Together escrita por HeadBroken


Capítulo 20
Capítulo 20




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Eu passei o resto da noite acordada, sem conseguir parar de chorar. Eu ainda esperava que um milagre pudesse acontecer, que o meu pai mudasse de ideia, mas ás 6 horas da manhã ele chegou pra me buscar. Eu quis dar um soco nele quando ele entrou na minha casa.
- Pronta, Samantha? – ele me perguntou, dando aquele sorrisinho que me deixou ainda mais nervosa.
- Você não pode fazer isso comigo. Eu tenho amigos aqui. Eu tenho um web show. Eu tenho um namorado que eu amo.
- Você vai ter que deixar tudo isso pra trás. Nenhuma das pessoas daqui serve pra serem amigos da minha filha. Você merece coisa melhor. Pode dar adeus ao seu programinha também. Você não vai perder tempo com bobagens mais.  Agora vamos embora, Sam.
- Agora? Eu não posso nem me despedir?
- Não. Já perdemos tempo demais, vamos logo.
Eu comecei a chorar outra vez, porque eu precisava ver o Freddie. Eu precisava explicar aquilo tudo pra ele. Eu precisava que do abraço dele. Eu precisava ver o seu sorriso mais uma vez. Eu continuei a chorar, sem conseguir parar, só de imaginar quão doloroso seria a minha vida sem ele. Eu acabei sentando no chão, abraçando meus joelhos, tentando parar de tremer de tanto chorar.  Acho que meu pai ficou com dó de mim, porque ele me segurou e me levantou do chão.
- Tudo bem, eu deixo você se despedir então. Agora vamos logo, antes que eu mude ideia.
Minha mãe me abraçou com força, mas eu não retribuí o abraço. Eu não poderia deixar de culpá-la por tudo o que estava acontecendo.
Um carro com motorista esperava na porta, e nós entramos no carro. Dois seguranças iam com a gente. Eu me senti como um criminoso indo pra prisão. Eu passei o endereço do Bushell, e quando nós chegamos, meu pai disse “ Você tem cinco minutos. E já sabe ... nem pense em fugir. Nós estamos vigiando você.” Eu dei um olhar frio pra ele e desci, e peguei o elevador que me levaria direto pro andar das únicas pessoas que eu amava na vida.
O meu corpo todo tremia quando eu desci do elevador. Eu não queria me despedir de ninguém. Eu entrei primeiro no apartamento da Carly, e a porta estava destrancada, como sempre.  Mas estava tudo silencioso e vazio. Eles ainda deviam estar dormindo. Eu olhei para aquele apartamento onde eu passava a maior parte dos meus dias, com a Carly, o Freddie e o Spencer, onde eu me divertia mais do que nunca. As lágrimas começaram a descer outra vez, mas eu me controlei. O pior ainda estava por vir. Eu saí dali e fechei a porta, indo em direção à porta do Freddie dessa vez.
Mas é claro que ele estava já estava acordado. Ele abriu a porta pra mim e começou a dizer “Baby, você chegou cedo”, mas quando ele viu meu rosto, ele parou de falar. Eu não falei nada, apenas olhei pra ele, tentando memorizar cada detalhe do seu rosto, pra que eu nunca pudesse esquecer. Joguei os meus braços ao seu redor, abraçando ele com toda a força que eu tinha. Mesmo sem entender, ele me abraçou de volta, acariciando o meu cabelo enquanto eu chorava no seu ombro. Eu queria ficar nos braços dele pra sempre, mas eu tinha pouco tempo.
- Sam, o que foi? O que aconteceu? Você está me assustando. – ele limpou as minhas lagrimas com o dedo, mas logo elas voltaram a cair.
- Eu vou ter que ir embora, Freddie. Meu pai apareceu, e ele quer me levar com ele para outra cidade.
- Seu pai? Como assim, baby? Não estou entendendo nada. Me explica direito.
- Eu não tenho muito tempo. Mas o meu pai resolveu aparecer e ele vai me levar com ele, Freddie, mas eu não quero ir, eu não quero ficar longe de você ...
Eu comecei a chorar outra vez, e ele me abraçou de novo.
- Você não tem que ir, Sam. Ninguém pode te obrigar a ir se você não quiser..
- Eu tenho que ir. Ele deixou bem claro que não vai me deixar em paz. Eu vou ter que ir , Freddie.
- Não , Sam, você não pode ir! Não vou deixar ninguém tirar você de mim. Onde o seu pai está? Eu vou conversar com ele.
Eu não queria nem imaginar o que todos aqueles seguranças poderiam fazer com o Freddie se ele tentasse confrontar o meu pai. Além do mais, eu sabia que ninguém iria conseguir convencê-lo.
- Não vai adiantar. - Eu segurei o rosto dele entre as minhas mãos. – Freddie, eu te amo tanto, tanto... Não se esqueça disso.  Promete pra mim que você não vai esquecer.
- Sam, não fala assim. Eu não vou deixar você ir embora. Eu não posso viver sem você.
Doeu ouvir aquilo. O meu sofrimento era inevitável, mas eu não queria causar dor nenhuma nele.
- Promete, Freddie. Por favor.
- Eu prometo, baby. Não importa quanto tempo eu fique longe de você, não importa a distancia, eu te amo, Sam, pra sempre. Nada vai mudar isso. Eu vou atrás de você, não importa onde você esteja. Eu não vou ficar sem você.
Ele segurou o meu rosto e me beijou. Como sempre acontecia quando ele me beijava,  eu esqueci tudo aquilo, esqueci do resto do mundo, só existia o Freddie pra mim. Mas aquilo era uma despedida, e quanto mais eu demorasse, mais iria doer para ir embora.
- Eu tenho que ir agora, Freddie... – eu o soltei, mas ele continuou me segurando.
- Não Sam, por favor, não vai embora...
- Eu preciso ir. Eu te amo muito , baby, não esquece disso.
- Sam...
- Tchau, Freddie.
Eu o beijei pela última vez e corri para o elevador sem olhar pra trás, porque se eu olhasse, eu não ia conseguir ir embora. Eu consegui segurar até chegar ao carro, mas quando eu entrei, eu comecei a chorar outra vez. Meu pai mandou o motorista prosseguir e eu senti o carro começando a andar, e toda a minha vida ficando pra trás.


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Notas finais do capítulo

comeeentem :)