Academy Spy Teenagers escrita por Juh-Jackson


Capítulo 7
Verdades


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 6- Verdades

Ao ver o moreno sair correndo do salão com lágrimas nos olhos, Rafaela não pensou duas vezes antes de ir atrás dele. Ignorando agentes e até mesmo parentes do Castell, ela seguiu rumo ao jardim e foi lá que o encontrou.

-Luke? –ela gritou quando estava a alguns passos de distância do mesmo. Ele apenas se virou para olhá-la e, quando ela abriu os braços, ele correu em sua direção. –Calma, vai ficar tudo bem.

-Não, não vai... Ela se foi! Ela se foi... –ele disse, chorando.

-Luke... Eu sinto muito...

-O nome dela era Natália. Ela morreu e a culpa é toda minha.

-Luke, a culpa não é sua. Foi um acidente...

-Tudo culpa minha... Se eu tivesse ido pelo caminho dela e ela pelo meu... Nada disso teria acontecido...

-Você quer me contar o que aconteceu? –Rafaela perguntou e ele assentiu. Ele se soltou do abraço delicadamente para que pudesse olhar em seus olhos castanhos e começou a história.

-Nós estávamos em uma missão. –ele começou a contar. –Nós invadimos o prédio em que se localizava o escritório dele... Diogo Moutherbord. Ela entrou disfarçada lá pelo final da tarde e se escondeu no banheiro. Eu encontrei com ela já de noite. Um helicóptero me deixou no topo do prédio e eu desci de rapel até o andar onde ela estava. –enquanto dizia tudo, Luke lembrava-se dos acontecimentos que nunca sairiam de sua cabeça, seu olhar fixado em um ponto específico, porém sem enxergar nada a não serem as lembranças e o rosto de Natália naquela noite. Os olhos verdes, os cabelos negros, sua voz, o sorriso enquanto estavam juntos, o choro ao ser pega por Diogo. Tudo voltou à sua mente naquele momento. –Eu me lembro de termos uma discussãozinha amigável pelo rádio. Algo como o fato de eu estar demorando muito ou algo assim. Quando quebrei o vidro, eu a vi, ela estava de costas. Fez uma piadinha sobre eu ter sido rápido, ela pensou que eu iria demorar mais. Ela me chamou pelo meu codinome, Noturno, por causa da cor dos cabelos e eu usei seu codinome também, Meia-Noite, devido aos cabelos que também eram negros. Lembro de termos rido à menção dos codinomes. Nós andamos pelo corredor, com as armas na mão, até que o corredor se dividia e se transformava em dois... Foi aí que tudo começou a dar errado... “Eu vou pela direita e você pela esquerda.” Foi o que ela disse e eu concordei. Se eu tivesse ido pela direita ao invés dela... Ela me deu um beijo aqui. –ele disse colocando a mão sobre a bochecha esquerda. –E então nós nos dividimos... Passados alguns minutos eu ouvi um grito... E então eu sabia que era dela, eu sabia que algo estava errado. Ela não costumava gritar, ela era calma, controlada, não se amedrontava facilmente. –agora ele já chorava. –Eu corri, corri o mais rápido que pude, a arma em minhas mãos. E quando a encontrei... A única coisa que a mantinha viva era a mão do homem que eu deveria matar em seu pescoço. Ele a segurava, impedindo-a de cair no vazio até encontrar o chão. Seu corpo se encontrava do lado de fora do que costumava ser uma gigantesca janela de vidro. A arma em minhas mãos estava mirada para sua cabeça, mas eu não podia atirar. Eu deveria, mas eu não podia. Ele caçoou de mim quanto a isso. Diogo sabia que enquanto ele a tivesse em suas mãos... Ele também me teria nas dele. Eu não atiraria enquanto ele estivesse segurando-a. E ele sabia disso. Ela iria morrer. Eu sabia disso. Ele também sabia. Eu precisava agir rápido. Talvez, só talvez, eu tivesse alguma chance... Se não fosse o som da sirene. Ele me xingou por ter chamado a polícia mas não tinha sido eu. Ele disse que não iria se fuder sozinho. E então o filho da mãe a soltou. Ele a soltou! Soltou-a para cair de encontro ao chão duro do asfalto! A arma em minhas mãos continuava mirada em sua direção e então sem pensar em mais nada, eu atirei. Três tiros de encontro a seu peito e o desgraçado estava caindo assim como ela... Eu sai correndo de lá. Com o cabo de aço que havia usado para descer até o andar eu subi até o topo do prédio onde o helicóptero ainda esperava por mim. Meus primos todos ali, nos esperando. Mas apenas eu voltei. Chorando, mandei-os nos tirar dali. Não conseguia falar nada... Apenas chorar. Quando consegui falar alguma coisa eu disse algo como: “Ela... Natália... Diogo... Prédio... Morta...” E junto com as minhas lágrimas... Foi fácil ligar os pontos. E então estávamos eu e Carolina chorando enquanto os outros tentavam assimilar a verdade... Natália... Morta... Era como se ela já não fosse mais a minha Natália, sorridente e divertida. Natália costumava ser viva, extrovertida. Aquele corpo sem vida não era ela. Eu não fui atrás do corpo nem nada. Não conseguiria olhar para seu rosto sem vida, seus olhos mirando o nada, sua boca sem seu sorriso... Portanto meu avô, Harry, cuidou de tudo. O velório, a missa, o enterro. Tudo. Eu compareci, é claro. E, secretamente, eu ainda vou ao cemitério quando preciso pensar... Eu vou até seu túmulo, com um buquê de rosas brancas na mão, as mesmas que eu dava a ela quando ela ainda estava viva, vestindo uma camisa roxa, a cor preferida dela, e comendo doces e chocolates que ela tanto amava. É como se eu estivesse mais perto dela...

-Luke... Isso é lindo... O que você sentia por ela... –Rafaela começou a falar, mas foi interrompida.

-Ela era minha irmã! Minha irmã! Eu amava minha irmã! –ele disse culpado.

-Todos nós amamos nossos irmãos Luke. –ela disse tentando tranqüilizá-lo.

-Não, não, você não está entendendo! Eu a amava assim... –ele disse e em um impulso, ele a beijou.


To be continued...


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Notas finais do capítulo

Tem alguém que ainda lê isso? Enfim, eu gosto de escrever essa história então eu não ligo se ninguém lê, mas seria legal saber que tem alguém que lê...



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