A Casa vermelha e Lilás escuta na W. St. John St. 23. A enorme casa dos Zafre estava silenciosa, Paul havia se trancado em seu quarto, Melody estava tão apaixonada que não tinha vontade de ficar tagalerando. Terence também não fazia bagunça sozinho.

–Será que o garoto está bem Melissa? – Perguntou Ísis sentada em seu sofá com uma xícara de chá nas mãos, acompanhada de Melissa Karkaroff.

–Com certeza, se ele está com Manuela Lueffe ele está bem... – Falou. – Afinal, Manuela é muito cuidadosa.

–Você verificou?

–Sim... Mandaram para mim uma mensagem... Enviada por um Comensal... Ele disse que “Você-Sabe-Quem” quis matar não só Manuela, como Johnny! Mas Manuela é astuta e inteligente...

–Porque o meu lado, foi menos inteligente e especial?

–Você?

–Lembra-se da história que eu contei?

–Qual?

–Do pacto mágico...

–Lembro, mais ou menos... – Melissa mostrava fazer força para se lembrar. – Era de um pacto mágico que fizeram para que a linhagem familiar...

–Sim, se tornasse cada geração, mais forte e ao todo incontrolável... – Respondeu Ísis. – Então, a Kathellen é mais... O importante foi que... Eu...

–Está dizendo que não pegou a força incontrolável?

–Não! Eu não sei por quê... Eu sou a Veela, a mais pura... A sangue puro da família... E...

–Se você é uma Veela e uma Veela de Sangue Puro, não ficaria tão poderosa não é... Olha só, ninguém é uma Veela... Apenas você é uma Veela. Isso já é poderoso o suficiente para a sua linhagem sanguínea...

–Você acha que ele realmente está bem? Sinto-me tão culpada!

–Culpada de que? Você já fez coisas piores... Muito piores...

–O que, por exemplo? – Perguntou Ísis. – Pelo jeito que você fala parece que eu fui a pior pessoa do mundo...

–VOCÊ DEIXOU O MEU FILHO SOZINHO, EM UMA CASA PEGANDO FOGO E AINDA DEIXOU KATHELLEN MORRER... AINDA PERGUNTA “O QUE POR EXEMPLO?”.

O barulho que ecoou de fora da casa fez Ísis dar um pulo do sofá e quebrar a xícara no chão. Por mais que tentasse não se assustar era impossível a voz perturbadora.

–Você ouviu isso Melissa?

–Sim... – Falou ela colocando a xícara na mesa central e se levantando em direção á porta. – Deixe a varinha firme Ísis... – Pediu Melissa quando de repente foi surpreendida pela porta se abrindo e duas pessoas gritando.

–EXPERLLIARMUS!

Desarmando Ísis e Melissa imediatamente.

–Manuela? – Os olhos claros de Ísis se tornaram equivalentemente grandes. O seu medo havia se tornado real. Lá estava Manuela a Auror grosseira. – JULIA? – Berrou Ísis no chão tremendo de medo. –MEL... – Antes de Ísis berrar mais uma vez, Manuela apontou a varinha para a garganta de Ísis.

–Fique quieta...

–Sim... – Falou assustada enquanto Julia se aproximava dela.

–Porque abandonou o meu filho?

–Eu juro que não quis abandona-lo...

–ÍSIS... O QUE ESTÁ ACONTEC... – Antes de continuar á dizer...

–SUMA DAQUI SEU MESTIÇO IMUNDO! – Berrou Ísis para que Paul se afastasse.

–Espere... – Paul parou á pedido de Manuela. – venha aqui...

Julia o pegou pelo pescoço e apontou a varinha dizendo.

–Vou mata-lo ok? – Julia sorriu. Quando Ísis deu um pulo para cima de Paul para proteger ele.

–NÃO FAÇA NADA COM ELE...

Paul a encarou.

–Porque defendeu o garoto? – Perguntou Manuela apontou a varinha para ela.

–Porque não podem mata-lo!

–Você não se importa com ele... – Sorriu Manuela. – Você nem se interessa com o que acontece com o menino...

–SE MATAREM ELE, EU MORRO TAMBÉM!

Paul arregalou os olhos.

–Magia não é? – Perguntou Julia.

–Sim!

–Voto Perpétuo? – Perguntou novamente.

–NÃO! – Respondeu choramingando. – COPAS!

–Copas? – Perguntou Manuela surpresa. – Quem usou contra você?

–Kathellen! – Respondeu

–Kathellen sabia usar a “Copas”? – Perguntou Julia olhando para Manuela.

–Somos Damas de Copas! – Respondeu. – Qualquer uma poderia ter feito...

–Aquela maldita que jogou aquele feitiço em mim, sabia exatamente o que estava fazendo... – Respondeu Ísis. – Ela disse que eu era a única que deveria ficar com o filho dela, pela maldade que eu... E me...

–Que maldade você fez? – Perguntou Julia ainda apontando a varinha para o pescoço de Paul. Melissa deu um sorriso. Pois Julia estava com duas varinhas, enquanto apontava para Paul e Melissa ao mesmo tempo. – RESPONDA ÍSIS OU O MENINO MORRE!

–EU EMPURREI SOPHIE TORKES PARA A MORTE! ENTREGUEI PETER AFLEN PARA COMENSAIS E CONTEI COMO ENTRAR NA CASA DOS BLACK PARA... – Ela respirou fundo. – Para... Para matarem Severo Tiago... Contei onde era o quarto dele e como se entrava na casa... Também contei como entrar na mansão dos Lupin e onde encontrar as crianças... Fui eu quem forçou Pedro Pettigrew á contar onde estava o casal Potter... Eu... EU FUI UMA MAL PESSOA! – Berrou Ísis chorando. – MAS EU PRECISAVA PROTEGER OS MEUS FILHOS...

–Você... – Manuela respirou fundo. – Você matou os MEUS QUATRO FILHOS?

Manuela pulou em cima do pescoço de Ísis e o apertou.

–NÃO! – Berrou Ísis tentando escapar das mãos de Manuela. – Não os quatro... OS QUATRO NÃO! Apenas dois! REMO DEVOROU OS DOIS PRIMEIROS! DAQUELA VEZ EU TENTEI AJUDAR!

–COMO AJUDAR MATANDO OS OUTROS?

–NÃO! – Berrou Ísis. – Você não entende... Sophie pediu a minha ajuda... E eu a ajudei... Ajudei-a á fugir... Mas ela não soube se ajudar...

–E Peter Aflen?

–Eu tinha que fazer isso... Caso você não saiba... Melody não era a minha filha única... Eu tinha duas gêmeas... Melody e Melany! Quando Régulos pegou Melany achando que ela era da linha familiar do pacto mágico... E a matou... Eu devia vingar a morte da minha primogênita! Eu devia mesmo vingar a morte dela! – Ísis começou á ficar irritada. – Mas não tinha coragem de matar Peter, o meu sobrinho primogênito... Então o entreguei para Fernand Nills...

–Continue... – Pediu Julia com os braços esticados. – Vai rápido, pois meus braços estão me matando...

–Mas... Severo Tiago... Ele era da linhagem familiar, do pacto mágico... Eu devia mata-lo! Contei o que sabia para alguns comensais... Fiz o mesmo com os Lupin e com o casal Potter... Quando soube que Sirius trocou guardar o segredo por Pedro, fui em direção á ele...

–Ah... – Paul respirou fundo. – Matou minha mãe também?

–Não... Kathellen eu não matei... – Falou Ísis. – Eu realmente não a matei... Eu apenas a vi ela ferida aos meus pés... Entregando-me esse filhote de “bruxo imundo”.

Paul se afastou.

–Se eu matar ele, eu morro. Se o matarem, eu morro... Se o ferirem me ferem! EU ME SINTO UMA INCOMPETENTE! TENHO QUE SEGURÁ-LO ATÉ OS 17 ANOS!

–Se você viver até lá... – Falou Manuela. – Porque matou meus filhos?

–Por causa dos meus filhos... Por favor, não me matem...

–Mas se o tempo todo você só esteve preocupada com você mesma...

–ESPERA... ESPERA... – Falou Ísis desesperada. – Eu posso ajudar vocês... Eu me mudo daqui... Eu posso... EU SEI SOBRE A ORDEM...

–Ísis... Você só estava preocupada com você!

–Escuta Manuela... Eu me arrependo... Perdoem-me... Perdoa-me Julia por ter matado Severo... Perdoa por ter matado seus gêmeos Manuela... Perdoem-me por Sophie... Por Peter, pelos Potter...

–O que faremos? – Perguntou Manuela.

–Nós não te perdoamos Ísis... – Falou Julia.

–Mas o que uma mãe desesperada não faz pelos seus filhos?

–Ísis, nós também éramos mães desesperadas! – Disse Manuela.

–Isso... Eu perdi a minha Aurora... Minha doce Aurora Black...

–Não... – Falou Ísis... – Aurora Black? Quem disse que você perdeu? OH CÉUS! POSSO ME REDIMIR!

–O que está dizendo?

–Você foi para um hospital trouxa não foi? – Perguntou Ísis enlouquecida com as próprias palavras.

–Sim... – Falou Julia ainda com os braços esticados.

–ÓTIMO! – Berrou feliz. – O pai da Kathellen trabalhou lá... Ele havia relatado para minha mãe que uma mulher em coma deu a luz á uma menina de cabelos negros e ondulados.

–Está mentindo...

–Foi em novembro não é? Abril... Ela nasceu no dia 11 de Abril de 1982... – Ela se tremia.

–Impossível... – Alegou. – A minha Aurora...

–A sua Aurora foi enviada á um orfanato... Ela mora na França e estuda na Durmstrang... Atende pelo nome de Monroe Depardieu... É de uma família de bruxos mestiço com mestiço... Por favor, não me machuquem...

–Como sabe tudo isso? – Perguntou confusa, quando Melissa elevou a mão.

–Eu leciono, meus filhos estudam lá, e fui encarregada dela... Tem os seus olhos, Julia... – Ela mostrou a foto da garota que carregava consigo. – Tem os cabelos e o sorriso escandaloso de Sirius.

–Ah, minha AURORA! – Berrou Julia.

–Por favor, eu vou mudar... Eu juro que vou mudar...

–Eu também... – Completou Melissa. – Estamos arrependidas...

–Sim, a gente até conta os planos dos Comensais...

–Diga...

–Dois Blacks, uma Torkes, um Potter, uma Pettigrew...

–PETTIGREW? – Berraram as duas.

–Pettigrew? – Perguntou Julia novamente. – O que quer dizer?

–Olha, eu... – Falou Ísis. – Eu não devia abrir minha boca, mas a amiga de vocês, Ashley Corletto teve uma filha com Pettigrew... Eu sei que é nojento... Mas é...

–Além do mais, além do objetivo deles serem os Black, Torkes, Potter, Pettigrew... Eles querem os matar para acabar com o pacto mágico...

–Mas que droga de pacto mágico é esse? – Perguntou Manuela.

–Pacto mágico? – Perguntou Ísis confusa. – Não sabem o que é?

–Nem um pouco... Ninguém se atreveu á me contar... – Falou Manuela.

–Ok, eu conto... – Falou Melissa. – Á muito tempo atrás existia em Hogwarts, um grupo de oito alunos chamado: “Kiera” com alunos que só pensavam em uma coisa... Terem uma linhagem familiar, única e memorável... Os alunos eram: Cartheree, Lueffe, Torkes, Aflen, Lupin, Potter, Black e Pettigrew. Esses oito alunos então fizeram um pacto, não com magia das trevas nem com a magia pura. E sim com a magia da vitória.
Eles fizeram um pacto dizendo que se ficassem vivos até o final do sétimo ano, dariam o seu sangue para a sua geração ser inesquecível e invencível.
Após o sétimo ano, eles novamente fizeram o pacto novamente colocando que quem nascesse após aquilo seria tomado pelas seguintes gerações.
A Primeira Geração, seria a Geração da Sabedoria, da Beleza, dos Inovadores... E o que aconteceu? Surgiu o Mapa dos Marotos e o de Copas. Surgiram vários novos feitiços, poções e eles se tornaram memoráveis.
A Segunda Geração seria a Geração dos poderes ocultos, dons sem igual e inteligência. Deveriam os matar, para que não nascesse a Terceira Geração, mas se isso não foi possível, nascerá a Terceira Geração.

–Como sabe disso? – Perguntou Julia.

–Os Comensais da Morte queriam na verdade matar eles para que não se tornassem mais poderosos que o “Lorde das Trevas”... – Citou Ísis. – Porque força para isso eles tem... Estão pensando em roubar alguma coisa ainda esse ano, irão usar Sirius para atrair Harry Potter, e Johnny irá atrás... Matará dois de uma vez.

–Como podemos confiar em você? – Perguntou Manuela.

–Eu não sei... Mas eu prometo que não irei fazer mal... – Falou Ísis. – Afinal de contas, eu... Eu tenho dois filhos... Um marido... E não quero estragar isso!

–Vamos ter que confiar em você peno menos dessa vez... – Falou Manuela. – “Del vis Corpas Lanitius Beauty Doerce...”. – Ela apontava para Ísis com a varinha.

–“Del vis Corpas Lanitius Grace Doerce...” – Falou Julia também apontando a varinha para Ísis.

Imediatamente em seu pescoço começaram á surgir mais dois corações em seu pescoço ao lado de onde estava o de Kathellen. De imediato ela sentiu a pele queimar e caiu de bruços no chão. Paul assistia á tudo muito fissionado naquele procedimento.
Melissa a encarava também. Estava com medo de fazerem a mesma coisa com ela. E de fato, elas se viraram e apontando a varinha também para Melissa dizendo.

–Del vis Corpas Lanitius Grace Doerce...
–Del vis Corpas Lanitius Beauty Doerce...

E então sentiu a pele queimar e Manuela dizer.

–Agora quero ver vocês nos trair... Estamos de olho em vocês...

–Os dois hein? – Afirmou Julia.

–Não precisava me marcar... – Falou Melissa.

–As marcamos com a “Corpas Lanitius”... – Falava Manuela.

–É um Corpas diferente de que a Kathellen lançou em você Ísis. Pois se você tentar dizer alguma coisa, ou ousar quebrar a sua promessa que irá pro nosso lado... Isso irá queimar tanto que... Sua pele mesmo irá te rejeitar. – Falou Julia.

–Ah... – Suspirou Melissa. – Até quando eu não me quero me meto em encrenca... – Julia apenas sorriu.

Enquanto isso, na Mansão Black, Sirius mostrava o que ele mais temia...

A Nobre e Mais Antiga Casa dos Blacks
Toujours pur.