Por Trás De Uma Magia 2 escrita por anne_potter23


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

good leitura



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Os dias passaram muito rápido, e o inverno estava chegando. O clima esfriava cada vez mais, deixando os momentos em frente à lareira no salão comunal cada vez mais agradáveis e os momentos em frente ao lago negro cada vez menos frequentes.

Estávamos em meados de novembro. Nenhuma notícia de Goyle. Nenhum avanço entre Luke e Tiago.

Hogwarts voltara a uma época fria que viveu ano passado. Ninguém estava bem. Ninguém gargalhava em público. Os corredores estavam mais silenciosos, os corações estavam mais vazios. Tudo estava errado. Ninguém sabia o que esperar. Todos simplesmente... Esperavam. Porque a esperança era a única coisa que preenchia insistentemente nossas vazias e deprimidas mentes.

– Oi, Se. Fez o trabalho de poções? – perguntou Al, sentando-se ao meu lado próximo à lareira.

– Fiz. E você?

– Sim.

Durante um tempo muito grande para meu gosto, houve um silêncio do tipo “acabou o assunto”. Um silêncio que, em situações normais, não existiria entre mim e Al. Nem que tivéssemos que preenche-lo com beijos e carinhos.

Quantas vezes não o fizemos?

E sempre que isso não ocorreu, foi porque tínhamos assuntos de sobra sobre os quais falar, motivos de sobra para rir, olhares de sobra para sorrir.

Mas as coisas mudaram. Nós crescemos. E cada dia nesse mundo deixa as pessoas mais frias. Como se não fosse acabar nunca. Cada dia piora tudo quando não se está cercado de quem te ama. Quando você não tem cabeça para aguentar as pessoas e problemas que o cercam.

– O que está errado? – ele perguntou. Tenho certeza de que mascarei completamente minhas emoções. Mas Alvo me conhecia. Ele simplesmente sabia quando algo não estava bem.

Quantas vezes ele já não o fizera?

Não era possível contar as vezes que ele foi o único a saber que eu não estava bem. O único a conhecer meus problemas, o único a me entender.

– Nada. – tentei, mesmo sabendo que seria inútil. – tudo.

– Dê exemplos.

– Tudo mesmo. Nada está bem. – sei que me arrependeria de dizer isso, mas como me arrependeria se não dissesse, assim o fiz. – Mas principalmente nós.

Houve um silêncio que indicou que ele concordava comigo, mas achei que seria ideal continuar a falar.

– Em um dia éramos as pessoas que mais se amavam nesse mundo. Então, para variar, eu fiz besteira. E então, quando você ficou mal, eu estava lá para você. Cuidando de você. Te amando. E você só voltou ao normal por minha causa. Quer dizer que me amava. – aquelas palavras me deram arrepios. – E então me perdoou. E aqui estamos nós. Fingindo que somos amigos... Fingindo que nada aconteceu.

Fiquei feliz que consegui expressar meus sentimentos com palavras fortes e verdadeiras, sem explodir de raiva ou desatar a chorar.

Então Alvo fez algo inesperado e me beijou.

Naquele momento, meu coração acelerou e encheu-se de felicidade.

– Você tem razão. A grande verdade é que não sei por que terminamos. Porque eu confiaria minha vida a você.

Beijos, beijos, e mais beijos. Uma pequena lágrima até saiu de meu rosto, mas eu rapidamente a sequei.

– Eu te amo, Alvo.




Aquele era o fim de semana que iríamos a Hogsmeade. Parece que, depois de não ter nenhum sinal de Goyle por perto, diretora McGonnagal achou seguro.

– Os alunos do terceiro ano, façam uma fila aqui! – gritou alguém ao longe. – repetindo! Terceiro ano aqui.

O mesmo procedimento foi repetido com os outros anos. Aquela era nossa primeira ida a Hogsmeade desde algumas semanas antes de Goyle fugir de Azkaban.

Alguns alunos estavam preocupados. Onde estaria o louco, malvado e psicologicamente alterado Bryan Goyle? Porque de uma coisa todos sabíamos: em algum lugar por aí ele tinha que estar.

Mas eu estava com mais saudades de Hogsmeade que com medo do que podia acontecer. Os incríveis e deliciosos doces da Dedos de Mel compensam qualquer coisa. E uma boa cerveja amanteigada, naquele frio, ia bem;

Porém, as lembranças eram muitas.

“– Chegamos. – disse passados alguns minutos. Eu diria que aquilo era uma clareira, e só então me toquei que tínhamos andado por um bosque nos últimos dez minutos.

– Como sabe desse lugar? – perguntei avaliando a paisagem.

– Meu pai costumava aparatar comigo até aqui quando eu era menor. Quando eu ficava bravo com Al, ele me trazia aqui e dizia que esse era o meu lugar. Então quando eu voltava para casa, eu e Al costumávamos fazer as pazes. – disse ele, entrelaçando suas mãos nas minhas e dobrando a capa da invisibilidade.”




“– Se escondam ali. – Tiago apontou para alguns barris próximos do beco. Rapidamente obedecemos.

Estava realmente apertado lá. Mas quem passasse pela rua (o que provavelmente não aconteceria) não nos veria lá.

– Ei, Goyle! – gritou Tiago.”

Depois disso capturamos Bryan, descobrimos a verdade, derrotamos os comensais, e tudo foi paz por um tempo.

Eu estava com uma horrível e fortíssima dor de cabeça. Era como se meu cérebro não coubesse em meu crânio.

Notei que parei no meio do caminho, e fechei os olhos, deixando meus amigos extremamente preocupados. Tentei dizer que estava bem, mas as palavras não saíam de minha boca.

Nem que eu gritasse.

A tontura começou forte a ponto de eu cair no chão, e ao tentar levantar meus pés não me obedeciam.

Eu ouvia um terrível chiado, como se alguém fosse torturado.

Mas, de repente, passou. E um preocupado Al estava com os olhos arregalados me perguntando freneticamente o que acontecera.

– Eu estou bem agora. – levantei e ajeitei minhas roupas. – Foi como se, do nada, uma tontura insuportável tivesse surgido. E eu ouvi uns barulhos...

Notei que isso deve ter soado estranho, doentio e coisa de louca.

Algo estava errado, mas eu não podia preocupar a todos. Porque todos já tinham problemas o suficiente com os quais se preocupar.

– Mas agora estou bem. – disse. – não foi nada demais. – isso os tranquilizou, embora houvesse um brilho de preocupação leve nos olhos de cada um. Porque eles sabiam: algo estava errado.

E o que acontecera não fora coincidência. E eu tinha que descobrir o que era antes que algo pior viesse.



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