A Outra Chance escrita por Pandora Imperatrix


Capítulo 1
A volta, a fuga e o tapa.




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Disclaimer: Sailor Moon não me pertence, não sou ryca, não tenho dinheiro pra burando u.u

Essa fic se passa três anos após Stars.

A Outra Chance

Capítulo I – A volta, a fuga e o tapa.

“Medo e pânico no ar
Quero me libertar
Do estrago e do desespero
E me sinto como se tudo que vi
Estivesse começando a se devastar
E me recuso a te deixar partir”

Muse – Map Of Problematique


Ela era a melhor jogadora de vôlei que conhecia, aí estava algo que nenhuma de suas amigas ou o engraçadinho do Athemis poderia negar.

Minako nunca deixava a bola cair.

Foi por isso que Makoto a olhou chocada quando Ami – Ami, a nerd sem coordenação motora, menos quando usava sua saia de pregas azul, é claro – conseguiu marcar um ponto depois de um saque terrível praticamente em cima de Mina, naquele domingo ensolarado em que elas resolveram ir à praia.

– Eu não acredito... Eu fiz um ponto! – exclamou Ami, abobada.

–Yay! – gritou Usag, alegre e dando pulinhos pela amiga ter conseguido adicionar um ponto ao jogo que perdiam de doze a zero. – Parabéns, Ami-chan!

– Mina-chan?! – exclamou Mako ainda sem entender bem o que acontecera.

Mas Minako não estava prestando atenção.

Era um dia muito quente aquele, um típico dia de agosto e o sol castigava a todos fazendo com que praticamente toda a Tokyo corresse para clubes e praias para se refrescar.

Mas, ela estremeceu como se um vento gelado tivesse a atingido.

Não era possível...

Caminhando em direção a elas, vinha o Shitennou e seu senhor, o Príncipe.

Com um pouco de atraso, as meninas se viraram para olhar na mesma direção que ela, exibiam expressões de quem acabara de ser estapeado.

Alheia a tudo e a todos, Usagi sorriu abertamente.

– Mamo-chan! – e fez menção de correr em direção ao noivo, como se já tivessem transformadas em senshi, as quatro garotas se postaram em volta de sua princesa, Rei largando um raro e delicadíssimo, velho livro de seu templo na areia como se fosse nada, ela não havia deixado nem mesmo Ami chegar perto daquele livro. – Meninas! O que é isso? Porque estão agindo assim? O que está acontecendo? – confusa Usagi tentava sair do circulo que elas formavam a sua volta, Minako na dianteira.

– Você enlouqueceu ou simplesmente está sendo controlado pelo inimigo de novo? – perguntou Rei, muito, mas muito aborrecida.

– Nem um, nem outro, Rei-san...

– O que está acontecendo, ein?! – Pulava Usagi no meio do circulo, ela tentava ver, mas tirando Ami, que para seu azar estava no lado mais distante de Mamoru, ela era a mais baixa das cinco e Makoto, a mais alta, lhe tampava a visão – Finalmente consegui ver alguma coisa!

– Ai, Usagi! – reclamou Rei, quando a loira afastou os cabelos negros da outra pra tentar ver com muita dificuldade o noivo e seus acompanhantes.

– Ué? Quem são esses caras?! Se bem que, eu acho que já vi aquele de cabelo ondulado... Hey, você não é o dono da barraquinha de churros? Estou te devendo dois que eu peguei fiado, né? Quando eu conseguir sair daqui, vou pegar o dinheiro na minha bolsa pra te pagar, tá?

Apesar da situação tensa, quase todos eles apertaram os lábios para não rir, excerto o homem que costumava a atender por Zoisite e Rei que coraram respectivamente de vergonha e raiva, além do homem de cabelos dourados do grupo, que riu abertamente irritando ainda mais Rei.

– Não seja idiota, Usagi! Eles são os traidores do Shitennou! Nossos inimigos!

– Shitennou? Ahh... Pera aí, vocês não são aqueles caras que trabalhavam para a Queen Beryl e o Negaverso?

– Isso, Usagi-chan. – confirmou Makoto, com resquício de riso na voz.

– Sim, mas...

Usagi interrompeu Mamoru.

– Sinto muito, carinha do churros, mas você me deu muito trabalho e acho que uns doces de graça são até pouco pra compensar. – ela disse aquilo muito, mas muito séria.

Makoto enfiou os nós dos dedos na boca pra não rir e “Jadeite” passaria mal se continuasse rindo daquela forma.

– Eu não trabalho em barraquinha nenhuma de churros!

– Usako, esse é Saitou Izou-san, ele é um advogado, não um confeiteiro. – explicou Mamoru que também parecia se esforçar muito para não rir, principalmente da cara de revolta do mais novo grupo – Você se lembra dele como Zoisite, do Shitennou – Rei abriu a boca, mas ele não deixou que ela falasse – eles trabalharam sim para Beryl e o Negaverso, mas estavam sendo controlados, eles costumavam a ser minha guarda no Silver Millenium, lembra?

Para alívio geral da nação, Usagi finalmente pareceu entender do que se passava.

– Agora lembrei! – ela sorriu – Teria me lembrado antes, se pudesse ver direito! Meninas, parem com isso! Mas que eu me lembre, sem ofensas, nós er... derrotamos vocês... Como podem estar vivos?

– Creio que por sua causa, alteza. – Minako, que tentava se manter o mais alheia o possível daquilo tudo, simplesmente cumprindo seu dever, estremeceu a ouvir a voz dele – Quando desfez os danos causados por Galáxia, de alguma forma, seu poder nos atingiu também.

Ela ainda não estava pronta pra ouvir aquela história e Rei estava muito alterada, era melhor que saíssem dali.

– Em um momento e lugar mais apropriado, deixaremos que contem sua história, agora precisamos colocar a princesa em segurança, me perdoe Mamoru-san, mas não tem a menor chance de deixarmos que você a leve consigo enquanto estiver em companhia de gente tão suspeita. Entraremos em contato. – Mamoru assentiu aquela era a voz fria da Sailor Venus, sabia que não poderia ganhar aquela de primeira e Venus havia sido bem razoável até. – Usagi não irá até você até que tudo fique resolvido.

Ou talvez tivesse se alegrado cedo demais.

– Que?! Mas V-chan, você não pode me impedir de ver o Mamo-chan! – não soou como desafio, mas como se Minako tivesse lhe dito que ela não poderia ser loira ou respirar.

– Sinto muito, Usagi-chan, mas eu posso e vou, você fica na Rei. Lá tem espaço e é seguro e é pra lá que estamos indo agora.

–Mas! – E se despediu enquanto literalmente arrastada pelas outras. – E os meus pais?

– Lá de casa você liga pra eles! – sugeriu Rei impaciente. – Anda, se mexa!

– Tchau, Mamo-chan, tchau vocês também!

oOoOo

No templo Hikawa, o fogo sagrado crepitava na pira interna. Sentadas em círculo, as inners senshi da lua, como de costume, mas em vez de entre risadas e brincadeiras ou ainda se em tempos de batalha, discutindo teorias, estavam em silêncio profundo. Compenetradas em pensamentos individuais.

A única a estar de pé era Rei, que andava nervosamente de um lado pra o outro.

Ami foi quem quebrou o silêncio dando voz à pergunta que flutuava em primeiro plano na mente de todas naquela sala.

– O que faremos?

Minako sorriu. O tom de voz dela era equipado ao de uma criança, completamente vulnerável tão não-Ami.

– Logo você, Ami-chan? Nos fazendo uma pergunta? Estou chocada! – brincou Makoto tentando quebrar o clima grave.

Ami corou.

– Er... Eu só queria...

– Está tudo bem Ami-chan, – disse Minako tocando a mão da amiga pra acalmá-la – Mako-chan só estava fazendo uma brincadeira. – disse com um sorriso indulgente.

– Até porque, – a voz de Rei se fez presente, com visível mau humor – não tem o que decidir. Eles não traidores, sinto muito por Mamoru-san, mas vamos destruí-los e acabou. Eles nos traíram mais de uma vez e não vejo motivo para acreditar que dessa vez será tão diferente!

Minako, que por mais que disfarçasse, estava quase tão “bem humorada” quanto à amiga, mordeu a língua para não perguntar quando ela havia morrido e feito de Rei a líder para que ela desse as decisões do grupo como tomadas, daquela forma.

Mas foi Ami quem discordou primeiro.

– Mas Rei-chan, você está ignorando muita coisa. Mamoru-san nos causou quase tantos problemas e obteve não só nosso perdão, mas proteção como consorte da princesa, já que seus atos quando não equivocados por ignorância, foram controlados pelo inimigo, assim como aconteceu com o Shitennou.

– Ami, você esquece que fomos arrastadas para essa vida de batalhas novamente, por causa deles? Que por causa deles, perdemos a chance de ter uma vida normal?!

– Isso também está incorreto, houve inimigos antes do Shitennou, os que lutaram contra Venus. E eu não esqueci coisa alguma, me lembro de mais coisa do que você, já que comecei a lutar primeiro.

– Inimigo esse liderado por outro dos soldados de Endymion! O que mostra que nenhum deles é confiável!

oOoOo

Usagi saiu de seu estupor ao ouvir as vozes de alterarem.

Havia ficado de propósito na fila do banho quando chegaram para fazer hora, de forma que, sua ausência não fosse tão facilmente notada na reunião. Pelo menos não logo de início, assim ela teria tempo para, pelo menos, bolar seu plano de fuga. E como elas estavam todas tão mais voltadas para os quatro guardiões de seu noivo, do que para ela, nem notaram mesmo.

Mas nunca achou que haveria uma discussão tão esquentada, por um lado ficava preocupara, mas para seu plano de fuga, era muita sorte!

– Desculpe, meninas. – disse ela baixinho enquanto pegava suas coisas e um mangá de Rei que ela queria ler a séculos e a morena egoistamente lhe negava – Mas preciso estar com Mamo-chan, nesse momento.

E o mais silenciosamente que conseguira e lutando contra sua tendência em estragar qualquer iniciativa fortuita, saiu do quarto e fugiu pela porta dos fundos do templo.

oOoOo

– Do modo que você fala Rei, – interveio Makoto se levantando – até mesmo Mamoru-san deveria ser destruído. Nós sabemos como você se sente em relação a homens, mas ele será nosso rei um dia e é o noivo a Usagi-chan...

– Não seja idiota! Isso não tem nada haver com minhas opiniões, Makoto! Tem haver com o fato de termos traidores em nossas mãos! Ou você está sugerindo que simplesmente os recebamos de braços abertos?

– Não. – advertiu Minako se colocando entre as duas de braços abertos para separá-las, uma vez que discutiam com os rostos muito próximos, os ânimos estavam se alterando demais e a última coisa que precisavam era uma briga naquele momento – Só achamos, Rei, que você está indo longe demais.

Rei riu sem humor.

– É claro que você acha isso, me admira que ainda esteja aqui e não na cama daquele lá!

Quando foi pensar com clareza novamente, o tapa já havia sido dado.

Ami correu para acudir a amiga caída no chão e Minako sentiu os braços de Makoto lhe envolvendo.

– Minako! – exclamou tardiamente apertando seu abraço, como se a loira estivesse tentando se soltar pra pular em cima de Rei, e demorou para Minako perceber chocada, que o estava tentando de fato

Rei e Ami gritavam, uma xingamentos que ela não queria entender e a outra para que esta ficasse quieta.

– CALEM A BOCA! – a poderosa voz de Jupiter se impôs.

Minako, envergonhada consigo mesma, recobrou de vez a razão. Não havia agido como líder de coisa alguma, mas como uma louca passional, completamente desvairada atacando Rei daquela forma.

– Me solte, Mako. – mas ela parecia receosa, Rei chorava de raiva, Ami, como em poucas vezes durante essa vida ou na outra, não sabia o que fazer – É uma ordem, Makoto. Eu vou embora.

Notando que Minako havia voltado a si, Makoto obedeceu. A loira pegou suas coisas sobre o tatame e quando já estava na porta ordenou sem se virar:

– Não falem com as outs sem mim.

E saiu.

N/A: Argh! Vou ter que lidar com as outs... Nada contra elas, – menos a Michiru, odeio aquela vadia oferecida LOL – mas não tenho muita familiaridade com as personagens.

E então, a fic que saiu de uma tentativa boba de escrever sobre um prompt qualquer – eu abri Pandora da Anne Rice e li a palavra de número inventado do parágrafo de número que eu não me lembro e aconteceu desta palavra ser “voltar” e deu nisso – a ideia era ser um drabble e o treco virou uma long fic kkkkkkkkkkkkk

E talvez seja nessa fic que eu pela primeira vez tente escrever um smut... Mas tirem esses sorrisinhos pervertidos da cara eu disse talvez.

Ayashi Purple, me perdoe por estar escrevendo no mesmo tema que você de novo, mas é você com Sunflower, Anita voltando com as minhas fics preferidas de SM no mundo todo, eu fiquei inspirada demais! Mas tirando a volta dos meninos, acho que essa fic não tem mais nada haver com Sunflower, nem tem o Ace nem nada.

Espero que quem tenha chegado aqui tenha gostado desse capítulo que eu escrevi com muito amor e muito carinho na fila do hospital XP

Kisses e até o próximo capítulo!




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