A vida não poderia estar mais complicada do que do jeito em que estava.

Tudo caindo ao mesmo tempo sobre sua cabeça, parecia que o mundo inteiro estava a ponto de explodir em qualquer momento e a culpa era sua.

Culpa de amar, culpa de ter visto o que viu...

Sentia-se tão estúpido e frágil que nem chorar conseguia, seu estado de choque era tão forte e causou uma confusão na sua pequena cabeça.

Decidiu sair para afogar suas mágoas. Foi então a um bar em qual a um bar qual sempre freqüentava na adolescência.

Caminhava rápido, já que estava chovendo e também o local não era distante dali.

Ficou um tempo parado na porta do tal bar até resolver entrar e assentar-se em um banco frente o balcão onde estava o barman e logo à suas costas a pista de dança.

Ele sentia-se só naquela noite por não estar com seu amado, por mais que fosse doloroso, ele sabia o que tinha avistado.

Observava os rostos alheios cansados e suados com expressões um tanto interessantes, mas nenhum que lhe chamasse tanto sua atenção.

Logo se virando ao barman e pedindo um bloody Mary, a típica bebida dos europeus.

Haviam colocado o copo logo a sua frente, mas foi surpreendido por uma pessoa...

-um estranho querendo conversar, hump - pensava sozinho enquanto dava goles leve apenas para fazer certo charme.

Loiro em um tom meio mel, seu corpo bem distribuindo por seu 1,85 de altura, seus belos e marcantes olhos verdes viraram seu olhar ao pequeno.

- Sozinho?- Falava o tal estranho se assentando ao seu lado.

- Hoje, amanhã, sempre... – Explicava em um tom baixo a cada gole da bebida.

- Desilusão amorosa?

O menor sentia-se incomodado por um estranho querer se meter em sua vida, embora ele estivesse certo.

Virou totalmente o corpo em direção ao loiro para fita-lo melhor.

- É... – Dando assim, uma breve pausa após um longo suspiro prosseguiu – O que sabe sobre o assunto, digo, qual a sua história, estranho?

- Primeiramente estranho não. Chamo-me Lean, Eduard Lean e segundo, de desilusão todos já sofreram. Quer mesmo saber minha história?

Por mais estranho que esse “Lean” fosse conseguira arrancar uma leve risada do mais baixo.

- Certo, Lean, me conte sua história! Confie em um cara cujo nunca viu. Confie sua pequena ou não história.

- E você? Continuará anônimo?

E mais um leve riso saiu dentre seus lábios rachados pelas antigas mordidas...

- Prefiro! Não costumo ter o mesmo nome todas as noites...

- Como quiser! Mas vou te contar o resumo da história... - Eduard pegava fôlego antes de contar ao outro seu drama. – Eu era noivo, amava ela... No dia do casamento ela mandou uma carta me falando que ia embora e não haveria mais casamento. Ela estava grávida de cinco meses do meu melhor amigo. O mais engraçado é que ele iria ser o padrinho do casório também... – Eduard apertava o copo que carregava, o ódio que carregava em sua voz era percebido de longe. – O bebê nasceu e leva meu nome... Ela esta com câncer, não que eu tivesse desejado isso, mas não digo que não fiquei um pouco aliviado.

- Wow... Esse é o resumo? Imagino a completa...

- Nem queira saber! Mas estou curioso, lhe afirmo, e você? O que aconteceu para estar aqui?

- Bom a pouco eu vi meu irmão com quem eu mais amo... Amava...

- Sua garota?[...]

- Um cara! Mas deixa para lá. Você não esta aqui só para me contar sua vida, não é?

Tornou a fitar o loiro antes de se levantar.

- Aonde vai pequeno?- O tom dele era confuso, não havia compreendido a atitude do menor.

- Ao banheiro, se eu fosse você faria o mesmo...

Sem pensar muito ambos caminharam até o banheiro “atropelando” as pessoas que passavam.

- Esta noite serei Yiomi para você – pressionara Eduard contra a parede.

- Tenho um nome para gemer então.

O mais novo provocava o loiro com alguns chupões no pescoço enquanto desabotoava a camisa de cetim branca colada ao seu belo corpo...