Jolly Roger escrita por Luangel


Capítulo 24
Madame ladra


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês meus queridos leitores? Peço desculpas por ter demorado um dia, mas é q me confundi c os dias XD enfim, o que importa é que o capítulo chegou grande ^-^ Desejo a vocês uma boa leitura e realmente eu espero que gostem!



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“—Mas...—Insistiu a Hyuuga, e pela primeira vez, seus olhos perolados reluziram de preocupação com a Yamanaka, companheira na qual, sempre discutia.”

Sakura Haruno:

—Essa luta é minha, Hinata.—Rosnou Ino, manejando a espada, como se estivesse impaciente para lutar.—Não vou permitir que interfira em meus assuntos. Você e Sakura, saiam pela janela. Eu os manterei ocupados enquanto for possível. Temos cavalos descansados, enquanto os deles estão exaustos, nunca poderão alcançá-las.

Eu olhei pela janela e o pânico tomou minhas veias, a altura era grande, em um salto mau calculado, eu poderia quebrar um tornozelo e assim, toda missão seria comprometida. Felizmente nem tudo estava perdido, havia uma calha contornando o perímetro do telhado. Se eu caminhasse pela calha até o outro lado da hospedaria, eu e a loira poderíamos saltar de lá para o telhado do estábulo, e assim, nossas chances de escapar aumentariam, e muito.

—Siga-me.—Falei automaticamente para Hinata.—Se eu for ferida ou capturada, monte no cavalo mais próximo e siga para Kazemaru. Sasuke cuidará para que nada de mais grave aconteça comigo.— Sorri para a morena tentando transpassar um pouco de confiança no que falava, sem muito sucesso, já que a Hyuuga não retribuiu o gesto, só assentiu friamente, e eu me virei para a Yamanaka:

—Cuide-se, Ino. Mantenha essa porta trancada e não abra para ninguém, sob nenhum pretexto. Assim, eles não poderão atacá-la. E se tiver que lutar, não fira o conde. Eu já o feri mais vezes do que eu deveria ter feito.—Sussurrei a última frase, mas mesmo que a loira tivesse ouvido, ela não falou nada sobre o assunto.

—Certo, eu vou tentar retardá-los, mas, se for necessário lutar, tentarei não ferir seu marido.—Respondeu a mosqueteira, não desviando suas orbes azuis da porta, como se a mesma a qualquer momento fosse ser arrombada, revelando nossos inimigos, o que na verdade era bem provável.—Além do mais, eu vou estar mais interessada em ferir um velho conhecido das ruas.—Ino falou a última frase com um sorriso vingativo e sombrio nos lábios.

—Então...—Murmurei, sentindo que com pesar, aquela era a hora da despedida entre nós.—Até breve, Ino, em Kazemaru.

Hinata correu até a janela enquanto colocava o chapéu e disse:

—Até mais, madame ladra, te vejo em Kazemaru.

Em resposta a loira riu alto e respondeu como sempre:

—Não precisam se preocupar comigo. Enquanto eu estiver pensando em todas aquelas moedas de ouro esperando por mim, não permitirei que nenhum mal me atinja.

Eu respirei fundo, tentando reunir coragem para o salto, mas as batidas na porta do quarto, atrás de mim, forneceu o ímpeto que antes me faltava e então eu saltei para fora e para a calha na qual eu faria a minha jornada até o estábulo.

O metal rangia e estalava perigosamente sob o nosso peso, mas felizmente, não cedia. Lá dentro, mais batidas na porta e alguns impropérios me eram ouvidas, mas apesar da vontade, eu não olhava para a janela, temendo perder o meu pouco equilíbrio e cair.

A calha parecia interminável, mas, finalmente, com um último salto corajoso, eu aterrissei sobre o telhado inclinado do estábulo. Eu tentei me segurar em uma alça que fixava uma caneleta de escoamento, mas a minha mão agarrou o ar e, girando os braços freneticamente, como uma ave desajeitada, eu despenquei do telhado, aterrissando como um saco de batatas no lodo. Agradeci aos céus pelo lodo ser macio. Eu me levantei e enquanto limpava minhas roupas, constatei que a morena havia tido melhor sorte. A Hyuuga saltou para o chão com uma leveza invejável, correu e abriu a porta do estábulo antes que eu pudesse me recuperar de minha vergonhosa queda. Não tínhamos tempo para selar montarias e eu agarrei o arreio e a sela, jogando-os no pescoço de Hercules antes de montar em pêlo.

Pálida e ofegante, minha companheira fez o mesmo. Com um estrondo de cascos sobre as pedras do pátio, nós duas partimos pela estada que nos levaria a Kazemaru.

Sasuke Uchiha:

Eu detive meu cavalo diante de uma hospedaria de beira de estrada. Era a primeira que eu via em muitos quilômetros, para a minha felicidade. Posso apostar que Sakura parou aqui para descansar, sorri de lado, nesse aspecto, a rosada é como toda mulher: prefere uma cama macia a um pedaço de chão ao relento. Eu acenei para um cavalariço que limpava a porta dos estábulos com movimentos preguiçosos.

—Menino, você viu algum estranho por aqui?—Perguntei, assustando um pouco o menino, que prontamente respondeu:

—Bem, nós temos três bons cavalos nesse estábulo.—Disse apontando para os belos animais dentro dos estábulos.—Um dos soldados me pagou uma moeda para que eu os escovassem e os alimentasse bem.

—São três soldados então?—Indaguei ao ver que eram três cavalos.

—Sim, e estão vestidos como você.—Falou o garoto, voltado ao seu trabalho de limpar o chão com a mesma animação de antes.

Um dos bandidos reagiu contrariado ao ouvir a informação.

—Merda, ninguém me disse que seriam três.—Bufou como um touro.—Pensei que tivéssemos apenas de matar o soldadinho traidor. Eu esperava estar em casa antes do jantar, sabe?

—Está com medo?—Provocou o outro, exibindo para o companheiro um sorriso maldoso e irônico.

—Eu não tenho medo de nada!—Rosnou o outro e seu companheiro riu.—Só não gosto de ser enganado. Afinal de contas, eu não fui pago para lidar com três homens.

—Então cale a boca e cuide do garoto, como foi pago para fazer. Deixe os outros para quem é mais competente no assunto. Eu.—Retrucou o homem, apontando para si mesmo, cheio de pompa.

Eu acompanhava aquela ridícula discussão em silencio, sem prestar muita atenção na mesma. Meus pensamentos estavam exclusivos á Sakura... Era evidente que minha esposa conseguira reforços entre nossos companheiros mosqueteiros. Bem, aí está mais um motivo para impedir a rosada de prosseguir com a missão tresloucada. A Haruno não iria conseguir manter seu segredo em um grupo tão pequeno, ainda mais em uma jornada tão longa. E se descobrissem sua verdadeira sexualidade, eu não quero nem imaginar qual seria o destino dela. Além do mais, ela é minha esposa, e me deve obediência e fidelidade. Nunca irei permitir que Sakura saia percorrendo as estradas de todo país na companhia de outros homens. Nota mental: quando eu arrastá-la de volta para Suna, irei renegociar os termos de nosso acordo e não desistirei até que a rosada realmente se torne a minha esposa de fato.

Não posso passar o resto da minha vida ao lado de uma mulher arredia como a Haruno se mostra ser. Eu fui desperto dos meus devaneios ao ouvir os berros de um dos bandidos, enquanto ele desnecessariamente berrava e batia numa porta.

—Abra a porta em nome do rei!

O proprietário da hospedaria nos recebeu com a face pálida e olhos assustados. Eu revirei o impulso e reclamei:

—Agora não vamos mais pegá-los de surpresa!—Eu entrei, empurrando os dois bandidos sem muita cerimônia.

—Procuramos por um mosqueteiro chamado Akira Haruno.—Indaguei sem rodeio, afinal de contas, nós já havíamos perdido tempo demais.—Você o viu?

O homem de meia idade assentiu, aliviado por não ser ele o procurado e respondeu rapidamente:

—Sim, senhor. Três deles pararam aqui hoje de manhã para comer e repousar. Eu tenho certeza de que eu ouvi um deles chamando outro de Akira. Servi uma boa refeição para os três. Gostaria de comer também?—Sugeriu o homem enquanto esfregava as mãos uma nas outras e exibia um nervoso sorriso amarelo.—É por conta da casa...

O matador de voz fria se adiantou.

—Onde está o mosqueteiro?

O proprietário engoliu a seco e uma gota de suor escorreu por sua testa, mas logo respondeu:

—Lá em cima. No quarto.

—Leve-me até lá.—Exigiu o assassino e o homem acenou com a cabeça repetidas vezes para logo depois nos conduzir escada acima e apontou uma porta no fim do corredor.

—É aquela porta, senhor.—Murmurou, temeroso.

Um dos bandidos grosseiramente o proprietário da hospedaria indo até a porta, quase o fazendo cair da escada em que havíamos acabado de subir, senão fosse por mim, ele certamente cairia.

—Abra!—Urrou o bandido e incrivelmente, uma voz do outro lado da porta respondeu tranqüilamente:

—Quem é? E porque eu deveria abrir essa porta?

Por alguns instantes eu me mantive estático, surpreso, por mais que eu soubesse que Sakura estava acompanhada de homens, ao ouvir aquela voz masculina e imaginar a rosada trancada num quarto com outro homem, me deixou realmente furioso.

—Não importa quem eu sou!—Berrou o assassino.—Abra, ou eu arrombarei essa porta!

Apesar da ameaça, o homem do outro lado riu como se tivesse ouvido uma piada e disse:

—Acalme-se, senhor! Eu estou certo de que não vão se importar se eu tiver tempo para calçar as minhas botas.


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Notas finais do capítulo

E aí? xD eu mereço reviews