Assim que chegaram ao castelo de Hogwarts, e ambos já se dirigiam ao Salão Principal que estava decorado, como sempre para o começo do ano letivo. John se separou de seus amigos-irmãos e foi se encontrar com o pessoal de sua casa, a Casa da Lufa-Lufa. Foi muito bem cumprimentado por cada menina, por cada garota e garoto. Pratos e taças de Ouro refulgiam á luz de centenas e mais centenas de velas que flutuavam no ar como todos os anos. John poderia ouvir a faladeira das outras mesas, já que ambos os alunos falavam sem parar.

 John já estava acostumado com tal tumulto. Além de antes do começo do jantar, era preciso que eles esperassem pela Seleção de alunos do primeiro ano. E John se imaginou ali, lembrando-se de quando era sua vez ali, de como estava nervoso e de como seu coração pulsou escandalosamente.

Professora Minerva McGonagall iria começar a seleção e para isso colocou o banquinho de três pernas diante dos novos, John deu um sorriso, era tão interessante ver uma Seleção, embora nas demais nem teria prestado atenção.

-Olá John... – Dissera Susan Bones á John, que a cumprimentou educadamente, ela estava sentada de seu lado, porém ele não tinha visto tudo bem, era ambos normal.

-Olá Susan... Como vai? – Se havia uma pessoa que John não suportasse estava ali na sua frente. Sim Susan Bones... Nunca gostou de tal menina encrenqueira. Mais ter uma boa educação nunca era demais.

Então de certo começou a Seleção para os alunos do Primeiro Ano.

Há mil anos ou pouco mais,
Eu era recém-feito,
Viviam quatro bruxos de fama,
Cujos nomes todos ainda conhecem:
O valente Gryffindor das charnecas,
O bonito Ravenclaw das ravinas,
O meigo Hufflepuff das planícies,
O astuto Slytherin dos brejais.
Compartiam um desejo, um sonho,
Uma esperança, um plano ousado
De juntos, educarem jovens bruxos,
Assim começou a Escola de Hogwarts.
Cada um desses quatro fundadores
Formou sua própria casa, pois cada
Valorizava virtude vária
Nos jovens que pretendiam formar.
Para Gryffindor os valentes eram
Prezados acima de todo o resto;
Para Ravenclaw os mais inteligentes
Seriam sempre os superiores;
Para Hufflepuff, os aplicados eram
Os merecedores de admissão;
E Slytherin, mais sedento de poder,
Amava aqueles de grande ambição.
Enquanto vivos eles separaram
Do conjunto os seus favoritos
Mas como selecionar os melhores,
Quando um dia tivessem partido?
Foi Gryffindor que encontrou a solução
Tirando-me da própria cabeça
Depois me dotaram de cérebro
Para que por eles eu pudesse escolher!
Coloque-me entre suas orelhas,
Até hoje ainda não me enganei.
Darei uma olhada em sua cabeça
E direi qual a casa do seu coração.

Os aplausos ecoaram pelo Salão Principal quando o Chapéu Seletor terminou a sua cantoria anual. – Engraçado por... – Falava Susan – Não foi essa que ele cantou quando nós fomos selecionados...

-Sim... Pelo que percebemos ele canta uma diferente... Acho que não existem muitos chapéus que cantam ou falam na sala do Dumbledore... Vai que ele fica um ano inteiro sozinho, e... Fazendo músicas... – Respondeu John.

A Professora Minerva agora desenrolava um grande pergaminho, enquanto que em lugares atrás de John podiam ser ouvidos Cedrico e seus amigos conversando sobre Cho Chang. Normal, claro, se fosse outra menina, e não a pobre da Chang.

-Quando eu chamar seu nome ponha o Chapéu e se sente no banquinho. Quando o chapéu anunciar a sua casa, vá se sentar á mesa correspondente.

E assim Minerva dizia sua lista quilométrica assim como fazia todos os anos, devia estar já acostumada de fazer isso á muito tempo, em todos os anos que já se acostumou com tudo aquilo. E era igualzinho ao discurso de todos os anos anteriores.
Assim apenas Eleonora Branstone e Owen Cauldwell foram selecionados para a casa da Lufa-Lufa onde John e os demais os receberam muito bem.

A seleção prosseguiu, garotos e garotas expressando nos rosto variados graus de medos e agonias. E de um em um engoliam seco, assim como John fizera na primeira fez que estava ali. Assim a fila foi diminuindo á medida que a Professora Minerva passava da letra “L”. John também aproveitara para esticar a mão e cumprimentar tais alunos. Pois Laura Madley acabara de se juntar á mesa da Lufa-Lufa...

-Maryle Myrot... – Chamou a Professora McGonagall.

John se deparou com a menina que havia conhecido na Copa Mundial de Quadribol, a garota dizia palavras loucas, sozinha, conversava com o Chapéu á voz alta, e por mais incrível que pareça, ela era mais velha que os demais alunos, com certeza havia sido transferida para Hogwarts, por um motivo muito importante.

A curiosidade tomou á todos da Mesa da Lufa-Lufa e das demais mesas. Assim que ela deu um frito todos ambos a olharam amedrontados, os outros alunos recuaram três passos com medo de que o Chapéu pudesse ter feito algo com ela.

-Podemos a classificar como uma Hatstall? – Perguntou Susan á John.

-Sim! Com certeza, já se passaram sete minutos e ele ainda não decidiu nada.

Logos minutos se passaram, dava para ver que Paul não iria aguentar ficar com fome, e John achava isso muito engraçado, o garoto se debruçando. Realmente engraçado e divertido. Foi então que o Chapéu anunciou sua Casa.

-LUFA-LUFA!

Todos aplaudiram aliviados pela tensão, e assim estavam á um passo para jantarem, assim pensou Paul. Porém assim que a Professora Minerva tocou no Chapéu Seletor, ele gritou rapidamente.

-SONSERINA! SONSERINA! MARYLE MYROT DEVE SER DA SONSERINA!

Todos se calaram, e ninguém sabia se gritava se batia palmas, vaiava ou se remexia, ou apenas entrassem em motim... (Essa foi boa John!) Minerva se tremeu assim como a garota e ninguém entendeu nada, só Paul que sabia que o jantar iria demorar.

-De que Casa ela é?

-SONSERINA!

Todos aplaudiram e se entre olharam; Assim que a garota se sentou a Seleção continuou. Depois que todos foram selecionados, assim todos puderam se deliciar com aquele gostoso banquete...

Depois do jantar veio à sobremesa, onde John estufou a barriga mais uma vez.

-Então! – Exclamou Dumbledore sorrindo para todos. – Agora que já comemos e molhamos também a garganta...

-Hurum, sem duvida! – Falou John engolindo mais um pouco de sorvete.

-Preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns avisos. O Sr. Filch, o zelador, me pediu para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo este ano cresceu, passando a incluir Ioiôs berrantes, Frisbees dentados e Bumerangues de repetição. A lista inteira tem uns quatrocentos e trinta e sete itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la.

-Os ioiôs berrantes foi ideia nossa... – Sorriu John conversando com seu amigo da Lufa-Lufa.

-Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que ainda não chegaram à terceira série.

-Harry Potter foi à Floresta Proibida quando estava na Segunda série... E aí Dumbledore o que o senhor vai fazer? – Reclamou John.

-Tenho ainda o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as casas.

-O QUE?

Todos os alunos entraram em colapso, como assim? Não haveria Quadribol este ano? Justo quando havia bolado novas táticas e novos jogadores...

-Isto se deve a um evento que começará em outubro e irá prosseguir durante todo o ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Tenho o grande prazer de anunciar que este ano em Hogwarts... 

-Isso não é desculpa... – Falava um mais atrás de John.

-Completamente sem ideia... – E John continuara a ficar aborrecido, como Dumbledore poderia ter feito tal coisa? E Dumbledore continuou á dizer.

-Gostaria de apresentar o novo professor de Defesa Contra A Arte das Trevas – Disse Dumbledore – Professor Moody – Como eu ia dizendo.  Teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Torneio Tribruxoem Hogwarts.

A tensão invadira o Salão Principal.

-O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição amistosa, entre as três maiores escolas europeias de bruxaria: Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades, até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.

-E ele tem coragem de fazer uma coisa dessas? – Perguntou Susan

-Claro... – Disse John – Ele era da Grifinória não?

-Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio — continuou Dumbledore —, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal. Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um juiz imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.

-WOUH... – Pode se ouvir Paul berrar do outro lado do salão.

-Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts — disse ele —, os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem maiores, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. Isto — Dumbledore elevou ligeiramente a voz — é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. Portanto peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado dezessete anos. As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!

Depois do jantar, John foi com os alunos de sua casa, para seu dormitório, de onde lá ele decidiu escrever uma carta para uma pessoa em especial.
Pegou uma pena, um pergaminho, e pegou a coruja de Paul, apoiou na escrivaninha e começou á escrever.

“Melody, que pena que não está aqui, você vai perder o melhor de todos os anos.”

 Em geral de cansaço John dormiria. Porém com a noticia do Torneio, ele não se sentiu á vontade... Harry Potter, para ele, iria querer participar... E como sempre conseguiria... Há se tivesse dezessete anos... Talvez pudesse... Talvez...

E assim adormeceu não sonhando com nada.