A Tale Of Siblings escrita por AppleOC


Capítulo 1
A tale of siblings


Notas iniciais do capítulo

Eu espero que vocês gostem da historia tanto quanto gostei de escreve-la.
Se passa mais ou menos entre o final do 03x18 e antes do 03x19.
Com a pequena modificação que Elijah e Kol voltaram a cidade, é claro.
;*



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–Eu não acredito que Finn morreu.

–Já era hora. – Klaus falou. – Ele era uma vergonha, Rebekah.

–Ele ainda era o seu irmão, cuidado com o que fala. – Rebekah o repreendeu incrédula.

–Certo, vamos todos orar por Finn, que dormiu em uma caixa mais do que viveu. – Disse sarcasticamente. - Era um tolo apaixonado, está melhor morto.

–É isso que você diria se eu morresse? – Ela perguntou quase com medo da resposta.

–Bem, soltou os Salvatores com duas estacas que pode nos matar, então eu acho que vamos descobrir em breve. – Ele rebateu. – E desde quando tem um fraco por eles?

–Os Salvatores podem até lutar como cães, mas no fim morreriam um pelo o outro. Ao menos sabem o que família significa. – Ela sentiu um familiar nó na garganta. – Você destruiu a nossa. – Acrescentou por puro impulso, sabia que o acertaria em cheio.

–Eu queria a família, eles não queriam a mim. – Klaus retrucou se lembrando do doloroso momento em que todos, inclusive Rebekah, disseram que iriam embora e o deixariam sozinho. – E agora que a nossa ligação se foi, não somo mais responsáveis um pelo o outro. – Acrescentou sabendo que aquilo a machucaria, mas isso não o parou.

–Então, você está indo embora? – Ambos notaram o tom levemente choroso dela, mas decidiram ignorar.

–Assim que eu pegar minhas estacas, eu vou. Pegarei Elena e usarei seu sangue para criar uma nova família. – Sorriu um tanto rancoroso. – De híbridos.

–E se eu escolher ficar? – Rebekah era tão boa quanto o irmão naquele jogo de palavras e ela se lembrava bem do rosto dele há noventa anos atrás, quando ele a apunhalou.

O efeito foi desejado, Klaus congelou por um leve instante, antes de a olhar com ressentimento queimando nos olhos.

–Então, você é tão patética quanto Finn. - Klaus saiu andando o mais rapido que pode.

Capitulo único.

Assim que ela ouviu a porta bater, Rebekah deixou a mascara cair de seu rosto e parou de controlar a vontade de chorar.

Finn, seu irmão, morreu.

Ela não conseguia parar as memorias de tantos anos atrás que lhe veio, de quando eles eram apenas uma família humana. As coisas eram para terem sido fáceis agora, eles não estavam mais presos as regras humanas, todos eles tinham a eternidade.

Em vez disso, todos se perderam um dos outros.

E o ultimo que ficou com ela tinha acabado de sair pela porta, deixando claro que iria forma um nova família, por que aparentemente a família dela nunca o quis.

–Maldito seja Nik! – Ela murmurou, rosnado baixinho, enquanto enrolava as mãos em punhos.

Aquilo que ele disse nunca foi verdade!

O único que o desprezou foi Mikael!

Ela se lembra da noite em que Nik se transformou pela primeira vez. Mikael havia planejado atacar a tribo na lua cheia, para matar apenas os lobos, ele não queria matar pessoas inocentes (seu pai ainda não estava completamente cego de orgulho).

Sua mãe havia insistido que ficasse, mas Rebekah era forte, rápida, imortal e acima de tudo, ela procurava vingança por seu irmãozinho. Sendo assim, todos, menos Esther, foram para a floresta naquela noite.

Em algum momento no caminho Nik começou a gritar, ela se desesperou, é claro. Correu para o irmão, assim como os outros, ficou horrorizada quando ouviu os ossos do irmão estralarem, tanto que nem mesmo se importo quando Elijah murmurou sombriamente que a lua havia subido. Quando percebeu, Rebekah estava sendo puxada por Kol para longe de Niklaus, enquanto Finn e Elijah levavam o irmão em plena agonia para longe.

Na hora, ela ficou absolutamente em pânico, tentando escapar do aperto de Kol, que a levava para a aldeia. Ao contrario dos irmãos, Rebekah não sabia como era a transformação dos lobisomens, o pai nunca pensou em lhe contar, afinal não era assunto de garota.

Apenas quando chegou em casa e Kol voltou para a floresta, é que a mãe lhe contou o que ocorria com Niklaus. Ela lembrava do olhar culpado da mãe, enquanto olhava o fogo, havia sido a ultima coisa que viu antes de adormece.

E quando acordou era bem cedo, mas os irmãos já haviam voltado. Nik estava adormecido no chão completamente sujo. Kol havia ido buscar agua, enquanto Finn tinha ido fazer os seus afazeres. O único que estava ali era Elijah, que se encontrava sentado na mesa olhando para algum ponto sem foco algum.

Foi nesse momento que Mikael apareceu, ele arrebentou a porta fazendo até mesmo Nik acorda. Rebekah nunca havia visto o pai tão furioso, ele estava todo sujo e saltavam as veias ao redor de seus olhos assustadoramente. Ela havia ficado tão preocupada com o irmão que tinha se esquecido que o pai tinha sumido em algum momento entre os gritos de Niklaus.

Quando viu o olhar do pai, Elijah a arrastou dali imediatamente, mas Niklaus teve que ficar. Finn e Kol obviamente ouviram a discussão e apareceram rapidamente no local. Os quatro irmãos assistiram quando Nik saiu da pequena casa parecendo arrasado, ela mesma estava assim, sua mãe havia expulsado seu irmão de casa entre a discussão com Mikael.

Mais tarde sua mãe explicaria que fizera aquilo para impedir que Mikael matasse Niklaus. Afinal, Mikael era extremamente orgulhoso, ele provavelmente daria fim a vida de Nik só para manter a dignidade intacta. Manter o filho afastado pareceu a melhor ideia para Esther.

Rebekah soluçou se deixando cair no tapete da luxuosa mansão. O fogo queimando as suas costas a fazia se lembrar de como todos os seus irmãos se reunirão com Nik na floresta naquela noite há tantos anos atrás.

Como Nik era capaz de dizer que eles não o quiseram?

Como ele era capaz de dizer que queria uma família afinal de contas?

Ele os apunha-lo um por um e os colocou em malditos caixões! Na verdade, foi culpa dele que Finn passou a vida na porcaria do caixão!

Era irônico, na verdade, Mikael começou a destruição da família, quando os obrigou a escolher um lado, mas Nik terminou o trabalho. Agora, tudo o que ela queria era juntar os pedaços... Mas como? Isso ainda sequer era possível?

Quer dizer, Elijah foi embora, ela não tinha ouvido noticia alguma dele. Kol também se foi, apesar de se manter em contato ao contrario de Elijah.

Agora, Nik pretendia ir embora.

Rebekah bufou miseravelmente e secou as lagrimas. Ela estava em plena decadência! Chorar pela morte do irmão que tentou mata-la...

Patético, Rebekah, dolorosamente patético.

Ela deixou escapar um soluço baixo.

...

Era madrugada quando Klaus chegou em casa, ele havia ido beber. Mas infelizmente, álcool não tinha tanto efeito nele como antigamente.

A ponta incômoda de dor que veio depois do choque ao saber que Finn estava morto ainda estava ali. Klaus odiava a si mesmo por isso.

Ele ia direto para o quarto, mas parou ao ouvir a suave respiração na sala. O hibrido se aproximou silenciosamente do cômodo para encontrar a irmã dormindo enrolada em uma bola no chão na frente de uma lareira apagada. Klaus franziu o cenho para o comportamento estranho da irmã, mas era uma ocasião diferente.

Klaus sabia que tinha um pouco de culpa pela cena na sala, afinal havia sido cruel com sua irmãzinha quando ela precisava de consolo. Mas seu orgulho falou mais alto, afinal Finn tinha escolhido ficar do lado de Mikael, apesar de sido mais por causa de Esther do que do pai. Klaus não queria matar nenhum dos seus irmãos, sabia que no fundo eles só se separaram por causa de Mikael, então a adaga foi uma boa saída.

Mas no fim, Finn ainda escolheu a mãe em vez de seus próprios irmãos. Essa foi uma traição dolorosa que o fez dizer aquelas coisas sobre sua morte. Secretamente, Klaus tinha esperanças que eles pudessem voltar ao normal graças a Sage. Porém, os Salvatores apareceram e estragaram tudo, como sempre.

Sinceramente, Klaus não fazia ideia do por que de não tê-los matado.

Na verdade, ele deveria matar todos, desde do humanozinho jogador de futebol até a doppleganger, que se mostrava irritante demais para se manter.

Bem, talvez ele deixasse Caroline viva...

Um suspiro baixo cortou seus pensamentos de assassinatos em serie, ele olhou para a irmã no chão e a pegou no colo o mais delicadamente que pode. Quando a colocou em sua cama, ficou a observando por alguns instantes antes de se decidir e por fim puxar o celular.

Ele tinha ligações a fazer.

...

Elena entrou no bar rapidamente, ela recebeu a mensagem urgente de Matt e custou acreditar no que tinha lido.

Ela parou no lugar e observou boquiaberta a família Mikaelson em uma das mesas.

Elijah olhava para o copo de bebida pensativo, Klaus estava com as pernas esticadas sob a cadeira ao lado observando Kol, que atirava dardos distraidamente (ainda assim acertando o meio perfeitamente) enquanto Rebekah parecia falar algo aos irmãos.

Ela não pode deixar de notar que todos usavam preto.

Elena olho-os sentindo uma sensação gelada em suas entranhas. Eles pareciam muito tranquilos, quase pacíficos. Mas eles ainda eram a família Original, vampiros mortais que poderiam matar a todos no bar em segundos.

Infernos! Eles poderiam aniquilar a cidade em menos de uma tarde apenas por diversão!

Ela suspirou e procurou Matt com o olhar, ele havia matado Finn no fim das contas, o pobre deveria estar com os nervos a flor da pele. Elena tinha quase certeza de que os originais não culpariam Matt, e sim os Salvatores, afinal não tinham como saber que tinha sido Matt. Ainda assim largou tudo e veio correndo para o Grill.

A  doppleganger se sentou em uma mesa do outro lado do bar, o mais longe possível daquela família, e Matt praticamente correu para ela.

Ele parecia quase estar tendo um ataque cardíaco. Ela digitou no celular rapidamente e mostrou para ele:

Mantenha-se calmo, eles não vão fazer nada em publico.

–O que vai querer? – Matt perguntou se recompondo.

–Oh... – Elena gaguejou sem saber, ela tinha perdido a fome e tudo o que sentia era um nó na garganta nesse momento. – Uma agua. – Sorri tentando tranquiliza-lo.

–Leve para a nossa mesa. – Os dois congelaram quando ouviram a voz de Elijah. – Eu insisto que se sente conosco Elena. – Acrescentou polidamente.

Rebekah deu um sorriso pequeno ao ouvir o coração da doppleganger se acelerar. Ela brincou com o copo de vinho antes de dar um pequeno gole.

–Então, a doppleganger de Tatia não esta enrolada com os nossos irmãos? – Kol perguntou se virando para a mesa depois de atirar o ultimo dardo.

–Por incrível que pareça. – Rebekah suspirou falsamente, Klaus estreitou os olhos para ela. – Apesar de achar que Elijah possa ter um fraco por ela.

–Ele não tem. – Klaus comentou parecendo bem seguro do que falava, os irmãos o olharam curiosos. – Acho que Katerina deixou uma impressão mais forte nele. – Acrescentou em tom malicioso, todos sabiam que Elijah poderia ouvi-los.

–E por onde anda essa doppleganger que tenho ouvido tantas maravilhas? – Kol perguntou ironicamente. – Ela parece mais divertida que a humana ali.

–Dá ultima vez que a vi, ela tinha me ajudado a matar Mikael. – Klaus comentou dando um gole de sua própria bebida, os irmãos olharam para ele. – Irônico, não? Manipula-la naquela festa foi uma brincadeira de criança...

Elijah e Elena finalmente chegaram à mesa deles e o ultimo puxou a cadeira para ela. Rebekah revirou os olhos para o cavalheirismo do irmão.

Mas ela estava feliz por ele estar ali, por todos eles estarem ali, aliais.

Era irônico pensar no quão determinada ela estava a agir como se nada tivesse acontecido naquela manhã. Porém, no segundo que ela viu os três irmãos reunidos na cozinha, seus olhos queimaram e por pouco não se desfez em lagrimas de novo. E quando lhe explicaram que Klaus os tinha reunido ali, ela não soube definir o que sentiu, mas de uma coisa ela sabia...

A ultima vez que sentiu foi há mil anos atrás em uma noite estrelada ao redor de uma fogueira e Finn estava com eles, tão curioso quanto os irmãos sobre a transformação de Nik em um lobo.

Voltando a cozinha, Elijah proferiu que seria adequado eles fazerem um funeral. Entretanto não havia corpo para poder enterrar, ou queimar, como era costume na época deles.

Então, depois que ela se vestiu toda de negro (como todos os seus irmãos), eles se reunirão na praça da cidade. O lugar onde eles veneraram seus deuses tantas vezes. Era uma manhã nublada e triste, combinando com o clima de luto.

Porém, foi quase cômico como os quatro não sabiam o que fazer quando chegaram lá (Klaus olhou ao redor se fazendo de indiferente, Kol teve o desplante de assobiar olhando ao redor com curiosidade e Elijah se absteve em ficar sério). Por fim, Rebekah sugeriu que eles fossem tomar algo no Grill, que era perto dali.

Eles brindaram em nome de Finn, dizendo elogios e o ofendendo também, afinal o seu bastardo do irmão conspirou com mãe deles para mata-los.

Depois disso o clima se aliviou, o que os leva ao presente com Elena (a vadia que a apunhalou nas costas).

–Como vai Damon? – Rebekah não pode segurar a língua, Elena apenas a olhou com um corajoso olhar raivoso.

–Você deve estar se perguntando o que fazemos aqui... – Elijah começou cruzando as mãos sobre a mesa.

–Nós devolveremos a estacas restantes, não há motivo para fazer nada. – Elena disse rapidamente.

–Nós acreditamos em você. – Klaus deu um sorriso sardônico a ela. – Seria estupido de sua parte fazer algo contrario minha querida.

–Então o que vocês querem? – Ela perguntou para todos, mas olhava para Elijah.

–Como assim? – Kol perguntou parecendo se diverti.

–Vocês estão todos aqui, juntos... – Elena olhou-a como se fosse obvio.

–Estamos em luto, Elena, caso não percebeu, vocês mataram nosso irmão. – Rebekah a cortou secamente.

A doppleganger teve a ousadia de parecer incrédula.

Tudo bem, Rebekah tinha que ceder isso a ela, eles não eram exatamente uma família unida.

–Querida Elena, eu a trouxe a nossa mesa como uma oferta de boa fé. – Elijah cortou o silêncio que havia se instalado. – Não iremos fazer nenhum movimento violento, eu garanto isso em nome de meus irmãos.

Elena não deixou de percebe o olhar trocado por Klaus, Kol e Rebekah.

–Entretanto... – Elijah continuou. – Isso não lhe dar liberdade de tentar algo contra nós, como deixei claro, minha família vem em primeiro lugar e sei que entende perfeitamente isso.

–Por isso controle seus cães Salvatores. – Rebekah acrescentou com um sorriso falso.

Elena nem sequer a olhou, apenas suspirou.

–Tenho sua palavra? – Ela olhou para Elijah ansiosa.

–Tem minha palavra. – Ele disse, o celular de Elena começou a tocar.

–Eu tenho que ir. – Ela gaguejou se erguendo, enquanto olhava para a tela do celular.

–Antes que eu me esqueça... – Kol disse a fazendo parar, Elena o olhou desconfiada. – O cachorro de seu irmão sofreu um acidente, você deveria ligar e dar os pêsames. – Elena o olhou pálida antes de sair apressadamente.

–Kol... – Elijah disse em tom de advertência.

–O que? Tenho culpa que o cãozinho foi atrás de uma bola na frente do meu carro? – Rebekah deu uma risada baixa.

–Um cachorro? Sério? – Klaus ergueu as sobrancelhas.

–Você me disse para me aproximar dele, tinha que fazer algo. – Kol deu de ombros. – De qualquer maneira, o irmãozinho dela sem duvida voltará a cidade depois dessa.

Rebekah olhou para o irmão depois da ultima frase.

–O que isso quer dizer? – Ela perguntou olhando o irmão se sentar ao seu lado, empurrando os pés de Klaus no processo.

–Eu vou ficar por aqui. – Anunciou cruzando os braços como se desafiasse qualquer um a dizer ao contrario. – Vocês parecem estar se divertindo bastante por aqui. Quer dizer, eu senti cheiro de sangue na casa.

–Rebekah estava torturando o Salvatore mais velho. – Kol deu um olhar que dizia “Vê o que estou dizendo?” ao ouvir a resposta de Klaus.

–Você estava? – Elijah a olhou inexpressivo. – Por quê?

Rebekah quase se encolheu envergonhada, ela se lembrava bem do que ele disse sobre eles terem se tornado monstros.

–Contas a pagar, agora estamos quites. – Ela falou em seu melhor tom indiferente.

–Deixe-me adivinhar, ele preferiu a doppleganger a você? – Kol perguntou dando um sorrisinho.

–Cale a boca.

–Rebekah, querida irmã, você não devia se surpreender, a linhagem Petrova parece ter um poder sobrenatural sobre irmãos. – Kol zombou. – Olhe o exemplo de Tatia, ela teve nossos irmãos na palma da mão e ainda por cima já tinha tido filho.

–Você deveria segurar a língua, Kol. – Klaus o olhou mal humorado. – Poderia arrancar seus órgãos em segundos. – Kol pareceu achar graça da ameaça do irmão.

–Por onde você tem andado afinal de contas Elijah? – Rebekah resolveu mudar de assunto, antes que Nik perdesse a paciência e arrancasse a língua de Kol.

...

Apenas no final da tarde que a família saiu do bar (Matt a muito tempo havia escapulido sem os mesmo perceberem). Klaus se sentia estranho, a situação inteira era inimaginável, verdade seja dita.

Ele ainda não acreditava que os dois irmãos tinham vindo para a cidade com a apenas uma ligação e o nome “Rebekah”. Sim, Klaus estava bem consciente do poder que a sua irmãzinha tinha sobre a família inteira, mas ainda assim...

Agora, lá estavam todos eles, tendo uma reunião em nome da morte do irmão Finn.

Klaus percebia o quão bom todos eles se tornaram em esconder suas próprias emoções, já que ninguém ostentava uma expressão triste ao mencionar Finn. E no momento, os quatro andando pela calçada e situação toda era um tanto hilária.

Quer dizer, Kol estava um pouco alegre demais, enquanto Rebekah estava um pouco confusa (ela havia decido larga o vinho e parti para o whisky), o único normal ali era Elijah. Klaus e o irmão mais velho estavam andando atrás dos dois irmãos mais novos, que estavam de braços enroscados.

–Como foi que eles mataram o...? – Elijah parou a frase parecia difícil para ele digerir tudo aquilo, quanto mais falar.

–Eu não sei, Sage provavelmente deve saber.

–Sage? – Elijah olhou para o irmão. – É claro, isso explica como conseguiu o sangue de Finn.

–Ainda assim, ele foi morto, amor é uma fraqueza como lhe disse certa vez. – Klaus comentou.

–Devo dizer que discordo dessa vez. – Klaus parou e olhou para Elijah com o cenho franzido, o irmão não era do tipo que ia contra ele, mas isso foi a anos atrás. As coisas haviam mudado. – Se não fosse pelo seu amor por nós não teria quebrado a ligação e todos estaríamos mortos agora.

–Você sabe que eu fiz mais por mim do que por vocês. – Klaus revirou os olhos.

–Niklaus, você pode enganar a todos, até a si mesmo, mas nunca será capaz de fazer isso comigo. Eu te vi crescer, te conheço muito bem. – Elijah comentou quase que sombriamente.

Klaus olhou para Elijah sem falar nada.

–Quanto tempo vai ficar?

–Não sei. – Elijah disse em tom sereno. – Eles parecem precisar de mim aqui. – Apontou para os irmãos, Kol ria apontando para algo e Rebekah tinha cabeça apoiada em seu ombro franzido o cenho.

–Você sabe que a morte de Finn me fez refletir sobre as coisas? – Elijah apenas o olhou esperando. – Ele não viveu, passou os últimos novecentos séculos dormindo em um caixão e isso é minha culpa.

–Estou contente por admitir isso. – Elijah comentou ganhando um olhar mortal do irmão. – Continue, por favor.

Klaus ficou calado por tanto tempo, que Elijah pensou que ele não iria falar nada.

–Foi injusto o que eu fiz com vocês. – Klaus começou em um tom bem baixo. – Eu não tinha direito e por isso sinto muito. – As palavras quase não saíram da boca do hibrido, Elijah refletiu que deveria ser seu orgulho lutando contra a culpa.

Felizmente para Elijah, a culpa venceu.

Elijah olhou para a frente reflexivamente, ele sabia que Klaus só pediria perdão a ele. Rebekah amava demais o irmão para perdoa-lo sem qualquer palavra apenas um gesto e quanto a Kol, bem, ele e Klaus sempre pareciam se entender através de acordos silenciosos.

O único diferente era Elijah, por que ele era o que tinha moral e sempre gostou de expressar sua honra. Inclusive foi Elijah quem ensinou a Klaus sobre a importância de manter a palavra. Infelizmente, Niklaus aprendeu a driblar as palavras assim mantendo os próprios valores e ao mesmo tempo se tornando um manipulador.

Mas agora, ali estava ele dizendo que sentia muito e apesar de Elijah saber que deveria simplesmente empurrar o irmão na frente de um carro (por que Klaus merecia por tudo que fez) Elijah percebeu que mesmo que Klaus não estivesse sendo verdadeiro, ele não se importava.

Só pelo fato de Klaus ter superado o orgulho e dito “sinto muito” era algo e tanto.

E ironicamente deixava Elijah orgulhoso dele.

–Eu aceito seu “sinto muito”, mas levará um pouco mais do que isso para confiar em você novamente.

–Não esperava menos de você. – Klaus deu de ombros, Elijah sorriu com o comentário.

Os dois olharam para frente, finalmente percebendo o que acontecia ao redor. Rebekah e Kol haviam sumido. Klaus praguejou em voz baixa, enquanto Elijah fazia a mesma coisa só que mentalmente.

A primeira coisa que Klaus fez foi puxar o celular e ligar para os dois irmãos perdidos, mas nenhum dos dois atendeu.

–Onde diabos eles podem ter se metido?

–Talvez tenham ido ao local onde ficava nossa antiga casa. – Elijah refletiu, Klaus olhou para ele tentando entender da onde saiu aquilo. – Eles estão de luto por Finn no final de contas.

...

Enquanto os irmãos mais velhos começavam a caçar os mais novos, os últimos se encontravam no ultimo lugar que pensariam em procurariam.

Mystic Falls High School.

Mais precisamente na arquibancada, observando uma reunião qualquer dos adolescentes, enquanto jogavam futebol. Ambos não estavam mais tão bêbados assim, o álcool tinha um efeito fugaz sobre eles por conta da rápida regeneração de seus corpos.

Ambos ignoraram os celulares tocando, simplesmente por acharem divertido tortura os irmãos mais velhos.

Coisas de irmãos mais novos.

–Eu fico um pouco surpreendido com a adoração deles aos esportes. – Kol comentou olhando para o jogo como se tentasse descobrir a cura para o câncer.

–Por quê? É o mesmo que os nossos irmãos lutando com a espada. – Rebekah deu de ombros, suspirou e olhou para o céu. – Eu sinto falta das estrelas de antigamente, elas tinham tanto brilho...

–Eu nunca perdi meu tempo olhando para o céu, irmã, aqui embaixo tem coisas mais interessantes. – Kol sorriu para as garotas que cochichavam lançando olhares ocasionais para eles.

–Ew! Que nojo, Kol! – Rebekah exclamou torcendo o nariz. – Bem, eu penso o contrario de você.

–E quando foi que você concordou comigo em algo? – Kol ergueu as sobrancelhas cético.

–Bem, ambos concordamos em vir para cá. – Rebekah revirou os olhos ainda sem olhar para o idiota do irmão. – E não vamos esquecer quando todos nós decidimos deixar Nik.

–Lembra-se da expressão dele? – Kol não riu como Rebekah esperava. – Ele tinha aquela mesma expressão quando me apunhalou. – Acrescentou mais baixo.

–Você o perdoou? – Rebekah perguntou finalmente olhando para ele.

–Difícil dizer. – Kol respondeu torcendo a boca pensativo. – Não é como se eu não esperasse algo assim dele, fiquei surpreso ao acorda e vê-la no caixão, entretanto. – Rebekah olhou para o irmão franzido o cenho de leve. – O mais chocante foi ver que Elijah foi quem nos acordou, ele sempre foi tão fiel a Nik.

–Por que fala assim? – Perguntou percebendo o tom amargurado do irmão.

–Por que vocês três tem um pacto, irmã, como era mesmo? “Sempre e eternamente”**? – Ele revirou os olhos. – Finn e eu simplesmente não tivemos escolha a não ser apoiar o pai e a mãe.

–Vocês tiveram uma escolha e escolheram Mikael.

–Não, nós não tínhamos. Elijah era o mais velho, ele podia fazer suas próprias escolhas por que assim lhe cabia, Nik era o rebelde e piorou depois que descobriu que era bastardo e quanto a você, cara irmãzinha... – Kol para a irmã. – Você é a mais nova da família, podia fazer como bem queria e ganharia uns tapinhas na cabeça.

–O que está dizendo afinal de contas?

–Que eu era o irmão mais novo procurando a aprovação do pai e Finn odiava a criatura que a mãe tinha nos tornado, mas ainda assim a amava de todo o coração, nunca tivemos escolha.

Rebekah olhou para o irmão, não sentindo mais um pingo do efeito do álcool em suas veias.

–Então, tudo volta a papai e mamãe, ou melhor dizendo, Mikael e Esther. - Rebekah suspirou por fim. – Mas você se afastou dele, não?

–Primeiro, eu me deixei entregar ao sentimento da caça, ajudei o pai a destruir vilas inteiras atrás de Nik, sinceramente, eu estava mais focado no sangue e sexo para me importa com o principal objetivo. – Deu um sorriso. – Mas então eu vi a hipocrisia crescer em Mikael, ele matou uma das minhas primeiras crias na minha frente. Brigamos por aquilo, ele tirou aquela maldita estaca de carvalho branco e disse que usaria em mim se não fosse por Nik.

–E o que você fez?

–Fui embora, sinceramente, não via ponto em matar Nik, e eu estava ofendido com papai. – Kol deu de ombros divertido. – Andei por ai encontrando vocês três ao decorrer dos anos. Inclusive fiquei com vocês por algum tempo, se lembra dos tempos de Mary Porter? Até que no século passado Nik surtou e me apunhalou.

–Por que ele fez isso com você?

–Por que outro motivo? Inveja de minha perfeição, é claro. – Rebekah revirou os olhos com o tom vaidoso do irmão. – E você? Aposto que tem homem envolvido. – Ergueu as sobrancelhas sugestivamente.

–Pare com isso antes que eu lhe arranque a língua – Ela o empurrou com o pé.

–Bem, eu tenho uma pergunta. – Ele disse depois de rir. – É verdade que está estudando aqui? – Rebekah acenou com a cabeça. – Por que se prestar a isso, Bekah?

–É uma boa maneira de me atualizar com o novo mundo, a matéria historia tem me sido muito útil, mesmo tendo como professor um caçador de vampiros alcoólatra.

–Mas você tem mil anos, por que não vai viajar pelo mundo?

–Pela mesma razão que você não fez Kol, por que eu já fiz isso milhares de vezes. – Ela soltou um muxoxo. – Eu nunca fiquei em um lugar só, sempre estive fugindo de Mikael com Nik. Além disso, eu gosto daqui, nunca voltei desdei que partimos há mil anos atrás, me trás a sensação de ser humana de novo.

–E por que raios você fala nisso como se fosse uma coisa boa?

–Por que é, depois de tantos anos as emoções começam a se descontrolar, você sabe disso. E recuperar a humanidade me trás certo equilíbrio.

–Por favor, não me diga que vai começar a caçar animais como o Salvatore mais novo.

–Humanos são assassinos também, Kol, eu dormi por noventa anos e eles armaram uma verdadeira carnificina com tantas guerras.

–Sério? – Kol a olhou interessado.

–Você não se atualizou em nada do que perdeu no ultimo século, não é mesmo?

–Fiquei distraído com os aparelhos eletrônicos, a televisão é uma invenção curiosa, mas o celular é realmente util.

–Foi o que eu pensei! É fantástico como um aparelhinho pode fazer tantas coisas, não? – Kol acenou sorridente. – Mas não fale isso por ai, ok? Os humanos desse tempo julgam muito.

–Quando foi que eles não foram julgadores pomposos e arrogantes? – Kol ergueu a sobrancelha.

–Justo. – Rebekah deu de ombros, contorcendo os lábios pensativamente.

–Mas voltando a essas guerras...? – Kol olhou curioso para a irmã.

–Bem, houve duas guerras mundiais.

–Isso parece realmente divertido. – Kol arregalou de leve os olhos.

–Vê, escola é útil, eu aprendi isso tudo nela. – Rebekah disse com um sorriso convencido.

–Tanto faz, continue...

...

Elijah já não sabia onde mais procurar, mas ele estava mais tranquilo que Klaus. Ele sabia que Kol defenderia Rebekah e a mesma mataria quem encostasse um fio de cabelo de sua família.

Era apenas o jeito que as coisas eram.

De um jeito ou de outro, ele tinha que manter sua palavra a Elena sobre não fazerem nada violento. Para começar, ele tinha acalmar o irmão, que estava surtando um pouco demais sobre o fato de ter duas estacas sobrando pela cidade.

–Onde eles foram se meter? – Klaus perguntou exaspero.

–Klaus, entenda, se eles quiserem matar alguém, esse alguém é você, irmão. – Elijah disse tranquilo.

–Ainda sobra uma estaca.

–E são dois originais, sendo que um é um psicopata e a outra é neurótica, eles estão seguros. – Klaus olhou para irmão incrédulo e então suspirou se sentando em um tronco de arvore qualquer.

Então, ele olhou ao redor e estreitou os olhos.

–Esse não é o lugar onde nós morávamos. – Comentou em voz alta.

–Eu sei. – Elijah respondeu. – Foi onde nos reunimos quando descobrimos sua verdadeira natureza.

–Esse também é o mesmo local onde me transformei pela primeira vez... – Klaus olhou para Elijah levemente perturbado. – Eu passei por aqui na noite em que quebrei a maldição.

–Eu me lembro muito bem disso. – Elijah disse caminhando ao redor, tentando reconhecer a parti de sua lembrança. – Também me lembro daquela noite, a mãe e o pai estavam discutindo e você tinha sido expulso...

–Vocês todos vieram comigo, lembro-me do olhar de cada um enquanto eu explicava a transformação. – Klaus olhou para o chão perdido nas memorias. – O olhar que eu particularmente odiei foi o de Finn, era um olhar de piedade.

–Ele nunca gostou do que nos tornamos, a única coisa que o fez odiar menos foi Sage. – Elijah colocou as mãos nos bolso do casaco. – Eu gostava dela.

–Eu não posso dizer o mesmo, ela era dá vila vizinha, uma cigana qualquer. – Klaus torceu a boca.

–Então, você deixou suas emoções a julgarem? – Elijah olhou para o irmão.

–Não me olhe assim!

–Mas havia se passado duzentos anos desde que tudo aquilo aconteceu, ainda podia desligar suas emoções. – Elijah o olhou curioso.

–Você sabe tão bem quanto eu que por mais que desligue, elas continuam lá, lutando para aparecer. – Klaus suspirou. – Sage foi aquela que me lembrou de minhas origens, naturalmente, não gostei nada disso.

–Então, você ouviu que Mikael estava por perto e apunhalou Finn, entretanto você deixou Sage ir. – Elijah apontou.

– Deixei Sage ir embora sabendo que um dia tiraria a adaga de Finn e ele iria querer revê-la. Parece que eu estava certo, não? – Klaus deu um sorriso amargo. – Falando em lembranças e ciganas, diga-me você sentiu algo quando viu Elena?

–Foi o mesmo quando vi Katerina pela primeira vez: espanto, descrença e nostalgia. – Elijah olhou para cima. – O rosto de Tatia... Ambas as doppleganger tem traços de personalidade em comum com ela, não acha?

–De certo modo, Katerina com certeza tem a malicia dela, enquanto Elena...

–Tem o coração confuso. – Elijah o interrompeu. – Está perdida entre os dois Salvatore, exatamente como Tatia ficou conosco.

–A pergunta é se eles vão se cansar de brigar entre si e esquece-la, como nos dois fizemos. – Klaus deu um sorriso zombador.

–Eles não têm alguém como Charlotte. – Elijah comentou, o sorriso de Klaus se apagou ao ouvir o nome. – Os outros chegaram a conhecê-la?

–Kol a viu, na verdade, mas acho que nenhum deles saiba que ela era minha meia irmã.

Elijah apenas confirmou o que já sabia. Charlotte era uma garota da tribo dos lobos que ajudou Niklaus na noite em que o mesmo foi com o irmão Henrik para a floresta. Se não fosse por ela, Klaus nunca teria voltado com o corpo de Henrik.

Desde então, ela havia se tornado amiga de Niklaus e mais tarde do próprio Elijah. Foi ela quem parou uma das centenas de brigas que eles tiveram sobre Tatia. Eles deviam a ela o fato de não terem se matado, na verdade.

–Ela sabia quem você era? – Elijah olhou para Klaus. – Ou, exatamente como você, descobriu quando Esther a sacrificou no ritual da maldição?

Charlotte não era um lobisomem, apenas filha de um (o pai de Niklaus). Mikael originalmente iria sacrificar o pai de Klaus no ritual, mas o mesmo havia morrido anos antes, então ele fez a filha matar a própria mãe para ativar a maldição. Elijah não estava lá, mas Kol sim e ele contou ao irmão mais velho a crueldade do pai.

E como se não bastasse, Mikael a pegou para ser o lobisomem a ser sacrificado no ritual. Klaus lhe disse que o coração dela foi arrancado durante sua primeira transformação. Elijah não tinha sequer coragem de imaginar a dor que ela havia passado.

–Não sabia, apenas desconfiava de que eu era um deles. Ela me disse isso antes da lua subir... – Klaus olhava para um ponto no chão.

Elijah já tinha ouvido aquilo antes, Niklaus escondeu nos últimos mil anos a parte final da historia, mas revelou quando roubaram o ultimo caixão. Klaus não havia aguentado ver o corpo de Tatia eCharlotte, tinha ficado cego de raiva e foi atrás da mãe. Tudo terminou com Esther em um caixão com um feitiço de preservação sob o corpo.

E Mikael o caçando com um ódio mortal por vampiros.

–Mikael está morto, Charlotte foi vingada, o que lhe resta agora, Niklaus?

–Meus híbridos.

–E depois? – Klaus olhou para Elijah intrigado. – Você formara um exercito de uma nova raça e depois?

–Terei paz.

–Passara uma eternidade com pessoas tentando lhe destruir, irmão, nunca terá paz ou uma família de verdade.

–Rebekah falou com você... – Klaus revirou os olhos.

–Já se perguntou qual é o ponto disso tudo?

–Poder, esse é o ponto. – Klaus ergueu as sobrancelhas.

–Mas você já o tem. – Elijah rebateu. – Não me diga que quer dominar o mundo?

–Por favor, não seja ridículo. – Klaus revirou os olhos.

–Então, o que? Sinceramente, nossa mãe estava certa, nós nos fizemos monstros, e para que?

–Nunca tivemos opção, Elijah, Mikael nos matou e nos fez beber sangue. – Klaus se levantou. – Ainda me lembro do olhar de Rebekah quanto tomou sangue pela primeira vez.

–Ainda assim, não precisávamos matar nenhum humano, nunca precisamos.

–Pode até ser, mas se Esther estivesse mesmo tão arrependida de nos transforma, por que não reverte o próprio feitiço? Minha maldição tinha uma saída, ela provavelmente poderia nos transforma em humanos com a mesma facilidade. – Klaus olhou o irmão imperturbável defensivamente. – Em vez disso, ela escolheu ficar do lado de Mikael e o deixar iniciar um derramamento de sangue com os lobisomens.

–Ela fez isso por Henrik, todos nós fizemos. E cada um de nós cedemos depois a sede de sangue, no fim não somos melhor do que ele. – Elijah rebateu, Klaus o olhou raivoso, mas percebeu que o irmão parecia triste (quase envergonhado) por esta constatação. – É fácil jogar a culpa em Mikael, mas olhe para nós, nos separamos quando tínhamos que estar juntos.

–É por isso que não hesitou em vir quando disse que Finn tinha morrido?

–No tempo que sai, estava perturbado com o que Esther nos disse... – Elijah começou a caminhar e Klaus o seguiu curioso. – Então eu decidi pedir o conselho de uma velha amiga: Charlotte.

–Você falou com Charlotte? – Klaus o olhou incrédulo.

–Através um feitiço as bruxas poderiam chamar fantasmas, lembra-se?

–Mas nunca deu certo com ela.

–Sim, nunca deu certo e dessa vez não foi diferente, mas...

–O que? – Klaus o olhou ansioso.

–Tatia veio no lugar dela. – Klaus arregalou os olhos. – Ela trouxe uma mensagem de sua irmã: sempre e eternamente.

–Foi a promessa que fizemos. – Klaus acenou compreendendo o significado. – Ela disse algo mais?

–Não, sumiu antes que meu choque terminasse e a bruxa não conseguiu construir uma ponte novamente. Algo sobre, nós empurramos daqui e eles de lá... – Elijah olhou para a frente pensativamente.

–Então, eu estou chutando que você vai ficar por mais tempo do que imaginei inicialmente.

–Meu lugar é com minha família, sempre foi.

Klaus controlou o impulso de sorri alegremente com a fala, ele tinha orgulho o suficiente para fingir indiferença.

Porém, Elijah podia ver um brilho alegre nos olhos do irmão.

–Nós deveríamos ir atrás daqueles dois, que tipo de irmãos mais velhos nós seriamos se os deixarmos por ai com duas estacas de carvalho branco a solta? – Klaus mudou de assunto sagazmente.

–Bem alguma ideia da onde possam estar? – Elijah decidiu que já estava mesmo na hora de encontrar os irmãos mais novos.

...

Kol não acreditava que ele tinha perdido o nazismo! Que excelente saca esse humano (se é que era humano) Hitler havia dado, e tudo por dinheiro! Essa ultima parte Kol achava uma tremenda besteira, mas os humanos sempre supervalorizam a riqueza.

Seus pensamentos foram cortados quando ouviu o engasgo estranho da irmã. Ergueu os olhos em alerta e olhou ao redor estreitando os olhos. Ele se concentrou o suficiente para ouvir o som de algo, ele prendeu a respiração ao reconhecer.

Era o som de uma estaca afundando em carne.

Droga, Rebekah!

Ele se ergueu e seguiu o som rapidamente.

Mas era tarde demais, já tinham ido embora. Olhou para o chão e não viu sinal algum de queimado, ou seja, tinha só neutralizado sua irmãzinha, mas não por muito tempo...

Se fossem espertos, enfiariam a estaca no coração dela, assim demoraria algumas horas para ela acorda.

Kol rosnou raivoso, eles estavam tendo um tempinho fraternal e os estúpidos o interromperam!

Definitivamente estavam pedindo.

E Kol gentilmente iria atender o pedido.

Primeiro, ele tinha que descobrir onde raios eles levaram a irmã.

Hum...

...

Klaus e Elijah entraram na mansão Mikaelson claramente alterados. Kol havia ligado e dito o que tinha acontecido (quando ouviu isso Klaus gritou com Elijah dizendo que ele sabia que isso iria acontecer).

Elijah pensou em ir a casa de Elena e tirar satisfações, mas Kol falou que precisava dos dois na mansão.

Algo sobre ter uma pista sobre onde haviam levado a irmã.

Klaus congelou a caminho da sala olhando a cena no cômodo ao lado da escada. Elijah se aproximou um tanto desconfiado pela reação do irmão e olhou para o cômodo.

Lá estava ninguém mais, ninguém menos que Caroline Forbes. Uma das pessoas na lista de pessoas que Elena queria proteger, observou Elijah, a vampira loira também havia acompanhado Klaus no baile que a mãe havia dado...

–Hã, Kol? – Klaus entrou na sala parecendo irritado, Elijah observou a reação com certa curiosidade. – O que significa isso? – Apontou para a vampira loira.

Caroline estava presa em uma cadeira, amordaçada e os olhava assustada.

–Eu me lembrei da loira do outro dia no bar e pensei que ela seria mais suscetível a falar já que ela provavelmente tem algo com você. – Kol sorriu quase que ingenuamente. – Eu estava esperando que se você perguntasse ela poderia responder. – Caroline bateu os pés em revolta, Elijah acharia a reação divertida se não estivesse preocupado com Rebekah.

Klaus suspirou e foi tirar a amordaça de Caroline, olhou para Kol erguendo as sobrancelhas para o pedaço de pano.

–Ela pode ter uma boca um tanto suja. – O irmão mais novo deu de ombros.

–Olá, Caroline. – Klaus cumprimentou educadamente.

–Seus doentes! – Caroline exclamou assim que se viu livre da amordaça. – Me deixe ir! Eu não sei de nada!

–Você vê, ninguém aqui acredita em você, amor. – Ela olhou para Elijah (que a olhavam esperando por respostas) e depois Kol (o mesmo sorriu e acenou concordando com Klaus). – Então, onde está minha irmã?

–Eu não sei. – Bufou exaspera.

–Ela tem verbena no sistema, ao que parece todos os vampiros dessa cidade aderiram a essa mania. – Kol observou revirando os olhos.

–Caroline Forbes, eu me lembro de sua mãe, a xerife. – Elijah se pronunciou pela primeira vez, Caroline o olhou sentindo um frio no estômago. – Você tem alguém na família que valoriza, deve entender o que estamos sentindo.

–Primeiro de tudo: vocês sentem algo? Segundo: sua irmã é o diabo em forma de gente. – Caroline sorriu o mais sarcasticamente que pode.

–É claro que sentimos, ou você acha que Klaus manda joias aleatoriamente? – Kol ergueu as sobrancelhas, sim, sua irmã Rebekah havia o atualizado sobre tudo.

–Eu... Hã... – Caroline gaguejou sem saber o que falar.

–Só nos diga onde está Rebekah. – Klaus pediu em tom tranquilo, apoiando o braço na cadeira, se inclinando em sua direção. – Como você sentiria se sua mãe fosse sequestrada?

–Isso é uma ameaça? – Caroline sentiu a garganta seca, Klaus podia entrar em sua casa se quisesse.

–Por que tem que levar tudo para esse lado, amor? – Klaus revirou os olhos. – Vamos fazer as coisas mais simples. – Disse se encaminhando até os irmãos. – Você nos fala onde está Rebekah e ninguém da nossa família irá fazer mal aos Forbes, parece justo? – Olhou para os irmãos.

Kol falou “Não” ao mesmo tempo que Elijah dizia “Sim”. Os olhares caíram sobre o mais novo dos homens Mikaelson.

–Ela teria carta branca para tentar nos matar quantas vezes quiser e sair ilesa. – O irmão respondeu a pergunta silenciosa.

–Então, reformulamos o acordo, você nos ajuda e nós não começamos a massacrar a cidade. – Elijah disse naquele seu tom polido que de alguma forma deixou tudo mais assustador para Caroline.

A loira olhou para os três irmãos que ostentavam expressões tão tranquilas que não pareciam estar procurando a irmã desaparecida.

Mas Caroline sabia que os três estavam preocupados com a diaba loira, caso contrario ela não estaria amarrada a cadeira para inicio de conversa. Ela olhou para eles por alguns instantes e decidiu por fim:

– E todos que se envolveram no sequestro de Rebekah saem ilesos. – Eles se olharam e dessa vez todos concordaram (Kol um tanto relutante) – Eu não sei onde ela está mesmo.

–Então o acordo não vale. – Kol apontou franzido o cenho, mas Klaus se aproximou da loira.

–E o que você sabe afinal?

–Eu disse que Kol e Rebekah estavam na escola. – Elijah ergueu a sobrancelha para Kol. – Eu ia para casa pegar minhas coisas e passar a noite na casa de Bonnie, quando ele... – Olhou mal humorada para Kol. – Surgiu do nada e quebrou meu pescoço, isso é tudo o que eu sei.

Klaus olhou para os irmãos e os três pareceram entrar em um acordo silencioso. Caroline engoliu a seco e se mexeu desconfortavelmente na cadeira quando sentiu o celular vibrar.

–Seu celular, querida? – Ela olhou para Klaus e relutantemente olhou para o bolso da jaqueta. Caroline fez questão de virar a cara, quando Klaus se inclinou e pegou o celular no bolso interno de sua jaqueta (ela tinha impressão que ele demorou um pouco demais com a mão ali).

Klaus sorriu para a mensagem na tela do celular dela e ergueu o celular para os irmãos.

–A bruxa está perguntando por que a demora, está preocupada. – Disse em tom de chacota, se virou para Caroline. – Ela provavelmente sabe onde está Rebekah, estou errado?

–Não sei. – Caroline deu de ombros. – Mas pode ajudar. – Acrescentou ao ver os olhar dos três.

–Vamos a casa dela, então. – Elijah anunciou, Klaus rapidamente soltou Caroline e a arrastou para fora da casa pelo braço.

Caroline não pode deixar de percebe que o hibrido era até que gentil ao segurar seu braço. Mas então se bateu mentalmente, por que ela estava no meio de um sequestro (muito estranho, diga-se de passagem) onde não houve tortura alguma.

Ainda mais sendo que quem a sequestrou tinha sido os Originais.

...

–Bem, agora não é hora para preocupação, esse é o ponto das noites das garotas. – Bonnie suspirou para Elena.

–Sim, eu sei. – Elena soltou um muxoxo. – Mas não posso evitar ficar apavorada. Então, Caroline deu sinal de vida?

–Ah sim, ela respondeu, está vindo para cá. – Bonnie respondeu pegando o pacote de salgadinhos do armário. – Será uma boa coisa tirar férias da confusão sobrenatural que estamos metidas ao menos por uma noite.

–Por favor, diga que há tequila. – Elena apoiou a cabeça no balcão da cozinha.

–Como você acha que vamos esquecer que vampiros existem? – Bonnie a olhou divertida. – Só espero que você não acabe a noite mandando mensagens constrangedoras pelo celular.

–Isso foi a muito tempo atrás, ok? – Elena revirou os olhos, foi na primeira vez que elas ficaram bêbadas nas férias para o primeiro ano do colegial.

Elena mandou algo sobre querer fazer coisas pervertidas com Matt (na época tudo era normal e ela ainda namorava Matt), e ela detalhou tudo muito bem para sua vergonha.

–Bem, nunca se sabe, vai que você se inspira, hã? – Bonnie zombou da amiga.

A campainha tocou.

–Vai atender a porta, Bonnie! – Elena exclamou rindo.

Bonnie também ria, mas se engasgou ao ver o cara em sua porta.

Oh Deus! Ele é lindo! Ela não pode evitar de pensar boquiaberta, então viu Elijah ao lado dele e percebeu o quão parecidos eles eram.

Oh Droga! Ele é um original! Bonnie deu um passo para atrás hesitante, mesmo que estivesse em segurança dentro da sua casa, ainda a assustava ter dois vampiros originais na sua porta.

E eles pareciam tão inofensivos e bonitos, a vida tinha um senso de humor cruel...

–Boa noite, Srta. Bennett. – Kol (presumiu Bonnie, já que Finn havia sido morto) cumprimentou sorrindo educadamente. – Tem algumas informações que achamos que você retém que nos interessa.

–Estão perdendo o seu tempo. – Bonnie recuperou a compostura e fez um movimento para fechar a porta.

–Há vamos lá, amor, não seja mal educada com meus irmãos. – Bonnie congelou ao ouvir a voz de Klaus. Elijah e Kol se afastaram e Klaus surgiu com Caroline no braço, a amiga vampira deu um sorriso de desculpas para Bonnie.

–Bonnie? – Elena apareceu atrás dela. – O que...? – Ela se interrompeu olhando os três irmãos originais com Caroline. – Eu pensei que você tinha dado a sua palavra! – Elena exclamou para Elijah.

–E eu dei, mas vocês insistiram em sequestrar a minha irmã, então... – Olhou para Caroline. – Ela fez um novo acordo.

–Caroline! – Bonnie exclamou exaspera.

–O que? Eu tinha que fazer, eles são três originais e ameaçaram começar a terceira guerra mundial! – Caroline exclamou arregalando os olhos.

–Também não é pra tanto, amor. – Klaus disse em tom entediado. – Foi só a cidade inteira que foi ameaçada. – Acrescentou para sua doppleganger e a amiga bruxa dela como se não fosse nada.

Elena e Bonnie olharam para eles incrédulas com toda a situação.

–Basicamente, ninguém se fere se nos falarem onde está Rebekah. – Elijah aproveitou o silêncio das duas. – Então, temos um acordo?

–Ninguém? – Bonnie olhou para os três desconfiada. – Eu tenho a palavra dos três e de Rebekah?

–Ela é esperta. – Kol murmurou divertido.

–Você tem a nossa palavra de que ninguém se machucara pelo sequestro de Rebekah, inclusive o sequestrador. – Elijah falou, Klaus quase sorriu ao ouvir a manipulação nas palavras do irmão.

–Irão soltar Caroline? – Bonnie perguntou.

–Só quando Rebekah estiver conosco. – Klaus respondeu sorrindo falsamente, sua paciência estava quase no fim. – Então?

–Tudo bem. – Bonnie suspirou exaspera. – Eu preciso do sangue de um de vocês. – Os três irmãos a olharam estreitando os olhos. – O que? Eu realmente não sei onde ela está.

–Não sabe? – Caroline perguntou confusa. – Elena?

–Eu não quebraria um acordo com Elijah, é muito arriscado. – Elena a olhou franzido o cenho. – Se Damon e Stefan fizeram isso foi pelas nossas costas.

–Muito bem, chega de conversa, vamos logo ao que interessa. – Kol franziu o cenho para a tagarelice das mulheres, Bonnie suspirou e foi pegar um mapa para realizar o feitiço.

...

Era 21:13 quando pararam o carro ao lado da estrada. Elena e Bonnie resolveram seguir com eles para ter certeza de que Caroline seria devolvida. Os três Originais pegaram o carro de Elena emprestado (ao menos, a doppleganger rezava para que seja emprestado) para que as duas possam o segui-los (por mais que Klaus e Kol tenham rebatido que era perda de tempo, Elijah foi inflexível).

Quanto a Caroline, ela estava um tendo um tempo desconfortável com o silêncio dos originais, a língua dela coçava para falar algo, mas a) ela não sabia o que falar e b) pra que falar?

Então todos desceram do carro e se juntaram a beira da floresta. O mapa mostrou que Rebekah estava na propriedade dos Lockwood (o que deixou Klaus para lá de desconfiado, mas Tyler não seria tão estupido, muito menos o conselho da cidade).

Elijah deu um passo ampliando sua audição. De repente, ele arregalou os olhos e sumiu da vistas de Elena e Bonnie.

Estranhamente, Kol, Klaus e Caroline sumiram quase que ao mesmo tempo.

–Ótimo! – Bonnie exclamou exaspera.

– Vamos logo, eles não podem estar tão longe assim. – Elena desligou a lanterna e seguiu de volta para o carro. – De qualquer maneira a adega Lockwood não é longe se formos de carro.

...

Enquanto Bonnie e Elena iam em sua velocidade máxima (o que não era lá muita coisa) para a adega dos Lockwood. Caroline já estava lá com os três irmãos Mikaelson.

Em pensar que tudo o que ela planejava para aquela noite era ficar bêbada com as amigas. Em vez disso ela está ali, com a mão de Klaus grudada no braço ouvindo tudo ao redor cautelosamente.

–Eles estavam aqui. – Elijah comentou se ajoelhando e analisando a terra. – Eles arrastaram o corpo dela até a adega.

Klaus se aproximou a arrastando pelo braço (Caroline teve que revirar os olhos com isso).

–Ela está lá dentro.- Kol apontou caminhando para a caverna.

Caroline olhou o lugar enquanto Klaus a puxava sentindo a desconfiança crescer ainda mais. Na caverna não poderia entrar nenhum vampiro, Damon e Stefan não poderiam estar atrás disso.

Então, quem?

...

–O que foi agora, Elena? – Damon atendeu ao telefone entediado.

–Finalmente! O que vocês têm na cabeça?! Eu disse que Elijah deu a palavra dele!

–E? – Damon tomou um gole de sua bebida.

–Como assim “E”? Vocês sequestraram Rebekah! O que tem na cabeça? Eles têm Jeremy e agora Caroline e os três estão caçando vocês!

Damon se engasgou na bebida, muita informação em tão poucos segundos.

–Que merd...

–Para a sua sorte conseguimos renegociar com Elijah! – Elena o cortou exaspera.

–Do que você está falando? – Damon exclamou impaciente. – Eu não fiz nada com Rebekah, nem o Stefan. – Olhou para o irmão que estava perto dele o olhando com o cenho franzido.

–Espera, o que? – Damon pode ouvir Bonnie perguntae o que estava errado para Elena ao fundo.

–Queremos matar Klaus, se lembra Elena? E ainda temos que descobrir de que linhagem sanguínea descendemos. – Damon estreitou os olhos para Stefan. – Eles têm Caroline, você disse? – Apesar de tudo ele se importava com a vampira Barbie, afinal ela meio que tinha sido gerada com o seu sangue.

–Sim, Bonnie fez um feitiço para localizar Rebekah...

–Onde?

–A adega Lockwood.

–A adega? Por que eles...? – Damon de repente junto as peças do jogo.

Nenhum vampiro pode entrar naquela maldita caverna.

Era um lugar mais do que perfeito para esconder uma certa estaca de carvalho branco.

–O que foi? – Stefan perguntou ao ver a cara espantada de quem descobriu uma teoria de conspiração de Damon.

...

Caroline estava em choque total.

Fala sério! Era o Alaric dentro da caverna com a estaca?!

Quando foi que aquilo...? Como aquilo aconteceu?!

Elijah havia arrancado a madeira do coração da irmã inconsciente no lado de fora e a tirado de perto dali. Mais precisamente, ele jogou o corpo de Rebekah para Caroline, que a pegou sem saber bem o que fazer.

–Eu ainda tenho uma estaca e nenhum de vocês podem entrar. – Alaric disse sorrindo malicioso.

Caroline franziu o cenho para ele e depois de um instante entendeu que aquele era o assassino do seu pai.

O lado psicopata anti-vampiros do Alaric.

Ela se sentiu perturbada demais para pensar em qualquer coisa.

–Felizmente para você, Elijah fica muito nervoso quando descumprimos a palavra dele. – Kol comentou e simples assim se virou para ir embora.

–Me faça o favor de dizer aos Salvatores para devolver essa estaca com a outra. – Klaus acrescentou pegando Rebekah dos braços de Caroline.

Dessa vez Caroline não precisou ser arrastada por ninguém para sair dali.

–Bem, ele provavelmente ficará ali até o amanhecer... – Elijah comentou e se virou para Caroline. – Você disse que mandou uma mensagem dizendo onde eles estavam...

–Sim, para Elena. – Caroline respondeu defensivamente. – Não para Alaric, o lado psicopata dele escondeu a estaca, por isso Damon estava surtando. – Ela disse em voz alta pensativamente. – As coisas fazem mais sentido agora. – Então olhou para os três irmãos e sorriu amarelo. – Bem, tudo foi feito, eu deveria ir embora...

Caroline recebeu acenos, um “sim, sim, sim” e um “boa noite, amor” antes de se virar para ir embora. Ela olhou sobre o ombro brevemente e viu que eles tinham sumido.

–Sinistro... – Ela murmurou arrepiada, enquanto puxava o celular para ligar para as amigas.

Elas não iam acreditar que os Originais tinham simplesmente ido embora!

Hum... São 21:20 ainda dá tempo de encher a cara na noite das garotas.

Deus sabe que ela está precisando.

...

Stefan sentiu a cabeça rodar um pouco mais com tudo o que as três garotas tagarelaram para ele e o irmão.

–Então, vocês ajudaram os Originais? – Damon perguntou parecendo incrédulo.

–Eles iam matar todo mundo. – Bonnie se defendeu.

–Bem, alguém tem que tirar Alaric da caverna. – Elena suspirou.

–E a estaca dele. – Caroline acrescentou. – Se ele matasse Rebekah poderíamos todos morrer, vai que a diaba foi quem iniciou nossa linhagem?

–E ainda tem isso. – Stefan suspirou. – Talvez você e Damon devessem ir buscar Jeremy, Elena. – Todos olharam para ele, Stefan engoliu a seco disfarçando o quão doloroso era dizer aquilo. – Talvez consigam contatar Rose.

–Eu... Tudo bem – Elena disfarçou o nervosismo.

– Agora, se vocês nos dão licença, nós ainda vamos ter nossa noite das garotas. – Bonnie se intrometeu vendo a situação da amiga.

Elena suspirou aliviada e Caroline acenou solenemente para a amiga.

Os dois irmãos Salvatore olharam para as três sem falar nada, apesar da língua de Damon ter coçado para fazer um comentário de conotação sexual sobre as três passando a noite juntas. Por fim os dois saíram da casa de Bonnie.

–Talvez fosse melhor ver se Ric já voltou a ser o professor alcoólatra de sempre. – Damon comentou fora da casa, Stefan concordou.

E os dois sumiram na noite.

...

Enquanto as três amigas passam a noite sem mais incidentes se afogando no álcool (o que resultou em algumas mensagens de celular, mas é um assunto para depois) e os irmãos vampiros tentarem convencer um professor de historia bipolar devolver a estaca (houve muitas palavras de baixo escalão de todas as partes envolvidas)...

Rebekah suspirou baixinho e abriu os olhos, ela estava na sala da ilustre mansão Mikaelson.

Ela sentiu um peso no seu estômago e algo agarrado a sua mão, para sua surpresa era Kol dormia sentado no chão ao lado dela com a cabeça repousada ali. Rebekah notou também que sua própria cabeça repousava no colo de Nik que estava dormindo com a cabeça caída para trás. Então finalmente moveu os olhos ao redor e percebeu Elijah sentado na poltrona ao lado com as pernas esticadas sobre a mesinha dormindo serenamente.

Rebekah se sentia bem, e ela presumiu que devia isso as bolsas de sangue ali ao lado. Pelo o equipamento em cima da mesinha, ela assumiu que injetaram sangue diretamente em suas veias para acelerar o processo de cura, a vampira Original apostava que tinha sido ideia de Elijah. E chutaria que era culpa de Nik que eles estavam na sala em vez do confortável quarto dela, já que ele sempre foi o impaciente. Agora, o fato de eles estarem ali com ela era provavelmente era culpa de Kol, que deveria ter caído no sono, enquanto tagarelava com eles.

Ela conhecia seus irmãos o suficiente para supor isso.

Seus olhos pousaram no fogo por fim. Não era ontem que ela estava chorando por sua solidão naquele chão?

Rebekah sorriu para a lareira sentindo a mistura de alivio e alegria brotar em seu peito.

Então, respirou fundo e fechou os olhos.

Seu ultimo pensamento foi achar que o nome certo para aquela emoção era esperança.

...

Mais tarde, naquela mesma noite, surgiu um casal na sala iluminada apenas pela lareira.

Ninguém, exceto os que já experimentaram a morte ou nasceram com o dom, poderia vê-los, ouvi-los ou senti-los.

Mas isso não significava que não estavam ali.

A mulher era ruiva e estava enroscada no braço do homem, lhe sorrindo com uma doçura que só alguém apaixonado poderia fazer.

Quanto ao homem, bem, ele observava seus irmãos juntos como nunca estiveram nos últimos mil anos (ele tinha certeza disso). Um sorriso pequeno brotou em seus lábios, pois ele havia sido a causa dessa união.

E então, os dois sumiram tão silenciosamente quando apareceram.

Ambos estavam em paz.

Era quase uma pena que a cidade de Mystic Falls não poderia dizer o mesmo.

Fim?

**É o famoso “Always and forever” deles, que eu resolvi adaptar para o português, mas obviamente não tem o mesmo efeito que em inglês.



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Notas finais do capítulo

N/A: Então, pessoas do meu coração, sejam gentis comigo, ok? Essa é a primeira fanfic de vampire diaries que eu escrevo (embora não seja a primeira historia que eu posto aqui).
De qualquer maneira, a inspiração me veio e eu não pude dizer não.
Eu não penso em escrever uma continuação a não ser que eu tenha o sinal verde de vocês, leitores!
Então, por favor, mandem reviews e me deixem saber sua opinião sobre a one-shot e se irão querer outra, ok?
E sobre a personagem Charlotte, foi meio que uma homenagem a aqueles fãs que ficaram decepcionados pelo nome da doppleganger original ser Tatia.
Bjus.
Maça ;*
P.S: Espero ter captado os originais bem ;D



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