Ours Secret escrita por Princess


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Perda


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey,! Olha eu aqui... Pois é. Essa fic estava me perturbando enquanto eu lavava louça então resolvi postá-la de uma vez ^^ Ela não será longa, acho que só uns dez capítulos.
Espero que gostem dela!



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Era verão.

Uma tarde um tanto quente para aquela região da Inglaterra. Em um belo campo de lilases, debaixo de uma árvore, uma linda garota sentia o vendo bater em seu rosto, levantando os lindos e grossos cabelos ruivos atrás de si. Ela mantinha as mãos firmes em um pequeno objeto.

Havia comprado a caminho daquele lugar, o único onde ela conseguia pensar tranquilamente.

A ruiva levou seus pensamentos há alguns meses atrás, onde tudo havia começado.

Era uma tarde chuvosa e ela estava em uma pequena livraria a algumas quadras de sua casa, se escondendo dos parentes barulhentos que vieram visitar sua família.

A ruiva era conhecida por dedicar-se aos estudos e a leitura com muita devoção. Havia herdado aquela peculiaridade de sua mãe, uma renomada professora de Oxford. Ela gostava de ler em lugares calmos e sua casa era perfeita para tal hábito, menos naquele dia. Ela tentava se concentrar em uma das aventuras do detetive Sherlock Holmes, mas as risadas e conversas vindas da sala não a deixavam se concentrar. Decidida, deixou sorrateiramente a casa pela porta lateral e se direcionou a livraria. A garota estava sempre por ali, procurando por novos livros, então já era conhecida pelos funcionários e pela dona.

Naquela tarde, ela preferiu ficar perto da seção onde ficavam os livros de Direito. Era uma área pouco movimentada, mas as poucas pessoas que passavam por ali eram educadas o suficiente para não atrapalharem sua leitura.

A ruiva estava tão concentrada em sua leitura que não percebeu o belo rapaz que a observava de longe.

Ele a admirava por estar lendo algo tão complexo como aquele livro. Ele mesmo precisou ler três vezes para poder entender completamente. Ao recolocar o exemplar da nova edição de Direito Constitucional, o rapaz se aproximou.

– Interessante, não? – o rapaz perguntou parando em frente à garota ruiva.

Por alguns instantes ela pensou que o rapaz estivesse falando com outra pessoa. Piscou várias vezes até perceber que era com ela. Ficou confusa sobre o que ele quis dizer, até que notou seus olhos azuis fixados no livro em suas mãos.

– Ah, sim! – ela disse sentindo-se um pouco envergonhada. – É fascinante.

– O que acha da divisão do livro? – o rapaz loiro perguntou curioso.

Ao contrario dos outros rapazes que puxavam conversa, aquele parecia realmente interessado na opinião da garota.

– Acho que é o maior atrativo do livro. – a garota respondeu fechando o livro – O modo como o autor consegue se expressar e fazer com que possamos entender perfeitamente...

“Perfeitamente?”, pensou o loiro. Ficou admirado por ela ser capaz de compreender tudo. Estava concentrado no ponto de vista da garota quando sentiu vibrações vindas do bolso do casaco. Não queria interrompe-la, mas estava esperando por uma ligação de seu pai.

– Desculpe, preciso atender. – disse retirando um aparelho celular do bolso do casaco caramelo.

A garota sorriu compreendendo. O observou de costas, conversando ao telefone e se pegou admirando o belo rapaz. Corou ao perceber o que fazia. Não era de seu costume reparar tanto em garotos, principalmente nos que conhecia à tão pouco tempo.

Quando o loiro voltou, tinha as sobrancelhas franzidas e uma expressão preocupada no belo rosto.

– Me desculpe, mas preciso ir. – disse realmente sentindo-se frustrado por deixar a conversa.

– Tudo bem. – a ruiva disse sorrindo gentilmente.

O loiro despediu-se e saiu apresado da livraria.

A garota suspirou. Realmente havia gostado da conversa e não queria que ela acabasse tão cedo, mas o destino... Ah, o destino adorava pregar peças na garota!

A ruiva voltou todas as tardes daquela semana na livraria, na esperança de encontrar o rapaz novamente, mas ele não apareceu. Ela já havia desistido de encontra-lo novamente quando em uma tarde comum onde passeava com o irmão pelo shopping, encontrou o loiro com mais alguns rapazes.

Sentiu-se envergonhada. Não sabia exatamente o motivo, mas era assim que se sentia. Ela tentou se esconder, mas não conseguiu. O rapaz a viu e sorriu caminhando em sua direção.

– Hey... – disse mostrando todos os dentes perfeitos em um sorriso deslumbrante.

– Hey! – respondeu a saudação um pouco afetada pelo sorriso do rapaz loiro.

– Não tive a oportunidade de voltar até a livraria. Andei um pouco ocupado com trabalhos da faculdade... Mas gostaria que conversar novamente. – o rapaz disse tudo de uma vez.

– Claro! – a ruiva respondeu corando levemente.

Seu irmão pigarreou ao seu lado, fazendo sua presença ser notada.

– Este é meu irmão mais novo, Hugo. – a ruiva disse ficando um pouco mais rubra. – Hugo esse é...

– Scorpius. – o loiro disse estendendo sua mão até o ruivo, que a apertou.

– Rose eu estou com um pouco de pressa, então seria maravilhoso se você se despedisse de seu amigo. – o ruivo disse deixando a irmã ainda mais envergonhada.

– Tudo bem. – rapaz disse sorrindo – Só vim cumprimenta-la. Nos vemos por ai Rose. – disse se afastando.

E se viram... Inúmeras vezes.

Era incrível como o destino gostava de brincar com as pessoas.

Rose descobrira que seu mais novo amigo era um Malfoy, herdeiro de um dos maiores rivais do pai de Rose, Ronald Weasley, nos negócios. O Sr. Weasley era um grande empresário dono ou acionista das empresas mais influentes de Londres enquanto o Sr. Malfoy era um advogado competente que estava em constante conflito com o pai de Rose.

Rose e Scorpius não se importavam com aquela rixa, mas tentavam evitar que suas famílias soubessem da aproximação.

Scorpius estava na faculdade de direito há alguns meses, o que o deixava ocupado, mas ele sempre escapava de alguns compromissos para poder se encontrar com Rose. Estava começando a se apaixonar pela garota meiga, inteligente e linda que ela era, mas tinha medo de não ser correspondido.

Em uma das tardes onde o calor era insuportável, a ruiva e o loiro encontravam-se deitados debaixo de uma cerejeira, discutindo sobre um novo livro que a garota lia.

– Mas eu gostei e é isso que importa! – a ruiva disse teimosa como sempre.

– Okay... Eu desisto. – o loiro disse se levantando.

A ruiva abriu um exuberante sorriso e fechou os olhos para apreciar a brisa.

O rapaz ficou a observando. O jeito como seu sorriso deixava pequenas marcas ao redor de sua boca, o modo como seu nariz enrugava-se ao sorrir, a adorável bagunça na qual seu cabelo se encontrava... Sem pensar muito bem no que estava prestes a fazer, o loiro inclinou-se e tocou suavemente os lábios da ruiva com os seus.

A garota abriu os olhos azuis surpresa. Não espera aquela atitude repentina do rapaz, mas não o afastou.

Depois daquela tarde evitaram se ver por alguns dias, mas não conseguiram se manter afastados. A saudade que os perturbava era forte demais.

Tomando coragem, a ruiva enviou uma mensagem para o celular do loiro, pedindo para que se encontrassem em uma cafeteria perto da faculdade do rapaz. Não obteve nenhuma resposta, mas mesmo assim dirigiu-se até o local confiante.

Sentou-se em uma das mesas que ficavam na calçada do estabelecimento e pediu um café. Ajeitou o casaco no corpo e esperou. Já havia se passado cerca de uma hora e ela continuava esperando. A ruiva já estava terminando o segundo café quando suspirou pesadamente, desistindo. Pagou a conta e se levantou. Caminhou a passos lentos pela rua deserta pensando no quão estupida ela fora ao pensar que depois de dias a evitando, ele apareceria ali.

Chegou em casa e foi direto para seu quarto. Tomou um banho quente e deitou em sua cama macia. A ruiva acabou pegando no sono, acordando apenas no dia seguinte. Ao pegar seu celular para conferir as horas, encontrou um pequeno ícone no canto superior da tela. Havia uma nova mensagem. Cheia de expectativas, movimentou os dedos rapidamente, conferindo o conteúdo.

“Me desculpe por não responder antes, mas precisei viajar. Quando voltar conversamos.

S.M.”

Uma fagulha de esperança surgiu no coração da ruiva. Talvez ela pudesse salvar aquilo que tinham, seja lá o que fosse.

Uma semana depois, Rose estava na aula de álgebra quando recebeu uma mensagem de Scorpius.

“ Te espero na livraria.

S.M.”

Como aquela era a última aula, a ruiva pediu para ser dispensada. O professor olhou-a e franziu o rosto.

– Por qual motivo, senhorita? – o homem perguntou coçando a barba.

– Preciso ir até uma livraria buscar uma encomenda e ela fica do outro lado da cidade. Se eu não puder sair agora, quando chegar lá ela já estará fechada e então as chances de o livro ainda estar lá serão mínimas! – a garota disse tudo em um folego só.

Uma característica de quando ela estava realmente ansiosa.

O professor a olhou novamente. Era uma excelente aluna, não podia negar. E também sabia de sua paixão pela leitura, uma característica admirável em uma jovem como ela. Pensou durante alguns minutos e concordou, com a condição de que ela entregaria um trabalho para ele na próxima semana, para compensar a aula perdida.

Enquanto Rose andava apresada pelas ruas úmidas de Londres, só pensava em um certo rapaz loiro de lindos olhos azuis gélidos... Em como ele estaria...

Quando finalmente chegou a porta da livraria e tocou a maçaneta, a ruiva sentiu como se o coração competisse com um cavalo de corrida. Estava tão acelerado que poderia parar a qualquer instante.

Abriu a porta e estremeceu ao ouvir o sinete no alto do portal soar.

Um pouco hesitante, caminhou entre as estantes de livros. Suas mãos tremiam e suavam. A ruiva estava muito nervosa com o encontro. O que o loiro diria? Ainda seriam amigos? Tentou afastar esses pensamentos de sua mente enquanto procurava por Scorpius.

Ela o encontrou sentado no mesmo lugar onde haviam se encontrado pela primeira vez. Ele estava com a mão no queixo, com a expressão pensativa. A ruiva ignorou o medo que se apossou de seu corpo. “O que ele estaria pensando?”

– Oi... – ela disse segurando a mochila com uma das mãos, enquanto acenava com a outra.

Ele a olhou sorrindo e se levantou, a abraçando em seguida.

Rose suspirou ao sentir o cheiro do perfume de Scorpius. Aquela era uma de suas marcas. Um cheiro natural de seu corpo.

– Senti sua falta. – disse ainda a abraçando.

Aquilo foi o suficiente para toda a preocupação que ela sentia sumir de seu corpo e de seus pensamentos, também.

Algumas semanas se passaram.

Rose parecia uma nova pessoa. Ela estava mais alegre e comunicativa, suas notas estavam cada vez mais impecáveis e continuava a ler seus intermináveis livros. Exceto por uma única coisa. O brilho de seus olhos. Alguns dias eles estavam tão radiantes como dois diamantes azuis, enquanto em outros carregava culpa. Sua mãe havia notado aquilo e se preocupava. Estaria ela tendo algum problema?

Hermione perguntara milhares de vezes à filha se ela estava bem, mas era sempre a mesma resposta: “Sim mamãe, não se preocupe.” Mas é claro que ela se preocuparia! Rose era sua única filha, era seu dever como mãe mima-la e sempre protegê-la.

– É tudo paranoia da sua cabeça, Mione. – era o que Ronald dizia a ele sempre que tocava no assunto.

Para seu marido, Rose não apresentava mudança alguma, mas ela sabia. Sabia que havia algo errado com sua princesinha.

Naquela semana o comportamento de Rose estava estranho, diferente. Sempre arranjando uma desculpa para não descer quando era chamada para jantar. Ronald dizia que devia ser alguma amiga da escola passando por problemas. “É claro que ele se recusa a acreditar que talvez seja ela quem está com problemas.”

No sábado à tarde, Rose havia saído com presa. Ela havia dito que iria a biblioteca. É claro que Hermione ligou para confirmar a história, mas não houve nenhuma surpresa ao saber que sua filha não encostava os pés ali há uma semana. Suspirou, cansada, e se sentou na cadeira atrás de sua mesa de trabalho. Pensou durante um bom tempo no que faria, até que decidiu ligar para sua sobrinha Lillían. Talvez ela soubesse o que Rose tinha.

– Escute tia, - a garota disse abaixando o tom de voz – não sei muito, mas Rose estava feliz alguns dias atrás. Só que... Recebi uma ligação dela hoje. Parecia deprimida.

– Obrigada, Lilly. – a mulher de cabelos castanhos disse antes de desligar o celular.

Hermione ficou em seu escritório por mais algumas horas, até que decidiu ligar para a filha. Estava a caminho de seu quarto, para buscar o aparelho celular, quando a viu andar lentamente pelos jardins. Suspirou um pouco mais aliviada e se dirigiu ao gramado de sua casa.

A ruiva não se importou por estar sem blusas de manga - pesar de ser verão, o vento permanecia um pouco gelado – apenas caminhava por ali, despreocupada. Quem a visse pensaria que estava apenas admirando as flores cultivadas no jardim da família. Mas internamente, Rose estava confusa e assustada.

Sabia o que aconteceria se fosse verdade. Suspirou e sentou-se no gramado, debaixo de uma sombra que as árvores altas faziam. Imaginou como contaria a Scorpius o que estava acontecendo... De que maneira ele reagiria? Bem, Ronald faria um escândalo, disso ela estava certa. Mas e seu amado? Teria ele coragem de lhe negar assistência?

Perdida em seus pensamentos, a ruiva não pode notar a mulher que se aproximava dela.

– Rose...? – Hermione disse quando alcançou a filha.

A garota virou o rosto lentamente na direção da mãe. A viu com aquela expressão preocupada e soube que ela já sabia que havia algo de errado. Não podia esconder aquilo de sua mãe, pois ela era a única que sempre a apoiaria independente de suas atitudes. A ruiva fez um sinal, dizendo para a mãe se sentar ao seu lado. Quando Hermione se aconchegou perto da filha, notou que o rosto de sua princesinha estava machado por lágrimas.

– Rose, o que está acontecendo? – a mulher perguntou acariciando os cabelos vermelhos da filha.

– Promete não me julgar? – perguntou olhando para o chão; estava envergonhada demais para encarar sua mãe.

– Eu nunca faria isso com você. – Hermione respondeu de maneira séria.

Observou a filha levantar o rosto e respirar fundo, secando o rosto logo depois.

– Há quatro meses eu conheci um garoto. Ele é mais velho só dois anos e já está na faculdade. No começo nós só conversávamos na livraria, mas logo começamos a nos ver com mais frequência. Eu me apaixonei... – a garota contou, abrindo seu coração e retirando todo o peso que sentia de seu corpo.

– E como isso pode ser ruim? Apaixonar-se é algo que faz parte da natureza humana, querida. – Hermione disse com um sorriso brincando no canto de seu rosto.

– Um Malfoy, mamãe. Ele é um Malfoy... – Rose falou lentamente, enquanto sentia as lágrimas voltarem a escorrer por seu rosto – E... Eu acho que estou grávida.

Hermione arfou. “Malfoy... Grávida...?” Aquelas duas palavras não deixavam sua cabeça. Rose só tinha dezesseis anos, não tinha idade para ter um filho. Quem dirá um que carregaria o sobrenome Malfoy. Ronald a deserdaria quando soubesse que sua filha geraria o herdeiro da família que mais odiava. Não, isso não podia acontecer...

– Me desculpe, mamãe. Eu não queria que acontecesse, mas foi um acidente... Nós não planejamos nada! Nem queríamos ter transado, simplesmente aconteceu. Me desculpe, por favor, me desculpe! – Rose disse escondendo o rosto com as mãos. Seu corpo tremia devido ao vendo frio e ao choro que lhe rasgava a garganta.

A mulher observava o desespero da filha com um forte pesar. Entendia perfeitamente o que havia acontecido, pois se encontrou na mesma situação naquela idade. Não com uma suposta gravidez, não. Havia perdido sua virgindade com dezessete anos, apenas alguns messes a mais que sua filha. Não podia julga-la por isso, muito menos negar-lhe proteção. Puxou Rose para perto e a abraçou forte.

– Vai ficar tudo bem, meu amor... Vai ficar tudo bem...

Ficaria tudo bem mesmo, agora que suas duvidas foram confirmadas? Sentia medo – isso era inevitável – mas sabia que sua mãe a ajudaria e apoiaria. Olhou novamente para o teste de gravidez em suas mãos e deixou uma última lágrima descer por seus olhos. Já havia tomado sua decisão e não voltaria atrás. Levantou-se e voltou para o carro de sua mãe. Com calma, dirigiu para sua casa. Precisa informar sua mãe sobre a decisão que havia tomado.

Assim que estacionou o carro na garagem de sua casa, Rose percebeu que o carro de seu pai estava ali. Aquilo seria um problema. Ele não poderia descobrir assim. Ele não podia descobrir. Guardou o teste dentro do casaco e foi o mais rápido que pode ao quarto de sua mãe. Passou pelos empregados que cuidavam de sua casa, mas não os cumprimentou como sempre fazia; apenas foi o mais rápido que pode ao encontro de sua mãe.

Ao abrir a porta do quarto do casal Weasley, Rose se deparou com o cômodo vazio. Olhou ao redor e não viu nenhum sinal de sua mãe. Receosa, decidiu verificar o escritório. Seus pais dividiam o cômodo , pois era silencioso e poderiam concluir suas tarefas sem distrações. Rose sempre gostou de lá, mas agora aquele era o último lugar aonde gostaria de ir.

Hesitante, abriu a porta lentamente. Soltou o ar com força ao ver apenas sua mãe atrás de uma das mesas. Hermione olhou para a filha, deixando de lado as provas que precisava corrigir. Levantou-se e caminhou de encontro a filha. Pararam uma de frente a outra; Rose olhava para o chão, envergonhada, enquanto Hermione a observava convicta. Já conseguia imaginar pela postura da filha que as noticias não eram as que esperavam.

– Me desculpe mãe... – a ruiva disse segurando o choro.

– Se seu pai descobrir, te obrigará a fazer um aborto... Você quer isso? – Hermione perguntou a filha enquanto acariciava seus cabelos vermelho-fogo.

– Não! – a garota disse se afastando da mãe e colocando os braços ao redor do ventre de maneira protetora – Ele pode ser fruto de um descuido, de uma paixão... Mas ainda é meu filho. E eu não vou deixar ninguém machuca-lo.

– Então sabe que o seu pai e nem o pai dessa criança podem saber que ela existe... Certo? – a mulher disse com a voz fria.

Rose baixou a cabeça e apertou com mais força os braços ao redor de seu corpo. Se Scorpius soubesse que estava grávida faria algo a respeito e a garota podia apostar todas suas fichas que acabaria em um briga na Justiça. De um lado os Malfoy, de outro os Weasley e entre eles seu filho. Um pequeno ser que não tinha culpa por seus pais terem cometido um erro ao se aproximarem. Scorpius não saberia sobre sua gravidez...

– Sim, eu sei disso. – a garota Weasley disse levantando seu rosto para encarar sua mãe.

– Já esperava por essa resposta, então providenciei tudo. Só espero que me perdoe, querida... – Hermione disse com a dor na voz.

– Não, mamãe... Eu é quem espero ser uma mãe tão boa quanto você. – Rose disse olhando para sua mãe com carinho.

A mulher suspirou e se sentou na poltrona mais próxima, indicando à sua filha a poltrona ao lado. Rose sentou-se e apoiou as mãos nos joelhos. Sua mãe possuía a expressão fácil de alguém que comete um terrível crime e se arrepende amargamente.

– Mãe... Quais foram... As providências que tomou? – a ruiva perguntou tentando aliviar a culpa evidente que sua mãe sentia.

– Lembra-se da Senhora Evergrenn? Ela sempre vem tomar chá junto com a sua avó... – Hermione disse referindo-se a amiga de sua mãe.

– Claro... – Rose disse sem entender.

– Pois bem... Ela tem três filhos. O mais novo deles... Bem, ele não gosta muito de garotas e está querendo abandonar os estudos. A mãe dele não aceita isso e quer que ele se case imediatamente.

Rose juntou as peças e encontrou a situação perfeita. Sua mãe havia encontrado alguém que a respeitaria e em troca precisaria apenas fingir.

– Então ele será o pai do meu filho...

– Essa foi a melhor decisão, Rose... Espero que entenda. – Hermione falou preocupada com a frase da filha.

– Eu sei que sim mamãe... Eu sei que sim...



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Notas finais do capítulo

Entãao? Mereço reviews? *~*
O capítulo ficou meio cru, então se houver alguma coisa que não entenderam me avisam para eu melhorar okk?
A história será narrada em terceira pessoa (é mais fácil pra mim) e se passará no nosso lindo ano de 2012 *-*
Realmente espero que gostem! Beeijos ;*