Broken Wings escrita por Lobinha, Jessy


Capítulo 2
Capítulo 2- Nova casa, novas pessoas


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo está maior que o 1°.
Pois me pediram para os fazer maiores em um comentário.
Espero que gostem, não saiu como eu esperava, então quero vossa opnião!
Leiam e comentem



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Enquanto olhava pela janela via tudo que eu conhecia se afastando aos poucos.

Meu olhos começaram a pesar, e acabei adormecendo.

Não sei ao certo quanto tempo dormi, quando meu tio me acordou estava num lugar completamente desconhecido e diferente.

Á minha volta se encontrava uma rua cheia de casas, com jardins grandes rodeados de variadas flores.

Meu tio pegou minha mala do carro e me mandou segui-lo.

Segui meu tio em direção a uma casa grande e branca, esse jardim era diferente dos outros pois era único sem flores.

Meu tio foi abrindo a porta e logo na entrada me deparei com uma enorme sala com um ar um pouco tenebroso, cores escuras e moveis de estilo antigo, quadros e mais quadros a rodeavam, ao lado se encontrava uma cozinha com poucos moveis e muito mais pequena que a sala, o chão de ambas era em madeira. Continuei atrás de meu tio encarando cada foto antiga nas paredes enquanto subíamos as escadas barulhentas para o andar de cima. Lá me deparei com 3 quartos e 2 casas-de-banho. O primeiro quarto era gigantesco, todo decorado à estilo antigo, com moveis feitos em madeira muito bem trabalhada e uma cama de casal enorme no meio... Meu tio me disse que esse era o seu quarto e o de minha tia. O segundo quarto era apenas um pouco mais pequeno, também decorado em estilo antigo, com uma cama de solteiro encostada á janela grandiosa, Ernesto meu tio me disse que esse era o quarto de um de meus primos Hugo. O terceiro era um pouco mais pequeno, e mais moderno, já continha pôsteres e cores alegres nas quatro paredes, uma cama de solteiro cheia de almofadas e os moveis decorados com diversos carros de coleção e motos, vários CDS enchiam as prateleiras dos armários, esse quarto pertencia a meu primo Francisco.

Nunca conheci meus primos, a verdade é que apenas os vi em fotos! Sabia que Hugo era mais velho que eu dois anos e em brave faria os 18 e que Francisco teria a minha idade 15 anos, minha tia só a vi uma vez no enterro dos meus avos. Lembro que era uma senhora com os cabelos longos e pretos, seus olhos não demonstravam qualquer expressão e eram negros, sua pele muito clara. Ela não apareceu no enterro de meu irmão nem mesmo no dos meus pais. Mas ai eu me lembrei de um pormenor:

–Mas tio eu só vi 3 quartos e onde é o meu? -eu o encarei, de braços cruzados e voz nervosa pois estava ansiosa para ver o meu!

–Pois sim venha o seu é já ali - meu tio disse ríspido e seguiu em frente fechando as portas dos quartos que tinha me mostrado.

Abriu uma porta que eu não tinha reparado que exista... Lá se encontravam mais escadas talvez para outro andar, mas a casa não me parecera assim tao grande quando a vi de fora! Subimos as escadas ainda mais barulhentas que as anteriores, quando finalmente chegamos no topo me deparei com duas portas, um local bastante escuro, frio e sombrio ai me apercebi que era o sótão.

Ele abriu a primeira porta que dava lugar a uma grandiosa varanda que se encontrava na parte de traz da casa, parecia abandonado não estava tratada e heras nasciam por todo o lugar escondendo seu esplendor.

Logo de seguida ele fechou a porta e abriu a outra.

Dando lugar a um quarto pequeno, escuro e sombrio apenas com uma cama pequena.

As paredes eram de um cinzento claro e tinham partes desgastadas, do lado esquerdo da cama se encontrava apenas uma pequena janela tão alta que eu precisaria de um banco para olhar lá para fora, no teto em forma de bico se destacavam varias tabuas de madeira antigas e já gastas, de frente da cama tinha um armário antigo de madeira escuro e sem graça, o chão era alcatrão tão cinzento quanto as paredes, o quarto tinha um ar gélido e dava para ouvir os barulhos de ramos de alguma arvore batendo na janela.

–Esse é seu quarto - meu tio disse rindo - sei que no é assim tão bom mas é o único disponível então você ficara aqui - ele disse me olhando frio e pousando minhas malas no chão - A varanda também pode ficar para você, esteja vontade ir para lá já que nos não lhe damos uso. - ele continuou taraguelanda(falando) enquanto eu apenas encarava triste as paredes gélidas e sem vida - Eu falei com a escola e eles me disseram que se você estiver pronta pode começar já amanha, mas se precisar de mais dias para assimilar tudo eles estão dispostos a dar - ele disse cruzando os braços - Nessa casa todo mundo acorda cedo mesmo sendo sábado ou domingo isso ser igual com você, o pequeno almoço é servido ás 07:30 durante a semana já que vossas aulas começam todos os dias ás 08:20, durante o fim de semana ele será servido as 09:00 em ponto se você se atrasar não o comerá, o almoço é servido ás 11:45 ou então quando vocês tem tarde livre da escola á 13:20 igual ao fim de semana, o jantar é sempre mesma hora tanto na semana como no fim de semana 19:00 em ponto qualquer refeição que você perder porque se atrasou não comera, entendido? - ele disse grosso, me olhando serio.

–Sim entendido - eu respondi sem vontade

–Todos os dias você terá que estudar durante 2 horas uma matéria á sua escolha e fazer os deveres, se tirar alguma nota baixa será punida sem poder sair durante uma semana, ver televisão, usar o PC ou Telemóvel. - ele continuou falando mas a verdade é que eu no estava escutando mesmo

sínico

–Sim tio - eu disse ríspida

–Ah e mais uma coisa! A partir de agora não me chame de tio mas sim de senhor, entendido menina? - ele disse com uma voz grossa e fria que me meteu medo, eu apenas me limitei a acenar, ele saiu de meu quarto batendo a porta com força me deixando sozinha por fim.

Deitei em minha cama e chorei, lembrando de meu quarto antigo quando vivia com meus pais clorido, quente e acolhedor. Um quarto gigante porem confortável, com uma cama de casal só para mim, com uma coberta rosa forte e cheia de almofadas brancas e um ursinho de peluche também branco com um lacinho cor de rosa no meu de seu pescoço, as paredes pintadas de rosa claro e cheias de pôsteres de meus cantores e bandas favoritos. Uma janela grande que percorria uma de minhas paredes inteira que dava lugar a uma pequena varanda só minha. Meu quarto era cheio de bonecos pelúcia em todo o lado, e um tapete fofo cor de rosa escuro com a coberta de minha cama decorava o chão, encostada a uma parede se encontrava um sofá branco com almofadas cor de rosa, eu amava aquele quarto. Me senti mais triste ainda assim que me lembrei de cada pormenor dele...

Mergulhei minha cara em uma almofada sem graça que se encontrava em minha nova cama para esconder o choro, e assim adormeci com a mesma roupa meu vestido preto, chorando e relembrando o passado.

Na manha seguinte o tempo continuava sombrio e chovia muito lá fora, ainda devia ser sedo pois não consegui dormir direito o barulho de trovoes e relampagos sempre me acordava a meio da noite e aqueles ramos de arvore fazendo minha janela ranger e aparecer sombras assustadoras em minha parede também não ajudou muito.

Olhei o meu telemóvel para ver as horas 06:12, me levantei da cama, sabia que não seria obrigada a ir para o colegeio hoje mas decidi ir pois talves isso me ajudasse a esquecer meus problemas por alguns segundos.

Peguei a primeira roupa que vi em minha mala, minha escova de dentes, meus objetos de higiene, meu pente para o cabelo e desci em direção à casa de banho.

Ninguém tinha acordado ainda e a casa se encontrava escura, entrei na primeira casa de banho que encontrei, tomei um duche de agua quente demorado esperando que a agua levasse consigo também meus problemas e não só lavasse simplesmente meu corpo.

Assim que terminei me vesti, só ai olhei a roupa que tinha pegado depois de ela já estar em mim, umas calças pretas apertadas e uma camisola quentinha comprida de lã branca que minha avo me tinha dado nos anos. Logo em seguida penteei meu cabelos compridos decidindo os deixar soltos, olhei a pessoa que me encarava no espelho e lá estava eu com meus olhos verdes musgo, e meus cabelos de um castanho escuro ondulados nas pontas, parecia igual a sempre mas na realidade faltava a parte mais importante meu sorriso, aquele riso com que eu sempre acordava antes de tudo isso acontecer.

Olhei meu pulso lá ainda se encontrava a linha fina avermelhada da ultima vez que eu me cortei, da noite em que soube que perdi meus pais.

Antes que recomeçasse a chorar, sai da casa de banho e choquei contra alguem.

–Ei você não sabe ter cuidado não, vê lá se olha por onde anda - olhei para cima um garoto alto, de olhos castanhos e cabelos loiros escuros me olhava dos pés á cabeça

–Eu?! Mas foi você que chocou contra mim!! - eu berrei para ele me levantando do chão pois acabei caindo com o choque

–O que?! A culpa foi sua - ele elevou sua voz

–Minha? Você só pode estar doido - eu disse já de pé cursando meus braços

–Escuta aqui a casa é minha e a culpa foi sua!- ele gritou comigo cruzando os braços também- Mas já agora quem é você? - ele perguntou

–Eu sou a Yara, e você? - eu perguntei mesmo já sabendo a resposta pois já havia visto seu rosto em fotos

–Eu sou Hugo, então você é minha prima! - ele disse sorrindo largo mas algo estranho estava nesse sorriso

–É eu sou sim - eu disse - e você vai passar o resto da manha me interrogando ou vai se preparar para ir para a escola? - eu disse já seguindo em frente

–Pois! Eu ia tomar banho, até já - ele disse apressado me olhando de relance e entrando na casa de banho que eu acabara de sair fechando a porta.

Desci as escadas em direção á cozinha e parecia que todo mundo já havia acordado enquanto eu me preparava, na grande mesa da sala se encontrava meu tio, minha tia e outro garoto que devia ser o Francisco.

–Filho faz um favor á mãe e vá acordar seu irmão - ouvi minha tia dizer carinhosa

–Mas ele já deve ter acordado mesmo - Francisco disse, e deve ter ouvido meus passos pois olhou para traz enquanto dizia - Vê eu não disse olha ele ai - assim que acabou de virar sua cabeça se deparou comigo - Hum afinal não é ele não -ele disse me olhando serio

Eu continuei caminhando em direção á mesa.

–Oh minha garota como você cresceu, sente aqui ao meu lado - minha tia disse sorrindo para mim.

Eu sentei sem dizer nada sentindo os olhos de Francisco em mim.

–Você é Yara não é mesmo? - ele perguntou ríspido com um riso sínico igual ao do meu tio .

–É eu sou a Yara - eu disse olhando para o chão, pois no conseguia encarar seu olhar castanho mel

–Eu sou Francisco mas pode me chamar de Chico - ele disse com uma voz um pouco mais suave

–Desculpem o atraso família mas já estou aqui - eu ouvi a voz de Hugo, ele se sentou a meu lado, meu tio chegou logo de seguida e se sentou ao lado de Chico e de minha tia.

–Graça pode trazer o pequeno almoço - ouvi meu tio chamar a empregada que logo pós montes de bandejas com diversas coisas para comer em cima da mesa e todos começaram a tirar o que queriam eu me limitei a fazer o mesmo.

Assim que terminados meu tio disse que nos podíamos retirar da mesa, assim o fiz e calcei minhas All Star branca.

Eu e meu primos fomos em direção ao carro com eu tio e seguimos para a escola.

A viagem foi silenciosa, Hugo e Chico apenas falavam entre si coisas que eu não ouvia pois estava com meu MP3 tocando alto Esvanence em meus ouvidos.

Não demorou muito até chegarmos á escola, cheia de variados tipos de alunos.

Meus primos logo saíram e eu fiz o mesmo meu tio se despediu dos dois e seguiu sem me dar qualquer palavra ou despedida, mas que homem sínico pensei para mim.

Hugo e Chico seguiram na minha frente sem se importarem comigo, me deixando para traz. Olhei a escola gigantesca que estava em minha frente sem muita vontade de lá entrar! o que seria de mim? entrar a meio do ano numa escola em que não conheço ninguém a não ser meus primos que se limitam a me ignorarem... Que irônica que é minha vida.

Peguei o papel que anteriormente minha tia me havia dado com meu horário e o mapa da escola.

Fui ganhando coragem e segui, sentindo milhões de olhares me encarando, focados em mim, eu odiava isso ser o centro das atenções...

Todos faziam comentários a meu respeito, uns sobre minha aparência, outros sobre minha roupa e outros preguntando quem eu seria! Mas não era mais fácil eles perguntarem isso para mim em vez de estarem cochichando? Ai mas como eu odeio esse povo!! Continuei sempre encarando o chão, entrando por fim em minha nova escola seguindo para minha primeira aula Matemática, minha vida é mesmo uma merda e eu que o diga!!


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? não saiu tão bem assim se acharem que devo escrever ele de novo basta dizerem :) Escreverei o 3° capitulo em breve então aguardem e não esqueçam de comentar, tenho a certeza que esse sairá melhor ;) Até lá Beijuh** meus leitores