40 Dias Para Te Reconquistar escrita por jamxx


Capítulo 31
Capítulo 23 - Símbolo da paz


Notas iniciais do capítulo

Oks. Eu demorei muito e peço desculpas, mas é que fiquei tão viciada em The Walking Dead que só parei de assistir quando acabou as temporadas D: Isso mesmo, perdi os últimos dias vidrada nos horrores e na luta pela sobrevivência dos atores dessa série hahaha Até tive uma inspiração para uma fic! Mas chega disso, né?! O capítulo de hoje está recheado de novas informações e acontecimentos. Claro, esse capítulo vou dedicar a Samantha Benson(É o nome da conta dessa fofura que recomendou a história) e a também para FlaviaSEDDIE!! Se acomodem na cadeira e vomite arco-íris com o começo do capítulo :*



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Neste mundo que parece virado pelo avesso, precisamos fazer do fim um recomeço, precisamos fazer o bem brotar também do mal." (Augusto Branco)

Três semanas depois... 

- Bom dia. - Samantha sussurrou baixinho ao ver o marido despertar. Ele esfregou os dedos nos olhos e passou as mãos no cabelo.

Segundos depois ele sorriu finalmente acordado, vislumbrou a esposa que esta em pé com sua calça de moleton e mais nada. Os longos cabelos loiros dela caíem como cascata sobre seus seios fartos. A imagem dela dessa forma lhe deu arrepios e decidiu que realmente seria hora de acordar. Levantou-se e se aproximou devagar com um grande sorriso descarado nos lábios. Samantha riu baixinho e começou a se afastar do tanto que ele se aproxima. Para a sorte dele a esposa acabou batendo as costas na parede da porta, fazendo-o assim lembrar do quanto gostava de paredes e mais ainda quando sua mulher está encostada nela. 

Samantha parou de sorrir e o olhou com desejo interminável. O mesmo desejo que a consumiu nos últimos dias. 

- Fred, eu vou acabar me acostumando com isso. - Ela falou baixo sentindo seu corpo sendo pressionado na parede.

- Se acostumar com o que? - Fred fingiu não saber de nada e isso causou alguns arrepios na loira.

- Você sabe. - Ela sussurrou e sentiu os lábios dele em seu pescoço. 

- Eu não sei de nada. - Fred falou bem baixo no ouvido dela e a mulher sentiu seu corpo tremer. Beijos, mordidas e chupões foram a trilha feita até seus fartos seios. Ela podia sentir a respiração dele entre seus seios e as mãos másculas segurando com força seu quadril. Sam sorriu. - Fala. Vai se acostumar com o que?

- Com sexo matinal. - Sam falou de forma rouca e sensual, denunciando do quanto gosta disso. Mal sabia a loira que o seu amor já tinha se acostumado com esse ritual matinal.

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Aconteceu muitas coisas nas últimas semanas, tais quais fizeram os amigos e familiares de Fredward Benson se ajustarem. Tiveram que lidar com uma perda falsa e lágrimas de sangue foram derramas, mas o médico pagou por isso. A justiça realmente foi feita, pois Dr. Alex foi preso por  homícidio culposo. A justiça nos olhos de todos que não sabiam do verdadeiro culpado. Mishelle, a enfermeira que aplicou a medicação errada, foi afastada do emprego. A polícia teve provas que a enfermeira não foi cúmplica e essas provas foram entregues anonimamente em um departamento de polícia próximo a Kent. O verdadeiro responsável teve uma crise de colapso por saber que o patrão estava mudando de vida, comprando terras em Kent e colocando outra pessoa no comando. Cão foi o primeiro indicado por ter sido o braço direito do patrão por tanto tempo, mas ele negou a proposta. O Cão pediu, se ajoelhou e se humilhou para que Antônio o levasse, mas foi rejeitado. Passou a última semana dentro de um pequeno apartamento desviando de sua vingança inicial, pois o magoa no coração do homem cresceu. Ele destruiria o que mais Antônio ama. A dúvida que o homem cruel tinha era por onde começar: Melanie, Anita ou Sansa. Carly e Brad voltaram para Seattle assim que souberam o que aconteceu com o amigo, ou seja, interromperam a lua de mel. 

Enzo continua com o estado grave e internado na UTI. Anita anda a cada dia mais cabisbaixa e chorosa, pois o estado do melhor amigo não melhora e isso tem preocupado muito sua mãe e sua madrinha. Movida pela esperança de animar a pequena garota a madrinha fez questão de organizar um passeio ao zoológico com a menina e claro, com a aprovação de Carly. Seria certamente um dia muito divertido, animado e familiar. Samantha e Carly convidaram os amigos e seus filhos assim poderiam ter certeza que as crianças iriam distrair Anita.

Com a bolsa arrumara e em cima da mesa da cozinha, Samantha espera o marido impaciente. Com um desejo súbito, se levantou e caminhou até a geladeira. Abriu e procurou por algo que agradasse a sua vontade. Exatamente nada a agradou e isso era realmente estranho para uma mulher com o apetite de uma onça. Ela mordeu o lábio e procurou nos armários algo para saciar seu desejo, mas tudo o que viu não a agradou.

Ela desejava realmente algo gelado e por isso voltou a geladeira. Passou os olhos sobre vários produtos alimentícios aparentemente deliciosas e mais uma vez percebeu que nada daquilo saciaria seu desejo. Gelado e que derreta. Concluiu para si mesma e um sorriso surgiu nos seus lábios. Ela deseja gelo. Automaticamente pegou um copo e abriu o frizzer, dali retirou formas diferentes de gelo. Pegou uma forma rosa de silicone e retirou algumas caveirinhas de gelo, despojando no copo. Depois pegou a forma azul de silicone e retirou mais pedras de gelo, desta vez em formato de coração. 

Sentou-se novamente e apoio o copo na mesa, sem hesitar pegou um coração de gelo e mordeu. Suspirou com a sensação daquela pequena mordida fez em sua boca, derretendo os pequenos pedaços do gelo na língua. Em suas mãos podia-se ver o gelo derretendo e a água gelada correndo sobre seu antebraço. Porém ela não ligou para isso e mais um coração fora degustado como a melhor comida do mundo. Suspiros e murmúrios da loira quase não podiam ser ouvidos, porém a satisfação de cada murmúrio era inegável.

- Sam, eu vou ter que passar na sede da empresa... - Fred falou ao entrar na cozinha e vislumbrou a esposa com a roupa um pouco molhada, braços úmidos e entre as mãos uma pedra de gelo diferente. - Amor você está comendo uma caveira? 

A loira acenou positivamente e abriu a boca para quebrar a caveira de gelo. 

- Você está bem? - Perguntou ele divertido com a cena.

- Fred, não se preocupe. A caveira é feita de água congelada. - Sussurrou a loira e pegou do copo mais uma caveira de gelo. - Sobre o que falava quando entrou?

- Eu tenho que passar na empresa e depois encontro vocês no zoológico. - Ele respondeu e a fitou.

- Então tá. Me liga quando sair da empresa. - Sam não perguntou, somente falou em voz de comando. 

- Se cuida. - Fred falou carinhosamente e se aproximou dela. Beijou a testa e com poucos centímentros do rosto dela, perguntou: - Um beijo gelado?

A loira riu e beijou o marido levemente. Logo depois deixando-o  ir, somente se levantou quando ouviu a porta bater e o barulho do carro dando partida. Ela subiu para o quarto e bufou ao se olhar no espelho, pois odiou a roupa que vestia. Não demorou muito para a calça metalizada, a camisa soltinha e o par de sneakers pretos estarem em um canto qualquer do quarto. De roupa íntima a loira começou sua busca por uma roupa boa, confortável e apresentável. 

Uma hora se passou rapidamente, o closet revirado e uma loira irritada resumia muito o momento da roupa ideal. Samantha concluiu algo nessa última hora, algo que acreditava nunca acontecer com ela e principalmente algo que indicava mudança de metabolismo. Ela concluiu que engordou e tirou prova se pesando na balança de vidro do banheiro. A loira nunca foi de se importar muito com o peso corporal, porém isso a preocupou um pouco. Afinal, ela pelas contas da loira, ela teria engordado três quilos e meio. Mesmo assim a loira tentou ignorar o peso e saiu de casa degustando uma barra de Hershey's de cookies 'n' creme, devidamente vestida e com óculos no rosto.

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- O que faz aqui? - Melanie gritou enquanto adentrou a sala e apertou a mão da filha com força desnecessário. 

No meio da sala cheia de caixas fechadas, abertas e cheias, outras abertas e vazias, um homem alto a olhou com ódio. Charlie decidiu no início da manhã que tentaria negociar algo com Melanie e deu sorte de Antônio não estar em casa. O homem com cicatrizes mordiscou os lábios e respirou fundo ao fitar Sansa. A menina desviou os olhos e apertou com força seus lábios, pois sentia ódio por aquele tipo de olhar. A pequena conhecia bem aquele olhar e isso a incomodou muito, em seus pensamentos se passaram algumas lembranças de cortar o coração. Tão pequena e sem inocência. Um nó se formou na garganta da menina de dez anos. Sansa está com os cabelos loiros cacheados e com uma sombra de glitter azul destacando os olhos claros, vestia uma calça jeans e uma blusa florida.  

- Eu quero conversar. - Charlie falou baixo e olhou firmamente a Melanie.

- Não temos nada para conversar. - Ela respondeu ríspida. 

- Eu não vou permitir que você tire o meu lugar na vida dele. - Cuspiu o homem alto. Melanie se ruborizou de raiva e encheu os pulmões de ar, segurando a respiração e soltando para chamar...

- DOGLAS, RUBÉN E MÁRCIO!!! -  A loira berrou chamando três seguranças da mansão e sorriu cinicamente para o homem em sua frente. 

- Pra que chamá-los? - Perguntou Charlie irritado, o homem segurou em seu pescoço um colar com pinguente da paz e voltou a olhar para Sansa. 

Melanie permaneceu em silêncio e atenta a qualquer movimento do Cão.

Dois minutos se passaram quando três homens uniformizados entraram na sala e se apresentaram diante da loira.

- Esse homem está proibido de entrar aqui. - Melanie avisou os homens. - Vou sair agora e quero ele fora dessa casa vomitando sangue. Entendido?

- Sim, senhora. - Os três responderam e um deles pegou nas mãos um cassetete preto.

- Não volte aqui. Não ligue mais para o meu marido. Tenha vergonha e pare de se humilhar. Não olhe para minha filha. Eu só te aconselho uma coisa: Volte para o inferno do qual você veio. - Melanie falou alto para o Cão e se dirigiu a porta.

- Vocês não vão para Kent. Não sem mim. - Resmungou o homem de cicatres grandes no rosto e Melanie gargalhou falsamente.

- Charlie, por favor, entenda: Antônio não gosta de homens e por isso, não é como você. - Melanie falou divertido e deixou o homem marrento, Charlie, completamente pálido. Charlie não sabia que a falecida Shae contou muitos segredos para a loira em sua frente, e nesse momento concluiu que a Shae abriu o bico sobre do que ele realmente gosta. Melhor: de quem ele realmente gosta e é obcecado.

Assim que a loira bateu a porta da frente escutou um berro de Charlie. Talvez tenham acertado ele com cassetete. Ela não ligou, pois tudo que mais quer é uma nova vida. Melanie sabe que vai ter um futuro diferente e isso afastou todo pensamento ruim da sua mente. Ela está feliz, apesar da impertinência de Charlie. Afinal, ela tem uma filha de dez anos, um marido que está recomeçando a vida por ela e sabe que seus dois filhos estão sendo criados por pessoas maravilhosas. Sem mencionar que ela é fértil e saudável para ter um filho com Antônio. 

Melanie teve gêmeos a um bom tempo, mas nunca cuidou deles ou amamentou-os. Ela não fazia ideia de como ser mãe desde os primeiros dias, mesmo dando a luz a duas crianças. Ela se recorda de não ter olhado para os filhos recém-nascidos sequer uma vez e depois de tanto tempo ela viu uma de suas crianças, concluiu que suas decisões naquela maternidade foram corretas. Ela fez o que foi preciso e por mais que deseja-se, não se arrependeu um só segundo pelo o que fez. 

Ela estacionou o carro perto da entrada do zoológico e dali podia ver quem está na entrada. Reconheceu Spencer e Lohany de mãos dadas, Jade próxima do casal e com concordando com algo que aparentemente Carly falou, ao lado dela estão Gabrielly de maria chiquinha e uma Cannon nas pequenas mãos. Josh com um sorriso bobo direcionado para a Anita e esta com uma flor amarela entre as mãos. Samantha está ao lado da Carly e segurando duas bolsas, concluiu logo que uma das bolsas seria da Shay. 

- Ele vai machucar alguém. - Sussurrou a menina mordendo o lábio com força. 

- Quem? Me diga e te garanto que não irá machucar ninguém. - Melanie falou rapidamente e pegou a bolsa, preparando-se para sair do carro.

- Cão. - A menina falou um pouco alto e fixou o olhar em Melanie. - O Cão vai machucar uma criança como eu, da forma que os adultos fazem para ter crianças e eu acho que não será eu. 

- Querida, ele não disse nada disso. 

- Você não viu o olhar dele pra mim? - Perguntou a menina incredúla. - Digo... Eu sei... Todas as vezes que ele me obrigou... você sabe... Todas as vezes... Sem excessão de nenhuma... Ele... 

- Se acalme, você não precisa se lembrar e dizer essas coisas do passado. - Melanie interrompeu com angústia pela garota. 

- Ele usava aquele colar. - Sansa falou firme e lágrimas rolaram nas maças de seu rosto. Em sua mente se passava fragmentos do que já passou. - Ele só usa aquele símbolo da paz quando quer causar dor. Eu sei que sim... Eu... 

Sansa fungou e melanie tirou o cinto de segurança de ambas. Passou as mãos nas costas da menina e a abraçou com ternura. Demoraram alguns bons minutos para Sansa se recompor e voltar ao normal. Ou seja, voltar a ser calada, observadora e quieta. 

Andaram até o grupo que os esperavam e assim que Sansa chegou perto recebeu um abraçou de Anita, seguido de um toque de mãos de Josh e um singelo sorriso de Gabrielly. Enquanto Melanie cumprimentou a todos com um sorriso nos lábios e com voz mansa. Se negou ficar ao lado de Carly e por isso ficou ao lado de Spencer. 

- Você chegou e nos vamos indo. - Lohany falou em tom de despedida e sorriu gentilmente para Melanie.

- Pensei que todos nós iriamos tirar essa tarde para nos diver...

- Brad e Fred estão presos com um problema na empresa. - Carly interrompeu Melanie e começou a informá-la. - Gibby está preso com a mãe dele e nem sei como Jade e Gabrielly ainda vieram!! 

- Saímos escondidas da minha sogra. - Jade disse divertida e Gabrielly concordou. - Gabrielly fica sufocada quando ela está lá em casa, pois quer a todo minuto mimar a neta.

Melanie riu mais que os outros e olhou carinhosamente para a pequena menina. 

- A gente realmente tem que ir. - Spencer falou e fitou a esposa. - Ela vai fazer a cobertura de um casamento hoje e vou deixá-la lá.

- O que houve com seu carro? - Perguntou Carly.

- Está na oficina, Shay. Eu disse que você está desligada demais! - Sam reclamou e arrumou a alça da bolsa nos ombros.

- Eu não escutei ela dizer que o carro está na oficina. - Carly falou com um bico e Lohany riu.

- Maninha, a Lohany chegou fazendo drama e reclamando por causa do carro. Impossível você não ter escutado. - Spencer disse divertido. 

- Que seja. - Vociferou a Shay. 

- Filho, se comporte. Está bem? - Lohany se dirigiu para Josh e ele concordou com um pequeno sorriso. 

- A Sam vai levá-lo para casa. - Spencer informou ao menino. 

- Lohany não se esqueça de contratar a personal sex trainer. - Jade a lembrou e a coreana ficou vermelha ao lado do marido. 

- O que é uma...

- É para o Chá que vamos fazer na quarta. - Sam falou rapidamente e sorriu para Spencer.

- Que Chá? - Spencer perguntou interessado e desconfiado. Deve ser chá erótico, pensou ele animado. 

- Amor, no caminho te explico. - Lohany sussurrou e as mulheres da roda riram. 

Lohany e Spencer foram embora, sendo assim os que ficaram compraram os bilhetes e entraram no zoológico. 

A tarde foi se passando calmamente. Sansa, Josh e Anita brincaram muito enquanto a pequena Gabrielly tirava fotos de tudo. Eles tomaram sorvete, comeram pastéis e beberam muito refrigerante, exceto Gabrielly que bebeu suco. As crianças amaram ver as girafas, onças, cobras, ursos, tigres, leões e os passáros. Todos se divertiam e o plano de Carly e Samantha se concretizou, pois Anita estava alegre. Carly ficou muito feliz de ver a filha gargalhando e derrubando Josh no chão, isso certamente significava que estava se distraindo. 

- Eu quero mais um sorvete. - Anita declarou ternimando de chupar o palito de seu picolé. 

- Outro? Essa é a terceira rodada de sorvete do dia, querida. Estamos indo embora... - Carly disse calmamente e se sentando em um banco branco perto da saída do zoológico.

- Deixa ela tomar mais um sorvete. - Samantha falou sorrindo e abrindo seu segundo pote de sorvete de brigadeiro, porém este estando quase todo derretido. 

- Posso? Por favor? - Anita pediu com as mãos juntas como se fosse orar e um beiçinho nos lábios.

- Está bem, querida. Não é pra demorar. - Carly disse e deu para a menina o dinheiro necessário para ela comprar o sorvete.

- Josh! - Sansa gritou perto do lago e ao lado de Gabrielly. Logo o menino foi correndo para ao lado das duas meninas, eles admiravam um peixe grande de cor laranja e preto. Gabrielly mesmo tirou várias fotos. 

Perto da lanchonete onde tem os sorvetes comprados, um homem alto observou uma pequena menina de cabelos negros e olhos escuros se aproximar do lugar. Ele sorriu satisfeito ao identificar a pulseira no pulso da menina. Afinal foi ele quem foi buscar a pulseira que Antônio mandou fazer para a filha. Aquela pulseira de ouro e pingentes já seria o suficiente para saber que aquela garotinha é a Anita. 

- Anita não é? - O homem pergunta de uma forma amigável. - Antônio me mandou te pegar, ele está com saudades e tem um presente novo. 

- Você conhece o Antônio? Sansa não me disse nada sobre ele querer me ver. - A menina respondeu desconfiada e deu um passo para trás. Ela estava pronta para correr quando fosse preciso. 

O homem marrento sorriu gentilmente e lançou um olhar curioso a garotinha. 

- Sansa tem sido ciumenta e por isso ele pediu que te pegasse. Ele estar a poucos metros daqui. - O homem falou e Anita entendeu. Ela sabe do ciúmes de Sansa, pois a menina já lhe disse. A pequena olhou para o homem e sorriu abertamente, pegando em um das mãos dele. 

- Você deve ser confiável para meu pai te mandar aqui. - Anita falou baixinho e o homem se assustou com tal afirmação. Ele não sabia disso. Não fazia ideia que a pequena sabia sobre isso. - Temos que correr, mamãe está esperando. 

Ele assentiu e guiou a menina para fora do zoológico. Entraram em um lugar que somente funcionários usavam e quando ele percedeu não ter movimentação nenhuma foi rápido. Trancou a porta e tampou a boca da menina que entendeu estar em perigo. Eles saíram dessa pequena sala por outra porta e Charlie andou um pouco para chegar no antigo departamento do zoológico. Hoje esse departamento está abandonado, um tanto longe da movimentação e dos animais. Sem posto de vigia e quase domado pelo mato. Em uma das salas do departamento, o homem olhou a garotinha com raiva e respirou fundo. 

- Antônio merece esse dor. - Charlie disse pra si mesmo. 

Anita tentou gritar mas em sua boca foi amarrado um pedaço de pano grosso. Um desespero percorreu o corpo da menina, ela não sabe o que aconteceria e só pensou em um filme de terror que viu uma vez. A mulher desse filme foi morta de tanto que bateram nela e Anita pensou que ele bateria nela até ela morrer. Porém o homem começou a arrancar seu vestidinho cor de rosa com estampa de ursinhos fofos. Ela arranhou o rosto dele para que parasse e ele deu um grande tapa no rosto angelical dela. 

- Você vai descobrir agora como papai e mamãe te fizeram. - Ele cuspiu na menina e riu calorosamente. Charlie abriu o zíper da calça jeans e olhou Anita com atenção a todos os detalhes dela. A menina não tem o corpo formado, mas tem pele lisa e branca. Sem nenhum arranhão sequer e isso o fez ter prazer enquanto a observava.

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Já se passou três horas e todos estavam loucos atrás de Anita. Estava escuro e fazia duas horas que o zoológico fora fechado. Porém Sam e os guardas do zoológico procuravam por ela. Eles andam no lado leste do lugar, mas já andaram a oeste e a norte do zoológico. Carly está do lado de fora, na saída, com Brad e os outros a espera perto dela. Com a tensão sem saber aonde a pequena menina está ninguém sentiu a falta de Melanie, que por conta própria saiu a procura da menina. Sansa sabia que a mãe tinha ido atrás de Anita, mas ainda assim ficou perto de Jade, Carly e o resto do pessoal.

Com o coração na mão a loira respirou fundo e passou pela lanchonete fechada, andou muito seguindo aquele caminho. Passou por uma entrada indicando que só funcionários poderiam entrar e respirou fundo. Parou ali e fechou os olhos, por tudo que é mais sagrada a loira desejou não acontecer nada com Anita. Abriu a porta do lugar com facilidade e ouviu um choro fraco dali de dentro. Ligou a luz e em um canto da sala vislumbrou uma criança nua com marcas roxas nos ombros, barriga e pernas. A mão de Melanie foi parar na boca quando reconheceu a única coisa que está na pequena vítima: um colar com pingente de símbolo da paz.

- Querida... - Sussurrou Melanie com um nó na garganta. 

Anita estava naquele canto da sala arrumada, sem roupas e com as pernas fechadas. Ela olhava para as paredes perfeitamente pintadas e enquanto isso Melanie se chocou ao ver sangue seco entre as pernas dela. Melanie observou que lugar nenhum da sala estava manchado de sangue e que ao lado de Anita estava um vestido rosa. Ele não fez isso aqui, pensou Melanie chocada. 

- Anita... Querida... Me conte o que aconteceu. - Melanie pediu querendo confirmar quem suspeita ser o agressor. 

A menina com um olhar vazio fitou a loira que se ajoelhou em seu frente. Anita delicadamente segurou o pingente de símbolo da paz e levou ao rosto. Ela tentou de uma forma estranha limpar as próprias lágrimas com o pingente. 

Símbolo da paz nunca mais significara paz. Não para Anita. 


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Notas finais do capítulo

E aí?! Gostaram? Choraram? Estão revoltados? Me too. Eu gostei, chorei e me revoltei com esse Charlie. Apenas. Mas sou suspeita para falar, né?! Claro que os motivos são óbvios. ||| O que vocês acharam? *O* ||| O capítulo 24 vai ser menor, eu acho, e vou postá-lo dia DOIS DE AGOSTO com DOIS ou TRÊS AVISOS. Oks?! Amo todos vocês t_t xoxo e até quinta :*