Só voltei pra fábrica depois que o convenci a voltar pra casa, o que deve ter sido por volta de uma da manhã. Ele me acompanhou ate a fábrica e me deu um beijo de boa noite. Eu não conseguia parar de sorrir, e andava cambaleando e cantarolando que nem uma idiota.

Mas quem liga? Agora estava tudo perfeito, e nada iria estragar isso.

Antes de dormir, fiquei horas pensando nele, no jeito que ele olhou nos meus olhos... E eu que achei que tinha perdido ele pra sempre.

No dia seguinte, acordei cedo de manhã com o despertador, algo que normalmente me deixaria de mau humor, considerando o fato de que eu só conseguir adormecer lá pelas quatro horas. Mas não hoje. Vesti uma das roupas que Edward tinha dado pra mim e saí em direção ao salão dos tijolos.

Esbarrei com o dito cujo no corredor, ele segurando dois copos de café, mas dessa vez não derramou uma gota.

– Pra você. - disse ele, estendendo um copo pra mim.

Agradeci, pegando o copo e tomando um gole do capuccino, que nunca esteve tão doce.

– Então...

– Então...

– Eu estava pensando se você poderia sair um pouco mais cedo hoje, a gente podia ir no cinema. - ele sugeriu. Fiquei feliz ao escutar o convite dele, já que até ontem à tarde eu pensava que nós nunca mais iríamos fazer nada juntos.

– Claro. Te encontro na praça, às sete?

– É um encontro.

As horas nunca passaram tão devagar. Às seis fui pro meu quarto me arrumar, e coloquei uma parte das minhas economias na minha bolsa. Naquela noite, seria por minha conta.