Pokemon Mystery Dungeon: Team Pokéheroes escrita por Dratini-chan


Capítulo 5
Capítulo 5: A Infância De Um Mestre


Notas iniciais do capítulo

Pauline e Satoshi tem sentimentos especiais um pelo outro, e por isso, não conseguem dormir. Ambos são transportados para o passado de uma forma misteriosa e encontram um riolu que lhes parece muito familiar...



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Era noite. Os membros da associação de Sunrise Town estavam em suas camas, preparando-se para dormirem e serem atacados por um staraptor emo no dia seguinte. Satoshi não conseguia dormir. “Eu gosto tanto da Pauline, mas não consigo dizer a ela o que sinto. Quando estou perto dela, meu coração bate mais rápido e eu me sinto como se meus órgãos internos estivessem tentando fugir para fora do meu corpo. Na verdade, acho que isso foi por causa da pizza de anchovas que eu comi, mas... Eu só posso estar apaixonado...” ele pensava, deitado em sua cama. O pikachu resolveu ir até a cozinha para tomar água. Ao chegar lá, ele encontrou sua amiga piplup:

- Pauline? O que você está fazendo aqui?
- Eu é que te pergunto! Você não devia estar dormindo?
- Estou sem sono...
- Eu também. Estava pensando em uma coisa e não consigo dormir.

“Será que ele gosta de mim da mesma forma que gosto dele?” Pauline pensou. De repente, ela viu algo se movendo do lado de fora, pela janela da cozinha:

- Satoshi, você viu aquilo? - Pauline perguntou, apontando para a janela.
- O que? - Satoshi olhou para a janela também.

Os dois viram um clarão fortíssimo. Depois, perceberam que tinham sido transportados para um lugar diferente:

- O que aconteceu? Onde nós estamos? - Pauline perguntou, assustada.

A resposta veio em uma voz estranha:

- Vocês ainda estão em Sunrise Town, mas há alguns anos no passado. Para que o presente de vocês seja do jeito que é, vamos precisar da presença de vocês dois por um tempo.
- Quem é você? Onde você está? - perguntou Satoshi, querendo saber quem estava falando com eles.
- Não se preocupem com isso. E vocês não vão ficar aqui por tanto tempo assim. Apenas mantenham a calma.

A voz se calou. Pauline e Satoshi ficaram se entreolhando.

- E agora? - Pauline perguntou para Satoshi.
- Bom, não-sei-quem falou que nossa presença é necessária no passado. Vamos dar uma volta pela cidade e tentar saber o porquê. Mas isso é estranho! Como nós poderíamos estar no passado?
- Meu pai foi explorador quando tinha a minha idade e ele disse que conheceu um pokémon lendário chamado Celebi que tinha a habilidade de viajar no tempo. Acho que algum pokémon com habilidades parecidas transportou a gente para cá.
- É uma coisa difícil de acreditar, mas até que faz sentido. Vamos dar uma olhada na cidade.

Os dois começaram a andar pela cidade. Ela estava muito diferente em relação há anos depois, mas ainda era Sunrise Town. Pauline e Satoshi chegaram à conclusão de que estavam mesmo no passado. Enquanto andavam, um riolu apressado trombou com Satoshi e os dois caíram:

- Me desculpe! Eu estava com pressa e não vi para que direção estava correndo. Você se machucou? - o riolu perguntou para Satoshi, enquanto se levantava.
- Não, eu estou bem. Não se preocupe. - disse Satoshi, com a impressão de que já havia visto aquele riolu antes.

Uma bunneary passou distraidamente do lado do riolu:

- Espere, Lina! Eu quero te dar uma coisa! - ele disse para a bunneary.
- Ahn, Raider? Desculpe, eu não te vi aí! - disse a bunneary.

O riolu entregou uma semente de cura para a bunneary:

- Eu soube que seu pai está doente. Isso vai ajudar.
- Obrigada, Raider! Mas como você conseguiu? Os kecleons disseram que as sementes de cura estavam em falta!
- Eu sei, por isso eu encontrei a semente na Cova da Neblina e trouxe para você.
- Mas os seus pais não gostam que você explore mystery dungeons! Eles dizem que é muito perigoso!
- Mas eu não ia deixar minha melhor amiga na mão! Mas vamos manter isso em segredo. Meus pais não precisam saber que eu estive lá.
- Está bem. Obrigada de novo!

Pauline e Satoshi ficaram apenas olhando, ao reparar que aquele riolu talvez fosse seu mestre. Raider olhou para os dois com um olhar sério e concentrado. Um olhar que todos os times de exploração de Sunrise já conheciam:

- O que foi? - Raider perguntou.
- Aquela bunneary é filha de pokémons que trabalham em uma creche de ovos? - Satoshi perguntou, para confirmar se aquela era a Lina que ele conhecia.
- Sim, por quê?
- E você tem algum sentimento especial por ela? - o pikachu perguntou, para ter certeza de que aquele era o mestre de sua associação.

Pauline se assustou quando Satoshi fez essa pergunta, que para ela parecia muito rude. Raider ficou corado:

- Eu... Eu... Espere aí! Por que você está me fazendo essas perguntas?
- Por nada.
- É porque ele está gostando da Lina! - disse Pauline, tentando disfarçar a grosseria do amigo.
- Eu estou? - perguntou Satoshi, fazendo cara de idiota.
- Claro, você é louco por ela, lembra? Desculpa aí... Raider, certo? Até mais!

Pauline e Satoshi se esconderam em outro ponto da cidade:

- O que você pensa que está fazendo? - Pauline perguntou, perplexa com a atitude de Satoshi.
- Queria confirmar se estamos mesmo no tempo em que nosso mestre tinha mais ou menos a nossa idade!
- Mas tente ser mais discreto! Nós viemos do futuro, lembra? Se fizermos algo de errado, podemos acabar mudando nossa época!
- Está bem! Mas o que vamos fazer agora?
- Já está ficando tarde. Acho melhor procurarmos algum lugar para dormir e ver o que vamos fazer amanhã.

Pauline e Satoshi foram para fora da cidade, em um lugar onde havia uma caverna. Os dois acenderam uma fogueira dentro dela e resolveram passar a noite por lá:

- Satoshi, eu estou com um pouco de medo. Queria saber como viemos parar aqui e para quê. - disse Pauline, preocupada.
- Eu também. Mas o pokémon que nos transportou para cá disse que só precisamos manter a calma. Espero que tudo fique bem...
- Vamos dormir agora. Talvez a gente volte para nosso tempo amanhã.

Os dois dormiram, preocupados com o que eles deveriam fazer na manhã seguinte. Quando o sol nasceu, Pauline e Satoshi acordaram com uma discursão do lado de fora da caverna:

- Você não pode fazer isso, Raider! E se você for atacado?
- Se eu quiser ser um explorador, vou ter que correr esse risco!
- Então, escolha outra profissão! Dizem que os advogados ganham muito!
- Mãe, eu não sou mais um bebê!
- O que está acontecendo aqui? - perguntou Pauline, saindo da caverna, ainda com sono.

Raider estava do lado de fora da caverna discutindo com sua mãe, que era um lucario.

- Existem boatos de que existe um tesouro muito valioso no fundo desta caverna. Eu quero checar isso, mas minha mãe não me deixar explorar mystery dungeons!
- E não vai mesmo! Não quero que você vire jantar de pokémon selvagem.

Satoshi saiu da caverna:

- Com licença, eu não pude deixar de ouvir a discursão. Existe mesmo um tesouro do outro lado da caverna?
- É o que eu estou tentando descobrir. - disse Raider, perdendo a paciência.
- Escutem, vocês não precisam se preocupar. Eu e minha amiga piplup passamos a noite dentro da caverna e isso não é um mystery dungeon. E não tem nenhum pokémon selvagem.
- Então, vou procurar logo esse tesouro. - disse Raider, e foi correndo para dentro da caverna.
- Esta bem. Mas se algo der errado, não adianta reclamar! - a mãe de Raider disse, e foi embora.

Pauline e Satoshi foram atrás de Raider:

- Posso saber por que vocês estão me seguindo? - Raider olhou para traz e perguntou para Pauline e Satoshi.
- A gente quer te ajudar a procurar o tesouro. - Pauline disse, sem pensar muito.
- Mas nem nos conhecemos! Como vou saber se vocês não vão me nocautear e ficar com o tesouro só para vocês? - Raider perguntou, desconfiado.
- Não vamos fazer isso. Apenas queremos saber mais sobre você. - disse Satoshi, esquecendo que deveria ser mais discreto.
- Saber mais sobre mim? Quem são vocês, afinal?

Pauline e Satoshi se entreolharam. Depois, Pauline olhou para Raider.

- Isto é um segredo. Mas você devia confiar em nós! - ela Pauline.

Raider atacou os dois com force palm. Ambos ficaram imobilizados. O riolu aproveitou a situação e saiu correndo.

- Satoshi, o que vamos fazer? Talvez a gente esteja aqui porque a carreira de explorador do nosso mestre esteja em risco!
- Eu não sei! Não podemos nos mexer por enquanto... - Satoshi disse, tentando sair do lugar.

Pouco depois, Pauline e Satoshi ouviram um grito. Era Raider!

- Oh não! Ele deve estar em apuros! - Pauline exclamou, assustada.
- O efeito da paralisia do force palm já devia ter passado.

No que Satoshi disse isso, o efeito passou:

- Alem de lindo, também sou sortudo! - disse Satoshi, convencido.
- Ô, “Brad Pity do pé quente”! Nosso mestre precisa de nós! Vamos logo! - disse Pauline, puxando o pikachu pelo braço.

Os dois chegaram a uma parte da caverna onde havia um buraco.

- TEM ALGUEM AÍ? - Raider gritou, de dentro do buraco.
- NÓS ESTAMOS AQUI! A PIPLUP E O PIKACHU QUE VOCÊ PARALISOU, LEMBRA? - gritou Pauline, tentando deixar o riolu sem graça.
- ME DESCULPEM POR AQUILO! DÁ PARA ME TIRAREM DAQUI? - Raider perguntou.

Pauline e Satoshi chegaram mais perto do buraco. A beirada onde eles estavam desabou, o que os fez cair também.

- É, agora somos três! - disse Raider, olhando a piplup e o pikachu no chão.
- O que vamos fazer? Esperar alguém entrar aqui para salvar a gente? - perguntou Pauline, se levantando dolorosamente.
- Vai ser difícil. Quase ninguém chega perto desta caverna! Mas eu queria saber quem são vocês e o que vocês querem comigo. - disse Raider, ainda desconfiado.

Pauline olhou para Satoshi, que estava se levantando depois da queda.

- Contamos para ele? - Pauline perguntou.
- Era isso que eu queria fazer desde o início! - respondeu Satoshi.
- Contar o que? - perguntou Raider.
- Raider, isso é uma coisa muito difícil de acreditar. - Pauline falava olhando seriamente nos olhos de seu futuro mestre - Eu e meu amigo estávamos bem tranquilos, cuidando de nossas vidas, quando de repente viemos parar aqui. Então ouvimos uma voz estranha nos dizendo que havíamos sido transportados para o passado e que nossa presença é necessária neste tempo.
- Espere aí! Você está me dizendo que vocês dois vieram do futuro? - interrompeu Raider.
- Viemos. Eu sei que isso parece impossível, mas...
- Não precisam dizer mais nada! Agora, confio em vocês! - disse Raider.

Pauline e Satoshi ficaram espantados com a reação do riolu.

- Mas... Você acredita mesmo nisso? - perguntou Satoshi.
- Acredito. Mas não quero dizer como. Agora, temos que encontrar uma forma de sair daqui.

Os três ficaram olhando em volta do buraco. Pauline viu algo parecido com um túnel:

- Vejam aquilo! Será que chegaríamos a algum lugar se entrássemos ali? - ela perguntou, curiosa.
- Estranho... Dizem que existe um dungeon dentro desta caverna, mas vocês passaram a noite aqui e não viram nada de fora do comum. E este túnel parece uma entrada de mystery dungeon. Acho que não custa nada tentar!

Pauline, Satoshi e Raider entraram pelo túnel. Uma pergunta martelava nas mentes de Pauline e Satoshi: por que Raider passou a confiar neles de uma hora para a outra?

 


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