Os dias passaram desde então. As sensações que John sentia eram tão estranhas, tão diferentes...
Quando o dia da segunda tarefa se antecipava, ele opor tunado por todos, pensava no seu terrível passado, ou nem tão terrível assim.

-MARRUMADA! – Berrou Paul no ouvido de John.

-Se você não parar de gritar em cima de mim, eu vou meter um soco em você! – Falou John mal-humorado.

-Quero saber de onde você tirou esse nome... – Falou ele. – Belo apelido, ela pareceu irada!

-Ora, ora, ora... – Aquele chato “ora, ora, ora.” Só podia ser de Draco Malfoy. – Se não é o pequeno Zafre, que adora viver megas aventuras... Que chamou a tal de Professora nova de “MARRUMADA”.

-Aah, e qual é a sua Malfoy? – Perguntou John. – Você nunca fala comigo mesmo...

-Eu não quero nada, eu só estou esperando um negocio...  – Respondeu Draco.

-Ora, então vai lá esperar o seu negocio! – Retrucou John.

-Já estou esperando! – Falou, quando Pansy apareceu sorrindo estranhamente.

-Olá Zafres! – Cumprimentou.

-Aah, pelos céus! – Falou John saindo de perto daqueles dois imprestáveis.

-Não contou pra ele não Malfoy?

-O que?

-Sobre Julia Lueffe!

John parou estrategicamente para ouvir o que os dois iam dizer.

-O que? Que ela namorou logo com o meu pai? – Falou Draco meio que tentando o impressionar.

-COMUÉ? – Berrou John irritado e ao mesmo tempo indignado.

-HÁHÁHÁ... – Zombou ambos. – DEVIA TER VISTO A SUA CARA!

-há,há,há! – Riu Paul. – Eu vi! – John o encarou com o olhar mortal, nervoso e irritado, Paul engoliu seco. – (...)

-Será que dá para vocês falarem da minha mãe desse jeito? Nem á conheceram!

-E nem você! – Zombou Pansy.

-CALEM A BOCA! – Berrou John, que saiu correndo dali. Nervoso e muitas coisas á mais.

-Mais aonde você vai? Daqui á pouco vai começar a 2ª Tarefa! – Exclamou Paul.

-Pra que? Sei que Diggory irá ganhar, e Potter também... E sei astutamente que você é um covarde!

-Não sou covarde! – Implicou Draco. – Sou um garoto comum! Que teve a grande sorte de ser um dos campeões.

-Trapaceando até eu... – Falou John.

-Não trapaceei! – Retrucou Malfoy partindo para cima de John, quando de repente, Pansy o impediu dizendo.

-Tenha dó desse pobre órfão! – E assim ambos deram a meia volta e não tocaram a palavra á John, que abaixou a cabeça triste e infeliz.

Foi então que teve a brilhante ideia que jamais pensaria em sua vida. Correu até a sala de Dumbledore, lá ele teria a sua brilhante ideia.

Caminhando revoltado, pensando o porquê sua mãe havia feito tal coisa com ele, achou que deveria deixar o assunto quieto de uma vez por todas, mas antes de silenciar o assunto devia por que devia contar isso ao Diretor Dumbledore.

Quando caminhava pelo corredor desanimado, se sentiu empurrado por uma garota dos cabelos negros toda afobada que corria desgovernada pela escola.

-Por que eu sou desse jeito? – Perguntou-se. – Eu não sou feio nem nada...

Ele estava se sentindo um ninguém... Absolutamente nada.

Por que sua mãe veio á morrer? Junto á seu pai e irmão? Porque agora Zafre, Senhorita Karkaroff e Snape queriam tirar seu único amigo verdadeiro? O único que é comprovado que parece o seu primo. Ou algo muito distante.

Dessa vez havia uma coisa com ele, isso era o seu cordão, um cordão bobo que ele levava consigo desde menor. Era tão simples, nunca havia achado esse colar importante, mais, para ele, devia ser importante para a sua família.

Enquanto caminha já na escola quase vazia, decidiu que não ia mais á Segunda Tarefa. E que Cedrico arrumasse uma sorte comum, ou se virasse sem ele. Quando de repente ouviu uma voz feminina acompanhada de uma voz nojenta e fina.

-Acho que eu vou ter de fazer a prova pra você!

-Não... Você não!

-Para de ser chato... Eu vou ter que fazer, agradeça! Com certeza a sua namoradinha está na detenção! Mais isso não é hora de fazer pirraça... Venha comigo, os barcos vão sair daqui á pouco... E se perdemos... – Ela hesitou. – Desculpe!

O coração de John deu um pulo. Trapaça? Estavam falando de trapacear?Que interessante... No mesmo instante que andou para trás, viu a garota de cabelos negros puxando Malfoy pelos pátios da escola que agora estava quase vazio, pois os demais alunos queriam ter um bom lugar para ver a Segunda Tarefa que seria no Lago Negro.

John achou um erro fazer o que estava á fazer. Mais não hesitou em não aceitar e simplesmente foi em frente, ou melhor, atrás deles.

Chegando perto de um corredor, completamente vazio, ergueu a cabeça para ouvir o que ambos diziam. Ele viu a garota pedir licença e puxar uma mecha dos cabelos loiros e engordurados de Draco e colocando em um copo, e logo em seguida fazendo o mesmo com os seus. Assim que o fio dos dois caiu nos copos, espumou-se. Então se tratava de uma poção.

-PORQUE FEZ ISSO? – Reclamou o garoto.

 O liquido do copo de Draco se tornou cinza e prateada enquanto a de Juliet, a “Veela” de cabelos negros, se tornava azul e clara não deixando de se ter uma aparência pesada e esverdeada.

-Cala a boca Draco! Não pode piorar...

-Pode sim... Maryle sumiu!

-Fica quieto! – Em seguida ela ofereceu o copo com alguma coisa dentro. Fora o copo em que ela colocou os próprios fios de cabelo. – Toma!

-Tem certeza?

-Absoluta!

O garoto respirara e encarava a poção enquanto a Veela falava.

-Eca... – Mostrava uma cara de contra gosto. – Bom espero que no futuro você me ajude me dando alguma coisa queridinho...  Quem gosta de você é a Pansy e você usa a Maryle? Coitada da menina...

A garota apertou o nariz e bebeu tudo em um só gole. Após os dois beberem caíram com tudo no chão. O coração de John apertara, pensou rapidamente em ajudá-los mais, porém não teve tempo, ou não queria fazer porque talvez estivesse de espião.

De repente a imagem de ambos mudara. A garota foi ficando magra e branca e pálida... O cabelo mudou de cor de preto para castanho, castanho claro, loiro queimado e finalmente o loiro quase branco. Seus olhos se tornaram cinzas e ela se tornou um pouco mais alta.

Draco por sua vez, viu os dedos se tornarem finos, as unhas cresceram o fazendo dar um grito, em seguida seus cabelos cresceram dando uma cor mais escura cada vez até ficarem negros. Seus olhos cinza se tornaram azuis claros e assim seu peito foi crescendo para frente, vendo que não estava cabendo nas roupas que usava.

Assim como começou, acabou a Veela estranha deu um grito e olhou para Draco gritando.

-EU VIREI DRACA!

-Não seja ridícula! – Ele olhou para a garota.

-Wouh... Eu sou bonita... Draco, se eu fosse você, me pegaria! Pode fazei isso depois que for expulso do Torneio Tribruxo!

-Não enche!

A garota até que tinha razão.

John ficou pensativo. Enquanto via os dois colocarem roupas fáceis de tirar e colocar em baixo da água.

Após ver e ouvir o que muitos curiosos de Hogwarts não saberiam, John se disparou á ir logo para o local da Segunda Tarefa. 

Chegando lá, foi de barco até o meio do lago. Ele foi junto com Draco e Juliet falsos, e fez questão de olhar á todos atentamente.  Principalmente á Draca e Julieto. Ele riu.

Os campões. Um tesouro... Esses Cinco Tesouros se encontram agora no fundo do Lago Negro. Para vencer, cada campeão precisa achar o seu tesouro e voltar á superfície... É muito simples, exceto por uma coisa; Eles só terão uma hora pra fazer isso... Uma hora, depois disso estarão sozinhos... Nenhuma magia irá salvá-los... Podem começar ao som do canhão:

Ao soar do canhão todos pularam seguindo de Juliet, que agora era Draco Malfoy!

Juliet nadava tão suavemente que mal poderia se esquecer de que era Draco. Para ter certeza que ainda era ela própria, subiu á superfície e deu um salto de onde pode dar uma cambalhota e abrir todos os membros de seu corpo e se deparar com uma bela descida da flor de lótus. As garotas da Beauxbatons arregalaram os olhos e Clarie, olhou fixo para o Lago fixamente e disse;

–Juliet?

John viu que todos estavam sendo enganados. E agora ele se glorificava por isso.

-Juliet... Você viu aquilo? – Perguntou uma aluna da Beauxbatons de cabelos loiros, essa era Clarie, a irmã da verdadeira Juliet.

-O que? – Perguntou apreensivo.

-O que, o que? O truque... – Falou apontando para o Lago Negro. – Que você aprendeu no verão passado... – Disse dessa vez Djane, a garota que fizera o traje de John. – O truque da cambalhota de Lótus... Que você voava, e caia rodando como as pétalas das flores de lótus!

-Hurum... Fascinante! – Exclamou apreensivo, nem conseguia imitar Juliet direito.

-FASCINANTE? – Perguntou Djane. – ELE PLÁGIOU O SEU TRUQUE...

-Como ele poderia plagiar o truque de Juliet? – Perguntou John se aproximando das garotas, quando Djane correu e o abraçou.

-OLÁ JOHN! QUE BOM QUE PERGUNTOU!

-O... Que?

-O que, que, o que? – Perguntou Desirée. – Saberer meror que ninguém que essa truca ér sua! Você estarria grritando “PRÁGIO” PRÁGIO!”

-Eu? – Hesitou Draco de tentar falar alguma coisa. – Eu? Lo... Logo eu?

-Sim! – Falou Paul aparecendo também do além. O susto das alunas fora enorme.  – LOGO TÚ! – Apontou Paul.

-O que querem dizer?

-Está estranha maninha! – Falou Clarie colocando à ao em sua testa. – O que foi?

Draco, transformado em Juliet deu um passo para trás, e engoliu seco.

-Eu... Eu...

-A Campeã da escola Beauxbatons, Senhorita Delacour infelizmente foi forçada á se retirar. Então ela não fará mais parte desta tarefa!

Draco parecia suspirar fundo, de alivio, pois agora as alunas da Beauxbatons ajudariam Fleur, e então se esqueceriam daquele pequeno intervalo. O garoto deu um sorriso aliviando, e em seguida colocando a mão sobre um pilar descarregou todo o seu estresse, quando John chegou perto dele dizendo.

-E então Draco, por quanto tempo vai continuar nessa farsa?

-O QUE? – Berrou o garoto empurrando John com tudo pra trás.

-Eu vi... Poção Polissuco! – Falou o garoto baixinho no ouvido de Draco que se tremeu por inteiro.  – Você e a aluna da Beauxbatons... Ela está lá em baixo, enquanto quem devia estar lá, era você!

Draco o encarou com certa duvida.

-O que quer dizer sangue-ruim?

-Eu já disse que não sou sangue-ruim!

-VOCÊ NÃO SABE NADA DA SUA MÃE!

-SE CHAMOU JULIA!

-Juliet! – Exclamou Clarie assombrosa com a irmã. – Você nunca falou isso... Nenhuma coisa desse gênio!

-Eu... – Draco a encarou. – EU...

De repente, um barulho tomou a tensa multidão, alguém havia alcançado a superfície. A multidão já fazia os seus vivas, e Draco que estava encostado no ferro de suporte, ele se virou alegremente batendo palmas, quando viu Juliet e Maryle saindo da água. Porém ao encarar as próprias mãos viu que a cor de Juliet estava se transformando em Draco novamente. O efeito da poção estava passando.

De repente viu se afundando no Lago Negro, Juliet. Maryle foi junto já que não sabia nadar.

Desesperado, Draco, em forma de Juliet se atirou ao Lago. Assim que pulou sua face de Juliet foi mudando. Os olhos voltaram á ficarem cinza e os cabelos fora clareando.

 -JULIET! – berrou Clarie. – AQUELA MENINA SE MANCA EM BANCAR A HEROINA!

Em seguida Cedrico e Cho vieram á superfície. Logo em seguida John vira Maryle, voando por cima da água e sendo agarrada por Fleur.

-Você vir minha irmã? – Perguntara Fleur.

-N... Não... – Dizia a jovem que acabara de ser atirada da água. Quando Juliet na companhia verdadeira de Draco saíram do Lago, Clarie a irmã da garota a puxou pela orelha.

-VOCÊ ESTARR DOIDA? SE VOCÊ MORRRSER O QUE EU IRRIA FARÁ PARRA MAMÃE?

-Auh... Que eu salvei uma amiga!

-Está com frio? – Falava Draco olhando para John e ao mesmo tempo colocando toalhas na garota.

Isso era imperdoável para ele, era trapaça, ele devia contar á Dumbledore. Ele, a Veela estranha, e a garota dos olhos verdes, estavam tramados em coisas feias.

Esperando mais alguns segundos, Vítor Krum saiu da água, e logo depois Harry Potter, com Gabriela e Rony. John observara o quanto que aquele garoto conseguia ser diferente dos demais. Ele realmente atrapalhava a sua vida.

Finalmente quando todos os campeões estavam de pé na frente dos jurados cheios de orgulho por seus campeões, Dumbledore usou o Sonorus e gritou.

-ATENÇÃO! O vencedor é o Senhor Malfoy! – Todos os Sonserianos gritaram impressionados. – Ele usou o “Cabeça de Bolha” e foi o primeiro á voltar com a sua refém, voltando dois minutos antes do tempo marcado. Embora perdendo sua refém antes de deixá-lo á salvo. Ele agora recebe quarenta e oito pontos.

John deu um suspiro cheio de contradições, sabia que não foi Malfoy que havia feito tal prova... Mais deveria contar? Ou ficar em silencio? Talvez não fosse um silencio mal...