Ártemis chorava muito, estava no jardim do Olimpo. Numa parte mais afastada, poucos conheciam. Os que conheciam quase nunca vinham que eram Perséfone e Deméter. Lágrimas caiam pela bochecha da deusa, em direção aos seus lábios rosados.

Eros estava à procura da sua amada, mas nada encontrava. Até que ouviu os soluços, não deu muito importância no início, mas depois prestou um pouco mais de atenção. Era Ártemis!

– Ártemis? – perguntou Eros.

– Oi, meu amor. – disse Ártemis enxugando as lágrimas.

– Não chore. – disse Eros enxugando uma lágrima que caiu. – Ele pode não ter aceitado agora, mas logo vai.

– E se ele não aceitar? E se ele nunca aceitar? Como ficamos?

– Do mesmo jeito de sempre. Juntos.

Eros segurou o queixo de Ártemis e a beijou, um beijo calmo e cheio de sentimentos. De acordo com Ártemis, foi o melhor beijo de todos.

Afrodite caminhava rapidamente para o templo de Hermes, tinha que pedir um favor para o deus. Bom, já pedira tantos favores, que esse não faria diferença. Também não estaria atrapalhando nada, nada mesmo. Isso irritava Afrodite, Hermes e Sophie não eram um casal. Bom, eles eram casados, mas era como se ainda fossem inimigos. Já Sarah e Apolo, estão no caminho. Ela sabe que eles se amam, a deusa do amor nunca erra.

Tocou a campainha.

– Oi Hermes. –disse a deusa sorridente para o deus dos ladrões.

– O que você quer?

– Ok, você quer ir logo ao ponto. – disse Afrodite pegando algumas coisas na sua bolsa – Quero que você entregue esses convites para todos!

– Mas são muitos. – disse Hermes olhando os convites. – Quem é Creusson?

– Ninguém, mas por favor faz!

– Eu estou de folga hoje, e eu estou aqui com a Sophie.

– Fazendo nada de interessante, hein?

– Quem te disse?

– Por que se estivesse, você não iria atender a porta.

– Ta, – bufou Hermes – eu faço.

– Obrigadinha – Afrodite deu um beijo na bochecha de Hermes, e sumiu.

Hermes passou a mão no cabelo e abriu um dos convites que dizia “ Sophie e Hermes”.

Sophie e Hermes,

Vocês estão convidados ao baile de Afrodite! Roupas formais, só poderão chegar com o seu par, se não tiver par, vai ter que se declarar para o seu amor.Todos deveram aparecer, a não ser que estava super doente.

Beijos, Afrodite.

Mas o que Afrodite iria aprontar agora? Hermes trocou rapidamente de roupa e começou a distribuir as cartas.

Estava chovendo um pouco no Olimpo, aqueles trovões tinham que servir para alguma coisa, não? Mas a chuva não era forte, era bem fina. Mas ainda fazia muito frio. Sarah estava sentada perto da janela, vendo a chuva enquanto folheava seu mais novo livro “Um Homem De Sorte”. Era uma história super romântica, e difícil de se largar.(N/A: Eu li esse livro, é muito perfeito. Recomendo)

Apolo estava na cozinha preparando um sanduíche. Ou algo parecido. Quando terminou colocou na mesa. Começou a comer observando Sarah, ela era realmente bonita. Lábios carnudos, olhos verdes, cabelos loiros lisos. Poderia se passar por uma filha de Afrodite. Terminou de comer e andou até Sarah, e se sentou em frente dela.

– O que foi, Apolo? – perguntou Sarah tentando ler o livro.

– Sei lá, aqui está um tédio. E eu queria conversar com você.

– Hum, entendo.

Apolo se inclinou mais para frente, Sarah achou que eles iriam se beijar. Mas Apolo apenas pegou o livro e sai correndo.

– APOLO! – Sarah se levantou e foi atrás dele. Ele correu por partes do templo em que ela nem mesmo conhecia. Ele correu mais um pouco, ela estava quase alcançando ele quando... Ele entrou numa sala. Nunca tinha entrado lá, ele nem a proibia de ir aos locais pelo templo. Abriu a porta lentamente e se deparou com uma coisa maravilhosa! Uma biblioteca! Não uma biblioteca comum, a maior do mundo. – Apolo! Você fez isso para mim?!

– Na verdade, já tinha. Mas eu pedi para aumentaram, já que você iria morar aqui, comigo.

– Ai meu santo pai! – disse Sarah. – Muito obrigada, muito obrigada mesmo! – Sarah abraçou Apolo, ele retribuiu.

Sophie tinha acabado de acordar, sim ela tirou um cochilo depois do Conselho. Quando ela acordou não encontrou Hermes, por um lado ficou feliz. Sua barriga começou a roncar, Hermes tinha prometido que hoje ele iria fazer o almoço.

– HERMES! –gritou Sophie, e nenhuma resposta.

– HERMES! – Sophie voltou a gritar, ela não podia ficar tanto tempo sem comer.

Ela trocou seu pijama por uma roupa confortável, e foi atrás de Hermes pelo Olimpo. Ela gritava o nome dele, e nada de encontrá-lo. Estava começando a ficar preocupada, ninguém sabia dele. E sua fome aumentava assim como a sua preocupação.

Sophie decidiu voltar para o templo, vai ver era somente uma pegadinha dele. Isso não valia toda aquela preocupação. Quando chegou no seu templo, decidiu matar tempo. Tentou falar com sua mãe e seu pai pela Mensagem de íris, mas só conseguia perguntar para eles se souberam onde Hermes esteve. Talvez fosse a fome, ela disse para si mesma depois de desligar a conversa com seus pais.

Pegou o iPhone (N/A: esses deuses são muito chiques, sei não...)e começou a jogar Temple Run. Já eram 4 da tarde, e ela não tinha comido nada. Estava esperando a comida que Hermes iria fazer, ele disse que seria o primeiro prato que ele iria fazer, então ela queria estar com a barriga vazia para rir da comida dele.

6:30 nada de Hermes. 7:30 alguém ai sabe onde está o deus dos ladrões? 8:30 a porta se abriu, Sophie que já estava quase dormindo (N/A: Ela só não é dorminhoca,hein?) de novo, se acordou com o barulho da porta se fechando.

– Mas o que é isso? – ela perguntou sonolenta.

– Oi – disse Hermes tirando sua bolsa de carteiro – ainda está assim? Porque não se arrumou?

– Arrumar para que? Ein tiozinho? Por acaso eu tenho cara de quem estar afim de sair?

– O Baile da Afrodite – disse tirando a camisa, e Sophie desviou o olhar.

– Quantas vezes irei pedir para que você não tire a roupa, ou fique quase sem roupa na minha frente? – disse Sophie e Hermes riu pelo nariz – Mas que baile é esse, ninguém me falou nada.

– É obrigatório, pelo menos foi o que Afrodite me disse.

Sophie bufou – Ok, eu vou me arrumar. E você está me devendo um almoço!

– Eu sei, desculpe. Você comeu alguma coisa, certo?

– Na verdade, não. – disse Sophie subindo as escadas. – Me traz alguma coisa que mate fome, sei lá. Ou eu como na festa mesmo.

Sophie deu de ombros e foi para o banheiro, lá tomou um belo banho de banheira. Se enrolou numa toalha e foi até o guarda-roupa, lá tinha todos os seus vestidos de festa. Todos da cor preta, já estava ficando enjoada de preto, seu pai teria um ataque se a ouvisse dizendo isso. Ela riu pelo próprio pensamento.

– Não sabe o que vestir? – perguntou Hermes, já pronto.

– É, estou com uma certa dúvida. Mas acho que vou com esse preto mesmo.

Ela pegou um vestido preto no guarda-roupa. Ele vinha até o joelho bem básico, sem magas. Ela adorava, já Hermes não. Ele já a tinha visto com esse vestido, no aniversário do pai dela.

– Você já usou esse vestido, Afrodite não vai gostar de ver com ele de novo.

– Verdade – ela se abaixou um pouco e começou a procurar.

– Porque não usa esse vermelho aqui – Hermes pegou um vestido vermelho que estava voando pelo quarto, literalmente.

– Não sei se devo.. – Sophie pensou um pouco. – A que se dane, vou usar esse vermelho mesmo.

Sophie pegou um casaco preto e o vestido e entrou no banheiro. Hermes, antes dela sair, não conseguia parar de olhar para as pernas dela. Eram torneadas, mas não muito grossas. Ele gostava (N/A: Safadinho :9). Após alguns minutos, Sophie sai vestida. O vestido vermelho era colado nas costas, mas no final ficava um pouco solto. Batia no meio das coxas e era tomara-que-caia. Ficou muito bonito nela. Sophie estava terminando de colocar seu salto preto. Pronto, eles já estavam prontos.

Hermes entrou junto com Sophie, todos olharam a para eles. Nada que estava acontecendo por lá era muito comum. Mas de uma coisa era certa...

Essa festa prometia.