Together escrita por HeadBroken


Capítulo 22
Capítulo 22




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- Sam? Acorda, Sam!

Eu abri os olhos e dei de cara com a Maria, que sacudia o meu ombro para me acordar. Minha testa suava e eu estava tremendo. Tinha sido um pesadelo terrivelmente real. Meu coração batia tão forte que eu achei que ele fosse explodir.

- Tá tudo bem, filha? Você estava gritando.

- Eu tive um pesadelo terrível. Meu pai pegava o Freddie, e ele estava sangrando tanto...

Eu comecei a chorar ao relembrar aquela cena. Eu ainda conseguia ver o corpo sem vida do Freddie no chão.

- Oh meu Deus, pobrezinha... Eu sinto muito, Sam. - ela sentou do meu lado e me abraçou, passando a mão no meu cabelo para que eu me acalmasse. - Ele está torturando você. Isso não é coisa que se faz...

- Eu não aguento mais. Eu vou acabar morrendo, Maria. Morrendo de dor e de tristeza.

- Não fala uma coisa dessas, menina.

- Eu sinto saudade o tempo todo. Do Freddie, da Carly, do Spencer, e até da minha mãe... Eu não posso continuar aqui mais. Eu vou enlouquecer.

- Eu sei que é dificil, Sam. Eu tentei falar com o seu pai, que você está sofrendo, mas ele não quis me ouvir...

- Me ajuda a fugir, Maria. Pelo amor de Deus, eu não posso mais continuar desse jeito.

- É impossível, filha. Seu pai deu ordens para que você não pudesse sair de jeito nenhum. Não há nada que eu possa fazer.

Eu me sentia uma prisioneira. Trancafiada naquele quarto, longe de todas as pessoas que eu amava. Logo as lágrimas vieram outra vez.

- Sam, sabe o que você tem que fazer? Ganhe a confiança do seu pai. Faça ele gostar de você.

- Eu não quero que ele goste de mim, Eu odeio ele, eu quero acabar com ele...

- Eu sei que você não gosta dele. Mas você vai ter que dançar conforme a música. Deixe ele pensar que está dando certo , que você está esquecendo dos seus amigos. Se você conseguir convencê-lo, talvez ele resolva deixar você sair um pouquinho.

- E como eu vou conseguir convencê-lo?

- Que tal almoçar com ele hoje?

Eu não queria almoçar com o meu pai, não queria nem olhar para ele, mas a Maria tinha razão. Eu precisava ganhar a confiança dele. Então eu levantei e comecei a me preparar para poder almoçar com o meu pai pela primeira vez. Fiz questão de por uma roupa decente e arrumei o cabelo para que eu pudesse ficar apresentável. Quando eu desci para o almoço, meu pai já estava na mesa. Eu puxei uma cadeira para mim e me sentei.

- Que bom ver você aqui, Samantha. Fico feliz que você esteja começando a mudar de ideia.

- Eu acho que chegou a hora de recomeçar.

- Eu disse a você, que uma hora você ia superar. Era só uma questão de tempo.

- Você tinha razão, pai. - eu nunca tinha chamado ele de pai antes, e ele me deu um sorriso enorme. Eu me obriguei a sorrir de volta, sabendo que eu estava começando a ganhar a confiança dele.

- Eu não sei se você sabe, mas vai haver uma reunião aqui no próximo fim de semana. Alguns amigos meus, colegas de trabalho. É um momento muito importante pra mim e para a minha carreira.

Eu continuei calada, tentando adivinhar aonde aquilo iria parar.

- Acho que está na hora de eu apresentar você como minha filha. Você ganhou esse direito hoje, Samantha. No sábado, todos irão ficar te conhecendo.

Então era isso? Eu tinha ganhado o direito de ser exibida como um troféu para um bando de babacas. Mas eu sabia que aquilo era bom, era um começo. Se eu fizesse tudo direitinho, talvez ele ficasse totalmente convencido.

- Isso é ótimo, pai. Fico muito feliz. - eu menti, dando um sorriso pra ele.

- Você vai adorar a festa. Eu vou contratar um pianista, para as pessoas dançarem...

- Parece muito chique. - e chato, eu pensei.

- E é. O presidente do meu partido vai estar aqui.

- Acho que eu não tenho roupa para poder usar numa festa como essa...

- Ah, não se preocupa com isso. Eu vou mandar um dos empregados providenciar alguma coisa para você.

- Será que eu não posso escolher eu mesmo? Eu adoraria poder fazer compras, pai. Se você deixar.

Aquela era uma chance de ouro. Ele tinha que me deixar sair.

- Não, Samantha. Você está proibida de sair sozinha.

- Eu não preciso ir sozinha. A Maria pode ir comigo. Ela vai me vigiar.

- Não sei se é uma boa ideia...

- Eu só queria poder escolher um vestido bonito para impressionar os seus amigos.

Eu dei o maior dos sorrisos pra ele, sabendo que a resposta dele poderia mudar a minha vida. Eu só precisava de uma chance, e aquela era a oportunidade perfeita.

- Ok, Samantha, você me convenceu. Você pode ir. Mas eu vou mandar um segurança acompanhar vocês. E a Maria vai ficar do seu lado o tempo todo.

- Muito obrigada, pai. - eu sorri outra vez, mas agora era um sorriso sincero. A primeira etapa tinha dado certo.

Eu estava completamente animada. Eu ia sair de casa pela primeira vez desde que tinha chegado ali. As coisas finalmente iriam dar certo. Afinal, eu era Sam Puckett. Eu já tinha conseguido convencer um policial que eu tinha amputado meu próprio pé. Enganar um segurança não seria assim tão difícil.


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Notas finais do capítulo

Gente ! vocês estão com saudades do Freddie ?