Academy Spy Teenagers escrita por Juh-Jackson


Capítulo 2
AST


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 1- AST

                Luke acordou assustado. Novamente ele havia sonhado com ela. Com o dia em que ela morrera. Balançou a cabeça para tentar afastar estes pensamentos. Falhou. Reuniu toda sua coragem para levantar da cama e, quando o fez, seguiu em direção ao banheiro.

                Trinta minutos depois Luke já estava pronto. Ele se olhou no espelho e o que viu não lhe agradou. Um jovem de 21 anos, com cabelos rebeldes e negros como o céu de noite que caiam sobre os olhos azul piscina. A barba bem feita. Os músculos estavam cobertos por uma camisa branca de manga longa, porém ainda era possível vê-los claramente sob a camisa. Jeans pretos cobriam as pernas grossas e fortes e, nos pés, um tênis Nike branco. Luke era considerado o mais bonito da família não só pela aparência física, mas também pelo caráter, charme, seu ar misterioso e, é claro, seu sangue espanhol.

                Mas quem olhasse o homem naquele espelho não o veria como realmente é. Veria apenas um homem bonito. Não veria toda a dor que ele passara. As perdas. O sofrimento. A tortura emocional. A culpa. O amor. Poucos conheciam esse seu lado.

                Luke suspirou e pegou a jaqueta de couro preta que estava jogada sobre a cama. Ele a vestiu sem pressa alguma e em seguida colocou seus óculos Ray-Ban para em seguida sair do quarto. Desceu as escadas da gigantesca mansão dos Castell e foi em direção à piscina. Entrou na sauna e abriu a caixa de força que havia ali do lado. Apertou o botão correto e saiu. Ficou em frente à piscina enquanto observava o túnel se abrir para que ele pudesse seguir para onde desejava. Caminhou para dentro do túnel enquanto ouvia o mesmo se fechar atrás de si. E então lá estava ele. Na sede da AST.

                Ele voltou a andar e seguiu em direção à sala de comando. Chegando lá ele se dirigiu imediatamente ao local onde se encontravam seus irmãos mais novos, Vitor e Isabela, que estavam prestes a começar uma discussão.

                -Bom dia. –disse ele beijando a testa da irmã e cumprimentando o irmão com um toque de mãos. –Alguma novidade?

                -Na verdade sim. –ela disse olhando em uma prancheta. -Bem, vamos começar pelas boas notícias... Arthur e Luiza voltaram da missão. Ana e Ricardo deram uma saída pra olhar as coisas do casamento, mas já estão voltando. As suas reuniões de hoje foram desmarcadas. E eu tenho certeza de que alguém levou Aon para dar um passeio. –ela disse a última parte olhando para Vitor que deu de ombros.

                -Ótimo. E quais são as más notícias?

                -Bem... –ela voltou a olhar na prancheta. –Daniela está no quarto e não acho que ela vá sair de lá tão cedo. Cólica ou algo assim. E, é claro, Carolina está te procurando.

                -Pra variar... Será que dá pra você me adiantar o assunto?

                -Algo como uma garota novata ou sei lá o quê. O currículo está na sua mesa. –respondeu ela.

                -Está bem. Obrigado. Bem, diga a Arthur que quero vê-lo. E, se Carolina perguntar por mim, diga que estou dormindo. –disse ele.

                -Pode deixar.

                -Obrigado. –ele disse para logo depois beijar a testa da irmã novamente. –E é bom mesmo que alguém tenha levado Aon pra passear. Se não eu mesmo terei de fazê-lo mais tarde. –ele completou dando um tapinha de leve no ombro do irmão.

                Luke então foi para seu escritório onde pegou seu violão que estava ali no canto. Ele tinha uma leve noção de que o currículo da garota nova estava sobre sua mesa a sua espera, mas não se deu ao trabalho de pegá-lo, muito menos de lê-lo. O moreno começou a dedilhar no violão enquanto se lembrava do sonho que tivera. Não demorou muito e Arthur chegou.

                -Entre. –disse ele ao ouvir a batida ritmada na porta.

                -Olá primo. Isabela me disse que queria me ver. Sabe, eu estava pensando, como a Isabela mudou depois do que aconteceu não é? Ela amadureceu. O que aconteceu... Realmente mudou as coisas por aqui. E de certa forma foi até bom. Não o acidente, é claro. Mas o que cada um de nós tirou dele. –disse o moreno de olhos castanhos que era um ano mais velho que Luke, com 22 anos.

                -Pois é. Inclusive era sobre isso que eu queria falar com você. O acidente... Eu sonhei com ele essa noite. –disse Luke sem expressão.

                Ao ouvir tais palavras proferidas pela boca do primo o mais velho se assustou:

                -Com o acidente?

                -É.

                -Mas eu pensei que esses sonhos tivessem acabado há anos. –disse Arthur.

                -E tinham. Mas agora eles voltaram. E voltaram com força total. –disse Luke sem olhar para o primo. –Mas agora vamos parar de falar de mim. Vamos falar de você. Como foi na missão?

                -Bem, você sabe né? O de sempre. Matar alguns idiotas. Prender outros. Aquela chatice toda. Mas sempre tem a parte boa sabe? De noite, no quarto, se é que você me entende. –disse Arthur com um sorrisinho malicioso nos lábios.

                -Entendo, entendo sim. –disse Luke, com o mesmo sorriso malicioso do primo, indo em direção a sua garrafa de uísque e servindo-o em dois copos com gelo, um para si e outro para o primo.

                -Obrigado. –Arthur agradeceu educadamente. Tomou um gole do uísque para em seguida continuar a falar. –Mas agora me diga. O que é que a Carolina quer com você hein? Encontrei com ela enquanto vinha pra cá. Sorte que a Isabela havia me avisado do seu pedido para que disséssemos a minha querida irmãzinha que você está em sua cama dormindo confortavelmente. Tinha uma garota bem bonita com ela. Nunca a vi antes. Quem era? Você conhece?

                -Não. Ainda não, na verdade. Pelo que Isabela falou, é uma novata que a Carolina quer me apresentar ou algo assim. Não sei ao certo. Mas não estou com paciência para falar com Carolina. Não hoje. Não agora pelo menos. Não com toda essa história dos sonhos. Eu adoro Carolina, você sabe. Sem dúvida minha prima preferida, minha melhor amiga. Mas... Você sabe. Ela também era a melhor amiga dela. Pra mim é difícil. –disse Luke olhando para baixo, evitando encarar o primo.

                -Eu entendo. –Arthur olhou no relógio e em seguida voltou a se dirigir ao primo. –Bem, tenho que ir. Você sabe que adoro sua companhia, mas eu ainda prefiro a de Luiza. Até mais primo.

                Arthur terminou de beber o líquido que sobrara em seu como em um único gole e em seguida deu um tapinha amistoso no ombro do mais novo.

                -Te vejo mais tarde.

                E saiu. Deixando Luke sozinho com seus pensamentos.

To be continue...


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Notas finais do capítulo

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