Por Trás De Uma Magia 2 escrita por anne_potter23


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Surpresa 1, mabi!
Sim, a música que tá no cap. é fix you do coldplay *.*
Boa leitura huhuhuuhuhu



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Eu, Al, Tiago e Ella nos entreolhamos. Estávamos metidos naquela história mais que qualquer outra pessoa ali. Nós praticamente mandamos Goyle para Azkaban. E o pior era que, sob circunstâncias normais, um menor de idade não iria para a prisão desse jeito. Muito menos para Azkaban. Mas parece que foi decidido que ele estava a níveis de insanidade muito mais altos que a sociedade podia aguentar.

Ou seja, o garoto estava completamente enlouquecido e nos odiava.

– Fudeu. – sussurrou Tiago.

– Nós ainda não descobrimos como o garoto fugiu. – continuou a diretora. – Mas temos motivos para acreditar que ele esteja ao redor da escola. Por tal motivo a segurança será dobrada. – os alunos estavam cada vez mais preocupados. – mas não se preocupem. – tentou acalmar a todos. – Hogwarts já passou por situações bem piores que essa.





– Como se não pudéssemos ficar meio segundo sem problemas. – comentou Gabrielle quando chegamos ao salão comunal. Ela estava muito nervosa.

Não que eu estivesse sem problemas. Draco. Al. Saudades de casa. Al também tinha problemas de sobra, assim como Luke e Tiago. E como se não fosse suficiente, isso.

– Sabe, é o que eu costumo dizer. – Tiago estava tranquilo, embora por dentro eu soubesse que ele estava preocupado. – A vida é uma longa estrada. – todos pararam para ouvi-lo. – Se não houver nem transito, nem pedágios ou acidentes, algo está errado.

Lembrei-me dos milhares e milhares de palavras incrivelmente sábias que eu ouvi saindo daquela boca. Ele era um garoto tão inteligente. Tão tranquilo. Tão evoluído.

– Mas o que está acontecendo? – perguntou Luke.

– Ano passado, um garoto louco, filho de comensal, tentou me matar. Então ele tentou matar Al. Depois disso nós basicamente mandamos Goyle para Azkaban. E tudo estava bem. – explicou Tiago. Olhei para os dois de modo malicioso, deixando ambos envergonhados. – mas agora ele fugiu, e não tem o que fazer.

Li em seus olhos a continuação daquela fala. “Ele é louco. Quem sabe o que vai acontecer conosco? Estamos em um beco sem saída.”. Mas ele nada mais disse. Porque é do tipo que gosta de passar confiança. Olhei para Luke e logo vi um brilho de preocupação em seus olhos. Fofo.

– Vai ficar tudo bem. – disse, mesmo sabendo que ninguém ali, nem mesmo eu, acreditou nessas palavras. Às vezes quando você repete muito uma mentira, ela se torna verdade.

Mas todos estavam com um peso na consciência grande demais para continuarmos lá, conversando. Fomos cada um a seu quarto.

Fiz algo que nunca tinha imaginado que faria em Hogwarts: coloquei o fone de ouvido e comecei a ouvir meu ipod. Até Ella espantou-se. Mas no fundo estava feliz de ter trazido o ipod. Para dias como esse. Sombrios, tristes, sem esperança. Dias nos quais eu não tinha paciência para ouvir meus pensamentos.





– Tá difícil ultimamente, né? – assustei Tiago, que estava sentado em frente ao Lago Negro. O vento soprava se leve, arrastando as folhas caídas das arvores de um lado ao outro. O outono já estava lá, firme e forte. O céu, porém, estava aberto naquele bonito pôr-do-sol.

– Pode-se dizer que sim – respondeu sem ao menos olhar para mim.

– Não precisa tentar me passar confiança. Eu te conheço, e sei que tudo está a mesma merda para todos nós. – disse, calando-o por um tempo. Sentei ao seu lado e encaixei minha cabeça em seu ombro. – e pensar que ele pode estar nos ouvindo bem agora.

– E pensar que esse não é nosso maior problema. – comentou, chateado. Tinha razão. Eu precisava de Al. E ele? Bom, no mesmo tópico ele já tem infinitos problemas.

– Porque você não fala com Luke? – perguntei ao lembrar-me que, se eu não ia fazer o amor entre aqueles dois acontecer, alguém tinha que fazê-lo.

– Seria estranho. Se eu fosse ele eu acharia. – acariciei seus cabelos e me senti mal. Eu estava causando sofrimento a ele.

– But if you never try, you’ll never know... – cantei.

Até sorri ao pensar na música. As luzes te guiarão para sua casa. Pensei nas estrelas brilhantes de Hogwarts. Hogwarts é nossa casa.

– Mas e se tudo der errado? Você sabe que eu sou do tipo que estraga tudo sempre.

– Eu também sou. – senti um arrepio. – e acredite em mim quando eu digo que não fazer nada e não saber o que poderia ter acontecido é pior que se arriscar e estragar tudo.

– Você está certa. – ele pegou uma folha seca no ar. – Mas sabe o meu problema? O medo. É ele que me impede de viver de verdade.

– É o que minha mãe sempre diz. – sorri. – Problemas existem. Acabe com eles e surgirão outros mais simples no lugar.

Minha mãe. Precisava escrever para ela. Precisava dela para cuidar de mim. Porque, por mais que eu não admitisse, eu estava morrendo de medo.

Isso me lembrou da canção que ela costumava cantar para mim quando eu era menor.

Porque a chuva irá embora.

Os trovões cessarão.

E nada mais te preocupará.

Nos seu sono, seus problemas

Você pode controlar,

Esquecê-los ao voltar a sonhar.

E eu adormecia. Saudade daquelas épocas em que tudo era fácil. Em que meus maiores problemas eram quando chovia e eu não podia descer para brincar.

– Muito inteligente da parte dela dizer isso.

– Bom, é claro que naquela época meus problemas eram bem mais fáceis. Mas isso faz parte. – comentei. Quanto mais tarde ficava, mais frio era o vento, mais abraçados nós dois ficávamos.

– Os problemas pioraram há tempos.

Meus problemas de verdade começaram assim que eu cresci. Minha primeira paixão. Hormônios à flor da pele. Medo. E é claro, nem preciso comentar os problemas de desde que eu cheguei a Hogwarts. Um pior que o outro.

– Pois é.

– Mas chega de falar de mim. – disse, ajeitando meu cabelo. – como você vai fazer para resolver o seu lance com o Al?

Eu não sei.

– Acho que ele ainda me ama. E eu ainda o amo. Mas ninguém faz nada. E eu não sei o que fazer. Nem chega a ser medo de estragar tudo.

– As coisas estão complicadas. Nem sei mais o que fazer. Nem sei mais no que pensar.

Ele tinha razão. Minha cabeça era simplesmente uma desorganização inacreditável. Nem sei mais no que pensar.

– Mas como eu queria voltar no tempo.

– Could it be worse? – cantou com sua linda e melódica voz a continuação da música, dando-me arrepios.



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