POV Catherine

Acordei na torre da Grifinória, olhei pro meu relógio e tomei um susto. Já se passava das oito horas. Eu estava perdendo a aula de voo... Ok, eu não preciso frequentar a aula já que jogo quadribol, mas eu gosto de ir. Parece que eu não sou a única atrasada. Todas as minhas colegas de quarto estavam dormindo. Levantei correndo, mas tropecei em um corpo. Era Louise.

_ Catherine! - ela gritou comigo.

_ Desculpa, eu esqueci que estava ai... Estamos atrasadas para a aula, levanta! - eu disse entrando no banheiro.

_ Cathy – ela chamou e eu coloquei a cabeça pra fora do banheiro.

_ Hoje é dia das bruxas, não temos aula... - ela me lembrou.

_ Ah, é... - dia das bruxas? - AH!!! Parabéns, Izzie!! - eu me joguei em cima dela.

_ Nossa... Que gritaria é essa? - reclamou Charlie sonolenta.

_ É aniversário da Izzie e dia das bruxas! - eu gritei.

_ Parabéns, Louise – Charlie disse antes de voltar a dormir.

_ Nota dez pelo entusiasmo dela... - eu ironizo – Mas olha, Izzie...

Levantei e fui correndo pro meu malão e tirei um embrulho de lá.

_ Pra você! Feliz aniversário! - eu gritei entregando o embrulho pra ela.

_ Para de gritar, sua maluca! - ela sussurrou – Obrigada...

Ela abriu o presente e encontrou um livro.

_ Que lindo! - ela gritou.

_ Olha só... eu sei que é seu aniversário e te dou os parabéns, mas parem de gritar! - Nathalie nos repreendeu e voltou a dormir logo em seguida.

O presente era um álbum, a primeira página era ocupada por quatro fotos. A do James vinha logo à direita no alto, eu tinha a tirado na festa da Grifinória, ele dava gargalhadas e, se eu não estou enganada, de uma piada de Edward. Ao lado da de James tinha uma minha, dando pulinhos de alegria logo antes da festa. Embaixo da minha tinha a do Edward pensativo ( só pra variar...) e ao lado da de Edward tinha a da Izzie, onde ela estava tentando se esconder atrás das mãos, mas sem sucesso. Logo abaixo das fotos estava escrito: “Desde O Princípio”.

As páginas seguintes estavam em branco para ela ir completando com o tempo. Louise estava radiante quando entrou no banheiro para tomar banho. Logo que ela saiu, eu entrei. Nos arrumamos e descemos.

Sentamos na sala comunal. Logo James desceu com um embrulho na mão.

_ Feliz aniversário, Izzie – ele a abraçou e entregou o presente.

_ Obrigada, Jay – ela disse abrindo o embrulho.

Dentro do embrulho tinha uma caixinha de veludo, Izzie abriu e dentro tinha uma pulseira com cinco pingentes de bruxa ( http://www.misticismoemais.com/media/produtos/offline/1356.0.original.jpg ). Ela deu um gritinho e pediu para que James colocasse a pulseira em seu pulso. Ela pegou uma outra caixinha que estava junto com a caixa de veludo, abriu e tirou de dentro um souvenir de um anão ( http://img2.mlstatic.com/conjunto-branca-de-neve-disney-boneco-personagem_MLB-O-230414213_1168.jpg só o da direita).

_ Por que isso? - Izzie perguntou.

_ Não é por causa desse anão que você me chama de Zang? - ele perguntou.

_ Era... Eu não te chamo mais de Zang, não mais... - ela sussurrou.

_ Esse é um pedido oficial de desculpas, e eu sinto falta de você me chamando de Zang – ele olhou pra ela com cara de cachorro abandonado.

_ Achei que você não gostasse do apelido...

_ Eu não gosto... Eu amo! - ele se entusiasmou – Eu gosto dele porque só você me chama assim e..

Ele foi interrompido quando ela jogou os braços ao redor dele.

_ Zang! - ela gritou no ouvido dele.

_ Ok... to começando a odiar esse apelido... - ele disse sorridente.

_ Ok, Jay! - ela fechou a cara, entrando na brincadeira.

_ Não! Zang... Tá ótimo Zang... - ele disse rapidamente nos fazendo rir.

_ Parabéns para a serpente loira! - gritaram os gêmeos Collins e Ryan saindo do dormitório masculino.

_ Obrigada, meninos – ela sorriu.

_ Olha, tivemos que usar as três cabeças para escolher um presente, então esse aqui é de nós três – disse John estendendo um embrulho.

Louise o abriu. Era algo parecido com um livro, só que não tinha nome. Louise tentou o abrir, mas não conseguiu.

_ Assopre a capa – pediu o gêmeo idiota, ou seja, Robert.

Louise assoprou, um buraco de chave apareceu no meio do livro.

_ Vocês tem a chave? - perguntou Louise.

_ Ah, aqui – Ryan entregou a chave presa no cordão.

Louise a pegou e enfiou a chave que parecia ter perfurado toda as páginas do livro. O desenho da margem da capa ( http://lh5.ggpht.com/-7YMiaUWK620/Tg6ZOYpR1tI/AAAAAAABCvQ/adZt27raGTc/Caixa%252520rosa%252520-%252520risco_thumb%25255B1%25255D.jpg?imgmax=800 ) se desfez e deslizou pela capa formando a palavra “SENHA”.

_ Como é a primeira vez a ser usado, você cria a senha... - completou John.

Louise se afastou e disse a senha, voltou para perto da gente e abriu o diário.

_ Nossa isso ai é mais seguro que o Gringotes – James riu.

_ Nossa mãe que inventou – disse John – Ela tem uma loja no beco Diagonal de artigos femininos, acho que já que ela não teve nenhuma filha, ela acabou criando coisas para ajudar a filha dos outros...

_ Amei, meninos! - disse Louise sorrindo e abraçando os três com seus braços magrelos – Estava mesmo precisando desabafar.

_ Que bom que gostou... Ai dentro você vai encontrar um envelope com umas instruções, parece que ele faz mais coisas, mas mamãe não nos deu maiores detalhes – disse o idiota.

_ Depois eu vejo com calma – disse Louise guardando os presente na mochila – Vamos descer? Estou morrendo de fome.

Todos desceram alegres para o Salão Principal, onde encontraram Edward que olhava para a porta, parecendo estar nos esperando. Ao seu lado estava Julie, eu nem tinha reparado que ela não estava no quarto.

Nos juntamos a eles e começamos a nos servir. O salão estava lotado, os alunos que eram do 3º ao 7º ano fariam uma visita a Hogsmeade, então todos acordaram cedíssimo. Era visível que eles iam, pois estavam todos agasalhados, preparados para o dia frio de outono.

_ Hey, Izzie... - disse Julie – Já ganhou muitos presentes?

_ Já! - disse Izzie animada – Ganhei essa pulseira – ela esticou o braço – e um anão de porcelana do James, eu acho que é porcelana... Ganhei um álbum de fotos da Cathy e um diário mágico dos meninos.

_ Então tenho mais um presente para a pilha – disse Julie tirando um embrulho de debaixo da mesa.

_ Obrigada, Julie! - Louise pegou o presente e o abriu. Dentro tinham um cachecol e uma boina verde musgo.

_ Para combinarem com seus olhos e coincidentemente com sua Casa – completou Julie.

_ Mas espera que eu também tenho um presente que vai ser complementar ao dos meninos – ele também pegou um embrulho debaixo da mesa.

_ Vocês estão me mimando demais! - disse Louise pegando o presente de Edward – Obrigada, Ed...

Ela abriu o pacote e dentro tinha várias penas de escrever, cada uma de uma cor, e também um tinteiro.

_ Cada pena escreve com a tinta de sua respectiva cor, mas não é necessário ter vários tinteiro. Esse único tinteiro serve pra todas. Elas que mudam a cor da tinta. Comprei lá na loja do Professor Weasley – disse Edward.

_ Como você foi lá? - perguntou Robert.

_ Ele foi no dia que foi comprar o material, né Ed? - disse James rapidamente encobrindo a falha do Edward.

_ Ah, é... Foi sim, eu tinha visto, então, eu me lembrei e pedi para minha mãe comprar e mandar por coruja – ele completou.

Louise guardou os presentes e continuamos comendo e conversando. O salão aos poucos se esvaziara. Nem tínhamos notado.

_ Hey! Temos que nos trocar – eu disse ao ver a hora.

_ É mesmo, temos detenção depois do almoço – disse Edward se levantando.

_ Espera! - disse James – Senta ai... - ele olhou em volta e viu Dominique dormindo – Nick! - ele gritou e a garota acordou assustada.

_ Ah! É você... - ela disse se levantando e se aproximando de nós – Cadê todo mundo?

_ Hogsmeade... - ele respondeu – Por que não foi?

_ Ah! É que as meninas tinham um encontro e eu não queria ir e ficar de candelabro e...

_ Ah, fala sério que uma menina gata como você não tem um encontro... - esse foi o imbecil...

_ Hum.. Robert, não é? - ele confirmou – Então, Robert, é que eu já tenho um namorado, mas ele está na Ala Hospitalar desde que um certo batedor o derrubou no jogo de quadribol... - ela disse olhando pro James.

_ Você namora o Avery? - perguntou James.

_ Sim, e se você contar pra algum dos meus tios ou pro meus pais, você vai estar ferrado comigo!

_ Foi mal, mas ele está bem? - James disse sem jeito.

_ Está, sai hoje da Ala Hospitalar – ela disse – Mas afinal, por que me chamou?

_ Ah – disse James procurando algo na mochila e tirando de lá uma máquina fotográfica – Tira uma foto pra gente, é o aniversário da Izzie.

Dominique pegou a câmera e tirou a foto.

_ Pronto – ela devolveu a câmera – E feliz aniversário, Louise.

Dito isso ela foi embora sem nem dar tempo de Louise agradecer.

Eu, Jay, Izzie e Ed nos levantamos e saímos do Salão Principal.

Eu, Jay e Ed nos separamos de Louise no Saguão de Entrada e no quarto andar Ed se dirigiu à Torre da Corvinal.

POV Louise

Parei nas escadas das masmorras e peguei a caixa de balas. Sussurrei “Doce Ilusão” e dei um toque na caixa com a varinha. Peguei o mapa e verifiquei a masmorra. Nem sinal de Bethani ou dos Zabine. Sophie estava no quarto, mas acho que dá pra encará-la. Guardei a caixa e continuei pelo meu caminho.

Entrei na Sala Comunal e andei diretamente pro dormitório feminino. Entrei no meu quarto e encontrei a Sophie deitada. Fui pro meu malão, peguei as vestes e a toalha e segui pro banheiro.

Tomei um banho revigorante. Sai do banheiro e Sophie ainda estava deitada. Penteei o cabelo na frente do espelho e prendi a franja. Recoloquei a pulseira e o cordão onde a chave do diário ficava pendurada. Peguei a minha mochila e a esvaziei.

Fui até o malão e transferi os Detonadores Chamarizes e os Pó Escurecedores do Peru, e outras coisas da pegadinha, dele para a mochila. Fechei a mochila e a coloquei ao lado da cama. Me sentei para ver melhor tudo o que ganhara.

Peguei o Zangado e o coloquei na mesa ao lado da cama. O álbum guardei no malão junto com o cachecol e a boina. As penas e o tinteiro coloquei em cima da mesa junto com o anãozinho. Sobrou o diário. Eu soprei a capa e a fechadura apareceu, peguei a chave a coloquei no buraco. A palavra “senha” reapareceu. Sussurrei “ Marota Desde O Princípio”. Ouvi um clique e abri o diário, logo encontrei o envelope com as instruções. Que na verdade, só informava que tinha uma função que ia além dos diários comuns.

“ Você talvez já tenha notado, mas se não notou eu irei explicar... Se dúvida tiver, sobre o que sente, assopre a página onde quer escrever e lá irão aparecer seus sentimentos. Não desperdice seu ar, pois você só terá sete dicas sobre o que sente. Faça bom proveito.”

_ Vejo que ganhou muitos presentes – disse Sophie.

_ Sim, ganhei. Mas o que você tem mesmo a ver com isso? - respondi friamente.

_ Só estava querendo puxar conversa, se acalma ai – ela disse ao se sentar.

_ Por que você iria querer conversar com alguém como eu? - perguntei mantendo a pose fria.

_ Porque eu não ligo pra essa coisa toda de sangue-puro, mestiço e sangue-ruim... - ela respondeu me surpreendendo.

_ Achei que você ligasse, se afastou da gente por quê, então?

_ Porque não quero os Zabine e a Martella no meu pé. Eles iriam fazer da minha vida o inferno se eu andasse com você, eles viriam com aquele discuso de que eu sou da Sonserina, que eu tenho que honrar a nossa casa e blablabla – nossa! Sério mesmo que ela me falando tudo isso? - Não nasci pra virar saco de pancada de ninguém e...

_ Mas nasceu pra capacho, certo? - eu mesma me surpreendi com o que falei – Porque é isso que você é, faz tudo o que a Martella quer, inclusive destratar as pessoas por causa dos princípios dela, que se dane os seus princípios, certo?

_ Isso não é da sua conta, Kant – ela disse depois de uma pausa – Eu estava pronta pra te pedir desculpas mas você acaba de provar que é merecedora de estar nessa Casa, você é tão arrogante como qualquer outro Sonseriano!

_ E quem é mesmo você pra me julgar? - é sério... o que está dando em mim? - Você é só uma Maria-vai-com-as-outras, você não tem moral para me julgar, Bones.

Fechei meu diário e tirei a chave. Peguei uma pena comum e um tinteiro e enfiei na mochila. Sai em disparada do quarto deixando uma Sophie pasma para trás.

Saí com tanta raiva do dormitório que acabei trombando com alguém e caí no chão.

_ Desculpa – eu disse assim que segurei a mão do garoto com quem eu trombei.

Olhei pro garoto e vi que era o Albert, tratei logo de soltar sua mão.

_ Hey, fiquei sabendo que é seu aniversário – ele disse amigavelmente, mas que porra é essa? - Minhas fontes estão certas?

_ Sim... - o que está acontecendo com as serpentes hoje?

_ Feliz aniversário, então!

_ Obrigada – eu disse meio sem saber o que fazer.

_ É meio irônico alguém que seja nascido trouxa fazer aniversário no dia das bruxas... - ele comentou. Bem que tava demorando...

_ Sabe o que é irônico? Você estar sendo amigável, até me chamou de nascida trouxa em vez de sangue-ruim... - eu observei.

_ Não gosto desse nome... - eu ia retrucar mas ele continuou falando – Nem vem dizer que eu te chamava assim... Quem te chama assim é a Bethani...

_ Verdade... Mas você a apoia...

_ Só porque o Potter se mete no meio da história...

_ Então o seu problema é com o James?

_ Sim...

_ Não é comigo?

_ Já disse que não...

_ Então tá... deixa eu ir que eu tenho que almoçar logo, tenho detenção depois do almoço... Você também não tem?

_ A minha é às quatro, parece que o Professor Weasley nos deu essa detenção só pra gente se atrasar pro banquete... - ele disse se afastando.

_ Deve ser só impressão sua – eu respondi nervosa – Tchau!

Saí quase que correndo. Encontrei com os outros no mesmo lugar onde os deixamos mais cedo.

_ Vocês estão aí desde o café? - perguntei me sentando.

_ Sim, sim... Nós iríamos chegar lá em cima, conversar por três segundos e depois descer... - disse John.

_ Entendi... - eu disse.

Logo entrou Cathy e James. Não muito tempo depois Edward se juntou a nós.

Comemos o almoço e logo o Professor Weasley apareceu.

_ Hey, enquanto o salão não esvazia, vocês terão que começar os trabalhos na sala aqui do lado, ok? - ele disse quando nós o acompanhávamos até a tal sala.

Entramos na sala, e nela já tinha muitas abóboras e fadas estupefeitas.

_ Comecem jogando spray roxo, azul, laranja e preto nas fadas. Deixe as bem bruxas, ok? - ele disse se sentando na cadeira que tinha num canto da sala – Ficarei observando enquanto isso.

Meia hora depois, o professor dormia.

_ Hey! - disse James – Tive uma ideia...

_ O que? - perguntou Edward.

_ Vai ali na porta e chame alguém pra tirar uma foto nossa – ele disse se levantando.

Edward foi até a porta e achou um garoto da Lufa-Lufa que estudava com a gente.

James pegou uns pedaços de papelão das caixas onde as fadas estavam guardadas e escreveu com spray “DE” no primeiro pedaço, “TEN” no segundo, “ÇÃO” no terceiro e no último escreveu “ =( ”. Cada um pegou um pedaço e nos arrumamos para que ficasse escrito “ DETENÇÃO =( ”. O garoto tirou a foto e depois saiu.

Voltamos a fazer o que tínhamos que fazer. Quando deu quatro horas, achamos que seria melhor acordarmos o professor.

_ Vingardium Leviosa – pronunciou James apontando para a única abóboras que nós tínhamos cortado, já que tínhamos acabado com as fadas.

A abóbora flutuou até a altura do rosto do professor e ficou a centímetros de seu nariz.

_ Tio Jorge! - chamou James.

O professor abriu os olhos e deu um pulo pra trás, caindo de costas no chão com cadeira e tudo. Nós começamos a rir.

_ Essa foi boa – ele disse ao se levantar – Agora, espalhem as abóboras pelo chão.

Nós espalhamos, ele apontou para as abóboras com a varinha e elas foram cortadas.

_ Agora, abram as abóboras e tirem o recheio. Os marotos já estão vindo para ajudar vocês. Agora tenho que ir passar a detenção pros meus outros pupilos. Boa sorte! - ele disse ao sair.

Logo eles apareceram, nos ajudaram a terminar e depois foram embora.

Fomos até o Saguão de Entrada e posicionamos algumas abóboras lá e depois seguimos para o Salão Principal. Onde posicionamos o restantes das abóboras e colocamos uns fogos que detonam na água embaixo dos bancos. Logo o professor Weasley apareceu e colocou um feitiço para que ninguém visse os fogos. Deixamos as caixas com as fadas lá e fomos nos arrumar.

Tomei um banho voando e troquei as vestes. Subi e já tinha alunos entrando no Salão Principal. Me adiantei e sentei onde eu deveria ficar. E que comece o banquete!