Chegando a enfermaria, fomos recebidos por uma mulher muito jovem e bonita.

- O que aconteceu de novo Bill?- perguntou a moça, com uma voz muito doce, assim que viu Bill.

-Só o Josch me atormentando de novo...

-Venha aqui, vou cuidar do seu olho.- disse ela o interrompendo.

A moça pegou curativos e colocou-os em Bill, o rosto angelical dele estava inchado e com ataduras, mas mesmo assim ele estava lindo(*-*)

- Esperem um pouco, eu já volto.- disse a enfermeira saindo da sala.

-Obrigado por ter me acompanhado Sam!

- Não foi nada Bill, você está sendo tão legal comigo, esse é o mínimo que eu podia fazer.- falei sorridente.

*Bill narrando*

Porque ela faz isso comigo? Esse sorriso me faz derreter! Ela é a garota perfeita, a quem eu tanto procurava. Naquele momento eu tinha que agir, não conseguia mais me segurar.

- Não é a única coisa Sam...- falei tímido.

- O que mais eu posso fazer?- seus olhos estavam brilhantes, implorando por uma resposta.

- Isso!

Quase eu a beijava, se não fosse pelo fato de que a enfermeira Moscow entrou na hora em que estávamos a uns cinco centímetros de distância de seus lábios.

-“Droga!”-pensei.

-Bill, seu irmão está te esperando... desculpe, eu não queria incomodar.

-Não, tudo bem!-disse Sam um pouco sem jeito.

-Você já pode ir Bill.- falou a enfermeira.

-Vamos?

-Claro Sam!

Andamos metade do caminho até a sala num silêncio cortante.

-Precisamos conversar...-falamos ao mesmo tempo.-Fala você... eu falo... pode falar...

-Okay!- disse Sam.- Eu falo... lá na enfermaria... você ia me beijar, não ia?-disse muito recatada, sem jeito.

-Era isso que eu ia te falar... eu tinha essa intenção, mais a enfermeira me atrapalhou...

-E a mim também...- disse Sam arregalando os olhos e colocando a mão em sua boca, como se falasse sem pensar.

Parei no mesmo instante, olhei-a, ela ainda estava com a mão em sua boca, segurei-lhe a mão e a abracei, eu não queria mais soltá-la, afastei-me para conseguir olhar aquele céu calmo que eram seus olhos.

*Sam narrando*

Nunca me senti tão bem quanto agora, seu abraço era aconchegante, mesmo sendo magrinho, seu abraço era o melhor, talvez se igualasse ao de minha mãe, mas o dele era diferente, tinha um calor especial. Bill pegou em meu queixo e puxou-o para cima, senti sua respiração descompassada em meu rosto, seus lábios iam em direção aos meus, seus olhos castanho-esverdeados se fechando, de repente ouço uma voz bastante masculina, mas aveludada, quebrando todo o encanto daquele momento...

-Hei, vocês...- disse Tom correndo em nossa direção.