Two More Lonely People escrita por darthvanner


Capítulo 5
Capítulo 5 - Behind Blue Eyes


Notas iniciais do capítulo

Bom esse capítulo deve conter alguns erros de português porque não consegui mandar para ninguém revisar pra mim então revisei sozinha hehe. Eu simplesmente não consegui achar uma música que se encaixasse muito bem com ele ai escolhi Behind Blue Eyes na versão do Limp Bizkit, deêm play para ler: http://www.youtube.com/watch?v=fEGI9NbH-mk&feature=related
Mil desculpas eu não sou muito boa em fazer o POV do Russell afinal sou uma garota D: Mas espero que vocês gostem!



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Russell's POV:


Após ficar dias enfurnado em meu quarto de hotel, sem contato com o mundo exterior, e assistindo á todas as trilogias existentes no catálogo, resolvi ligar o meu celular para tentar me reconectar com o mundo.

253 ligações perdidas. 171 mensagens de texto.

A maioria das mensagens e ligações já eram de se esperar. Ligações e mensagens nada interessantes de produtores, diretores, oportunistas e algumas outras de minha mãe e amigos. Não que eu tivesse muitas pessoas agregadas ao meu círculo social, mas meus amigos se preocupavam com toda a pressão feita pelo mundo do showbiz sobre mim. Uma mensagem entre tantas me chamou a atenção. Regina Simons.

Regina era uma das únicas amigas com quem eu nunca me atrevi a ter algum caso, e também uma das únicas em que eu confiava cegamente. Ela era uma mulher excêntrica e tinha uma beleza que agradava á diferentes tipos de homens. Nós éramos muito amigos, por mais que nossas visitas um ao outro não fossem feitas com frequência, ela me contava seus maiores segredos e me ajudou em muitos momentos de altos e baixos em minha vida.

A mensagem dizia:

Mova sua bunda magrela, estou em Londres. Esteja no Flat Wine ás 11h.

E essa era Regina e sua grande sutileza.

Tive sorte de resolver ligar o celular naquele momento, eram dez e meia da manhã quando li a mensagem.

O sol irradiava em um dos raros dias de calor na Inglaterra, e então decidi vestir uma camiseta regata de algodão, meu par de calças preferidas, chinelos e meus inseparáveis óculos de sol.

Quando cheguei no Flat Wine, logo a reconheci. Ela estava sentada em uma das mesas no canto da cafeteria mexendo em seu celular silenciosamente. Seus cabelos estavam molhados, e ela usava uma camiseta rasgada em forma de top e estampada com a foto de alguma banda sueca desconhecida. Ao me avistar, ela começou a acenar freneticamente e tratei de sentar em uma das cadeiras á sua frente na mesa.

– Quem é vivo sempre aparece, não é? – Disse ela enquanto guardava o celular na bolsa. – Pedi alguns donuts, sei que esses são seus favoritos. – Regina apontou para uma caixa relativamente grande aberta na mesa.

– Bom dia para você também Regina! – Falei enquanto me servia com uma das rosquinhas da caixa.

E então, enquanto mastigávamos os grandes e extremamente doces donuts, ficamos em silêncio por alguns minutos e isso parecia a incomodar. Mas não demorou muito até ela arranjar algum assunto. Na verdade o pior deles.

– Fiquei sabendo sobre o... - Ela não mencionou a palavra divórcio assim que percebeu a expressão de desconforto que fiz. - Como você se sente?

– Devastado. Já fazem cinco meses e eu ainda me sinto mal, não posso ouvir o nome dela sem que o meu estômago se aperte como se eu sofresse uma doença degenerativa. Eu simplesmente não consigo esquecer. – Engoli o último pedaço e continuei - Eu já deveria ter superado.

– No fim do meu primeiro casamento era exatamente assim que eu me sentia. - Disse ela mordiscando um pedaço de donut - Se ele ainda me quisesse, eu não pensaria duas vezes antes de voltar para os braços dele. O primeiro casamento é sempre inesquecível.

Regina já havia se casado 5 vezes. Ela era uma trambiqueira de primeira linha, mas tinha um bom coração. Seus dois últimos maridos eram extremamente velhos e morreram deixando uma grande herança para ela, o terceiro era jogador de futebol, o segundo era um ator extremamente famoso e o primeiro era a sua paixão da adolescência. Ele a dispensou e ela pareceu nunca superar isso.

– Eu sou um idiota. Sempre fui. Não é á toa que sempre acabo perdendo as pessoas. Primeiro meu pai, a maioria dos meus amigos e agora Katheryn...

– Ora cale a boca! Não foi sua culpa o seu pai ser um babaca Rusty, nunca foi nem nunca vai ser. Você é uma pessoa melhor agora. - Ela lambeu os lábios salpicados de açúcar - E é isso o que realmente importa.

– Nunca te contei o que realmente aconteceu para tudo acabar não é? Você é uma das únicas pessoas neste mundo que confio, e sinto que preciso te contar. – Peguei mais um donut da caixa e o mordi cuidadosamente.

– Estou aqui para te ouvir. Sempre vou estar.

E então comecei a contar para Regina toda a história do dia em que cometi o pior erro de minha vida: trair Katy. Me lembrava nitidamente do rosto da stripper, de quantos copos de bebida eu havia consumido e principalmente do buraco que senti no peito assim que fiquei sozinho no quarto de motel barato. Nunca em minha vida me senti tão sujo e estúpido.

Eu percebi que era fraco. E a única época em que me senti forte foi quando eu e Katy estávamos juntos, ela conseguia me passar um tipo de força e determinação que eram de outro mundo. Nosso amor sempre foi cósmico.

– Sei que vai ser difícil, mas você tem que tentar superá-la, isso não te faz bem.

– Eu estou tentando juro que estou. Mas não é fácil acordar todos dias, e me dar conta que deixei minha alma gêmea ir embora.

– Até porquê, parece que ela já te superou. - Regina falou em um tom enojado.

Ela nunca gostou de Katy e não fazia questão de esconder.

– O que você quer dizer com isso? - Eu realmente não havia entendido.

– Você não viu as últimas notícias? Ela foi vista aos amassos com o guitarrista de Florence Welch. - Minha expressão pareceu surpreendê-la - Oh... Você não sabia. Eu...

– Não. - A interrompi - Eu não sabia. - Fechei os olhos e rangi os dentes enfurecido.

Katy me superar era exatamente o que eu queria, mas porque tudo aquilo me deixava mal? A vida estava seguindo, estava tudo bem com ela e era esse o importante. Mas saber que outro alguém a tinha, me deixou totalmente sem rumo.

Regina me conhecia muito bem, e percebeu o quanto aquilo havia me chocado. Sem dizer uma palavra, ela pagou a conta e saímos da cafeteria sem nos olhar diretamente. Quando estávamos na calçada, percebi um tumulto que acontecia há poucos metros, mas não me incomodei em olhar, e então senti Regina segurar a minha mão.

– O que você está fazendo? – Soltei a mão dela no mesmo instante.

– Estou fazendo isso por você.

E então ela aproximou seu rosto do meu e beijou meus lábios rapidamente, não me dando tempo nenhum para desviar.

Dei alguns passos para trás para impedir que ela continuasse a me beijar. Até aquele momento eu não havia percebido qual o motivo de tudo aquilo. Olhei para o lado, e percebi que o tumulto se tratava de vários paparazzis aglomerados. E eu tinha certeza que aquelas fotos não iam demorar para chegar aos olhos do mundo, mais especificamente aos olhos de Katy.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? :D