Everybody Loves The Marauders III escrita por N_blackie


Capítulo 7
Episode VI


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora, gente (este é o episódio que deveria ter saído dia 17), faculdade, muitos rolos, e não vou escrever mais aqui porque vou tentar postar o da semana passada ainda hoje! Beijos, desculpa de novo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/218327/chapter/7

Episode VI

“O Sangue no Papel Demodê”

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Sweeney Todd (e provavelmente vai continuar sendo por algum tempo)

Ouvindo: Edgar enchendo o saco

“Atenção, atenção a todos,” Davis tinha um sorriso estampado no rosto safado dele, segurando o papel com as escalações para a peça numa mão e um microfone (desnecessário) na outra, ”acho que esse auditório numa esteve tão lotado, puxa vida! Bem, como todos sabem, ou não estariam aqui, hoje vamos anunciar nossa escalação para o musical. Primeiro: aos que foram selecionados, meu muito obrigado por terem vindo e parabéns, continuem no auditório para começarmos a ensaiar ainda hoje. Segundo: aos que não foram, não desistam! Tivemos que fazer escolhas muito difíceis...”

Enquanto ele continuava com um discurso condescendente com os que não iriam conseguir papéis, procurei nas cadeiras da plateia por Marlene, e vi que ela olhava apreensiva para o papel na mão do professor. Eu, particularmente, fiquei bem impressionado com a resistência dela. Vale lembrar que na minha audição eu vomitei e desmaiei, então estar nervosa é um saudável mínimo para a ocasião.

“Então, sem delongas, vamos à escalação! Para o papel de Senhor Pirelli, concorrente de Sweeney Todd, foi escolhido... Tim Baker!”

Do meio da plateia levantou um cara alto e cabeludo, e fez um joia com a mão pra gente. Eu e Agatha nos entreolhamos, e dei de ombros pra ela. Tim parecia um cara bem excêntrico.

“Para o papel de Juiz Turpin, arqui-inimigo do nosso protagonista, juiz da cidade e protetor de Johanna Baker... Sirius Black!”

O QUE?

Tentei não demonstrar o meu choque, mas devo dizer que, apenar de ser um papel legal, eu fiz a audição pro protagonista! Agora eu sou o vilão?! Ora, francamente... Davis olhou animado para mim, e sorri amarelo torto pra ele. Muito obrigado, professor.

“Para a bela, mas confusa, Lucy Baker, a escolhida foi... Luana Thompson!”

Luana já era do clube de teatro, e ergueu a mão animada enquanto media os cabelões louros que ela tinha, provavelmente calculando o quanto eles podiam crescer até a peça. Espero que seja muito, porque não sei o quão fácil vai ser arranjar uma peruca parecida com os cabelos dela até lá.

“Agora, para a bela e doce Johanna Baker: Marlene Mckinnon!”

Do meio das cadeiras Marlene sorriu largamente, e sorri de volta para ela. Eu ainda acho que ela faria uma ótima Mrs. Lovett, mas Davis deve ter escolhido os nomes numa roda de loteria, então só fiquei contente porque ela conseguiu. Lene desceu e ficou perto de Tim.

“Para o assistente de nosso juiz,” Davis piscou pra mim, e não entendi até agora porque ele está tão excitado comigo como juiz, “Beadle Bamford... Fabian Prewett!”

ÊÊÊ... Ah, mas que bom. Meu companheiro de cena pela maioria dessa peça vai ser o Prewett, uma das sombras do Edgar que vive recitando poesia ruim e tomando café. Ele bagunçou os cabelos ruivos e fez uma reverencia, o que pode ter sido a cena mais patética que eu vi naquele dia. Ou talvez não, né, comigo nunca se sabe.

“Para o bravo e romântico marinheiro, amado por Johanna Baker... Amos Diggory!”

Ao meu lado, Agatha segurou o meu pulso com a mão, e senti vontade de dar um urro na cara de Davis. Sob suspiros ri-dí-cu-los da plateia, Diggory sorriu e desceu até o palco, e Marlene ficou rindo pra ele com uma cara tipo nossa-que-feliz-coincidência-sermos-par-romântico. Eu vou vomitar de novo.

“Shhh, calma.” Agatha tentou me acalmar, mas meu barco feito de ciúmes e raiva contidas já estava navegando fazia muito tempo. Davis fez um suspense idiota por alguns segundos tomando água, e limpou a garganta.

“Agora, para o menino Toby Raggs... Gideon Prewett!”

Tá, agora eu desisto. O elenco estava quase pronto, e Edgar Bones estava num canto mexendo com as maquiagens, quieto DEMAIS pra um maníaco por atenção que estava sem papel nenhum ainda.

MAS CLARO

MAS

CLARO

QUAL O PAPEL SOBRANDO?

HEIN?

“E agora, com muito prazer, os nomes de nossos protagonistas! Para a querida Mrs. Lovett... Agatha Kipreos! E nosso misterioso Sweeney Todd... Edgar Bones!”

“SIM!” Edgar berrou jogando pó de arroz pra cima, e Agatha, embora estivesse feliz pelo papel principal, me encarou em desespero.

“Não. Sirius, Edgar não.”

“Calma.” Ironizei, mas logo fiquei com pena dela. Não pelo papel, que ela merecia, mas por ter que ser par com Edgar Bones. É possível atuar tão bem ao ponto de fingir que gosta dele?

Marlene chegou saltitando em minha direção, e me abraçou feliz. “A gente precisa ensaiar juntos pra essa, eu nem ligo se Mintch ficar enchendo o saco por causa da cantoria.”

“É, legal.”

“E, sério, as meninas vão cair pra trás!” Lene ficou vermelha, e eu realmente quis vomitar, “vou fazer par com Diggory, cara!”

“É, legal.”

“Não vai me dizer que ficou desapontado, Sirius.” Ela perguntou, colocando as mão na cintura. Olhei amargurado para Edgar, que agora fazia um péssimo cover de uma das músicas principais.

“Não.” Menti, e Davis fez menção de falar. “olha, tenho que ouvir.”

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Chegar ao fim desse projeto com um troféu

Ouvindo: Hans Zimmer – Calypso (OST Piratas do Caribe)

As peças que tinha encomendado para o meu projeto chegaram havia dois dias, embaladas tão cuidadosamente que quis poder me tele transportar para New York só para abraçar Chris. Junto de tudo havia um bilhete carinhoso dela e do meu pai, que disseram que estavam me enviando outra coisa em alguns dias. Fiquei curioso, devo confessar, mas a julgar pelos recentes e-mails dos dois, devia ser algum beta para um jogo legal.

Jane e June, minhas minions – erm, colegas, claro, colegas – estavam trabalhando noutro canto do mesmo laboratório, e enquanto uma fazia anotações em cima das minhas anotações (Peter disse que essa é a prova de que eu evolui muito como cientista e inventor, e eu concordo), a outra tentava compreender um esquema que tinha desenhado na madrugada anterior, no meio de um surto de inspiração. Não quero me gabar nem nada, mas tenho minhas ideias mais geniais nestes tipos de surtos, e eles têm sido bem frequentes ultimamente.

“Sabe, é até bom o que houve,” posicionei um microchip entre dois receptores, “com Lily e tudo o mais. Garotas são uma distração tão irrelevante diante da ciência, não acham?”

“Sempre tive ideias muito boas quando estava com Regulus.” Jane deu de ombros, e estirou a folha perto de mim. “Escuta, você precisa melhorar sua caligrafia criativa. Antes de qualquer outra coisa nesse projeto. O que está escrito aqui?”

Olhei para o rabisco garranchoso que ela apontou, e meus olhos recaíram sobre um desenho que não deveria ter ficado ali – pelo menos não quando eu sabia expressamente que esse papel ia parar na mão das duas – de um par de olhos verdes que também andavam me perturbando a noite.

“É... coloque receptores dos dois lados.” Abanei a mão e desviei o rosto. “Já fiz, pula pra próxima.”

Um rangido alto me assustou, e Remus entrou correndo pela porta aberta e apoiou as mãos nos joelhos, ofegante.

“Aviso: Sirius ficou como vilão no musical. Repito: Sirius é o vilão. Ele está de péssimo humor. Não mexam com ele. Repito: não. Mexam. Com. Ele. “

“Mas ele não queria um papel bacana?” June coçou a cabeça. Balancei a cabeça.

“Acho que a questão não se encontra no papel que ele conseguiu não. Marlene pegou qual parte?”

“Johanna.” Rem assentiu. “Ela vai fazer par com Diggory... Putz, sua anta!”

Enquanto ele se xingava repetidas vezes por não ter percebido o que o meu cérebro concentrado conseguiu em fração de segundos, voltei a trabalhar. O segredo é mesmo um cérebro concentrado.

“Aliás, não olhe pela vidraça.”

Tarde demais, acho. Franzi a testa e ergui os olhos para a janela larga de vidro que se estendia por uma parte do laboratório (porque fazer isso? Interrompe totalmente o pensamento), e vi Lily e Snape andando juntos.

Não sei o que me incomodava mais nesses dois. Fixei os olhos em Snape, tentando prever o que ele faria a seguir, já que estava só quieto enquanto Lily andava gesticulando e rindo consigo mesma. Ele mantinha o olhar nela, mas quando passou por mim, me encarou. Mantive seu olhar, claro, mas queria saber o que ela teria dito a ele pra ter tanta raiva de mim.

“Eu disse pra não olhar!” Rem balançou a cabeça. A porta abriu novamente, e dessa vez Emmeline chegou toda entusiasmada, segurando um papel manchado na mão. Essa caçada dos dois está ficando fora de controle, sinceramente. Ainda bem que não sou assim.

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do Dia: My Halloween Costume is About You (Minha fantasia de Halloween é sobre você)

Ouvindo: Emme narrando a descoberta da carta

“E então abri o armário e isso caiu direto no meu pé!” Emme tinha os olhos brilhando, e fiquei com dó dela por isso. Essa garota é de uma persistência desanimadora no que se trata desse admirador covarde dela.

“E isso aqui é o que?” Tomei o papel dela e passei o dedo na gosma vermelha que sujava os cantos da carta. Tinha cheiro de framboesa, e um aspecto gelatinoso esquisito. “Ótimo, seu admirador deve ser do jardim de infância. Pôs a gelatina do almoço na carta...”

“Mas isso aqui é sangue falso! Eca!” Cuspi a amostra que tinha posto na língua, me arrependendo instantaneamente da minha pseudo-coragem. Parabéns, Lupin. Para. Béns.

“Sangue falso? Oh, mas quem deixaria sangue falso numa carta de amor? Isso é tão antirromântico!” Emmeline fez uma careta adorável, e tirou o papel das minhas mãos com a ponta dos dedos pintados de vermelho (irônico, mas verdade.)

“Não sei, mas é uma pista. E vou encontrar!” Ergui o punho dramaticamente para cima, e ela delicadamente baixou o meu braço.

“Eu sei, fofura, eu sei.”

“Não consigo acreditar que coloquei isso na boca.” Confessei, e ela esfregou as minhas costas.

“Mas me diga, como anda a sua busca pela garota cor de rosa?”

Não, eu não tinha mencionado a Emme que essa busca já estava completa. Não que eu não a quisesse ali nesse momento específico da minha vida, mas eu já estava ficando meio cheio de acompanha-la pra lá e pra cá, sabe. E Tonks era uma coisa só minha, uma amiga que pela primeira vez poderia não ter nada a ver com os caras, e nem com ela.

“Tudo bem, acho que um dia desses vou falar com ela.”

“Você vai enfeitiçar essa moça, eu te garanto.” Emme me deu um beijo gentil na bochecha, e sorri amarelo.

“Dorcas não vai gostar de ouvir isso.”

“Humpf, Dorcas aqui, Dorcas ali.” Ela pressionou os lábios. “Dorcas sabe que o namoro de vocês não anda lá essas coisas, querido, não pense que ela é boba. “

“Tá.” Meu estomago deu duas voltas com essa conversa, e estava ficando pior. “Erm... O que estava pensando em fazer para o Halloween?”

“Ah! Eu JURO que tinha esquecido, Remmie.” Emme ficou roxa, e sorriu largo depois. “Minha festinha anual de Halloween está chegando, e, bem, esse ano vocês estão convidados.”

“Sério?”

Emmeline – pelo menos a antiga Emmeline – era conhecida por dar as melhores festas. Como todas as melhores festas, elas geralmente aconteciam pouquíssimas vezes ao ano, o que significava que mesmo sendo amigo dela há pelo menos seis meses (como o tempo passa...), eu ainda não tinha sido convidado para uma. Quero dizer, não que eu estivesse esperando ser convidado... Eu SÓ fui o namorado dela por algumas semanas, a ajudei a passar nos créditos extras com o clube de história, a inclui nas minhas atividades, apresentei o mundo de the sims a ela, E venho investigando cartas misteriosas que ela recebeu para encontrar seu admirador secreto.

Não, eu não estava esperando um convite.

“Estão todos convidados, é que como ainda não postei o e-vite, não receberam nada ainda. Mas fale com Phil, porque vai precisar da melhor fantasia que ele tiver, viu.” Ela piscou. “E se quiser, pode chamar a moça do cabelo maluco. Isso é, se tiver falado com ela até daqui a duas semanas.”

“Se eu ainda não falei com ela, vou falar agora.” Ri.

“É bom mesmo.” Emme guardou a bolsa. “Até porque eu sei que está mentindo pra mim.”

Eu?

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Esse musical vai arrasar

Ouvindo: Pessoas piores que eu tocando

E então, Peter Pettigrew decidiu entrar para a banda do musical. Eu, que sempre zoei Sirius por isso, decidi entrar para a banda do musical. Voluntariamente.

“PETTIGREW!” Davis chamou, e segurei o trombone contra o peito, como se abraçar o instrumento fosse me fazer tocá-lo melhor. Entrei tropeçando no palco, e vi Sirius emburrado “torcendo” por mim (se é que se pode dizer que ficar de bico com os braços cruzados é grande torcida). As baquetas tremiam na minha mão.

“Oi, sou Peter Pettigrew, “balbuciei, e Davis trocou a pose ameaçadora por um olhar maluco dele, “e vou tocar percussão.”

O resto da banda começou a tocar, e toquei as partes que cabiam aos pratos e dei uma improvisada quando não conseguia lembrar o que fazer. Sirius descruzou os braços, e levantou o polegar pra mim. Não me senti muito melhor, não.

Quando terminei, Davis saiu da pose bizarra e sorriu. Devo ter feito a maior cara de idiota.

“E aí?”

“Passou, Peter, passou. Anda, vai no banheiro.”

Franzi a testa. Eu não quero ir agora!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!