Everybody Loves The Marauders III escrita por N_blackie


Capítulo 6
Episode V




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Episode V

“Parabéns, Pete!”

Narrado por: Sirius Black

Filme do Momento: Melhor não colocar aqui o que estou pensando.

Ouvindo: Summer

“Eu esperei demais pra ver você sem camisa.” Summer subiu com os dedos no meu peito, e dei risada para ela. Estávamos num dia particularmente calor do outono, e ela tinha passado na minha casa antes de seguirmos para a festa de aniversário de Peter. E, bem, uma coisa deu na outra, e acabei tirando a camisa, veja bem... Estava quente!

“Espero que Pete goste do jogo que comprei pra ele.” Espichei o pescoço para vislumbrar o pacote chato em cima da minha escrivaninha. Pete não costumava reclamar muito de videogames, mas nunca se sabia. Summer se espreguiçou que nem uma gata perto de mim, e se aconchegou perto do meu corpo na cama estreita que estávamos dividindo.

“Tem certeza de que precisamos ir?” Ela perguntou meio baixinho, e senti um arrepio subir pelas minhas costas quando a voz dela fez cócegas no meu ouvido. Não entendi porque Summer não queria ir na festa de Pete, e ela sorriu amarelo. “É só que faz tempo que não te via... E hoje tá tão gostoso ficar aqui contigo, sabe. Eu só queria ficar com você.”

Apertei os lábios, e me levantei. “Não posso, Summer, Pete é meu amigo.” Puxei a camisa mais próxima e comecei a colocar, e quis rir da cara desapontada que ela fez.

Era estranho estar com Summer. Ela conseguia ser incrivelmente delicada, ao ponto de eu ficar com medo de apertá-la demais e quebrar, e ao mesmo tempo persuasiva e... sexy? O fato é que ultimamente passava cada vez mais tempo com ela, e por melhor que isso fosse, significava que Summer estava sempre ali. E quando digo sempre, quero dizer sempre.

Summer estava nas minhas provas, fosse dentro da sala, fosse fora, me esperando. Summer vinha quase todos os dias na minha casa, e adorava elogiar tudo o que meu pai e meu irmão faziam, provavelmente para ganhar pontos conosco. Dona Mere a conhecia também, mas quando perguntei o que ela achava, disse que não ia passar um julgamento na moça antes de conhece-la melhor.

Não que eu não estivesse gostando, mas me deixava meio culpado de sumir assim por tantos dias. Eu nem participara das organizações pra festa de Peter.

“Vamos, eu preciso estar lá.” Sorri sem jeito, tentado a ficar lá com ela. Summer estava com um short curto e uma blusa cor de rosa, e sorria de um jeito adorável.

“Tudo bem... Depois eu compenso.” Ela engatinhou pra fora do meu colchão e me puxou pela gola, dando um beijo na minha boca. Depois, saltou dali e peguei as chaves.

“Jim ainda está chateado?” Ela perguntou já no elevador, e crispei o lábio.

“Um pouco. Não chateado... Sentido, talvez. Tipo, o cara lá, o Snape, chegou do nada, e Lily já está toda em cima dele, e James disse que toda vez que ele quer conversar com ela, ele dá um jeito de tirá-la dali, ou afastá-la dele. Esse tipo de coisa pode deixar um cara no mínimo triste, né.”

“Esse Snape é um tipo esquisito, mesmo.” Summer balançou a cabeça em censura. “Mas Jim vai superar isso. Eu sei que ele vai.”

“Você é boa demais pro seu próprio bem, menina.” Puxei os capacetes e entreguei um pra ela. “Eu sei disso porque eu também era.”

“E agora você é um cara mau?” Ela sorriu enviesado, e pisquei pra ela.

“Só as vezes.”

Summer subiu atrás de mim e enlaçou o meu peito com seus braços delicados, e seu perfume doce fez meu nariz coçar. Essa era a única coisa sobre Summer que me deixava irritado. Aquele cheiro de açúcar.

Narrado por: James Potter

Meta Atual: Conseguir trocar duas palavras com Lily seria bom

Ouvindo: Busted – Everything I Knew

“Ei, podemos conversar?” Cheguei perto de Lily me sentindo um gato escaldado. Ela assentiu, e sentei ao seu lado no sofá dos Pettigrew. “Faz tempo que não falo com você.”

“Eu sei, “ Lily sorriu, e senti uma pontada no coração, “estamos nos desencontrando pra caramba no colégio ultimamente.”

“É.”

Ok, talvez essa não fosse a resposta que eu tinha em mente. Havia duas semanas que eu não falava direito com Lily, e eu sabia, eu sabia, que a culpa era daquele Snape. Todas as aulas, todos os intervalos, simplesmente toda hora, ele estava lá, e eu o pegara mais de uma vez olhando feio para mim, enquanto convencia Lily a ir fazer alguma coisa que a afastasse de onde eu estava.

Só que ali, na sala de Pete, olhando dentro daqueles olhos incríveis, eu não conseguia dizer a ela. Lily tinha pego uma amizade sincera com aquele garoto, e eu não queria simplesmente chegar e dizer a ela que, na minha mais descompromissada opinião, ele era um cretino mal – caráter. Pelo menos não desse jeito.

“E aí, o que anda fazendo?”

“Ah, você me conhece,” de novo aquela pontada horrível no peito, “a feira, tudo mais. Jane e June quiseram me ajudar, então passamos bastante tempo no laboratório com a professora.

“Não vai fazer outra montanha – russa?” Lily perguntou, e passei a mão pelo cabelo ao lembrar da última feira. Eu tinha grudado a mão na cabeça, tinha sido uma palhaçada. Mas pelo menos eu tinha Lily por perto.

“Nah, parques estão fora de moda. E você?”

“Bom, Sev vem me apresentando umas bandas bem legais, e fomos numa sessão de terror esses dias que foi horrível.”

“Você morre de medo desses filmes!” Tentei gargalhar para parecer que estava me divertindo, mas só de ouvir o nome daquele cara eu já começava a ficar inquieto. Meu instinto protetor entrou em ação, e tudo o que conseguia pensar era em puxar esse desgraçado pro canto, e gritar pra ele não forçar Lily a ver filmes de terror. Ela detesta esses filmes, e provavelmente ficou aterrorizada e sem conseguir dormir depois dessa sessão ridícula que ele propôs. Mas como são amigos, provavelmente pensou que não seria nada de mais passar um pouco de medo para agradá-lo. Ela é assim! E esse cretino infeliz não vai se aproveitar da alma generosa que ela tem pra se dar bem num filminho de terror maldito.

“Eu sei, fiquei sei lá, uma semana tendo pesadelos.” Lily sorriu desconfortável, e quis abraça-la como costumava fazer quando estava com medo, ou chateada. Meu deus, os caras têm razão. Eu perdi a cabeça por ela, e agora não consigo voltar atrás. Serei amaldiçoado pelo resto dessa encarnação a querer ter essa garota e não poder. Serei obrigado a vê-la achar outro cara, se casar... Deus, não posso passar por isso.

“Woopsie, menines, to sentando.” Emmeline, abençoada, chegou a tempo de me impedir de tocar em Lily, e abri espaço para sentar entre os dois ainda dividido entre gritar e chorar. Ela carregava o celular firmemente contra o corpo, e parecia simpática demais pra ser algo bom. “Então, me digam: o que estão falando?”

“Estava contando a James sobre o Corujão do Terror, Em.” Lily riu, e Emmeline fez uma careta.

“Esse menino vai acabar com os seus nervos, ok? Depois não diga que não avisei, sua tontinha.”

“Foi só um filme.”

“Hun, sei bem. Bom, tenho um babado fortíssimo. Remmie tentou me impedir de vir pra cá, e disse que se afogaria em ponche de maracujá se eu fizesse o que estou pra fazer, então espero que apreciem a minha honestidade. E tirem o ponche de maracujá de cima da mesa, também. “

Ela puxou o celular, e um sentimento familiar me fez ficar subitamente cansado e com vontade de cavar um buraco. Com certeza SF fez mais alguma, e mirou em mim de novo. Emme limpou a garganta, e olhei para Lily em busca de suporte, até me lembrar de que ela não era mais obrigada a me apoiar.

James Potter x Severus Snape: Porque temos essa competição mesmo?

No mais recente caso de triângulo amoroso de nossa amada Stovington, me deparei com uma situação simplesmente patética. Lily Evans, que depois de um post nada legal da minha parte decidiu pedir as contas do namoro perfeito dela com James Potter (desculpinha, queridos!), agora está investindo em um novo tipo de ação. Uma ação estranha, nojenta, e sem acesso a produtos anti-caspa. E euzinha, como mensageira oficial de tudo o que acontece nesse antro de escola, sou obrigada a voltar meu olhar imaculado para essa figura saída não sei de onde, mas que precisaria de mais do que um banho de loja para conseguir escapar da zona da esquisitice. Talvez um banho normal fosse um bom começo, querido!

Depois de alguns pequenos desentendimentos com James Potter, devo dizer que ele parece o Brad Pitt em pessoa se comparado com Severus Snape, seu concorrente direto. Digo mais, peço desculpas PUBLICAMENTE por ter dito qualquer coisa contra ele. Céus, se eu tivesse uma bola de cristal e soubesse que Lily trocaria esse pão com óculos por AQUILO, nunca teria me metido no meio. Sério, aprendi minha lição.

O fato é que, Lily querida, Lily queridíssima, amada! James ainda morre de amores por você, fofura, volta pra ele! Esse seu lance com o Tim Burton sem dinheiro é só uma fase, docinho, passa logo! Agora, o novo par de braços de James Potter, nham!, esses daqui a pouco vão CANSAR de correr atrás de você, e quando isso acontecer, pode ser tarde demais para tentar dar uma mordida nesse gostosura, viu.

Está avisada.

Xoxo

“Ela atingiu um novo índice de maldade, hein.” Lily estava séria, e eu tentei ficar também, não estivesse tão surpreso por ela ter tomado o meu lado nessa situação. SF me defendendo no blog dela? Que loucura é essa?! “Ai, preciso tomar um ar.” Lil se levantou e saiu, visivelmente magoada. Emme guardou o celular, e acompanhou Lily saindo com o olhar.

“É muita crueldade da minha parte se eu disser que concordo só um tiquinho com SF?” Ela olhou preocupada para mim, e balancei a cabeça.

“Snape está tirando Lily de perto da gente. Se ele lava ou deixa de lavar os cabelos são outros quinhentos, mas pode fazer o que quiser desde que não enrole Lil no meio.”

“Own, amor, é verdade que você ainda arrasta, tipo, uma maria-fumaça por ela?”

“Não seja exagerada, Emmeline.” Sorri amarelo, com uma batalha interna entre me sentir feliz e culpado com esse artigo. Pessoalmente eu gostaria de poder estender uma faixa. “VOLTA PRA MIM, LILY”, mas ela iria ficar furiosa. Mas na verdade, não foi isso que SF fez, afinal? Mentalmente a perdoei por algumas coisinhas. Não tudo, mas algumas.

“Jimmy?” Summer apareceu junto de Sirius, e sorriu para mim que nem um comercial de pasta de dente. “Tudo bem com você?”

“Sirius falou alguma coisa?” Retribui o beijo na bochecha que ela me deu.

“Não, só notei que você parecia abatido, só isso.”

“Tudo bem, desculpa a agressividade.”

“Onde está Lily?”

“Lá fora. SF escreveu um negócio bem maldoso sobre ela.” Observei Sirius abraçar Peter e fazer um cumprimento bizarro de Star Trek que os dois usam sempre. Summer mordeu o lábio pintado.

“Puxa, que mal. Mas jájá ela esquece disso. Só espero que os professores não fiquem com muita raiva, né?”

“Como?”

Narrado por: Remus Lupin

Camiseta do Dia: Run for Your Life! (Homenagem ao Pete)

Ouvindo: The Ting Tings – Greatest DJ

“Me segura que eu vou pular em cima desse ponche, sua fofoqueira!” Balancei a cabeça incrédulo quando Emmeline voltou, e quis balançar aquela cabeça oca pela gola princesa que ela estava usando.

“Não seja exagerado! Eu precisava ser sincera, você sabe que não consigo lidar com falsidade!”

“Você é doida! Emme, agora Lily está chateada. Como vamos cantar parabéns assim? ME EXPLICA, MULHER!”

“Calma, não tá seguindo tudo como planejado? Remmie, você se preocupa demais.”

“E você se preocupa pouco.”

Com James e Sirius incapacitados para a tarefa, adivinha com quem ficou TODA a responsabilidade de organizar uma festa supimpa para Peter? Vamos, pode tentar adivinhar, eu duvido que vá perceber! Ah, não tenho paciência pra te esperar, foi comigo, ok? Comigo! Eu nunca tinha organizado uma festa pra tanta gente sozinho. E então me vi preso num vórtex festivo, onde o chão é feito de lava com purpurina e todas as decisões parecem enormes. Meu orgulho me impediu de pedir ajuda até que três dias atrás eu tive um acesso nervoso no almoço porque Phil me ligou e disse que não ia dar pra fazer serpentina preta e branca, só preta e uma cor chamada “gelo”.

EU NEM SEI QUE COR É ESSA!

Depois de me encontrar na biblioteca batendo com um livro infantil na cabeça, Emme me obrigou a aceitar a ajuda dela, e formamos o C.P.P.F.S.P.P (Comitê para Planejar a Festa Surpresa de Peter Pettigrew), e desde então ela tem sido responsável por cem por cento das decisões acerca de cor.

Acontece que, para Emmeline, organizar festas vem naturalmente. Ela sabe a diferença entre bege, marfim, e ocre. Ela sabe se gelo é ou não uma boa substituta para branco. De alguma forma sobrenatural, ela conseguiu reunir o que sobrava do meu sistema nervoso periférico autônomo simpático e me ajudou a não só buscar uma espécie de paz interior enquanto se planeja um evento social, como também me ajudou a planejar essa festa. É impressionante, mas ela realmente saca dessas coisas de festa. E assim, com alguma ajuda dos pais de Peter, pudemos fazer uma surpresa bacana para ele.

E o que Sirius e James estiveram fazendo esse tempo todo? James passou duas semanas emburrado e convencido de que estava sendo perseguido por Snape, olhando por cima do ombro e recusando comida dos outros. E Sirius não poderia me ajudar com a festa, porque para isso ele precisaria tirar as mãos de Summer, e isso, INFELIZMENTE, não dava pra fazer.

“Você tá tendo pensamentos negativos de novo?” Emme perguntou, e neguei com a cabeça.

“Não.”

“Eu conheço você, Remie.” Emme me passou um copo com água. “E consigo ver quando o seu chacra está instável. Vamos, toma água um pouco e faz aquele exercício que eu te mostrei. Isso, a respiração do pilates.”

Respirei bem fundo, e senti meu diafragma inchando dentro da caixa torácica. Apesar de toda a zoação que venho enfrentando do meu pai – cuja profissão não ajuda nada também – o yoga e o pilates que tenho praticado com Emmeline ajudaram a ultrapassar a minha crise espiritual de estresse e-EU DEVERIA ESTAR LIGANDO PRA ZOE!

“EU DEVERIA ESTAR LIGANDO PRA ZOE!” Joguei o copo de água em cima da mesa e comecei a correr que nem doido até a cozinha para buscar o telefone. Dona Cecily estava lá, e aproveitou para me dar dois docinhos. Emmeline se escondeu comigo no corredor enquanto colocávamos o dito cujo no auto-falante, e quando voltamos, bati palmas para chamar todo mundo. Peter estava conversando com Dorcas num canto, e pisquei pra ela, sem obter resposta. Hm...

“Atenção, todos! Manda ver, pessoal!”

E do auto falante, ouvi um coletivo de vozes com sotaque irlandês, provavelmente a família toda de Zoe, começando a cantar:

“Lá breithe shona dhuit, lá breithe shona dhuit, lá breithe, Peter, lá breithe, Peter! Lá breithe shona dhuit!”

Peter quase deixou o sanduíche cair no chão, e me deu um sorriso largo enquanto eles cantavam em gaélico. Depois, o ruído de bagunça cessou, e cada um mandou um desejo:

“Peter, garoto, aqui é Malone! Tenha uma longa vida, uma boca sempre molhada, e que seu corpo descanse na Irlanda!”

“Peter, aqui é Briana, que seu rosto envelheça, mas sua alegria não esmoreça, meu querido.”

“Pete, Ryan falando. Eu e Maire lhe mandamos os nossos sinceros parabéns. Em irlandês clássico: que você viva o quanto quiser, e nunca queira nada enquanto viver.”

“Peter!”

“Peter!”

“Aqui é Kelly!”

“E Kennedy!”

“Parabéns”

“Para você!”

“Que você viva cem anos, e mais um pra se arrepender!”

“Que seu caixão seja feito do carvalho mais velho da floresta!”

Peter gargalhava, e nunca o tinha visto tão feliz. Era impressionante como a família de Zoe o tratava bem, e senti que era bem provável que nós o perdêssemos para Dublin desse jeito. De repente, um barulho de cadeira arrastando saiu do auto falante, e a voz melodiosa de Zoe falou:

“Olá, mo ghrá, sinto sua falta como a confeitaria precisa de açúcar. Parabéns, te desejo uma eternidade de alegrias, e sinta-se abraçado com todo o carinho do mundo. Cronaím thú, Petey!”

“Cronaím thú, Zoe.” O sorriso de Pete deu uma esmorecida, e ele sorriu agradecido quando ela desligou. “Brigado, Rem.”

Pensando por esse lado, até que o estresse valeu a pena.

Narrado por: Peter Pettigrew

Primeira Impressão: Esse aniversário é um dos melhores

Ouvindo: Parabéns pra você!

“E agora comigo, O PETE É BOM COMPANHEEEEIRO, O PETE É BOM COMPRANHEEEIRO, O PETE É BOM COMPANHEEEEIROOOOOO, NINGUÉM PODE NEGAR!” Sirius regeu todo mundo com as mãos, e ri junto dos outros quando a música acabou.

“Nem tenho como te agradecer, cara, está tudo tão legal!” Me aproximei de Remus, que sorriu mecanicamente para mim. Ele tinha ficado um pouco abatido depois do ataque dele na hora do almoço, e se eu soubesse que os gritos dele de “EU NÃO SEI O QUE É GELO, PHILLIP!” eram sobre uma festa surpresa pra mim, eu teria dito que não precisava. Mas agora que tudo correra certo (ou pelo menos eu acho), ele parecia lentamente estar retrocedendo para o seu eu normal. Espero que a tremedeira passe também.

“Está fabuloso, não?” Emme sorriu toda alegre, e secou uma lágrima dos olhos. “Oh, quando eles começaram a cantar em irlandês, eu juro que fiquei de coração partido! Sua história com a Zoe é tão... Own!”

“Valeu, Emme.” Olhei em volta, e James conversava com Sirius e Summer. Eu mal tinha falado com eles desde as audições, e estávamos bem separados ultimamente. Eu sentia falta dos dois, mas não sabia se a responsabilidade era minha, que falo demais com Zoe pela internet, deles, porque estão se afastando de mim, ou de Summer, que não sai de perto nunca.

“Alguma novidade interessante?” Perguntei. Emme começou a narrar o último artigo da SF, e me senti meio mal em secretamente concordar com ela. Digo, eu sei como é ser hostilizado assim, e minha bussola moral está meio chateada com isso. SÓ que esse Snape é mais do que estranho. Ele me dá medo.

“Emmeline, Emmeline, Emmeline.” James apareceu, praticamente sapateando para contar alguma coisa, mas quando me viu, fingiu estar menos entusiasmado. “Ei, Pete, parabéns, cara.”

“O que foi?”

“Hum, nada não... Melhor não estragar a sua festa com fofoca.”

“Ei, pode estragar, não tem problema.” Dei risada, e do fundo da sala ouvi Remus gritando:

“NÃO PODE ESTRAGAR NÃO!”

“Não se preocupe com ele,” Emme olhou preocupada para Remus, “depois eu converso e acalmo nosso entusiasta por festas planejadas. Diga.”

“SF abriu uma sessão nova no blog,” Ele puxou o celular, e lá no canto, no menu, vi um título que não estava lá antes. “O Real Anuário de Stovington High”. “ela está querendo fazer perfis de todos nós. Inclusive dos professores, olha.”

Quando ele selecionou o título, outra página abriu, parecendo uma ficha criminal cor de rosa. Era uma foto da Professora Bines, de física, como ela está agora... E na adolescência. OK, não que eu pense que todos os professores são santos, longe de mim. Mas ver Bines com mini saia e uma jaqueta de couro fazendo biquinho para a câmera foi... Bizarro.

“Aqui a SF fez uma lista de tudo o que ela já fez, olha.” James mostrou o índice abaixo da foto. “aqui tem todos os caras que ela namorou, as detenções no colégio, e um comentário bem maldoso aqui oó:”

Sandra Bines

Ocupação: Professora de Física

Como alguém, além de dar uma aula chatíssima e inútil, ainda quer ser a adulta responsável quando nem por ela mesma ela consegue ser? Sério, essa mulher está fora de sintonia, não é? Amor, que tal, primeiro: se tocar que você não tem moral nenhuma pra falar de vida com os alunos, segundo: aprende a dar aula! E terceiro, mas não menos importante: Roger Black te deu um pé no ensino médio? QUÊÊÊ?

“Ela tá indo longe demais.” Olhei assustado para a série de insultos contra a professora, e percebi que esse negócio de fofoca já ia começar a ficar sem graça. E não era pra gente.


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