mesmo seus colegas gostavam muito dele, pois até a garota que ficava com ele (que eu descobri se chamar Dakota) chegou perto de mim e me deu os parabéns.

-Obrigado. – dei de ombros.

-Afinal... – disse um menino com cara de ser novo – Qual o seu nome e quem é você?

Sorri.

-Meu nome é St. Jimmy e eu sou o filho de uma arma, eu sou o cara que veio de fora! Um adolescente assassino executando uma diversão no culto da vida do crime! – virei meu olhar em direção a Bob e Ray, que assistiam a tudo, atônitos – Eu realmente odeio dizer isso, mas eu avisei a você, então cale a boca antes que eu atire em você, garoto! – voltei a observar a multidão ao meu redor – Bem vindo ao clube e me dê um pouco de sangue, sou o residente, líder dos achados e perdidos.

O mesmo menino que havia perguntado quem eu era se aproximou de mim.

-Você vai ficar aqui por muito tempo?

-Pretendo.

-E como vai ser sua vida aqui?

-Comédia e tragédia. – repliquei, um pouco enigmático. Ele me encarou, com dúvida no olhar. Simplesmente ri – É St. Jimmy e esse é o meu nome...

Comecei a me afastar deles, mas girei em meus calcanhares para gritar:

-E não me enche!

Afastei-me, sorrindo. Estava completamente satisfeito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então...
Provavelmente demorarei um pouquinho pra postar o próximo... Simplesmente porque estou lendo um livro interessante -q
Mas vou fazer o possível pra postar rápido. Isso é, se o livro deixar.
Er...
Beijo -q