A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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– Era uma vez – Comecei a falar enquanto meus olhos percorriam as letras pouco visíveis do livro, que já era velho – Uma linda garota dos cabelos louros, chamada Maria e um Garoto dos cabelos pretos chamados João. Os dois eram irmãos. Em um lindo dia, os dois se perderam na floresta encantada e ...

O ronco baixo de minha irmã percorreu todo o quarto e assim que observei seus lindos olhos fechados, fechei o livro. Sei que normalmente só se pode ler contos de fadas para as crianças ate os seus seis a sete anos. Afinal, contos de fadas são irracionais. Apenas lá existem os finais felizes.

No mundo real – pelo menos para mim – são poucos os casos em que sua vida é perfeita, e é apenas isso.

Porém, para minha irmã Nessie - Seu nome verdadeiro é Renesmee, só que era grande demais para as pessoas a chamarem, então ficou Nessie e sim, tenho total conhecimento de que Nessie vem demonstro do lago Ness – Contos de fadas existiam sim, bastava apenas acreditar para virar realidade. Que nós, seres humanos, estávamos ocupados demais vivendo no mundo real que acabávamos esquecendo que existia um mundo mágico lá fora. Que muitas vezes, nunca encontraríamos nosso final feliz, por nunca acreditar nele.

Pousei o livro no pequeno balcão que estava o lado da cama e levei meus lábios ate a testa de Nessie. Depois que minha mãe morreu, só sobrou meu pai Charlie para cuidar de mim e de minha irmã. Tudo bem que quem cuidava de alguma coisa ali era eu, só que ele trabalhava na roça e vendia os grãos de café, enquanto eu cuidava de minha irmã e da casa. E é claro, sempre tirei notas boas na escola. Sei que parece muita coisa, só que com o tempo você se acostuma

Tirei meus lábios da pele de minha irmã e olhei para seu pequeno rosto. Seu lindo cabelo castanhos era cacheado e comprido, seus lábios eram de um vermelho incrível e volumoso, seus lindos olhos que agora estavam fechados, eu sabia que era puxado de um verde muito claro. Ela era um pouco alta para a idade dela. Bem, não é a toa que com oito anos você possa se parecer com uma garota de onze. O sol batia em sua pele tão clara. Aquilo me fez levantar de meu lugar e fechar a cortina, deixando o quarto totalmente escuro.

Sai do quarto e fechei a porta lentamente. Em seguida, fui em direçao da cozinha e ao chegar lá, dei de cara com meu pai sentado na mesa, enquanto vários papeis encontravam-se espalhados ao redor da mesma.

– O que é isso? – Perguntei, enquanto encontrava os olhos escuros e confusos de meu pai.

– Contas para pagar – Respondeu, enquanto passava a mão em seu rosto – Não sei como vou pagar tudo isso. Eu teria que trabalhar por cinco meses dobrados!

Calada, me sentei ao seu lado na mesa e peguei alguns papeis que estavam ao meu alcance. Ele tinha razão, os números impressos no papel eram realmente de um valor muito, muito alto. Nós éramos de uma família pobre e a única coisa que tínhamos era a fazenda e a casa. Ambas as unicas coisas que minha mãe tinha deixado antes de falecer.

– E agora? – Perguntei, nervosa.

– A única coisa que temos é a fazenda.

– Se vendermos a fazenda, vamos morar aonde?

– A gente não vai morar, esse é o problema. – Essas foram suas ultimas palavras, antes de sair da mesa e pegar seu machado, saindo para trabalhar.

Furiosa, peguei os vários papeis e os amassei em um gesto impulsivo e furioso. Ainda pensando irracionalmente, joguei a bola de papel para fora de meu alcance e sai da mesa. Com os nervos a flor da pele, vi que minha jaqueta estava jogada por cima de uma das cadeiras e a vesti o mais rápido que pude. Sem pensar duas vezes, saia de dentro da casa de madeira. Eu precisava pensar.

Mordi meus lábios o mais forte que pude, para que as lagrimas não caíssem.

O forte vento invadiu meu rosto brutalmente, enquanto meus cabelos ruivos escuros já ondulados acompanhavam seu ritmo. Eu sabia que meus fios de cabelos iam ficar uma bagunça, só que não dei bola. Percebi que meus olhos que eram de um verde forte estavam sendo invadidos pelas lagrimas e finalmente as deixei cair. Minha altura de estatura media me ajudou a subir o morro que tinha a minha frente, para que eu pudesse chegar ate a pequena estradinha e ir em direção da cidade. Qualquer lugar eram melhor que ali, aonde tudo era uma droga. Os raios de sol batiam fortemente em meu rosto, e eu sabia que minha pele branca estava vermelha.

Que belo dia para Dark Roses estar com um sol infernal como esse. Sim, eu morava em uma pequena cidade aonde o nome fora dedicado por causa do grande cultivo das flores pretas. Era a única em todos os países que cultivava as rosas pretas. A cidade era linda e super ecológica. E é claro, você podia notar tudo isso, se não morasse no campo.

– Bella! – Alguém gritou ao longe e no mesmo momento reconheci a voz de Jessica, uma garota que morava perto de minha casa – Espere!

Rapidamente, limpei as lagrimas que ainda restavam pela gola da minha jaqueta e olhei para Jessica, que já estava suada quando finalmente chegou perto de mim.

– Onde você esta indo? – Ela perguntou, enquanto balançava seu cabelo cacheado e curto por todo lado.

– Na cidade – Respondi enquanto fungava, forçando um sorriso.

– Sabe o que isso quer dizer, não sabe?

Ah, claro que sei. Toda vez que eu e Jessica íamos a cidade, nós apostávamos uma com a outra as coisas mais malucas que se podia imaginar: Desde cortejar homens a fingir que estava morta no meio da rua. Sei que é loucura, mas é isso que garotas do campo fazem!

– Sei, sim.

– Tudo bem, hoje é sua vez – Sorriu para mim – Já que semana passada, tive que dar meu sutiã para um cara que estava com a namorada ao lado – Ela lembrou e depois riu – Sabe que não pode recusar, não é?

Claro que eu sabia. O jogo de apostas só tinha uma regra: Nada que leve a morte. Qual é, éramos garotas do campo, ninguém ia nos ver na televisão mesmo e muito menos seriamos reconhecidas na rua, uma vez que vivíamos no campo. E se recusássemos alguma aposta, tínhamos que beijar um dos caras do campo.

Sem entusiasmo algum, concordei com a cabeça.

– Você vai ter que ir ate a mansão dos Cullens e terá que roubar uma rosa e me trazer. – Ela falou normalmente, enquanto sorria para mim.

Ah, não Deus.

A mansão dos Cullens era realmente de dar medo. Sem falar naquele monte de rosas pretas que eles cultivavam no pátio de lá. Sim, eu disse rosas pretas. Nem vermelha e muito menos branca, preta. Depois do enorme portão que havia na frente daquela mansão, existia uma pequena estradinha de chão que nos levava ate a porta da mesma. E é nessa estradinha, que se encontrava as rosas pretas.

Diziam que lá um homem morava e cuidava dos negócios de sua família. Pois seus pais morreram em um acidente de carro. Ele devia ter uns dezessete a dezoito anos. Se não me engano, a irmã ou irmão morava com ele. Ate hoje estavam a procura de uma parceira ideal para ele, que pudesse dar um herdeiro para o garoto. Perfeito.

Sem pensar, respondi:

– Vamos nessa.

Afinal, roubar uma rosa idiota não mudaria minha vida. Não é?



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Notas finais do capítulo

O que acharam?! Não esqueçam de comentar, Ok?
Esse capitulo é um pouco pequeno comparado ao que estou acostumado a escrever, isso porque quero criar uma historia interessante e ao mesmo tempo com um período de leitura pequeno para que vocês não enjoem. Por favor, me digam o que acharam.
Posto o próximo ate sexta!