New Feelings. escrita por Soquinho


Capítulo 30
30 - Estudante novel e peça Teatral.


Notas iniciais do capítulo

Hey liebes, estou aqui com um novel capítulo pra vocês .
Enjoy!
P.S: Reviews?



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A verdade facilita, mas a dor prevalece.

Retorno às aulas nem sempre é bom, principalmente quando o clima entre os amigos não esteja tão bom. Os rebeldes chegam ao automóvel dirigido pelo motorista especializado de Diego, por enquanto em que o garoto não completava 18 anos. Saem do carro, calados e com caras de enterro, a animação não estava os acompanhando, tudo recomeçaria de novo. Teriam novatos que poderiam ser os novos vilões do Elite Way, reencontrar certas qualidades de gente com quem não se batiam, cito exemplos: Maria, Pilar, Binho, enfim, entre outros. Como sempre, a uma grande movimentação de alunos e logo vários vão se dividindo em grupo, ficando onde se encaixariam melhor. A desanimação também contava com a falta da festa de começo de ano sempre organizado por um dos diretores, a exclusão da comemoração de volta as aulas foi banida pelo motivo em que Pedro chegou à moto parecendo piloto de Kart e Alice resolveu fazer um strip-tease pelo ódio que sentia de seu pai não vir acompanhar a dança clássica que ela iria apresentar juntamente com as outras alunas já conhecidas do colégio rigoroso.

– Último ano que temos para concluir aqui. – Roberta treme a voz.

– Pensei que não tivesse medo.

– Isso foi antes de eu... – Fica indecisa em terminar a frase. – Cê sabe... Eu desenvolver profundo sentimento poderoso por um garoto errado.

Vamos?

– E o jeito. – Animação zero.

As rebeldes adentram naquele colégio, sendo logo alvos dos olhares minuciosos dos novos estudantes que ali se matricularam para ter um ensino mais atrativo, porém misturava-se a atenção com nojo, talvez a inveja rolasse por não serem famosos e dotados como os jovens. Porém, os alunos que já tinham conhecimento da personalidade e temperamento das meninas, as fitavam orgulhosamente e a timidez não deixava de ser nítida. O que eles não sabiam era que a banda tinha tido um epílogo nada legal e que no meio desses adolescentes a tensão reinava. Afastando-se de seus amigos, Diego segue para a cantina, a manhã quente formada pela grande concentração de camadas de massas de ares fervorosas fazia com que a pele frágil do menino expelisse o líquido, ou melhor, o perfume do macho. Tomás estava tão cabisbaixo e pensativo desde a viagem no carro até o momento, de longe se notava que aquela apegação que antes os rebeldes tinham estava cada vez mais espaçosa. Pedro e Alice, o incrível casal super potente que conseguiu superar as barreiras postas pelo destino, resolveram irem namorar as escondidas no porão que antes era o local definitivo dos seis jovens, hoje eles mal frequentariam. Carla se encontrava desolada por trás de uma moita no jardim escultural do colégio, chorava abertamente e seus soluços eram altos e dolorosos. Seria a Becky? O término da banda e a saudade que batia do Tomás? Tudo misturado.

Era muito cedo, a aula iria demorar a ter o início gravado no cronograma de horários de aulas na parede. Vicente, como sempre, chegava atrasado e desta vez a causa era sobre alugar o quarto deixado por Artur, isso ainda ia render muitas presepadas pro rapaz. Fatigada e de mau humor explícito e natural, Roberta repousava o corpo amolecido e delicado no banco, rodeava suas orbitas por cada ponto de referência colegial e nada lhe agradava, nem uma visão lhe prendia atenção. A não ser a dele, Tomás, que mantinha a cabeça baixa e fitara seus cadarços desamarrados no qual ele não demonstrava nenhum interesse em amarrá-las.

Ela sonhava acordada quando focalizava seu olhar naquele monumento, isso mesmo que você leu. Monumento sim. Para esta garota loura, o menino era como uma dádiva e ao mesmo tempo um prejuízo, que pelo sinal lhe custou caro. Eram tantos devaneios que já havia perdido a conta, mas tinha prazer de apreciar essas fantasias organizadas por sua mente inquieta.

– Percebi seus olhares sobre ele. – Uma garota morena, que tinha um estilo semelhante ao de Roberta, acomodou-se ao seu lado notando os olhares medrosos e carinhosos que a mesma lançava sobre ele. Lucy era uma menina específica, detalhada, determinada, observadora, cética, imprevisível, exemplar, misteriosa, atenciosa, boa amiga. Enfim, poderia ser a terceira melhor amiga da loira, obviamente depois da inseparável Alice e da carismática Carla.

– Tá tão na cara assim? – Ri fracamente. Roberta não hesitara em lhe falar a verdade, jogou a massa do bolo diretamente na forma. Pra que mais mentir? Mentiras só servem para esconder as palavras verdadeiras, que ficam ocultadas em um cantinho especial e secreto do coração machucado de alguma pessoa angustiada.

– Na cara, nas mãos, nas pernas, no corpo. Em tudo quanto é lugar! – Brinca a menina, arrancando uma risada mais alegre da rebelde.

– Sendo honesta, não queria e nem deveria amá-lo. Eu traí meu namorado e minha melhor amiga, eles ainda nem sabem que tivemos aquele tipo de contato labial, apenas Alice, minha outra melhor amiga e Pedro, guardião e tecnicamente o líder e sagaz. Tudo por causa de um maldito livro resultou em tudo isso, a aproximação mexeu comigo, eu sofro com isso e pelo jeito, ele também. Não adianta mais fingir e guardar só pra mim é impossível, é inadmissível esse meu amor por ele, tão impetuoso e proibido. Corta-me por dentro inteira, sabe? Por fora a temida, selvagem e astuta Roberta Messi, por interno, uma menina, cujos sentimentos estão abalados. Ela está fraca, inconsciente de seus atos, vasculha em sua mente um jeito louco de tirá-lo de sua vida, de repeli-lo inteiramente e de uma vez por todas, uma garota sensível, reservada, tímida e com medo de amar novamente.

Foi terrível para a morena ouvir aquela declaração ou desabafo da loira, quanto sofrimento meu Deus do céu. Não só ela, como o menino também, sentiam-se mal por serem orgulhosos e não confessarem um ao outro o que sentem verdadeiramente. Qual a cura para a dor? A verdade. Ainda dói um pouco? Passa logo.

– Você deveria era tomar logo uma atitude, mulher! – Exclama a menina franzindo sua testa.

– O que? – Finge-se de desatenta a moça.

– Sem máscaras Roberta, seu coração implora por isso. Mas sua teimosia não permite! Faz o seguinte, abre-se antes que seja tarde demais e a dor agrave-se, porque ele vai cansar ou já cansou de te esperar. Seu ex-namorado e sua amiga vão entender que a vida é assim mesmo, tipo um jogo de quebra-cabeça que a qualquer minuto uma peça desencaixa-se e você precisa encaixá-la de novo com outra peça, ou de modo específico, um labirinto. Onde você dá de cara com o monstro que te faz perder poderes e você tem que reiniciar lá do começo. É a vida e não sou uma versão feminina do Einstein.

– Hé. – Funga a menina que teimava chorar. – Qual seu nome?

– Lucy, Lucy Zimmer. Eu e meu irmão nascemos nos Estados Unidos, New Orleans, mas viemos definitivamente para o Brasil!

Roberta apertou as mãos da menina morena que sorri graciosa e feliz por ter conseguido dar uma repaginada na vida sem graça e afligida da cantora. Com um sorriso mais belo, a loira sai dali pensando se realmente deveria fazer o que Lucy, sua mais nova e diferente amiga disse.

–x-

Literatura faz parte do cotidiano de muitos alunos do ensino médio. Os professores adoram aplicar livros novos lançados recentemente por autores novos e brilhantes, encanta facilmente muitas pessoas. Era hoje o dia da temível surpresa de Roberta, o livro que contrabalançou o mundo confuso desta garota voltaria à tona para amolá-la ou livrá-la deste tormento.

– Bom dia alunos. – Diz Vicente com a voz embargada os fazendo relembrar da situação grave em que Becky está.

– Fica assim não Vicente, a Becky sai dessa. – Conforta Tomás, que lhe dá uma piscadela.

– Minha irmã apresentou quadro de melhora? – A dançarina desencosta a cabeça da parede, alguns fios de cabelos pretos e bem cuidados da moça continuam colados no grande concreto branco.

Funga e enxuga o rosto com marcas de lágrimas.

– Os médicos estão fazendo tudo o que está ao alcance deles Carlinha, mas tenho certeza que ela sai dessa.

A menina assenta e cautelosamente abaixa a cabeça chorando silenciosamente. Alice passa suas mãos finas sobre o braço moreno da bailarina com a intenção de acariciá-la e dá-la o conforto que necessita indecorosamente.

– O livro, agora! – Ele joga essa bomba no colo de certos estudantes que ali nem se esforçaram para concluir o afazer comandado pelo mestre. Seu sorriso sacana radia em seu rosto, porém ele tem a ideia de que alguns naquela maiúscula sala tinham concluído o pedido do professor.

Os únicos a terem feito eram Pilar e Binho que para a nada surpresa de todos que conheciam e aprovavam o romance dos jovens, estavam namorando, Márcia e Téo e a liga da justiça – ou não – os Rebeldes.

– Professor! – A ex-vilã clama pelo professor esticando seu braço para cima recebendo o foco de todos os presentes na classe, principalmente dos novatos que analisavam a personalidade e o físico perfeito e jovial da menina. – Eu e o Binho fizemos.

– Nos apresente, por favor. – O homem faz uma reverência que causa risadas neles, os veteranos já tinha o conhecimento daquele caráter excêntrico e bem humorado do educador, já para os iniciantes, aquilo era um prazer inesperado para eles que nunca tiveram um professor entrosado e alegre.

É. O trabalho de Binho e Pilar impressionaram a todos. Captaram bem o romance desafiador, interdito e quente, pensaram que o cérebro maléfico de ambos havia sido extraído pelo nariz e conservado em um lugar gélido, sendo substituídos por carne moída, eles estavam tão apaixonados e entretidos com o trabalho amoroso que não deram importância aos comentários maldosos e degradantes.

– Nós também! – Diego e Carla falaram em sincronia.

O sorriso se estendeu pelo rosto que aparenta ser angelical do homem.

E assim seguiu-se até chegar à vez dos dois marrentos. Como a conversa sobre eles era somente alfinetadas, iria ser difícil exibir aos outros o trabalho em paz.

– Vamos interpretar o casal protagonista professor. – Roberta explodiu com tal pronunciação.

– Não, não tem precisão! – Bradou segurando o seu texto e o mexendo no ar quase amassando a folha do movimento brusco que fazia ao rebolá-lo no oxigênio.

– Ora! Sem objeções Roberta, dê contínua a obra produzida por vocês Tomás! – O homem estava empolgado com a ideia de representar os personagens de ambos.

– Não podemos fugir juntos, Túlio, meu pai é contra! Existe o preconceito de nossas diferenças de idade, o meu ex-namorado ainda acha que tem posse sobre mim, nossa amizade está abalada, todos fazem uma odisseia por causa disto! É defeso! – Interpreta Roberta, uma moça de 15 anos apaixonada por seu melhor amigo de 25 anos, Camila.

– Camila, ouça-me. – O rapaz segura a mão da menina, entrelaçando seus dedos. Esta sintonia causa euforia dentro do “eu” da jovem loura. – Já vencemos os monstros criados pelo nosso medo, a idade não importa, são números, seu namorado irá aprender com o tempo que sua felicidade está em suas escolhas, você precisa de mim e eu de você. Seu olhar me pede socorro e eu quero te ajudar, permita-me te fazer a mulher mais satisfeita do mundo, correremos atrás de nossos objetivos sem interferir na vida social um do outro, o proibido é sempre o melhor. Vamos juntos quebrar esta regra de idades, vamos juntos vencer o ódio sentido pelo meu amigo e minha ex-namorada, somos mais fortes que isso! – Eles já estavam próximos, exatamente a um centímetro de distância.

Diego e Carla se incomodavam um bocado com o tema e a perfeita junção que eles tinham, estabilizado.

– Tudo pelo nosso amor?

– Tudo pelo nosso amor. – Afirma.

Toda a sala bate palmas. Os bagunceiros assoviam e gritam, transformando a classe em um alvoroço incontrolável, alguns batem na mesa de suas carteiras como também motivo de orgulho e desordem. O trabalho estava soberbo, quanta imaginação na criação das falas. Isto mesmo! O texto no qual recitaram não fora escrito no livro e sim em uma folha de papel pautado, no qual a cada parágrafo continha os dizeres de seus personagens.

– Hey, hey, hey! Chega de baderna, hora de brincadeira não é agora! – Controla o educador aquela pândega ruidosa. – E Tomás e Roberta. Já se passou pela cabeça de vocês os papéis de atores?

Ambos ruborizam-se.

– Eita! Tive uma ideia! Que tal um teatro? Preciso agora mesmo consultar o doutor Jonas. – Mas Vicente é parado pela baixinha loura e namorada do nerd mais cobiçado do Elite Way.

– Professor, e as apresentações dos novos alunos? – Ri reservadamente a menina.

– Au! – Geme o professor que se corrige diante a aqueles observadores natos.

– Primeiro, os gêmeos. – Ou seja, Lucy e Miguel Zimmer.

É. O empurrãozinho da principiante e esta encenação teatral montada na sala de aula iria dar compensação?


Continua...



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