40 Dias Para Te Reconquistar escrita por jamxx


Capítulo 1
Capítulo Flashback 1 - Nunca irei me arrepender


Notas iniciais do capítulo

E vamos começar mergulhando em memorias. O primeiro flashback, confesso que amei. Eu entendi, então espero que vocês percebam os primeiros traços da situação do nosso casal favorito, QUE VENHA SEDDIE!



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Caixas. O pequeno apartamento que alugamos está repleto de caixas. Ontem, nós pintamos somente a sala e confesso, que nunca imaginei que casar seria tão caro... Apesar que nos dois primeiros meses moramos na casa de Marissa. Freddie está trabalhando em uma cafeteria no centro da cidade, e eu em uma livraria. Nossas cargas horárias não eram muito puxadas, e os salários juntos dava para pagar o aluguel desse apertamento. O que sobrava dava para comer e suprir necessidades pessoais mais urgentes. Não tinhamos cama, somente um colchão no chão e uma pequena tv dentro do quarto. Teria que arrumar tudo antes que Freddie chegasse, queria mostrar a ele que estava feliz e satisfeita por tudo que estava acontecendo. Arrumei quase tudo, faltando somente desempacotar o resto das minhas roupas. Já tinha colocado ás do meu amor em uma arara preto. Sim, não tinhamos guarda roupa, então a solução foram duas grandes araras. Escutei a porta se abrir, e corri em direção da sala. Sim, corri. Estava tão euforica e apaixonada ainda, que só de pensar que chegou me sentia preenchida de alegria. Freddie ali estava, com duas sacolas na mão, a mochila nas costas e muito suado. Sorri involuntariamente, ele é lindo mesmo suado. Observei ele colocando as sacolas na mesa que separava a cozinha e a sala, junto com a mochila.

– Oi querida. - A voz doce e cansada de Freddie preencheu a sala. O abracei forte.

– Estou suado e fedendo - Ele sussurrou, mas me abraçou novamente. Nos separamos e tudo que fiz, foi depositar nos seus lábios um selinho.

– Fiquei com saudades. - Sorri e logo o cheirei. - Oh! Freddie, vá para o banho agora. Eu ajeito o jantar.

– Não precisa cozinhar, trouxe comida chinesa. - Ele disse doce e me surpreendi.

– Amor, não podemos gastar comprando comida fora. Temos a mensalidade do colégio...- Gasolina do carro, luz, água, gás, aluguel, comida para comprar e conta de telefone para pagar. Eu sei, mas é nossa primeira noite aqui. Você merece isso. - Ele me interrompeu e sorriu, produindo em mim um sorriso maior.

– Não quero que a Sra. Benson se arrependa de se casar comigo. - Ele disse, se aproximando e beijando minha testa. - Sai porquinho. - O empurrei. - Banho, agora. - Disse apontando o banheiro à ele. Que sorriu e somente foi, sem questionar.

– Como foi seu trabalho hoje? - Perguntei, depois saboreando cada partícula da comida chinesa que era minha.

– Cansativo. A cafeteria estava bem lotada hoje. Em falar nisso, preciso que lave e passe meu uniforme. - Ele disse calmamente, mas não estava compreendendo o que ele falou. Quer dizer, ele está de brincadeira com minha cara né?

– O QUE?

– Sam... - Ele sussurrou.

– Não vem com " Sam.. " não. Se você pode comprar comida japonesa, também pode pagar uma lavandeiria. - Disse me levantando, e ele veio logo atrás.

–Mas Sam, não tem como pagar uma lavandeiria. Você sabe bem disso. Como pensou que seria agora? - Ele me trouxe pra perto e começei a ficar com raiva. O que? Agora eu era empregada e fim?

– EU ME CASEI COM VOCÊ PARA SER SUA ESPOSA. NÃO SUA EMPREGADA. ESPOSA NÃO É SINÔNIMO DE EMPREGADA, FRED!

– ENTÃO VOCÊ QUER QUE EU LAVE MEU UNIFORME E PASSE? QUER QUE EU FAÇA COMIDA? TRABALHE EM DOIS LUGARES? ESTUDE DE MANHÃ? TE DÊ ATENÇÃO E AINDA CHEGAR EM CASA COM CHEIRINHO GOSTOSO? É ISSO? NÃO ESTOU SOZINHO NESSA, SAM. - Ele gritou comigo! Quem ele pensa que é? Depositei toda minha raiva batendo no braço dele.

– Idiota...- Espera aí, ele disse dois lugares? - COMO DOIS EMPREGOS FRED? COMO ASSIM?- Eu consegui um emprego nos finais de semana...- Sua voz foi abaixando gradualmente.

– QUANDO IA ME CONTAR ISSO? QUER DIZER QUE NÃO VOU TE TER NEM NOS FINAIS DE SEMANA? O MEU DEUS! FRED, NÃO É PRA TANTO. - Surtei, claro.

– Sam... - Suas mãos envolveram meu rosto, o olhei fixamente. - Eu quero te dar tudo que precisa. Quero ir ao mercado com você, e comprar bacon, presunto, frango frito, tudo que desejar. E não como agora, que você tem que escolher entre tudo que mais ama comer. Esse apartamento tem que melhorar, pra você... Você merece. E eu não suportaria escutar de você que se arrependeu de ter se casado comigo. - Meus olhos ser encheram de lágrimas.

Eu sei que foi uma loucura casarmos tão cedo mas eu o amo e não podia esperar. Ás várias vezes que passei horas pensando em tudo que teria que renunciar e a vida que trilhariamos juntos. O pai do Freddie queria nos dar uma casa, e não aceitamos, por vergonha e pelo desejo incomparável de crescermos juntos.

– Seu imbecil. - Foi tudo que saiu de mim. O puxei pelo o pescoço e o beijei com todo o amor que tinha dentro de mim. Ele retribui ainda com mais fogo. Sua mão passou para a minha cintura apertando e puxando mais contra ele. O mordi com força em resposta. E amei sentir a sua boca achar meu pescoço. Ali ele mordei e beijou. Ai, seus beijos pequenos, molhados e doces. Ele parou e fingi ficar com mais raiva. Tapas foram depositadas em seu peitoral mas ele só riu.

– Eu te odeio, Sr. Benson. - Disse fria. E tirei sua camisa com a remota ajuda dele.

– O que quer, Sam? Você me quer hoje, Sra. Benson? - Ele só pode está brincando. O empurrei pra dentro do quarto e sem mais discursões, impulsionei todo o meu peso pra cima dele, fazendo que ele caísse no colchão comigo em cima. Minha boca fez uma trilha pelo seu abdomen, enquanto minhas mãos desabotoavam sua calça. Brigamos por algo realmente tolo. Eu posso lavar e passar o uniforme dele, sou sua esposa, não é? Eu sabia que ser esposa era uma tarefa dificil, porque querendo ou não eu não sei ser submissa a ninguém. Mesmo assim, eu não preciso estar armada com ele. É simplesmente tão bom tê-lo para me proteger e cuidar de mim.

– A cada dia você fica mais linda. - Sorri quase automático. Freddie beijou meu ombro nú e me abraçou por trás. Estamos sentados no colchão, e podia ver que o dia estava amanhecendo. Uma loucura nossa sede um pelo outro, e não era só sexo. Ficamos conversando sobre o ceu, discutimos a cor dos olhos que nossos filhos terão e depois sentir o abraço dele, o amor dele me envolver. Nossa sede um pelo outro era diferente, era amor.

– Eu vou te amar até o último segundo da minha vida. - Sussurrei. - Você é meu amor. Você é o amor. Parece uma loucura traduzir o que sinto, mas, Benson você é o amor da minha vida. Tenho você dentro de mim de formas que não podem se explicar, eu te amo... Só lembre sempre, eu nunca vou deixar de te amar.

– Você pode amar outra pessoa.

– Benson, por Deus. Nunca amarei outra pessoa. Sabe porque? Aposto minha vida que não existe outro nerd que use cuecas anti-bacterianas. - Minha voz doce foi quebrada no final, tive que rir.

– Fred, nunca vou amar outro. Você, somente você carrega o sentimento que me completa. Você é meu sentimento inteiro. Você é o amor, com pernas, braços fortes, olhos castanhos amáveis, lábios chamativos, ai.ai. Eu não sabia o quanto o amor era gostoso! - Senti sua risada no meu ombro e mais uma vez beijos.

– Não diga isso. Você pode se arrepender, Sam. - Me virei para encará-lo. O meu Deus! Os olhos castanhos mais lindos para mim. Observei seus cabelos bagunçados, seus lábios avermelhados e inchados, e por fim os olhos que um dia meus filhos terão. É certo. É lógico. É puro e mágico. Eu vou amá-lo para sempre, e em mim só terá tudo dele. Eu sou dele. Sempre vou ser. Eu.Eu.Eu. Eu o amo.

– Eu nunca vou me arrepender. Nunca. - Acariciei o seu rosto e sorri com lágrimas. Sim, lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Estranho? Bom começo? Gostaram? Vou confessar que estou amando escrever os flashbacks ;} Obrigada aí, e até o próximo capítulo.~tragam baldes, porq teremos um amor derrotado~ Até :*