The Hudson-Berry Baby escrita por Carol Dias


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer às reviews de vocês e à Other Carol por ter betado esse capítulo (: Enjoy it!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217103/chapter/7

Rachel já estava na décima segunda semana de gestação, o gel frio tocava a sua barriga, que já aparentava um pequeno volume, e a mão dele estava lá, segurando fortemente a dela. De repente a sala se encheu com um barulho compassado e o silêncio permaneceu entre eles dois e a médica para que pudessem ouvir pela primeira vez de todas, o coração do bebê deles bater.

Nas últimas oito semanas eles estavam bem mais próximos, se é que era possível. Cada um permanecia em seu apartamento, nada que impedia Rachel de acabar dormindo no sofá dele para poder sentir seus braços a protegendo. Finn a mimava, demais. Ela ficava imaginando como ele iria agir caso tivessem uma menina, ela sabia que ele seria o tipo de pai que faz todas as vontades do filho. Ele era bastante cuidadoso também, tinha comprado vários livros sobre bebês e cumpria cada conselho descrito neles.

Uma vez, Finn teve que ficar fora por uma semana e meia, Rachel sentiu muita falta dele nesse período. De vez em quando ela ia até a casa da família Puckerman para ajudar Quinn, que também ficava sozinha com as duas meninas, já que Puck estava viajando com Finn e o resto da banda, ela aproveitava para ajudar a cuidar de Beth e Kate e assim, adquirir certa experiência com crianças. Finn ligava para Rachel várias vezes ao dia, perguntava o que ela tinha comido, se tinha vomitado – graças a Deus os enjoos matinais já haviam diminuído –, às vezes Finn podia ouvir algumas canções de musicais já conhecidas por ele por causa de Rachel tocando ao fundo, como se ela já estivesse educando aquela criança para ser uma estrela como ela e ele daria tudo para que ela fosse. Rachel também gostava de colocar o celular no viva voz para que, mesmo distante, seu bebê ainda pudesse ouvir a voz de seu pai.

Quando Finn voltou, ele trouxe consigo o primeiro presente do bebê: Um canguru de pelúcia gigantesco, afinal, ele tinha ido para a Austrália. Rachel brincou dizendo que o canguru era tão enorme que quando o bebê nascesse eles poderiam coloca-lo na bolsa dele, como se fosse um filhote de canguru.

Finn também tinha pego o hábito de cozinhar para ela, e fizera questão de que ela experimentasse todos os tipos de carne, acompanhada das mais diversas comidas e ela não reclamava pois seu apetite aumentara bastante, até seu pai chegou a reparar nisso num domingo em que ela almoçou com ele e Shelby, mas resolveu não comentar nada. Ninguém sabia da gravidez além de Finn, Shelby, Santana e é claro Rachel. Quinn teve certa desconfiança, mas deixou passar.

Quanto a Finn e Rachel, os dois continuavam de vagar, com foco no bebê. Eles estavam juntos, não eram namorados, era uma espécie de amizade colorida com um certo compromisso gerado pelo bebê. Finn estava feliz, pois ele iria passar os próximos quatro meses sem viajar, pois a ‘The Poison’ estava gravando o próximo CD, e como a gravadora era em Nova York ele poderia ficar o tempo todo cuidando de Rachel e do seu filho.

Agora, eles estavam fitando uma tela no consultório da Dra. Annie. Era uma imagem embaçada e em preto e branco (http://www.robertprice.co.uk/robblog/images/baby12wks3.jpg), mas já podiam ver a forma de seu bebê, a cabecinha, o nariz – que Rachel esperava que fosse igual ao do pai – enquanto eram embalados pelo som do coraçãozinho, que já batia forte. Finn, que era um baterista nato, nunca tinha ouvido uma batida tão linda em sua vida. Quando viu, seu rosto já estava banhado em lágrimas, olhou para Rachel e viu que ela também estava chorando.

A Dra. Annie limpou a barriga de Rachel e se retirou dizendo que iria imprimir a imagem do bebê para eles e que iria deixa-los sozinhos uns minutos para que pudessem desfrutar do momento.

Depois que a Dra. se retirou, eles ainda ficaram em silêncio por longos segundos, perdidos em seus próprio pensamentos, até que Rachel disse:

“Eu te amo, Finn”

Essa era a primeira vez que ela tinha dito isso para ele, há dois meses quando ele havia se declarado, ela não havia dito nada em resposta e ele tinha ficado com muito medo, muito medo de verdade.

“O que foi que você disse?”, ele perguntou, ainda sem conseguir acreditar.

“Que eu te amo”

Ele não resistiu e a beijou, um beijo calmo e delicado, tentando transmitir todo o amor que sentia por ela naquele beijo.

“Eu também te amo, pequena”

“Obrigada por ter me dado esse presente, por estar aqui pra mim”

“Já disse que você não precisa me agradecer, eu é que sou muito grato por tudo isso”

- - -

Rachel estava assinando os papeis que faltavam quando estavam saindo do consultório, enquanto Finn pegava todos os panfletos sobre bebês que estavam disponíveis e um lhe chamou atenção: ‘Aulas para futuros papais com a professora Holly Holiday’.

“Hey, Rach”

“Oi”

“A gente pode fazer isso”, ele disse, mostrando o panfleto à ela.

“Sim, nós podemos fazer isso”, ela disse lhe dando um sorriso quando sentiu seu celular vibrando em seu bolso, havia uma nova mensagem que dizia simplesmente: ‘Seu pai já sabe’.

“O que foi?”, ele perguntou e ela virou a tela do celular para ele. “Merda”, foi tudo o que ele conseguiu dizer.

- - -

“E então?”, perguntou Will enquanto Shelby servia café para os quatro.

Nos dez minutos em que já estavam na casa da família Berry, Finn e Rachel não haviam dito uma só palavra. Ela estava nervosa, mas sabia que Finn estava se borrando de medo, ele estava pálido e mexia as pernas apressadamente.

“Vocês não vão falar nada?”, o Sr. Berry perguntou.

“A gente vai casar”, disse Rachel simplesmente e Finn a encarou com os olhos arregalados como quem diz “Ah, é mesmo? Agora você quer casar?”

“Então nós teremos um casamento?”, perguntou Will.

“Ah, me desculpe Sr. Berry, eu me esqueci da parte fundamental do pedido”, disse Finn e Rachel ergueu uma sobrancelha. “O senhor me conhece há anos, sabe que eu sempre fui amigo da sua filha e a respeitei durante todo esse tempo, só que a nossa amizade evoluiu e agora nós estamos esperando um bebê” A verdade é que a amizade só evoluiu depois do bebê, mas Will não precisava saber disso. “Eu sei que talvez não tenha sido dessa forma que você tenha planejado as coisas pra sua filha, eu imagino, pois agora eu também vou ser pai e só quero o melhor pro meu filho, ou filha que ainda nem nasceu. Eu prometo que eu vou fazer de tudo pra ser um pai tão bom quanto você sempre foi pra Rach e também prometo que serei o melhor marido do mundo pra ela, se o senhor permitir que eu me case com ela”

“Pra falar a verdade, eu meio que sempre esperei pelo dia em que a Rachel largaria o Jesse pra ficar com você”, os quatro fizeram uma cara estranha ao ouvir o nome ‘Jesse’. “Você sempre foi um bom garoto Finn e sei que será um ótimo marido para minha princesinha e vai cuidar muito bem do meu neto”

Finn sentiu-se imensamente aliviado com as palavras de Will, todo o medo que ele sentiu dele em todos esses anos foi extremamente desnecessário.  Ele se levantou e abraçou o futuro sogro, quando se separaram Finn apertou a mão dele.

“Obrigada pela confiança, Sr. Berry”

“Finn, será que você pode fazer o pedido de novo? Eu esqueci de pegar a câmera”, perguntou Shelby.

Manhê, por favor...”

“Fica quieta, Rachel. Não é todo dia que minha filha vai ser pedida em casamento”

“Deixa eles, Shel... Apropósito, acredito que essa tenha sido a primeira e última né?”, Will perguntou.

“Com certeza pai”, disse Rachel abraçando Finn por trás.

“E pra quando é o casamento?”, perguntou Shelby, sentando-se ao lado do seu marido.

“Eu não sei... Eu não quero casar grávida, nós podemos esperar, né?”, ela perguntou apertando a cintura dele, para que ele concordasse com ela.

“É, claro, claro. Nós podemos esperar, vamos focar no bebê agora, os preparativos do casamento podem atrapalhar”

“Se é assim que vocês querem, nós damos todo o apoio do mundo”, falou Will.

“Mas eu podia muito bem organizar tudo sozinha”

“Shelby!”, Will disse, a repreendendo.

“Vocês querem ver fotos do bebê? Fizemos a ultrassonografia hoje”, sugeriu Rachel, pondo um fim naquele assunto. É claro que eles aceitaram, estavam ansiosos para ver a primeira foto do neto, ou neta deles. Rachel tinha certeza que foi a mãe que tinha dado com a língua nos dentes e contara tudo para seu pai, mas resolveu deixar passar pois no fim, tudo deu certo. Finn também não tinha do que reclamar, já que graças a pressão inexistente de Will, Rachel trouxera sua proposta - que outrora fora negada - à tona.

O clã Hudson-Berry ficou ali no sofá, olhando para a mesma foto, que de fato, não revelava muita coisa, mas eles ficaram imaginando como seria quando aquele pequeno ser estivesse ali entre eles. Finn estava orgulhoso dele, aquela tinha sido a melhor ação não pensada que ele tinha feito na vida, o resultado de uma noite que não fora planejada estava sendo gerado dentro de Rachel e agora ele estava noivo de sua melhor amiga. Em toda a sua vida, ele sempre teve cuidado com tudo o que fazia, pensando no que sua mãe acharia de cada passo que ele tomava, já que ela tinha o criado sozinha, nunca quis decepcioná-la. Ele tinha certeza que quando ela soubesse, ela explodiria de orgulho dele e que seu pai, seja lá onde estivesse, também estava orgulhoso dele. E Christopher estava. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Já adianto que no próximo capítulo teremos Burt & Carole + Holly Holiday!
Reviews?