Já havia passado da meia-noite quando Constance sentou-se à mesa com Minerva. O chá havia acabado de ser servido, mas após quinze minutos ainda continuava intocado. Constance tinha a respiração tão acelerada, os medos tão profundos, que não se atreveu a beber. Seu estômago revirava, e ela podia vomitar a qualquer momento.

– Por que não me conta o que aconteceu? – perguntou Minerva, levando a xícara de porcelana aos lábios. Ao mesmo tempo acariciava seu gato, Bartolomeu, que ronronava em seu colo.

– A lenda... Vai se realizar, Minerva. Eleonor me contara sobre antes de falecer. Elas... Elas vão trazer aqueles males à tona! – ela fez uma pausa, respirando fundo antes de continuar. – Elas não devem ser unidas por enquanto.

– Mas as duas já estão destinadas a vir para cá, Constance. Separá-las pode ser pior ainda...

– Não podemos. Se eles as encontrarem, será o caos. Elas devem ser mantidas separadas por enquanto, até... Até as coisas se estabilizarem.

– Eu não acho isso certo, Constance. Elas têm de aprender o que as persegue, o que envolve a vida delas!

– É perigoso demais. Jasmine virá para cá, mas Annabeth... Não sei. Irei falar com Maxime.

– Já que quer assim. – Minerva terminou de tomar seu chá e não disse mais nada. A ideia era um tanto quanto repugnante, mas já que ela queria... Não iria se opor.

E assim Constance saiu dali, deixando para trás um castelo, uma profecia desconhecida e o segredo de duas garotas, cujas identidades verdadeiras não sabem.