Sam desceu as escadas apressada, com o celular no ouvido e passou pela sala distraída. Fred tinha acabado de sair de seu escritório em casa, e seu queixo ainda estava no chão. Ela entendeu, pintou uma grande parede. Galáxia. Ele amou quando o viu, e ainda por ver o escritório arrumado. Só ela arrumaria o lugar daquele jeito, um gesto passado e nerd. Ele acompanhou com o olhar ela andar rápido até a cozinha. Parou na porta da grande cozinha, cruzou os braços e a observou.

Ela está com a geladeira aberta, e parecendo prestar muito atenção no que escutará. A cozinha foi preenchida pelo seu suspiro triste e então Fred pode ouvir a voz da esposa.

- Não se preocupe, sua mãe ficará bem. - Ela disse tentando parecer animada.

 - Calma, resolverei o seu problema. Sua mãe vai sobreviver, acredite! - Deixou transparecer sua voz melancolica.

- Vou conseguir o dinheiro, e pagarei a dívida no hospital. - Falou firme.

- Não, eu quero fazer. Me deixa fazer. - Pegou uma maça da geladeira, e se virou. Deu um pulo por ver Fred na porta, que fingiu estar chegando no cômodo na mesma hora. 

- Depois eu ligo. Mande um beijo pra sua mãe e fique ao lado dela o quanto precisar. - Ela disse calmamente, querendo que Fred perceba o desinteresse da presença dele. 

- Bom dia, flor do dia. - Disse em tom divertido.  Sam deu uma pequena risada e mordeu a maça, mas ele percebeu os olhos dela lagrimejando.

- Tudo bem com você?- Ele se aproximou, tocando o rosto dela com as pontas dos dedos. Ela olhou pra ele e deu um fraco sorriso.

 - Sim. 

- Tudo bem com o Jonny?- Ele perguntou meio ressentido. Os olhos de Sam, encararam a bancada.

- Porque iria querer saber disso? - Perguntou doce.

- Porque a resposta seria a causa desse sorriso triste. - Ela sorriu, um sorriso sincero, e ele automaticamente também sorriu. Ela não precisava contar, pois ele já sabia. Ela sabia que ele tinha conhecimento. Então ela o abraçou carinhosamente, ele retribuiu a abraço. Ficaram ali por minutos, até Fred decidir agradecê-la.

- Obrigado pelo o escritório, me sinto um nerd. - Ele disse divertido. Pois tinha ideia do que ela responderia. Sam saiu dos braços de Fred, e deu um verdadeiro riso. Achou muita graça do que o marido acabara de dizer.

- Você pode estar com os cabelos brancos e usando bengala. Mas querido, sempre será um completo nerd e idiota. 

Fred riu e em pensamento disse " Bingo ". A reconhecerá novamente, iria ver o avô hoje e relatar essa semana e meia de conquistas. Conversaram sobre o problema que Sam está tendo em abrir filiais. E foram trabalhar.

Sam teve que substituir Jonny na cozinha, e amou. Fazia tempo que não cozinhava tanto assim. Mas depois chamou a Quiara, entraram em acordo. Ela trabalhará nos jantares, e almoços de sexta. Já que Jonny foi pra fora da cidade, se juntar a família e cuidar do estado grave de câncer da mãe. 

Não deu nem cinco minutos da chegada de Sam em casa, a campainha tocou. Ela saiu da cozinha, andando calmamente até a porta. Abriu e se arrependeu de tê-la aberto.

 - Boa tarde, futura ex Senhora Benson. - Debochante. A voz de Cléo esta de deboche e Sam arqueou a sobrancelha direita a encarando. Puta. Ela pensou.

 - O que deseja? - Sam se pos em frente dela, com as mãos na cintura. Mas Cléo a empurrou, adentrando na mansão.

- O seu marido na minha cama. - Cléo falou tranquila. 

- Não será fácil, querida. Ele é fiel a mim. - Sam respondeu gentilmente. 

- Fácil é. Você deve estar fazendo greve de sexo por um bom tempo. Sinto ele exalar desejos quando chego muito perto, e nossa como ele é gostoso. Mas um tempinho e não vai resistir a mim. - Cléo se virou encarando Sam, que os olhos estavam em fogo.

- Tem algo a mais a dizer? - Sam endureceu a voz. 

- Sim, preciso que ele assine essa papelada. - Ela mostrou os papéis em mãos. Sam riu.

- Ele sempre assina essas porcarias pelo o TabletWrites! Você queria dar em cima do meu marido, é muito baixa mesmo. 

- Baixo é sacrificar um feto por vingança. - Cléo disse sorrateiramente. A estrutura de Sam caiu.

 - Como é?

- Fred me contou em um dia que estava muito chateado com você. Como você foi burra de correr atrás de um estrupador, sabendo que estava GRÁVIDA! Perto de você, sou um prédio de dignidade.

O sangue de Sam ferveu. Ela ainda achou que poderia não se divorciar, pois Fred estava mudando. Se sentiu tola e enganada. Ele contou algo tão intimo dela para uma secretaria? Não, pior. Ele contou para uma puta com máscara de secretaria. Não pensou duas vezes, suas mãos agarraram os cabelos loiros curtos de Cléo e a levou para fora de casa.

 - Que o diabo que te carregue! - Sam disse ao soltá-la ali. Entrou e subiu quase voando para o quarto. 

As lágrimas correram pelo seu rosto, ela estava muito machucada. Muito mais decpcionada com Fred, do que ontem estava com Jonny. E dai que ele não sabia qual sempre seria seu hobbie? Ele não falou para uma secretaria do jeito que trepavam. Fúria. Ela está furiosa, ele sabia o que Antônio tinha feito com Carly e do quanto queria dar o troco pro desgraçado. Ele sabia. Sam fungava ao meio do choro. E em comparação de Fred e Jonny. Seria Jonny, pois mesmo que ele detalhasse tudo que fazem na cama, não chegaria ao pó do que Fred fez. Ele tinha prometido não contar.

Mas, parece que promessas dele não valiam de nada. E isso a deixava triste, pois ela gostava tanto do cheiro dele. Das vezes que permitia abraça-lo e inspirar o suave cheiro de madeira e frutas cítricas que ele tinha. Ás vezes cheirava damasco, mas o cheiro que amava sentir nele, sem dúvida, é o cheiro dela. Ela passou as mãos no rosto e tentou enxugar as lágrimas.

 - Vai ter troco. Essa dor irá perfurar ele hoje.- Ela disse pra si e levantou-se, procurando um vestido vermelho. 

Fred chegou em casa por volta das 19:40, viu papéis da logomarca de sua empresa no chão. Estranhou e juntou-os, organizando.

 - Boa noite. - Ele escutou a voz suave de Sam, procurou-a e achou sua mulher descendo as escadas. O cabelo ainda estava em um coque, vestia vermelho e usava um batom vermelho fosco. Engoliu em seco, ao reparar o quanto o vestido que ela usa é curto. Curto e decotado, pensou. Ela ficará com os cabelos presos de propósito, e também esta descalça. Ela sabia como seduzir ele e faria, de forma torturante e deliciosa.

- Você está bem? - Fred deu um passo para trás quando Sam se aproximou.

Um passo não foi suficiente, as mãos dela alcançaram facilmente o tórax dele. As mãos dela deslizaram pelo o abdomen dele, o rapaz assustado quase perdeu o ar.Ela fez o que ele gosta. Seus olhos nos olhos dele. E isso o fez queimar por dentro, ela do nada o queria? Desconfiante. Mas como Fred não é bobo, entrou no jogo. Claro, se deixando levar pela loira durona e mandona. 

Ele sentou no sofá, pois ela o  empurrou. Assistiu ela morder o lábio, e por consequencia algo se animou dentro da sua calça. Devagar ela sentou em seu colo. Fred gemeu baixo por sentir esse contato que a muito tempo não sentia. E para a surpresa de Sam, ela também gemeu ao senti-lo, só que abafou entre os dentes.

Fred se moveu para sair dali. Mas melhorou ainda mais a intimidade deles entrarem em contato. Sam se esqueceu tudo que planejará. Sua cabeça foi roubada pela sensação que sentia percorrer seu corpo. Ardia. Queimava. Desejava. Não pensou. Não pretendia e nem queria pensar. Seu ID se manisfestou em todo o seu corpo, então ela se mexeu devagar em cima do membro de Fred. Que aumentou a cada segundo a mais de contato com a intimidade de Sam. E isso porque, haviam a calcinha, cueca e calça do Fred atrapalhando.

As mãos dela, tiraram a blusa dele rapidamente. E então atacará seus lábios. Um beijo de verdade começava a ser trocado. E quando a língua de Freddie invadiu a boca dela, uma explosão aconteceu. Uma bomba explodiu no corpo de Sam. Era como um reconhecimento físico, dos dois corpos. Sam arranhou o peitoral dele, com força. E se deliciou com o gemido gerado entre os beijos, que se seguiam mais selvagem.

Os beijos cessaram, para a sala tentar ouvir os gemidos pequenos e involuntários de Sam. A mão direita do Fred estava nas costas dela, inclinando-a. Para ele ter melhor acesso ao pescoço e a região acima dos peitos. Toda a pele a mostra estava sendo sugada, mordiscada e marcada por Fred. A mão esquerda, esta no quadril puxando-a para baixo, para mais contato das intimidades. Por um choque, ela se despertou. Mas nada fez por um pequeno minuto.

Tomou a situação para si, agarrando com fúria os lábios dele. Ela queria beijá-lo mais antes de machucar o coração dele. Então rebolou em seu colo por mais vezes. Então decidiu botar na cabeça o que falará. E falou... Melhor gemeu. O nome do Jonny foi audível, como um gemido.

Fred a parou na mesma hora, olhando-a nos olhos. Sua respiração estava descompassada, e quando ela o olhou pôde ver a dor que os olhos castanhos tinha no exato momento. Ela se levantou. Queria chorar por fazer isso com ele. Mas decidiu desde o ínico, que se fosse pra sangrar com certeza não seria sozinha. Ele também sangraria, por fazê-la acreditar e se iludir por nada. Ele traiu a confiança de uma vida inteira deles. Ela o culpava na mente, ele contou a única coisa na  vida dela que volta em sonhos e faz ela sofrer todas as manhãs.

- Devia escolher secretárias melhores. E ponderar o que contar à elas. - Ela disse ríspida e cheia de raiva na voz. - Você me culpa pelo nosso filho. VOCÊ MENTIU PRA MIM! - Gritou a última frase. De seus olhos caíram lágrimas.

 - Sam eu não... - Quis explicar. Sua mente o destruía, tudo estava perdido agora. Ele não pensou direito quando contou a Cléo sobre quando Sam engravidou. Ele contou por raiva, porque tinha acabado de descobrir que ela o traía. Foi impulso de Cinco meses atrás. 

- " Nunca vou cobrar a vida do nosso filho de suas mãos. Eu te prometo. " - Sam repetiu com voz trêmula. 

- " Eu entendo porque você não me contou sobre a gravidez " - Ela acrescentou, passando a mão no rosto com força.

- " PORQUE EU TE AMO E SEI QUE VOCÊ TANTO AMOU NOSSO BEBÊ. Não foi culpa sua. PARE. PARE DE SE CULPAR. EU ESTOU AQUI, ESTÁ BEM? SEMPRE ESTAREI E NUNCA NINGUÉM VAI SABER. EU TE PROMETO. " - Berrou jogando na cara de Fred, as palavras que ele usou para mantê-la viva e a salva.  Grande parte, para vê-la sorrir.