40 Dias Para Te Reconquistar escrita por jamxx


Capítulo 22
Capítulo 16 - Pomeriggio caffè, vende revelações.


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu disse que ia ser recheado de seddie. Acho que menti. APOSKPAOSKPOAKS Sorry. Mas eu adorei esse capítulo, vai revelar muitas coisas para vocês. Vamos ler?



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– Arrumou a minha mala? - Antônio perguntou ao entrar no quarto do casal.

– É claro, querido. - Melanie respondeu com um pequeno sorriso e se aproximou dele, que não recuou.

– Então eu já vou.

– Tome cuidado na viagem e por favor, não fique com qualquer mulher. - Melanie tomou o rosto do marido entre as mãos e depositou um pequeno beijo no seu queixo, depois com um sorriso divertido.

– Não prometo nada. - Sua voz foi ríspida, mas fraca.

Antônio nega a si o quanto ama a mulher a quem fez tanto mal. Ele se torna estável com Melanie, ele se torna diferente e vive em outro mundo. Mas esse mundo fora corrompido por uma descoberta: Anita. E gradualmente, guardava o que sente por Melanie. Aos poucos se tornando o Antônio que deixou um corpo sem vida sob ela, enquanto lentamente uma hemorragia ia aumentando e o sofrimento se tornava idolor para ela. Ele não é bobo e nem inocente, chega a gostar quando se deleita nos pensamentos sobre Carly; sobre o que fez a ela. Também ama das súplicas de Sam, vunerável e grávida. Ele gosta. Não se arrepende pelo tempo que fez Sansa conhecer seus desejos carnais e até gosta de lembrar de seus gritos, berros, choro e sofrimento.

Mas quando se lembra do que fez com Melanie, seu coração gela e sente algo apertar o coração. Um dos seus capangas já tentou obrigar a sua esposa a ter relação sexual com ele, mas morreu no instante em que quase conseguiu o êxito. Antônio lembra com nitidez a fúria do que viu, a dor que sentiu e o ódio o consumindo. Tanto é que nesse dia se ironizou, pois, antes de Melanie conquistá-lo, ela era um objeto de prazer para os melhores. Nunca quis sofrer ou se deitar com eles. Mas quando não era drogada ou amarrada, ela era debilitada. São marcas que não se comparam com que sua irmã e seu amor passaram.

– Onde está Sansa? - O coração da loira gelou, mas respirou e sorriu delicadamente.

– No quarto, assistindo séries. - Melanie o informou.

– Quero me despedir dela. - Antônio avisou, já se movendo para o quarto da filha. Melanie foi atrás, atenta a qualquer ação dele.


O sol invadiu a mansão, e incomodou os olhos de Fred que logo sentiu uma dor terrível nas costas. Abriu os olhos e bateu a sua cabeça três vezes, na madeira. Dormiu sentado e encostado na porta do quarto da Sam.

O dia de ontem não foi bom e as coisas pegaram fogo quando ela pisou o pé em casa. O destratou e bateu diversas vezes no seu peitoral. Correu do marido, o xingou e bateu a porta do quarto com força. O mesmo insistiu por horas para que ela conversasse com ele, e não desistiu. Disse que não sairia dali e assim o fez.

Depois de um banho, roupas limpas e análgesicos, se sentou na mesa da cozinha saboreando um café forte. Não demorou para ver sua esposa entrando no cômodo. Ele sorriu para si ao vê-la descalça e com pouca maquiagem. Sam se sentou na cadeira que estava encostada na ponta da mesa branco rústica. Observou os olhos do marido e sentiu arrependimento. Talvez a única coisa que precisava seria os braços dele a envolvendo.

– Desculpa. - Sussurrou.

– Você não tem que se desculpar. - Fred disse seguro e mudou de cadeira. Sentando ao lado da esposa e oferecendo a sua xícara com café. A mesma tomou a xícara em suas mãos e bebericou.

– Forte e amargo. - Resmungou produzindo no marido um pequeno riso. Ele acariciou a maça do rosta da esposa, com as costas de sua mão esquerda.

– Conte somente quando tiver vontade. Eu espero... Só não tente me manter distante. - Fred falou baixo e sentiu a mão de Sam tomar a sua apertando-a levemente e tirando ela de seu rosto.

– Porque? - Ela desejava saber com todo o ser. Porque não se manteria distante de uma mulher que não consegui deixar os filhos viverem em seu ventre. Se sentiu uma praga.

– Fiquei um dia fora e o mundo desmoronou. Eu te deixei vunerável e sozinha, quando aquele canalha apareceu. Novamente não estava ao seu lado... Seus olhos estão embargados com tristeza e eu nem sei o que aconteceu... De novo. - Fred confessou apreensivo.

Sam se levantou e sentou de lado em seu colo, como se fosse uma criança novamente. Cruzou as pernas e sentiu as mãos dele envolverem a sua cintura. Olhou em seus olhos e sentiu uma onda de emoções percorrerem seu corpo. Lágrimas sem aviso, embaçaram sua visão que só voltou mais limpa quando elas se desmancharam sobre seu rosto.

– O médico disse que foi espontaneo... Ele não estava se desenvolvendo direito e... Com a adrenalina liberada ,quando Antônio tentou me bater, colaborou para o meu organismo... Se livrar dele... - Tentou dizer, baixo e suave, porém carregadas com uma dor que já conhecia.

– Você? - Fred perguntou olhando para os olhos dela.

– Sim... Mas não era seu filho e eu tinha medo... Dúvidas... Eu queria que fosse seu, eu juro, mas não era. - Sam se levantou e passou as mãos nos longos cabelos loiros e cacheados. Fungou e fechou os olhos.

Esperava ouvir a fúria do marido, talvez tapas ou a tentativa de força-la... A reação que teve quando descobriu que ela tinha um amante. Quando ela contou e jogou na cara dele tantas coisas. Respirou fundo e sentiu braços a envolverem, um beijo em sua testa a fez abrir os olhos. O abraçou com tamanha força e chorou baixo, enquanto escondia seu rosto na curva do pescoço dele.

– Você será mãe... Calma... Tudo vai passar... - Fred tenta reconfortá-la e então, ela sai de seus braços.

Com uma expressão desesperada, uma de suas mãos corre até sua barriga enquanto a outra tampa sua boca. Lágrimas voltam com força e ela balança a cabeça negando a afirmação do marido. Tira a mão da boca e enconsta seus dedos em sua têmpora direita, balança a cabeça fortemente.

– EU NÃO QUERO MAIS SER MÃE... - Gritou, apertando suas mãos em sua barriga e sorriu fraco por poucos segundos.

– Sam...

– NÃO MEU AMOR... EU NÃO VOU SER! NÃO QUERO! NÃO VOU SUPORTAR PERDER MAIS UM FILHO... NÃO... DEUS NÃO DEIXE EU GERAR OUTRO CRIANÇA PARA PERDÊ-LO MESES DEPOIS... ELES NEM VINHERAM AO MUNDO... FRED, MEU VENTRE É AMALDIÇOADO... - Sam surtou e encostou a testa no ombro de seu marido.

O mesmo a acalmou sem dizer nenhuma palavra. Sangrou por dentro ao ouvir suas dores e desejou ter o poder de arrancar a dor dali. Ou mesmo sentir por ela. Indiretamente seu coração doeu tanto ao saber que sua mulher perdeu mais um filho. Sim, não era seu mas bastava ser de Samantha para amar a criança que estava crescendo dentro dela.


Um sorriso grande se formou nos lábios do idoso que recebe o abraço do neto com grande gratificação. Fred sorri mais uma vez ao ver o avô, depois de algum tempo. Seu irmão de alma, tomou a posição em que ele estava a segundos atrás. Abraçando o avô.

– Demorou muito em me ver, filho... - Tom disse com receio.

– Eu te liguei pelo menos duas vezes nessas semanas que passaram, vovô. - Fred o lembrou.

– Ligou? - Ele deu um pequeno riso e se dirigiu a cadeira de balanço branco, que Carly mandou para ele no ínicio do mês.

– Já consegui a Flor de volta. - Tom acrescentou, arrumando a boina verde escura antiga em sua cabelo. Porém se atrapalhou, com o braço que doeu ao ser tão esticado.

Fred sorriu com a afirmação de seu avô, de certa forma ele entendeu. Tom sabia que seu neto já reconquistou o coração da esposa.

– Carly pediu para te dar isso... - Brad mostrou uma caixa de madeira branca com detalhes pretos e azuis, no centro da tampa as iniciais do casal. " C & B ", em uma letra cursiva gravada no tom dourado.

– O que é? - Tom perguntou enquanto Brad o ajudava a abrir a caixa.

– Sua gravata e um pedido. - Brad falou baixo, sorrindo e fitou o idoso que considerava seu avô.

– Só vejo a gravata... - Tom resmungou, logo arrumando a armação de seus óculos no rosto. Brad e Fred riram. A gravata é azul escuro, com listras diagonais acetinadas.

– Carly quer que você entre na igreja com ela... Você sabe... Ela gosta muito de você, vô. - Brad disse com sinceridade.

É impossível o pai de Carly entrar com ela na igreja, pois ele foi terrivelmente assassinado seis meses depois que Melanie viajou para a Itália. A época que a jovem morena ainda estava se recuperando das feridas deixadas por Antônio, e ainda teve a dor de ter seu pai morto com quarenta facas e a mão amputada. Uma morte dolorosa. Que cinco pessoas presenciaram, felizmente, a equipe do iCarly não assistiram tal feito.

– Ela quer que eu... - Tom gaguejou. Lágrimas caíram de suas pálpebras enrugadas, como uma criança, sorriu feliz e deu pequenos risos.

– A pequena Shay... - Disse lembrando de Carly com 8 anos, da época que a conquistou com pirulitos e chocolates.

Na visita que fez para neto na cidade, quando sua Flor ainda estava viva e ao seu lado, o bajulando sobre para que lado devia pentear o cabelo e o fazendo usar creme de amendoas na pele que nunca ficava ressecada.

– Vinhemos te buscar, você tem que provar o terno. - Fred interrompeu as memórias do avô.


Pomeriggio caffè, está razovelmente vazio. Um rapaz, alto, dos olhos translúcidos acompanhou com o olhar Melanie chegar e se sentar em uma mesa no centro no lugar. A loira encontrou o olhar dele e sorriu sorrateiramente, fitou ele se aproximar com um cardápio plastificado.

– Eu disse que te seguiria. - Joffrey disse observando com carinho a mulher.

– Não acredito que deixou seu Cafe Greco, em Roma. Você tinha me dito que era sua vida aquele lugar. - Melanie o observou, e suspirou.

– Você fugiu de mim, lembra?

– Se Antônio te ver... Você pode não ficar com uma cicatriz e sim morrer. - Melanie avisou, se lembrando do tiro que ele levou por ela... Por eles.

– Eu... Podemos matá-lo... Levaremos Sansa... Depois pegar o nosso...

– Cala a boca. - Melanie o interrompeu, observando com fúria seus olhos.

– Porque?

– Joffrey... Eu morro se Antônio sonhar com isso. Só cuide dele e... definitivamente você é um inconsequente. - Melanie bufou e sentiu o toque das mãos do italiano em seu rosto.

Per. Eppure ci sono persone che guardano me ... (Para, ainda tem gente me vigiando...)- Melanie o advertiu e ele obedeceu, retirando as mãos do rosto da loira.

– Vou correr o perigo. Sou o novo chef da sua irmã, sabia? - Joffrey a informou.

– Como?

– Pensei que ela era você... Com o cabelo disfarçado e tudo mais. - Ele disse rindo de si.

Melanie pegou o cardápio da mão do italiano, e observou seus olhos. Olhou para a porta e reconheceu um homem grande entrar no Caffè. Joffrey percebeu e disfarçou, ele sabia que é um dos homens que vigia Melanie quando Antônio está fora da cidade.

–Idiota. - Murmurou e sorriu. Os olhos da loira perguntavam algo à Joffrey.

Sapete dove trovarmi. Rocco va bene se volete sapere. ( Você sabe onde me encontrar. Rocco está bem caso queira saber. ) - Ele falou baixo mas ela entendeu perfeitamente. Melanie sabia que ele estava bem, afinal, é Joffrey quem cuida dele.

Avere una buona scelta, la mia principessa. (Tenha uma boa escolha, minha princesa.) - Ele disse sorrindo e se afastando da mesa, pegou outro cardápio e pediu para uma garçonete levar para o homem. Conhecido como Cão.

– Italianos... - Melanie sussurrou e se permitiu rir divertida. Ele veio atrás dela e isso com certeza fez seus olhos brilharem mais.

Minutos. Muitos minutos se passaram até que Melanie assumiu uma expressão insegura. Seus olhos estavam percorrendo o andar de uma morena, elegante e linda.

Ela não pode deixar de sorrir ao ver os traços da pouca maquiagem dela, com os lábios em tom de rosa escuro e o blush acentuado nas maças do rosto. Carly. Linda, rosada e surpreendente, como sempre.

– Como pode ser tão linda? - Melanie murmurou para a morena, que se acomoda na cadeira a sua frente.

– Olha quem pergunta. - Carly respondeu um pouco envergonhada, mas se sentindo bem com a forma familiar daquela pergunta.

– O que queria? - Perguntou a loira que horas atrás atendeu a ligação dela, que insistiu em vê-la sem o Antônio por perto.

– Ninguém pergunta sobre essas cicatrizes e hematonas não? - Carly ignorou sua pergunta, dando atenção a pele da loira que está amostra. Deslizou delicadamente a ponta dos dedos no braço dela, que em segundos o retirou, quebrando o contato dos dedos da morena no braço dela.

– Não.

– Desculpa.

Melanie deu um pequeno sorriso e minutos se prosseguiram em silêncio. Mas o silêncio entre as duas não era nada constrangedor ou desconfortável, mais parecia uma identificação visual que ambas faziam.

– Você vai no meu casamento sem aquele monstro, certo? - Carly perguntou mostrando o que tem atinguido ela.

– Ele não é um monstro. - Melanie repreendeu. Ele é um demônio, pensou ela completando seu raciocínio.

– Me responde. - Ela disse em um tom autoritário.

– Não. Ele está viajando. - Melanie a avisou, receosa. Olhou pelo o lugar que está mais cheio e encontrou o olhar atento do Cão de seu marido. Respirou fundo.

– Melanie... Eu sei que você sofre com ele...

– É SÓ ISSO? - A loira interrompeu ela, com a voz grave. Cão está de olho, e com Carly não se responsabiliza pelo o que fala. É a Carly. Ninguém no mundo deve entender o grande fato lógico é esse. Ela não consegue mentir completamente para a morena.

– Não me trate assim.

Perdono. (Perdão - italiano ) Se é só isso, eu já vou. Encontro você daqui a três dias... - Melanie suspirou e encarou os olhos negros dela. - Ele é realmente seu futuro...

A última frase cortou um tanto a morena. Afinal, ambas sabiam o que tiveram e ninguém podia comparar ou jugá-las. Somente elas sentiram e foi Carly que deu um fim. E isso dói depois de anos... Carly chegou a pensar que foi sua escolha que levou a loira para os braços de Antônio. Por longos momentos isso tem voltado em sua mente. Ela fez a escolha certa?

A lareira elétrica da sala de estar, demonstra as chamas virtuais e bem reais. O sistema de aquecimento está em uma temperatura média, pois hoje não está realmente frio. Fred só queria arranjar um tipo de aconchego para ela. Na frente da lareira, tem um colchão com muitos travesseiros, encostados no sofá. Ao lado duas xícaras grandes de chocolate quente com marshmallow.

Samantha está com a cabeça descansando no ombro dele, com um sorriso, olha para a lareira que quase nunca é ligada. Observa as chamas que lhe dava impressão de muito real. Estavam ali por mais ou menos duas horas, conversando sobre qualquer coisa. Fred só saiu de seu lado para fazer as xícaras de chocolate com marshmallow, que decidiram esperar esfriar um pouco.

– Seu novo chef ligou. - Fred a informou deixando transparecer em sua voz uma surpresa.

– O que ele queria? - Ela perguntou escondendo um riso interno. O tom da voz de seu marido, pareceu um show de humor. Ela achou engraçado.

– Vamos começar do princípio? DESDE DE QUANDO VOCÊ TEM UM NOVO CHEF? - Fred perguntou e ela finalmente deu gargalhadas, levantando a cabeça e fitando os olhos dele. Delicadamente ela entrelaçou seus dedos nos dele. Para ele isso foi uma bomba no seu coração. Quer dizer, ela finalmente o escolheu?



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Notas finais do capítulo

Nossa. Quem é Rocco? E esse Joffrey eu já tinha falado dele capítulos anteriores, mas aposto que ninguém lembra. Querem arriscar qual capítulo falei dele? rs O moment seddie foi lindo, os dois momentos, convenhamos. A verdade é que tinha preparado outro final, mas deixei essa ideia para outro capítulo e fiz um finale com a lareira mesmo rs GENTHY, O PRÓXIMO É CAPÍTULO FLASHBACK *.* TIPO, VAI SER O MELHOR... PELO MENOS EU ESTOU ACHANDO KK Querem uma dica? O título do capítulo é : Marry Me? | Já disse tudo. rs | Xoxo da Jaqs :*