- Não chores minha amada, que te ver chorando é mais mortal que uma facada no peito. – Disse Leonard – Hemos de encontrar a saída meu amor, lhe prometo.

 - Como fizeste meu pai esta tolice, Leonard? – Jamais hei de perdoá-lo por seu descaso com minha pessoa.

 - Só quero lhe amar nesse momento minha Nina, lhe amar como lhe venho amando todos os dias de minha existência. – Disse Leonard, dando um beijo suave nos lábios de Valentina.

 - Minha casa está um tumulto, meu amor. – Iniciou – Discuto com meu pai a todo o momento e minha madrasta insiste em me puxar os cabelos sempre que toco no assunto. O casamento é em três dias, Leonard. Temos de fugir.  

 - Fugir, meu bem? – Falou Leonard, afagando a cabeça de Nina - fugir para onde? Sabes bem que sou um desafortunado, sem clã. Jamais terei dinheiro para lhe dar a vida que mereces, meu amor. – Em certos momentos penso que seria melhor pra ti, se te casastes com Havier.

Valentina se espantou, levantando o tronco– Tu me amas, Leonard? Me amas verdadeiramente?

 - Meu amor por ti não cabe em comparações, Valentina. Amo-lhe com paixão ardente, que me sufoca quando não hei de estar ao teu lado, sentido teu cheiro doce e tua pele macia.

 - Se me amas como diz, jamais me proponha abandonar-te novamente. – Disse. – Para mim não importa o conforto da lareira nem o pão das manhãs, contanto que meu coração esteja abundante em ardor junto ao teu.

 - Se assim for, siga teu coração. – E deu-lhe outro beijo.

 - Hoje hei de me esclarecer perante meu pai. Contarei-lhe tudo sobre nós e nossa paixão. – Falou Nina. – Ele terá de nos aceitar, Leonard.

 E passaram o resto do dia abraçados na cama improvisada de Leonard, trocando juras de amor e beijos apaixonados.

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 - NÃO HEI DE ME CASAR COM HAVIER, MEU PAI! – Gritou Nina– Meu coração já pertence a outro homem. – Falou perante o senhor, seu pai e a Madrasta.

 - Outro homem? – Iniciou sua madrasta – Lhe disse antes que está rapariga é uma meretriz! Freqüenta o prostíbulo quando não está em casa! Que é a maior parte do tempo. – Disse, seguido por um safanão na face, dado pelo Pai.

 - Quem é este outro homem que lhe acomete desta forma, menina? – ruborizou o pai.

 - É um simples lenhador meu pai. É um homem de honestidade e trabalho. Não tem nome, mas é denominado por Leonard, todos o conhecem.

 - QUERES CASAR-SE COM UM HOMEM QUE NEM NOME CARREGA? – vociferou. – Perdeu a cabeça, Valentina?

 - Tenha piedade, meu pai, eu lhe imploro. – ajoelhou-se – É um bom homem. Me dará o amor que necessito, lhe imploro meu pai, lhe imploro.

 - Deveras me decepcionaste hoje, Valentina. – falou seu pai, desapontado. – Jamais será para mim a filha que um dia já fora. Proíbo-te de se encontrar novamente com esse infeliz, e que fique bem claro! E não vos esquecestes de te fingir pura novamente para Havier quando ele lhe for deflorá-la. Não estrague seu nome e o de sua família.

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