New Feelings. escrita por Soquinho
Notas iniciais do capítulo
Poxa. Acho que vou excluir a fanfic, não to vendo reviews. E caso, se eu estiver com leitoras ou leitores fantasmas, por favor, se identifiquem, eu não mordo, não sou o bicho papão. E isso não é chantagem emocional!
Quero mesmo evoluir neste campo. Bye, küsse.
E se tiver erros ortográficos, avisem-me em um estalo.
Vexado e convulso estava Tomás que tentava de todas as maneiras possíveis encontrar um jeito para tirar Roberta de sua cabeça. O rapaz já havia mandado um torpedo para seu amigo Pedro, a fim de ter uma conversa com o garoto para esfriar a mente. Só que o jovem estava tendo uma conversa séria com a mãe e não pôde ir à companhia do jovem. Lendo a mensagem, Tomás se irrita e joga seu celular longe e bufa. Leila lá embaixo, lendo pacientemente uma revista sobre natureza, ouve passos fundos de cima, era seu filho pisando fundamente no piso do quarto.
Leila sobe as escadas e abre a porta do quarto do garoto, ela o vê agindo esquisitamente.
- O que foi filho? – Pergunta a mãe que se senta sobre a cama desforrada do garoto.
- Roberta mãe, a Roberta! – Ele exclama esgotado, é barra para ele estar pensando na amiga, ao invés de pensar em outras coisas.
- É. Ela está mexendo com você?
- O que mãe, o que? Eu não ouvi direito! É claro que não, só acho que...
- Meu filho, você pode enganar a todo mundo e até o seu coração, mas a mim não. – É. Leila era a mãe desse menino e toda mãe saca quando o filho está sofrendo, estranho, isolado, diferente, enfim mãe é mãe!
- Mãe, a senhora pode estar certa em vários pontos, mas não exagere, por favor!
- Ah, tá duvidando do meu instinto feminino? – Leila pergunta fingindo-se de indignada.
- Instinto feminino? – Debocha. – Hahahahahaha, é dona Leila, vejo que a senhora gosta muito de contar piadas! Talvez eu tenha herdado isso de você.
- Não mude de assunto Tomás, eu me preocupo com você.
Tomás ri com uma mistura de sadismo e sarcasmo.
- Não dona Leila, ninguém se preocupa com o idiota aqui.
- Tá se fazendo de vítima?
- Não, claro que não. – O rapaz se emburrica e joga-se em sua cama, coçando a cabeça.
- Vocês são jovens, tem muito que viver! É normal se você se apaixonar pela Roberta.
- Vira essa boca pra lá, jamais que eu vou gostar daquela esquisita. – Leila não consegue conter a risada.
- Quanta consideração! - Diz sarcástica.
- Sarcasmo é bem seu ponto forte né?
- Ah, não distorce as coisas Tomás e vamos voltar ao assunto Roberta!
- Mas mãe, não tem nada para falar sobre ela. – Ele insiste em fazer sua mãe acreditar que ele não sente nada pela rebelde.
- Anta eu não sou Tomás.
- Mas quando gruda em um assunto, não quer mais largar! – Resmunga o menino, sua mãe ouve.
- Eu ouvi ok?
- E era pra ouvir mesmo. – Lhe provoca.
- Eu to te dando chances para se abrir comigo, sou sua mãe.
- Só que não é minha comandante que fica me ordenando a contar toda a minha vida para você.
- Como você é impossível Tomás!
- Não diga mãe. – Ironiza o rapaz.
- Ironia, você ama ser irônico não é?
- Que nada mãe, só gosto de zoar os outros! – Leila não se agrada do que ouve.
- Ah, cê tá me zoando?
- Até que enfim ela abriu os olhos. – Tomás louva a Deus.
- Não sou lenta Tomás, para de se esquivar!
- Mãe. – Pega em suas mãos e encara a mãe profundamente. – Desça e vá lê suas revistas sobre natureza!
- Hum, já entendi o que quer.
- É só uma forma educada de lhe expulsar! – Sorri com cinismo.
- Tudo bem Tomás. – Ela desiste de arrancar do filho, as informações para lhe aconselhar. – Se não quer ouvir conselho de mãe, não irá ouvir de mais ninguém. Vou descer e me jogar em meu mundinho, faça o mesmo, quem sabe assim não descubra a cura da negação.
- Cura da negação? – Dois pontos de interrogação surgem em cima da cabeça do garoto.
- Pois é! Você nega tudo e não admite nem pra si mesmo! Vive querendo enganar seu coração, por isso você é todo desmantelado.
A mulher deixa o filho pensativo e retira-se do local alegre com o jeito em que deixara Tomás, ele só precisava refletir sobre seus sentimentos. A única oportunidade que ele tinha para falar de sentimentalismo tinha voado, agora teria que conversar com ele mesmo, poderia parecer louco, mas não. É um tipo de tratamento para seu coração se curar da “negação” e abrir os olhos para a verdade.
Durante o tratamento estranho do Tomás, Roberta dedilhava em seu violão.
- Beta, Beta, Beta, Roberta! – Chega Alice, toda escandalosa e se abanando com suas mãos com unhas bem pintadas de azul prateado. A loira expressava desespero, Roberta já imaginava o que era: Esmalte quebrado, pontas duplas no cabelo, cintos embaralhados, roupas ultrapassadas, sapatos fora de moda, maquiagem em decadência, unha quebrada, cremes para pele jogados no lixeiro – função da Roberta de fazer isso – entre tantos outros. Coisas de patricinhas.
- O que foi agora cinderela? Por que tá atrapalhando meu momento de paz? O esmalte quebrou, a acetona acabou, descobriu o quanto seus cremes fedem, cabelos com pontas duplas, espinhas?
A loira poderia ficar citando ali tudo o que causava desespero nas patricinhas.
- Não acho meu brinco de diamante rosa, você pegou?
- Aff, é óbvio que não Alice! Pra falar a verdade, eu nunca soube desse par de brincos aí. Pergunta a Dani, ela que limpa nossos quartos! – A garota como sempre, age com indiferença.
- Você tem razão. – Alice já ia saindo do quarto da amiga quando percebe que Roberta não estava muito bem, um misto de tristeza e angustia era visível em seu rosto.
- Tá bem? – Preocupa-se a patricinha.
- Alice, vai procurar seu brinco. Estou ocupada! – A roqueira logo se invoca.
- Nossa! Que delicadeza. – Diz sarcástica e magoada.
- Foi mal tá, mas ontem rolou outro clima e isso já está me assustando e criando um ninho na minha cabeça, tudo está se enrolando em apenas um nó.
Reclama a menina, pondo a mão na cabeça fazendo gesto de loucura.
- Ih, o negócio tá ficando sério. – Belo conselho de amiga não?
- Obrigado, ajudou a melhorar meu humor e minha cabeça!
- Desculpa, não tinha nada melhor para arrumar. – A menina sorri tímida e envergonhada.
- O que eu faço Alice?
- Você me fazendo essa pergunta? Rapaz, eu achava que esse dia nunca chegaria.
- Deixa de debochar da minha situação sua patricinha desqualificada, e se fosse você no meu lugar?!
Alice se benze umas dez vezes para a praga não pegar.
- Bem, eu já vou! Tenho que ir procurar meu brinco! – Ela começa a dramatizar novamente.
- Argh! Para de fazer escarcéu por causa de um brinco Alice.
- É porque não é você!
- Bom pra mim.
- Ai Beta, é tão difícil ser eu. – Lá vem a menina dramática denominada de Alice Albuquerque.
- Não é não, você tá com o Pedro, sem brigas, apenas com essa chantagem de Binho que a gente logo consegue fazer o cara se ferrar no final!
- É, mais uma vez você tem razão. – Ela cria uma expressão facial pensativa. – Deve ser difícil ser você.
Roberta irrita-se e lança uma almofada em Alice, elas riem e a patricinha sai do quarto deixando a roqueira lá sozinha de novo. Ignorando seus pensamentos, ela volta a dedilhar o violão.
O sol se põe no poente e as primeiras estrelas começam a surgir no céu, à lua aparece radiante transmitindo conforto e sossego. Roberta desce pisando no piso de cerâmica da escada até poder alcançar a parte térrea da casa. Vendo a casa emudecida, vagarosamente caminha até a porta e sai da casa. Feliz pelo seu plano ter dado certo, seus pés começam a vagar livremente pela rua do bairro nobre. Acaba chegando a uma rua desconhecida, mas que era animada.
Tomás também se encontrava ali, havia saído de casa para entreter a cabeça, quem sabe não via um bom filme em cartaz? Ou esbarrasse em algum amigo. Bom, ficaremos com a última opção. Enquanto caminhava desligada do mundo, Roberta tromba com uma pessoa mais alta que ela.
- Sofre de cegueira, meu filho? – Ironiza.
- Bem que eu queria.
- Tomás? – Ela fica surpresa.
- Não, é o papai Noel!
- Ah é? Papai Noel, sabe o que eu quero de presente de natal? Que o senhor capture um dos meus amigos e o leve para a convenção dos loucos!
- Ótimo humor o seu hoje.
- Obrigado! Tomo isso como elogio.
- Aff, deixa de ser irônica!
- Os incomodados que se mudem.
- Não, nem rola papo com você hoje! Está impossível te aguentar.
- Eu não sou caixa pra você me aguentar.
- Mas pesa na consciência!
- Cala essa boca coisa ruim! – Incrível como a garganta da roqueira era forte, porque quando ela engrossa a voz, não tem pra ninguém!
- Vem calar. – Diz em tom desafiador.
- Eu vou mesmo Tomás. – Alerta a jovem.
- E eu quero ver, mostra se tem coragem. – Continua com seu olhar e voz desafiador.
Esperto, ele puxa seu braço e a leva para um local mais reservado, chegando lá, a prensa na parede pichada.
- Cala minha boca agora.
Ela continua estática e gira a cabeça, estreitando o olhar.
- Cala... Vai!
Pede ele de jeito sexy, Roberta começa a entrar em transe.
Continua...
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