What You See? escrita por SadicSugar


Capítulo 4
Dinner Time


Notas iniciais do capítulo

Pessoaaal ! Perdoem-me a demoraa ... Estava com uma leve suspeita de dengue ... E tbm estou estudando teatro e estou saindo da escola tardíssimo !
Espero que gostem do capítulo e não me abandonem !
Beijos e balinhas de uva !
Sadic Sugar



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/216952/chapter/4

Ao perceber que a música acabou, e que a Better Living havia acabado com nossas mínimas chances de ser alguém na escola, ou de mostrar o nosso jeito de ‘’arte’’. Lágrimas quentes tomaram meus olhos e nos vi acabados bem ali.

-Vamos embora – Murmurei.

Saí daquele lugar em disparado, sem nem mesmo esperar alguém, me sentia agressivo e com raiva daquela menina que pensava que chegar na escola e esmagar os sentimentos de pessoas era normal!

Eu não sabia se era raiva ou inveja, não queria mais assistir aula ou ver alguém conhecido, andando até o muro branco que separava a escola da rua, escalei-o com dificuldade, mas consegui e pulei.

Andei para casa, não esperando encontra minha mãe, tarde demais.

-Oi filho – Ela disse quando entrei pela porta branca, batendo a mesma.

-Oi – Disse sem emoção já subindo as escadas para meu quarto.

-Gerard espere – Ela disse indo até o primeiro degrau da escada.

-O que é mãe?! – Perguntei ríspido.

-Lembra-se da Lily? – Perguntou ela.

-Não – Disse revirando os olhos e xingando quem fosse mentalmente.

-Ótimo pois vai lembrar, ela brincava com você quando eram pequenos e eu encontrei a mãe dela no mercado, se mudaram para cá novamente – Ela disse recuperando o fôlego e continuando – Iremos jantar com ela á noite.

-Tudo bem – Disse com desprezo indo em direção ao meu quarto, abrindo a porta e a batendo com toda força.

Eu não agia assim o tempo todo, mais hoje eu tinha razões de sobra! Deitei-me na cama tentando lembrar quem seria Lily em sã consciência, acabei adormecendo.

Acordei com tal mínima figurinha me balançando, olhei para janela encontrando a escuridão e brigando mentalmente comigo por ter dormido tanto.

-Estou acordado! – Gritei, para que Mikey parasse de me balançar, o mesmo ajeitou ou óculos.

-Mamãe mandou você ir se arrumar, por que daqui a pouco estamos saindo – Ele disse caminhando para fora do quarto.

-Droga – Murmurei baixo me levantando e caminhando em direção ao meu banheiro.

Tomei um banho rápido, enrolando a toalha em minha cintura e indo em direção ao meu armário de longas portas marrons. Abri o mesmo pegando uma camisa preta básica um jeans rasgado na altura do joelho, meu all star vermelho e minha jaqueta de couro.

-Mãe! – Gritei bem alto terminando de por meu tênis – Estou pronto!

-Desça – Ela gritou.

Desci as escadas, de dois em dois degraus até chegar á cozinha.

-Vamos? – Ela perguntou abrindo a porta enquanto Mikey já devia estar esperando no carro, passamos pela porta indo em direção ao carro.

O caminho não se precisava necessariamente do carro, afinal era duas ruas atrás de nossa casa, mas como é para poluir o planeta certo?

Ao chegar lá, na frente da casa vimos uma bela moto azul brilhante com labaredas vermelhas, a mesma chamava muita atenção, andando até a porta da casa grande e bonita. Minha mãe tocou a campainha que soou irritante aos meus ouvidos, a porta se abriu mostrando uma moça bonita de olhos chocolates e cabelos loiros, com um belo e perfeito sorriso.

-Donna! – Ela exclamou abraçando minha mãe e fazendo sinal para nós entrarmos.

A casa branca e bonita, espaçosa e clássica com tons claros de azul e branco.

-Como vocês cresceram – Disse a mulher – Ficaram tão bonitos.

-Eles cresceram bastante não é Kathy? – Perguntou minha mãe – E onde está Lily?

-Ah, ela está no quarto – Disse a suposta ‘’Kathy’’ – Gerard suba e a chame, é o primeiro quarto ao acabar de subir as escadas.

-Okay – Disse um pouco desconfortável.

Subi as escadas, vendo já a porta pintada de preto com vários cartazes de bandas, a maioria conhecida e que eu gostava. Bati na porta três vezes, ao não ouvir resposta abri a porta adentrando o quarto púrpura.

Dois skates jaziam pendurados na parede, a cama de lençóis escuros. Uma penteadeira branca com um banquinho vermelho, na cômoda a luminária que iluminava o quarto parcialmente, também pude perceber uma foto em cima da pequena cômoda branca me aproximei para olha-la e perceber que... Era eu e uma menina de cabelos loiros e curtos com óculos, sorrindo de aparelho.

-Lily – Balbuciei me lembrando de minha velha melhor amiga de infância, minha confidente.

Memórias e flashes vinham a minha mente confusos e embolados. Eles não paravam de vir e estava a me dar dor de cabeça já.

-Você entra no quarto das pessoas sem pedir ou é só com o meu? – Pulei com o susto olhando para a porta e vendo Lily ou Lilith, já não sabia mais como chama-la.

Corri para abraçar ela, a abracei forte sentindo seu perfume doce entrar por minhas narinas, mas ela simplesmente me afastou com um grande empurrão, cambaleando para trás com os olhos marejados, não importava mais como ela tinha me ‘’ferido’’. Eu tinha minha amiga de volta.

-Qual seu problema?! – Ela vociferou.

-Lily sou eu Gerard! – Eu disse na esperança que ela lembrasse quem sou eu, mas especificamente quem fomos nós.

-Não me chame de Lily – Ela disse colocando suas mãos nos ouvidos, ela parecia frustrada – Eu me chamo Lilith.

-P-por que foi embora? – Eu disse sentindo meus olhos queimarem em lágrimas, mas as segurei, não queria chorar na frente dela.

-Você disse pra não ficar perto de você – Ela disse com sua voz angelical embargada – Eu te dava medo lembra?

Funguei alto, em lembrar-me do que acontecera naquele dia.

-Desça para o jantar – Ela disse seca e fria.

Eu vi a menina que continha um penteado conhecido que prendia todo seu cabelo com um elástico, as pontas roxas que pareciam ter luz própria, a mesma usava uma blusa vermelha com escritas de uma música do Green Day, usando uma bermuda acinzentada com rasgos parecendo premeditados e um all star de botinha da cor preta, ela andou até a porta desaparecendo em seguida.

Andando devagar e tentando impedir o choro, eu fui descendo as escadas com cuidado pois sentia que podia rolar por ela a qualquer instante.

Chegando á entrada vendo a menina sorridente e Mikey boquiaberto, a mesma continha os braços cruzados e um sorriso no rosto enquanto meu irmão tentava dizer algo. Minha mãe e a moça jovem de cabelos e olhos bonitos conversavam arrumando a longa mesa marrom.

-V-v-você? – Mikey disse parecendo espantado.

-Oi Michael – Ela disse mexendo na ponta de seu rabo de cavalo.

-Mas você é da escola! – Ele disse movimentando as mãos parecendo nervoso – Você tem minha idade como poder estar no segundo ano?

-Simples, sou inteligente.

-Mikey acho que lembra de Lil... Lilith – Eu disse pouco convicto do que estava a falar ao meu irmão.

-Lembro! – Ele disse quase em um berro – Como é possível?!

A menina bufou e revirou os olhos. Ela se virou para mim e sorriu, com o indicador nos lábios que formaram um belo sorriso.

-Gee, quer ir no quintal para nós conversarmos? – Ela disse já andando e abrindo a porta, piscando em seguida.

Logo tratei de me apressar e ir atrás da menina, que estava sentada na varanda em um banco que mais parecia um balanço. Ela bateu seus dedinhos no lugar vazio do banco e corri para sentar ao lado dela.

-Você cresceu.

-Você também, mudou muito na verdade, eu não te reconheci – Eu disse pigarreando, me sentia nervoso.

-Já esperava você dizer isso – Ela disse parecendo não gostar do que eu disse.

-Por que você me tratou daquele jeito hoje? – Eu disse mudando de assunto – Sabia que era eu e você não me fez lembrar, nem falou nada.

-Você merecia ser tratado de tal jeito – Ela disse.

-Não, não merecia – Me defendi.

-A quanto tempo tem a banda? – Ela disse sorrindo e mostrando covinhas em suas bochechas.

-Desde de a quinta série – Disse tímido, sentindo o rubor tomar conta de mim.

Olhei para seu rosto, praticamente a encarando. Como ela estava diferente, tinha um tipo de brinco na orelha, que parecia ter sido furada brutalmente. Até que encontrei seus olhos, sua franja caia um pouco nos mesmos, mas era impossível não olhar suas orbes incrivelmente azuis, delineados pelo preto de sua maquiagem.

-Seu brinco é diferente – Eu disse quebrando o silêncio constrangedor no ar.

-Se chama alargador, eu tenho mais dois brincos... Quer ver? – Ela perguntou sorrindo.

Assenti com a cabeça. Ela me deu língua e até certo ponto não havia entendido o gesto, aí sim eu vi o piercing atravessado em sua língua, uma bolinha de metal em cada extremidade. Um arrepio subiu por minhas costas, aquilo foi feito com uma agulha do tamanho de uma caneta!

Depois ela levantou a blusa mostrando um piercing menor, com uma caveirinha que tinha olhos de coração e sorria localizado em seu umbigo.

-S-são bonitos – Eu gaguejei.

-Hora do jantar – Ela disse, o pior é que me pareceu uma ameaça.        


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "What You See?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.