Impasses De Uma Princesa Superprotegida escrita por Relsanli


Capítulo 28
O acender de uma esperança.


Notas iniciais do capítulo

Embora não pareça... Não abandonei. Boa leitura.



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PDV Rosalie

A minha cabeça doía de uma maneira inexplicável, meu nariz ainda parecia inalar aquele cheiro forte de éter, abri meus olhos para poder reconhecer aonde eu estava, mas não aparentava ser nenhum lugar ao qual já estive presente, era um quarto pequeno, tinha apenas uma cama de solteiro velha que era onde eu estava anteriormente deitada, mais parecia uma cela; o chão, paredes e teto eram todos de cimento, tinha apenas uma janela, mas alta o suficiente para que eu não conseguisse alcança-la, a porta era de ferro e não tinha nenhuma fechadura por dentro, onde eu estava afinal? Bati na porta e gritei com a esperança de que alguém me ouvisse, mas o silencio persistiu por longo tempo até que me cansei de gritar, estava ficando com muita sede e não parecia haver nenhum copo com agua ou algo semelhante por perto.

Eu não tinha nenhuma noção de que dia era ou quanto tempo havia se passado desde que cheguei aqui, estava com sede, fome, meu corpo inteiro doía e já havia anoitecido, começava a pensar no que realmente estava acontecendo, porque alguém me sequestraria e me deixaria aqui jogada? O que queriam...Se o czar, os simons estavam na reunião, talvez...não, mas porque um dos dois iriam me sequestrar? Não teria um sentido coerente, mas outra pessoa também não faria sentido, na verdade o meu sequestro não fazia sentido algum.

Resolvi voltar para a cama e ficar ali deitada olhando para o teto, minha cabeça doía tanto que até pensar parecia difícil, a fome e a sede me consumiam, estava suja e me sentia completamente imunda e o lugar era tão nojento, não aguentaria aquilo tudo por muito tempo, se não morresse por alguma doença...de certo que morreria de desgosto. E se ali tivesse ratos? Meu corpo inteiro tremeu só com a ideia, como odeio ratos! O tempo parecia passar de uma forma estranha, não sabia se era rápido ou não, podia ver algumas estrelas da janela o que significava que ao menos já fazia algumas horas ou talvez um dia que estava aqui trancada sem nenhum recurso para sobreviver.

Estava começando a cair no sono, já havia passado muito tempo desde que estava ali olhando para o nada, então decidi tentar dormir, meu corpo ainda doía seja lá o que tinham feito com ele, mas parecia que haviam me arrastado e que me bateram no decorrer do caminho. Coloquei minha cabeça no colchão e antes que fechasse meus olhos alguém bateu de forma brutal na porta.

– Acorda princesa! – Levantei com a esperança de que fosse alguém, algum guarda, que havia vindo a mandato do meu pai me tirar daqui.

– Graças a Deus! Por favor seja rápido, me tire daqui.

– Tira-la? Princesa...Não vim lhe tirar daqui, se depender de mim ficará por muito mais tempo.

PDV Emmett

Eram oito dias, oito dias de procura por ela, oito dias sem ela, dias que minha mente não parava um único segundo, já não conseguia dormir, comer, pensar em nenhuma outra coisa a não ser Rosalie Hale, princesa da Inglaterra. Me sentia um incompetente por ter deixado isso acontecer, ela estava sobre meus cuidados, era minha responsabilidade cuidar da sua segurança, mantê-la segura, era minha maior missão neste reino e eu havia nitidamente falhado. Meu pai jamais deixaria isto acontecer, sentiria vergonha de mim se aqui tivesse, a rainha se culpava por ter pedido que a filha saísse sem nenhum acompanhante, mas era meu este papel e não dela, a culpa era exclusivamente minha.

Hoje era mais uma noite que estava em meu quarto andando de um lado ao outro, pensando em cada detalhe, em tudo que tinha em minhas mão, tentando encontrar algum vestígio que me levassem até ela. O nosso primeiro suspeito foi o filho do czar, lorde Alec, afinal o pano de bolso que encontrei com éter na floresta tinham as iniciais A.V, logo o nome Alec Volturi veio em mente de imediato. Revistamos todo o quarto do jovem lorde, cada caixa, e foi encontrado sim a caixa de panos com o dito cujo escrito A.V faltando em seu interior no meio da grande coleção de tecidos, o pequeno Lorde ate mesmo confessou quando viu o tecido que o mesmo pertencia a ele, porém, não fazia parte do sequestro da princesa. De certo que os Volturis estiveram o tempo inteiro na reunião com o rei e que se forem eles os mandantes...Não creio que o czar seria tão descuidado ao ponto de deixar uma pista como esta para trás, algo que ficasse obvio.

Decidimos deixar os russos um pouco de lado das suspeitas, mas sem descarta-los obviamente, meus principais suspeitos eram os franceses; os King nunca me enganaram com sua pose de bons moços, com suas etiquetas e toques delicados, nunca irei baixar guarda perante aqueles mauricinhos de nariz empinados e carruagens de ouro, eles sim, seriam capazes de sequestrar a princesa e tentar culpar os russos, afinal...Os russos sendo condenados de sequestro perderiam toda a possibilidade de casamento e acordo com a Inglaterra e assim, os franceses continuariam com seu futuro real garantido.

Eu tinha a plena certeza que haviam sido eles, mas não podia acusa-los sem provas, apenas com a minha intuição, que, se tratando dos King é extremamente suspeita, se eu fosse culpar alguém pelo o caos mundial eu culparia os franceses. Coloquei meus braços em cima da sacada e olhei em volta procurando uma resposta, orei baixo pedindo a Deus que me enviasse um sinal, que me desse alguma pista, prometi a mim mesmo que se Ele me dissesse algo que pudesse me levar ate a princesa eu confessaria os meus pecados ao padre, assim como minha mãe sempre pediu e eu nunca obedeci, prometi que seria mais devoto a Deus assim como meus pais eram, faria qualquer coisa para encontra-la. Foi pensando em minhas promessas que vi um guarda qualquer do castelo entrar pelo o portão sem precisar assinar o caderno real que controlava a entrada e saída de pessoas no reino, e isso me acendeu algo, acendeu que havíamos revirado aquela lista mil vezes e que cada nome nela já havia sido revistado pelos os homens do conde Jasper, que o duque Edward já havia fechado todo cais e que ninguém mais entrava ou saia da Inglaterra, a cidade estava fechada e todos os guardas estavam indo de casa em casa a procura de alguma pista e até hoje nada.

Então me veio a mente em algo que não havia pensado antes, se não tinha nome na lista, se não o encontramos nem entrando nem saindo do reino, talvez seja porque ele sempre esteve aqui, não esta no caderno porque não precisou assina-lo, e não precisou porque já era de dentro, conseguiu fugir pela a vasta floresta que se encontra no reino porque a conhecia muito bem. Estamos procurando errado, estamos procurando para fora dos nossos muros quando na verdade nosso sequestrador estar dentro, ele é de casa, conhece nossos passos por isso nunca é pego, ele sabe para onde estamos indo e assim sabe onde se esconder. Quando cheguei a essa conclusão agradeci imensamente a Deus por ter ouvido minhas preces, de alguma forma eu não esperava que Ele me responderia tão rápido, minha mãe talvez estivesse certa e Deus realmente escuta as orações de alguém desesperado, o que era obviamente o meu caso.

Já era tarde da noite eu tinha o devido conhecimento disso, fiquei mais um tempo naquela posição pensando em um plano que nos levasse até a princesa e embora tarde, assim que cheguei em uma boa estratégia vesti o meu uniforme e fui de encontro ao rei. Desci as imensas escadas e imaginei que ele estaria em seu escritório já que era um dos únicos lugares que se encontrava iluminado, me aproximei e bati na porta, não obtive respostas, mas bati novamente.

– Quem é? – ouvi a voz do rei baixa e distante.

– Majestade, sou eu, McCarty.

– Entre McCarty, a porta esta aberta.

Entrei como me foi liberado, pude ver o rei de costas olhando para o quadro em que estava pintado a óleo todo o reino inglês, como uma espécie de um mapa artístico. O copo de whisky encontrava-se cheio e a garrafa quase vazia.

– Sente-se McCarty e me acompanhe em um drink.

Sentei-me na cadeira vazia e o rei virou em minha direção, sua feição era abatida, seus cabelos estavam bagunçados e a julgar pelo o seu rosto não dormia há dias, seus olhos estavam vermelhos como quem estava a chorar, e nesse momento eu vi, não o rei da Inglaterra que havia tido a princesa, a futura rainha sequestrada, mas vi um pai que estava desesperado pelo a sua única filha, um pai que se encontrava sem esperanças e sem forças se mostrando completamente humano. Encheu um copo de whisky e me entregou e sentou-se logo em seguida.

– Presumo que não tenha vindo até a mim apenas tomar um drink, estou certo McCarty?

– Sim vossa majestade.

– Espero que sejam boas noticias meu jovem, se não for... peço-lhes carecida mente que espere até amanhã.

– Acho que tenho uma possível pista que possa nos levar ao responsável pelo o sequestro de vossa filha. – O rei olhou para mim e dessa vez pude ver um brilho diferente em seus olhos, uma vasta esperança.

– Então, por favor, McCarty conte-me.

E assim passou o resto da noite, expus ao rei toda a minha suspeita e ele concordou de imediato com a possibilidade, contei o plano que tinha e o rei com grande sabedoria soube melhorá-lo e em duas horas tínhamos um brilhante plano e uma ótima estratégia para colocar em prática logo ao amanhecer.


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Notas finais do capítulo

Ultimo capitulo do ano, ultimo capitulo do primeiro livro. Sim, teremos mais...aguardem! Nossa historia ainda esta apenas começando...
Beijos Gelados.



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